A Torre de Astronomia



Alvo voltou para a Sala Comunal após a aula de Quadribol (Se saiu muito bem, tanto que o Prof. Krum deixou-o jogar com o time da Grifinória que estava treinando). Sentou-se na poltrona e olhou em volta. Os alunos do primeiro ano encontravam-se pelos corredores tentando memorizar as salas.
Chris, Rosie e Brian entraram na sala comunal assustados. Alvo se levantou e fitou os três.
- Espero que seja importante. – falou Brian. – O Prof. Binns vai sentir minha falta quando não ver que jogo papel através dele.
- Bom, tenho uma notícia para dar á vocês. – falou Alvo. – Só os grifinórios sabem da morte de McGonagall! A Cornival, Lufa-Lufa e Sonserina pensam que ela se aposentou!
Os três olhavam para Alvo perplexos. Pareciam que tinham visto um fantasma, mas suas caras pioraram. Alvo olhou para trás e viu que o Prof. Neville acabara de entrar.
- Vocês já sabem não é? – perguntou ele, se aproximando. – O diretor Noami pensou melhor em que só os que dizem respeito a McGonagall soubessem. Acho essa idéia uma tolice, já que a notícia vai vazar a qualquer momento. Bom, tenho que voltar para aula. Marília está muito preocupada com você Albus, saiu correndo daquele jeito...
Neville deu meia volta e saiu. Alvo ficou perplexo com a paciência do professor, embora havia um olhar preocupado nele.
- Bom, não posso me atrasar. – falou Brian. – essa história me deixou muito confuso, e só um texto sobre as Revoluções do Século XVI pode me fazer voltar ao normal.
Ele saiu correndo, enquanto Chris e Rosie afundaram-se nas poltronas. Alvo sentou em outra, mas logo levantou de um salto.
- Não podemos descansar! – falou ele. – Temos de achar alguma coisa sobre a morte de McGonagall, antes que seja tarde!
- Como assim tarde? – perguntaram Chris e Rosie em coro.
- Aqueles homens podem voltar e destruir Hogwarts! – falou Alvo. – E depois destroem o Ministério e depois tornam-se reis dos bruxos! Isso não pode acontecer!
- E como você acha que nós vamos impedir isso se só temos onze anos? – perguntou Chris.
- O que importa é tentar. – falou Rosie, saltando da poltrona. – Vamos, como disse Alvo, não podemos perder tempo.
Os três se puseram a andar pelos corredores em busca de alguma pista quando o sinal ecoou por toda a escola. O alvoroço no andar de baixo era sentido no chão, que tremia pela força das ondas sonoras.
Os três desceram e encontraram Brian, que discutia com o menino que Rapha apontara como Luigi Barros.
- Você acha que Scorpius Malfoy serve pra alguma coisa eh? – exclamou Brian para quem quisesse ouvir. – Ele não passa de um monte de...
- Olha o jeito que você fala com Scorpius! – ameaçou Luigi, empunhando sua varinha. – Pode pagar um preço muito alto por isso!
- Se liga pirralho! – exclamou Brian. – Você acha que tem alguma chance contra mim?
- Algumas não, várias! – exclamou Luigi. – Estupefaça!
- Protego! – o feitiço de Luigi foi repelido por um escudo. – E você ainda se acha o tal... Se enxerga garoto!
- Já me vi hoje no espelho! – falou Luigi, empunhando novamente a varinha. – Av...
Luigi foi empurrado. Marília estava aos pés deles, com uma cara extremamente nervosa.
- Quem você pensa que é? – perguntou Marília. – Maldições da Morte são totalmente proibidas!
- E quem disse que eu ia realizar alguma maldição da morte? – perguntou Luigi, exibindo um sorriso de triunfo na cara. – Eu ia usar o feitiço “Avatar” ok?
Marília o olhava com um olhar supremo. Alvo não sabia porque, mas ela tinha razão.

A semana não teve novas aulas. Os outros professores haviam viajado para encontrar um professor de Transfiguração, enquanto o diretor Noami dormia em seu gabinete.
- Sinceramente não sei o que o Ministro Sr. Thomas espera para despedir Noami do cargo! – exclamou Rosie na noite de sexta-feira. – O Prof. Neville faz tudo! Fiquei sabendo que ele que deu a idéia das regras e das distrações!
- O que me irrita é que aquele pessoal não deixou nenhuma pista. – falou Chris.
- O Prof. Longbotoon disse que o homem foi para a Torre de Astronomia. – falou Brian. – Talvez, se nós procurássemos lá...
- Mas teria de ser agora! – falou Alvo. – Temos de ir agora ou nunca! Os professores voltarão, nós nos encheremos de tarefas e não vai dar tempo nem pro café da manhã! Se irmos agora com certeza seremos severamente castigados!
Parecia que as preces de Alvo haviam sido atendidas. A coruja Edwiges rompeu a Sala Comunal, indo em direção a ele. Segurava um pacote grande e um envelope.
- Acho que é do papai. – disse Alvo sem emoção. – E isso não é uma vassoura.
A coruja pousou, livrando o pacote e o envelope de suas patas. Alvo foi logo abrindo o pacote quando Chris o impediu:
- Al, você não pode! – falou ele. – Tens que abrir o envelope primeiro!
- Ok! – falou Alvo. – Tanto faz mesmo...

