A Chegada

Dumbledore olhou o relógio, e este já marcava quase meia-noite, pensou se ela demoraria muito, hoje ele havia passado o dia esperando uma pessoa que para ele era mais que especial, ele não deixou que Minerva ficasse (apesar de seus pedidos), pois queria conversar as sós com a nova professora de feitiços, logo depois que o Prof. Flitwick disse que iria se aposentar veio em sua mente várias pessoas, mas acabou se decidindo por aquela que ele prometera proteger do ônus do seu nome, “será que estou fazendo certo?...” “mas eu prometi protegê-la...” ”mas eu preciso dela aqui em Hogwarts... e na Ordem...”, e Alvo se pegou tendo os mesmos pensamentos que o embalaram durante todo este verão, meia-noite e de repente as chamas da lareira do escritório do diretor ficaram verdes e delas saiu uma mulher com cabelos castanho-avermelhados que caiam pelos seus ombros, tinha os olhos esverdeados, e uma expressão que lembrava muito a sua própria, ele parou e a observou enquanto ela tirava cinzas de sua roupa e sorria graciosamente, pensou que aquela garota realmente tinha se tornado uma mulher, e como tinha ficado bonita, tinha herdado os traços do rosto de sua mãe, mas, definitivamente, o jeito lembrava o seu próprio.
- Professora Dumbledore!- disse ele rindo - Como vai?- ela retribuiu o sorriso.
-Vou muito bem, obrigada, mas eu não gosto desse tratamento formal, dá pra me chamar como eu estou acostumada, ou então... - ela sorriu - vou ter que chamá-lo de Sr. Diretor Dumbledore.- e Dumbledore riu abertamente.
-Não, meu bem, vou chamar você pelo seu nome e você pode me chamar como quiser... -ela andou em direção em direção a Alvo Dumbledore, o abraçou e deu-lhe um beijo no rosto.
- Estava com saudades, papai!- Ele sentiu os olhos brilharem.
- Eu também minha filha. Vamos sente-se temos umas coisas para conversar e você deve estar cansada da viagem, quer um chá?
Ela fez que sim com a cabeça, e então se sentou em uma das cadeiras dispostas na frente da escrivaninha. Dumbledore conjurou um bule que fumegava, uma cestinha com alguns biscoitos e a serviu.
-Bem, - disse ele, enquanto sua filha bebericava do chá e comia um biscoito - quero saber se você está mesmo disposta a retomar seu lugar na ordem, o trabalho aqui na escola vai ser fácil, mas você sabe que o da Ordem não é moleza, e depois do que aconteceu há dois anos... -ele reparou que ela parou de beber o chá e o olhou com uma expressão de tristeza - bem, você sabe que eu me questionei muito se essa era a decisão certa, e sinceramente até agora não sei, eu prometi a mim mesmo, depois da morte de Lílian e Tiago, - a tristeza, agora transparecia ainda mais no rosto da moça - que iria te proteger a todo custo, mas - e ela o interrompeu com a mão.
- Pai, um dia eu iria voltar, eu sempre soube, todos sempre souberam, eu tive que ir, não suportei a dor de perder meus amigos, - uma lágrima rolou pelo seu rosto - mas depois de Sirius, como eu queria ter falado com ele antes... Eu decidi que iria lutar que minha hora havia chegado, e sabia que o senhor ia saber disso, mesmo que tentasse negar para me proteger, tanto é que me chamou aqui, e eu voltei e vou voltar para minha vida, à vida que eu fujo há 16 anos.
Dumbledore sorriu com os olhos por baixo dos oclinhos de meia-lua.
- Muito bem, você fez a escolha certa. Agora vá dormir um pouco que amanhã vai ser um dia cheio, tem muitas pessoas que vão ficar muito felizes de te ver, principalmente um certo professor de DCAT um tanto “Aluado”.
- Não acredito o Remo voltou?- Dumbledore afirmou com a cabeça.
- Tive muito trabalho para que ele voltasse, mas finalmente consegui convencê-lo. Agora vá, você vai encontrar seu quarto atrás do quadro da bailarina apaixonada - ela riu - a senha é “primeiro amor” - ele piscou pra ela - sempre soube que era um dos seus quadros preferidos e só mais três coisas. A primeira é que você lembre-se de ter cuidado, pois depois que a noticia de que você chegou se espalhar Voldemort vai ter um novo alvo. A segunda é que eu estou muito feliz de ter você aqui. E a terceira é que antes de ir para seu quarto vá falar com sua mãe, pois tenho certeza que ela esta acordada esperando notícias suas. Boa noite, meu anjo.

