Meninas de Família
O sol já estava no topo do céu e aquela rua principal já estava toda iluminada pela luz emitida por aquele grande astro. As crianças já estavam brincando na rua e seus pais e irmãos ainda estavam pensando em acordar daquele sono tão profundo.
Druella pelo contrário havia acordado bem cedo naquele domingo. Levantara as seis da manhã e foi tomar um demorado banho para relaxar. Depois seguiu para cozinha e passou todas as ordens diárias para sua criada. Fez um bom café da manhã e deixou ali sobre a pia da cozinha aguardando quando seu belo marido acordasse.
Sentada na mesa da cozinha, Druella esperava o tempo passar por ela enquanto lia um bom livro. A cada palavra que lia sua expressão não mudava mostrando então sua beleza fria. Era sempre esse mesmo ritual que fazia todas as manhãs desde que resolvera se casar com Cygnus.
Druella Rosier sempre fora uma bruxa com poderes magníficos que dava inveja a quem a visse usando os. Não havia pontos fracos onde ela pudesse cair, Druella conseguia fazer qualquer tipo de feitiço ou encantamento com total facilidade e sem nenhuma ajuda de ninguém a não ser de sua varinha.
Seu primeiro feitiço fora aos exatos quatro anos onde a pequena menina fizera com que o leite de sua mamadeira virasse vinho puro. Desde então Druella não mais parou, conseguia fazer feitos cada vez mais extraordinários e que deixavam seus pais, Sr. e Sra. Rosier com um imenso orgulho.
Em Hogwarts também não fora diferente. Era a melhor da classe em todas as matérias, inclusive em História da Magia onde a própria garota assumia não gostar muito. Em seu terceiro ano escolhera cursar todas as matérias optativas e no quinto recebera as melhores notas nos N.O.M.S. de todas as matérias. Ao fim do curso, Druella ganhara um magnífico prêmio do próprio diretor Dippet como “Aluna Exemplar de Hogwarts”.
Com o fim dos estudos e com sua inteligência avançada era muito fácil adivinhar qual seria o futuro de Druella. Com apenas dezessete anos conseguira um ótimo emprego no Ministério da Magia, mais precisamente no Departamento da Regulamentação e do Controle das Leis Mágicas. Com sua inteligência deu maravilhosas idéias para projetos de leis e conseguiu arranjar diversas saídas para problemas que estavam deixando o Ministério, na época, de cabelos em pé.
Além de esperta e de possuir uma inteligência fora do comum, Druella também era dotada de certos benefícios físicos. Tinha uma estatura média e perfeita para o resto de seu corpo que era magro e leve. Suas pernas e seus braços eram finos e compridos mas que combinavam perfeitamente com seu busto e quadril. Todo seu corpo era delicado e gracioso e essas características aumentavam mais quando a mesma andava daquele jeito leve e deslizante que somente ela sabia fazer. Os homens sempre corriam atrás dela apaixonados por sua beleza, porém quando perguntavam a eles o que mais lhes atraia nela, com certeza não seria seu corpo bem delineado.
O rosto de Druella parecia ser feito em mármore. Era fino e comprido e se fechava delicadamente em seu queixo suave. Sua pele que era bem pálida batia perfeitamente com o contraste dos olhos sombrios e negros que vinham por detrás das pesadas pálpebras. Seu nariz era pequeno e levemente arrebitado e sua orelha era quase imperceptível diante do pequeno tamanho. As sobrancelhas eram retas e compridas e davam uma bela saltada na leve curva para baixo. Seus cabelos eram da mesma cor que a noite, negros, negros brilhosos que reluziam a luz do sol e do luar quando a mesma batia neles. O comprimento era extenso e percorria suas costas até a cintura com aquela textura sedosa e cheirosa que possuía. Com tantos atributos Druella poderia ter o homem que quisesse aos seus pés, mas nunca deu importância a isso, preferiu continuar trabalhando e construindo sua esplendida e brilhante carreira. Porém um dia ela teve uma visão que bagunçou todas as suas emoções.
Depois de muitas promoções e prêmios por seu ótimo trabalho Druella se tornou uma das mulheres mais bem renomeadas no Departamento onde trabalhava. Seus poderes e sua capacidade de inteligência eram comentários de todos e com o tempo chegou a um patamar tão perfeito em sua carreira que poderia ser considerado inquebravel, porém não era. Fora em um daqueles dias onde ela achava que teria pouca coisa para fazer em seu gabinete quando recebera a notificação de que um bruxo infligira uma lei que ela mesma havia ajudado a criar. Como a maioria dos infratores que ela já havia visto na vida, estava imaginando que seria um velho sujo ou um adolescente metido a besta tentando impressionar alguma namorada, porém quando recebera o homem em sua frente pode ver que não era nada do que ela estava imaginando.
Cygnus Black, membro de uma das mais conceituadas famílias bruxas , estava parado em sua frente e mostrava um charme além do comum. O que mais chamara atenção em Druella em primeiro instante fora sua aparência, era um homem alto e forte com braços grandes e musculosos, seus cabelos eram loiros e ondulados e quase não tinha sobrancelhas de tão claras que eram. Seu nariz era longo e seu queixo rígido com uma barba mal feita. Seus olhos eram azuis claros que faziam com que Druella parecesse hipnotizada.
- O senhor sabe muito bem o que andou fazendo não sabe Sr. Black? – perguntara Druella ao homem.