Caro Alvo,
Recebemos sua carta, mas como eu estava no St. Mungus não pude responder, mas agora estou bem (não vou trabalhar por uns bons meses). Acho o máximo que você seja do time de Quadribol da Grifinória, então, se você conseguir, envie uma carta avisando que ganhará uma Minueto como a do seu irmão. Fiquei muito triste quando soube da morte de McGonagall, e eu e sua mãe ficamos muito tristes. Depois de noites chorando, sua mãe resolveu deixar que eu lhe enviasse a minha velha Capa da Invisibilidade, pois como sabemos que você, Rosie e esse tal de Chris querem se vingar. Não duvido que consiga, pois você é como eu, mais do que seu irmão. Enfrentei um trasgo em meu primeiro ano, descobri onde estava a Pedra Filosofal e consegui destruir Lord Voldemort mais uma vez. Sei que você está mais preparado que eu, então tenho esperanças que você consiga. Qualquer coisa fale com Elma. Está um pouco ferida, mas pode agir.
P.S.: Essa coruja me lembrou muito a Hedwiges. Gostei dela.
Atenciosamente Harry.

Alvo, mais alegre que nunca, pegou o pacote, o abriu e se levantou de um salto. A velha Capa de Invisibilidade de
Harry agora pertencia a ele! Agora ele poderia ir a Torre de Astronomia sem ser visto! Suas preces haviam sido atendidas!
- É a Capa de Invisibilidade do papai! – anunciou Alvo para todos. – Podemos ir a Torre de Astronomia sem problema!
- O que você quis dizer com “podemos”? – perguntou Brian, olhando a capa. – Só cabe vocês três aí, se for eu os pés ficam caminhando sozinhos ali.
- Então você fica aqui Brian. – falou Alvo, vestindo a capa e ficando invisível da cabeça pra baixo. – Se alguém perguntar por nós, diga que estamos dormindo.
Chris e Rosie entraram abaixo da capa, e todos ficaram invisíveis.
Começaram a andar, atravessando o retrato da mulher gorda (“Ah! Quem está aí? Apareça!) e indo em direção á escadaria. Hogwarts a noite parecia um cenário de filme de terror que Harry costumava assistir na televisão.
- Al, você sabe onde fica a Torre de Astronomia? – perguntou Rosie preocupada.
- Er... – Alvo não sabia nem onde ficava a sala dos professores! – Bom, como meu pai é esperto pode ter deixado alguma coisa...
Alvo saiu da capa com o coração batendo forte. E se alguém o visse? Ele procurou no primeiro bolso que viu, mas não havia nada. Procurou em outro e nada. Mas outro e nada. Mas quando tocou no último sentiu alguma coisa. A sombra de alguém andava com uma lamparina, e alvo se desesperou Pegou um pequeno envelope e entrou, encostando-se na parede junto com Chris e Rosie.
Era Argo Filch, andando com as peles mais enrugadas que nunca. Ao seu lado encontrava-se Madame Norra, andando conforme os passos do dono.
Ele passou sem protesto. Madame Norra virou os olhos para onde os meninos estavam, mas depois voltou a andar. Eles recomeçaram a andar, enquanto Alvo abria o envelope.
- É só um pedaço em branco! – falou Alvo.
- Não! – falou Rosie, pegando sua varinha e dando três toques no pergaminho. – Juro solenemente que não vou fazer nada de bom.
O pergaminho se transformou em um mapa, mostrando toda Hogwarts e quem andava aquele momento.
- Olha agente ali! – falou Chris animado. – E a Torre de Astronomia! Fica a uns passos daqui!
Eles começaram a correr em direção a escada da Torre de Astronomia. Gastaram mais ou menos dez minutos para chegar ao topo da escadaria.
- Ufa! – falou Chris, limpando o suor. – Pensei que nunca iríamos chegar!
- Agora acho que podemos tirar a capa. – falou Rosie. – Não tem ninguém vigiando aqui pode é o mais longe que alguém pode chegar.
Eles despiram a capa, e conseguiram olhar um para o outro. Seguiram em um pequeno corredor e chegaram ao ar livre, onde estava muito frio.
- Nenhuma pista. – disse Alvo, não conseguindo conter o choro. – Eles vão matar meu pai! Eles vão matar a mãe! Eles vão dominar o mundo!
- Calma Al! – falou Rosie, o consolando. – Temos uma pista.
- Qual? – perguntou Alvo, sem esperanças.
Rosie olhou para Chris, pedindo ajuda. Ele olhou para todos os cantos e finalmente achou alguma coisa. E ela não era nada boa.
- Acho que vocês não querem ver isso. – falou ele.

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