Ela o beijou na face novamente, também disse “boa noite” e saiu pela porta, foi caminhando pelos corredores, era como se ela nunca tivesse saído dali, a sensação era maravilhosa e em um instante chegou à porta dos aposentos de sua mãe e bateu. Logo apareceu a Prof.ª Minerva McGonagall vestida com um robe lilás. A prof.ª foi logo abraçando a filha recém-chegada, e foi logo perguntando se ela estava bem e dizendo que tinha ficado preocupada com essa longa viagem, que Dumbledore não tinha deixado que ela ficasse no escritório, para esperá-la, mas logo percebeu que a moça estava muito cansada e a mandou dormir, e nem precisou mandar duas vezes, pois a filha atendeu prontamente e logo saiu em direção ao seu quarto, mas mesmo com toda estafa ela não conseguia parar de admirar o castelo, ela não lembrava de como sentia falta daquele lugar então quando chegou ao retrato de uma bailarina que suspirava disse a senha e foi permitida a entrar e se viu numa sala bem decorada com uma lareira acesa com um sofá de dois lugares e duas poltronas vermelhas na sua frente, mais na frente havia uma escrivaninha com penas e pergaminhos e por toda sala estantes com livros, ela chegou perto e viu que seus pais haviam trazido os livros que estavam em sua antiga casa e os seus novos também já estavam lá, no canto direito da sala havia uma escada e quando ela subiu viu que dava para o quarto propriamente dito, nele tinha uma bela cama, armários, e tudo estava com tons vermelhos ela riu pensando que tinha sido sua mãe que tinha feito tudo aquilo querendo lembrar sempre sua casa, a Grifinória, suas malas já estavam lá, ela estava com muito sono, mas resolveu que iria deixar tudo arrumado logo, pegou a varinha e com um aceno as malas abriram, então ela apontou para as roupas e em seguida para os armários e essas saíram voando e se guardaram, então ela pegou alguns porta-retratos que ficaram em uma das malas e os colocou em cima das mesinhas do quarto, e ela observou um pouco as fotos no primeiro ela se viu com 12 anos acompanhada com uma garota de cabelos ruivos, ambas com uniforme da Grifinória, elas riam e acenavam e brincavam batendo nas mãos uma da outra, em outro porta-retrato ela tinha uns 15 anos e nele tinha quatro meninos e ela, um assanhava os cabelos o tempo todo enquanto outro com cara de rato ficava observando como se tivesse hipnotizado, outro que tinha a expressão de doente carregava um livro e sorria timidamente e o outro fazia charme e olhava sempre pra ela enquanto ela soltava beijinhos pra quem olhava a foto e abraçava fraternalmente o garoto com o livro, em outra foto tinha ela com os pais, outra era uma foto da antiga formação da Ordem da Fênix, em outra toda turma de formando do seu ano e lá estava todos de todas as casas que sorriam e acenavam, ela estava lá ao lado de Lílian e de Sirius , outra foto mostrava sua formatura da universidade e outra tinha dois casais na formatura do colégio ela e Sirius, Lílian e Tiago eles se abraçavam e davam beijinhos e pareciam eternamente apaixonados, ela não resistiu e soltou um riso baixo. Deitou-se na cama e logo adormeceu, mas antes de dormir um pensamento passou pela sua cabeça: “Finalmente ela tinha voltado para Hogwarts, sua casa, sim ela estava em casa”.

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