Alegria de Uns...



Enquanto caminhavam até a praia, Rony observava tudo. As casas, as lojas, as pessoas. Queria guardar na lembrança aquele lugar maravilhoso. Sabia que, apesar do pouco tempo, não esqueceria Sarah e nem aquela cidade.
Logo chegaram. O ruivo, ao ver aquele mar diferente de qualquer coisa que já havia visto, ficou impressionado, quase emocionado. Não se lembrava de já ter visto algo tão bonito e perfeito quanto aquilo em toda a sua vida.
- Gostou? – Sarah perguntou, mesmo já sabendo a resposta só por ver a cara dele.
- Se eu gostei? – Ele ia dando pequenos passos em direção à água. – Eu nunca vi algo tão bonito, tão azul... Eu quero entrar. – Ele se virou para Sarah. – Por favor, vamos...
- Claro! Ou você acha que eu ia te trazer aqui só para ver e depois ir embora?
Um grande sorriso se abriu no rosto de Rony. Sarah forrou sua canga na areia perto da água, colocou a bolsa
em cima e puxou Rony para a água. Quando ele colocou o pé na beira da água ficou completamente arrepiado. Sarah, percebendo que ele estava hesitante em entrar na água fria, não resistiu: deu um pulo que espirrou água para todos os lados, principalmente em Rony que pulou atrás dela.
Divertiam-se muito. Brincavam como duas crianças. Rony tinha certeza que nunca tinha se divertido tanto. Esqueceram que eram de mundos diferentes, que eles eram diferentes e que logo não se veriam mais. A única coisa que importava era aquele momento tão legal. Ficaram lá por toda manhã até que estava ficando tarde e resolveram ir embora.

Enquanto isso, na Mansão Malfoy, um rapaz muito aborrecido estava deitado em sua cama. Draco também mudara como os outros. Continuava com sua pele pálida, com seus olhos inconfundíveis e seu cabelo platinado, mas estava diferente. Estava lindo. Parecia um anjo, embora fosse apenas na aparência. Também estava com o físico perfeito devido ao quadribol. De uma coisa Draco não podia reclamar: desde seu 3ºano em Hogwarts, ele era um dos garotos mais cobiçados da escola. Isso se não fosse o mais cobiçado. Poderia ter qualquer garota que quisesse e isso fazia com que aumentasse o seu ego, que já era grande, cada vez mais.
Ele não estava nem um pouco ansioso para o começo das aulas. Tinha muitas outras preocupações em sua cabeça. Draco sabia que seu destino era ser um comensal da morte, mas, há algum tempo, pensava que esse era um desejo de seu pai e não o seu. Claro que ele achava Voldemort um grande bruxo, o maior. Só pelo fato dele ter tentado matar Harry Potter já era um motivo de Draco ter adoração por ele, mas ele não gostava da idéia de ter que obedecer a um bruxo que nem humano era. Apesar disso, ele nunca teria coragem de contrariar a vontade do pai. Ainda mais sabendo que Voldemort já contava com Draco e que a cerimônia seria no próximo ano.
Resolveu parar de pensar naquilo e foi arrumar sua mala para Hogwarts quando foi interrompido por batidas na porta do quarto.
- Draco, eu posso entrar? – Uma voz chorosa perguntava baixinho.
- Sim mãe, entre. – Draco estranhou a voz da mãe, pois nunca tinha ouvido ela falar daquele jeito.
- Preciso falar com você. – Narcisa entrou, cuidou de fechar bem a porta e se sentou na cama ao lado do filho.
- Mãe, você estava chorando? – Ficou muito preocupado ao ver que os olhos dela estavam vermelhos. Não se poderia dizer que ele realmente amava sua mãe, mas ela era a pessoa que mais demonstrava algum afeto por ele, por menor que fosse, fazendo com que ele sentisse um carinho especial por ela.
- Filho, eu preciso te dizer uma coisa, mas você tem que prometer pra mim que não irá contar nada para seu pai.
- Claro mãe. Mas se ele escutar o que vamos...
- Não se preocupe, – Narcisa o interrompeu. – ele saiu e só volta a noite.
- Então pode falar. – disse, observando aquela bela mulher. Numa coisa sempre admirou sua mãe. Ela tinha uma beleza impressionante, como poucas tinham, e uma classe incomparável. Draco adorava andar com sua mãe e exibi-la pela sociedade.
- Bom... O Lorde das trevas está voltando e você sabe. – Draco confirmou com a cabeça . – E você sabe que eu sempre estive do lado dele.
- Sim. Você e meu pai. – Não estava entendendo nada. Até aquele momento não tinha nenhuma novidade.
- É, mas agora eu não estou tão do lado dele como antes.
- Por que? – Ficou muito surpreso com o que a mãe disse.
- Estar do lado dele não significa segurança. Muito pelo contrário, é estar vulnerável. Ele sempre mata algum comensal por um erro bobo e eu não quero isso pra mim... – Respirou fundo com os olhos fechados. – E muito menos pra você.
- Como assim? – Ele ficou ainda mais confuso com o rumo daquela conversa.
- Eu vou embora. Vou morar num bairro trouxa porque não é seguro eu ficar aqui. Eu falei para o Lorde o que eu pensava sobre matar os próprios comensais. Disse várias coisas que não o agradou. Disse que ele não era nada sem os comensais e ainda assim ele os mata! Enfim, falei tudo o que pensava porque achei que seu pai fosse me apoiar. Agora ele me quer quieta, ou seja, morta.
- O QUE? Meu pai não vai deixar que te matem! – Draco não acreditava no que estava ouvindo.
- Não, engano seu. Seu pai nunca irá enfrentar o Lorde e agora os dois querem me pegar porque não estou do
lado deles e sei demais. Sei de muitas coisas que os prejudicariam. – Narcisa não segurou e começou a chorar.
- Mãe... você vai me abandonar? – Tentou disfarçar o desapontamento.
- Não! Por isso eu estou aqui. Vem comigo Draco. Eles nunca irão nos achar e...
- Não. – Draco interrompeu sua mãe firme e friamente. –Eu vou ficar aqui.
- Mesmo depois do que eu te disse você vai ficar aqui? – Narcisa não conseguia segurar o choro. Quem a visse agora não acreditaria que aquela era a mulher sempre imponente e superior.
- É melhor você ir para esse lugar. Você tem que se proteger, mas eu vou ficar. Se eu abandonar o Lorde ele irá me perseguir e me castigar. Eu sou o comensal mais esperado por ele e não posso negar meu futuro, meu destino.
Depois de muita discussão e teimosia, Draco convenceu Narcisa a ir embora sem ele. Ela ficou muito triste e
insegura, mas prometeu que quando fosse o melhor momento voltaria. A mulher deixou uma carta na mesa do escritório para Lúcio explicando porque tinha ido embora. Narcisa se despediu do filho com muita dor. Por mais que não demonstrasse, o amava muito e deixá-lo era uma dor muito forte. Assim foi embora. Draco ficou um pouco chateado, mas não ficou triste. Ele não sabia o que era tristeza de verdade.
Depois daquela conversa com a mãe suas dúvidas voltaram ainda mais intensas. “Será que devo ser um comensal?” ele perguntava a si mesmo esperando que alguém lhe respondesse. Agora só tinha seu pai e esse queria que, de qualquer jeito, ele fosse um. Talvez ele não tivesse outra saída e isso o deixava extremamente incomodado. Perguntava-se se aquelas dúvidas sairiam da sua cabeça.
Quando Lúcio voltou para a mansão, procurou por Narcisa, mas não a encontrou. Foi até o escritório e viu uma carta em cima da mesa que se dirigia a ele. Pegou o envelope, abriu e leu.

“Lúcio,
decepcionei-me muito quando você não me defendeu e preferiu apoiar o Lorde Voldemort. Sei que ele quer me matar e por isso fui embora. Preferi não me despedir de Draco para ele não fazer perguntas. Não me procure pois não me achará. Cuide bem de nosso filho. E saiba que tudo o que eu falei é verdade e não me arrependo, você sabe. Logo Voldemort irá matar você como fez com aquele homem ontem. Eu sinto por você, mas não poderei fazer nada.
N.M”

O homem ficou revoltado ao terminar de ler a carta. Importava-se com Narcisa, não queria que ela fosse embora e nem matá-la, mas devia obedecer sempre ao seu Lorde. Além do mais, sua principal preocupação era como seria a reação de Voldemort. Pegou a carta e subiu até o quarto de Draco.
- Draco! – chamou ao bater na porta.
- Pode entrar. – Ele respondeu. Percebeu logo que era seu pai e que estava bastante irritado.
- Onde está sua mãe? – Lúcio perguntou impaciente.
- Eu não sei. Não a vi hoje. – Draco respondeu com cinismo. Mentia muito bem e se orgulhava disso.
- Leia. – ordenou ao entregar a carta ao filho.
- Eu não acredito. Ela foi embora! – Fingiu surpresa.
Draco poderia rir do tamanho de seu descaramento. Ficou impressionado com seu talento para mentir. Quase
sempre mentia, mas agora estava atuando como um verdadeiro profissional.
Lúcio ficou ainda mais furioso. Levou a carta até Voldemort e quando este ficou sabendo sobre Narcisa não se preocupou muito, pois ele tinha certeza que ela não contaria nada sobre os comensais e sobre ele porque qualquer informação que ela desse, seria um passo para os comensais a acharem. Além do mais, ele tinha outras coisas para se preocupar. Precisava de um plano para voltar ao poder e já estava pensando em um junto com seus seguidores que estavam espalhados por toda parte.

Quando Sarah e Rony chegaram em casa, viram que Arthur estava dormindo no sofá com um livro nas mãos.
Acharam melhor entrar devagar para não acordá-lo.
- Vem Rony. – Sarah cochichou para não acordar Arthur, mas já era tarde
- Oi... – Ele despertou e levantou-se ainda sonolento. – Vocês já chegaram, que bom.
Ao ver que seu pai acordou, Rony entrou para se trocar. Sabia que seu pai o mandaria fazer isso para irem logo embora. Quando garoto saiu do banheiro viu Sarah sentada no sofá muito triste.
- Bom... – Rony chamou a atenção da garota. – Então já vou, foi super legal ter te conhecido...
- Rony. – Sarah se levantou e o abraçou. – Eu não queria que você fosse embora. Quase não houve tempo da gente aproveitar.
Quando Arthur viu aquela cena ficou com um pesar muito grande, então resolveu chamar Sarah para ficar alguns dias na Toca, como agradecimento por ela ter ajudado Rony. Ela ficou encantada com o convite, mas teve que recusar pois sabia que sua mãe nunca iria deixar. Arthur percebeu que ela ficou muito chateada por não poder ir.
- Você quer mesmo ir? – Arthur perguntou querendo ter certeza do que ia fazer. A menina havia prestado um serviço impagável à família e queria fazer algo por ela.
- Mais que tudo. – Os olhos de Sarah brilhavam só em pensar em ir para a casa de Rony.
- Então eu vou falar com a sua mãe e dou um jeito de convencê-la. – Em um impulso, ela o abraçou em agradecimento.
Sarah ligou para sua mãe e pediu para que ela fosse mais cedo para casa, pois queria conversar. Em menos de uma hora ela já havia chegado.
- O que houve Sarah? Fiquei preocupada. – A mãe de Sarah disse ao entrar em casa, fechar a porta e colocar sua bolsa sobre a mesa.
- Mãe, eu quero que você conheça o pai do Rony. – Sarah falou e sua mãe se virou para olhá-lo.
- Arthur!? – Sabrina, a mãe de Sarah gritou ao vê-lo, com a expressão incrédula.
- Sabrina? – Arthur também parecia não acreditar no que via.


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Nota final: Bem, esse capítulo tá bem pequenininho... Comentem, ok?! Dicas, elogios, críticas! Td eh válido! Bjuxxx da LiKa_MaLFoy

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