- Perfeitamente – disse Cygnus como se fosse uma conversa informal – e peço desculpas por todo o mal que tenha feito.
Druella segurou se para não rir e para evitar isso deu apenas um sorriso escondido em sua boca fina. Ele era tão charmoso, o modo que falava, o jeito que a olhava, a segurança quando ele dava aquele sorriso malicioso que fazia as pernas de Druella tremerem debaixo da mesa. Mas ela sabia que não podia retribuir aquele charme todo pois ela era uma profissional e não podia misturar seu trabalho com emoções pessoais.
- O Senhor receberá uma grandiosa multa por isso Sr. Black – disse Druella se levantando após uma longa conversa – e espero que não tenha de vê lo aqui em meu gabinete novamente.
- Tenho minhas dúvidas – disse ele também se levantando – acho que depois de olhar em seus olhos Senhorita vou cometer mais alguns delitos só para revê la.
- Se é o que deseja, mas devo lhe advertir que depois de mais de quatro delitos o responsável passa a ser Gordon Corbeck e ele não é tão feminino quanto eu.
- Bem então – disse Cygnus antes de Druella sair pela porta ao seu lado – talvez deva tentar encontrar a senhorita na saída de seu trabalho, que horas acaba o expediente.... oito horas?
- Lamento fico até tarde – disse Druella fingindo não estar achando graça naquele jogo – mas se quiser tentar, apareça a uma hora da manhã, ou quem sabe as duas de terça feira ou até as cinco na quinta. – e saiu de seu gabinete autoritária.
No dia seguinte a uma hora da manhã, quando Druella estava saindo do Ministério encontrou ele, Cygnus Black lhe esperando com um ramalhete de flores a porta da cabine telefônica por onde alguns funcionários costumavam ir embora. A principio Druella resistiu firme a todos os convites de Cygnus e tinha que se segurar para não cair em seu charme tão envolvente, porém duas semanas depois que os convites começaram Druella aceitou jantar com ele. Desde então a mulher começou a se apaixonar mais e mais por Cygnus e ambos começaram a formar uma bela história de amor.
Alguns anos se passaram e várias coisas mudaram na vida de todos. Cygnus e Druella se casaram e foram morar num vilarejo próximo da casa dos pais dela numa casa grandiosa e muito confortável. Haviam tido três filhas as quais Druella cuidava para serem perfeitas damas.
Todos diziam que a vida de Druella era perfeitamente perfeita, mas ela não achava o mesmo. Não que ela fosse infeliz, pelo contrário, tinha três filhas lindas e um marido que lhe dava de tudo, mas havia algo nela que faltava ser preenchido. As vezes ela se arrependia de ter largado o emprego que tanto gostava por causa de Cygnus, mas logo em seguida esquecia o pensamento que tinha e tratava de cuidar da vida que escolhera ter ao aceitar se casar com seu marido.
A cada minuto que passava Druella olhava o relógio a espera do momento certo de acordar seu marido. Era domingo e ele costumava dormir até mais tarde. Sobre a pia permanecia a bandeja com o Café da Manhã que logo seria entregue ao seu dono e sobre a mesa a sua frente estava a carta que Druella havia recebido na noite passada.
- Minha Senhora – disse uma voz esganiçada atrás dela – devo acordar o Mestre Cygnus?
- Não precisa – disse Druella olhando a Elfo – eu o acordo depois, mas vá ver se alguma das meninas acordou se não deixe as dormir, Deena.
E voltara para seu livro. Os minutos seguintes foram contemplados pelo sórdido silêncio de todas as manhã que fazia a leitura da mulher ser tão apreciada por ela. Ela via os livros de romances e aventuras como um certo desvio de suas obrigações, era algo com que ela poderia passar o tempo sem ser vista, julgada ou cobrada.
Depois de olhar para o relógio mais uma vez, Druella se levantou de sua cadeira e colocou delicadamente o livro fechado ao lado do belo vaso de flores sobre a mesa. Pegou a carta e a dobrara em cinco pedaços a enfiando tranqüilamente no bolso e logo em seguida seguiu para pegar o Café da Manhã. A bandeja estava organizadamente ajustada da melhor fora possível para seu marido, com suas frutas e alimentos favoritos.
Passou pela cozinha, que aquela hora já estava exalando o cheiro maravilhoso do almoço, em seguida seguiu pelo hall de entrada, deu uma olhada para ver se Deena estava espanando direito os móveis e logo subiu a grande e larga escada que levava ao segundo andar onde todos ainda estavam dormindo.
Druella seguiu reto pelo estreito e pouco iluminado corredor de madeira e parou diante da primeira porta a sua frente. Respirou fundo, jogou os longos cabelos negros para trás e entrou no quarto.
Era um ambiente grande e com o espaço muito bem aproveitado. Era um quarto feito totalmente de madeira como todo o resto da casa, o que vivia dando alguns insetos estranhos mas que Druella sabia muito bem como acabar com eles, e era retangular com um papel de parede rosado. O chão também de madeira era coberto por um longo tapete retangular roxo. Sobre o tapete estava uma grande cama de casal ainda com os lençóis brancos totalmente desarrumados e um homem enrolado entre eles. Atrás da cama estava uma enorme janela onde Druella podia ver todo o vilarejo onde morava. Mais a frente estava uma cômoda e em outra parede um armário grande e pesado ao lado de uma bela penteadeira dourada onde Druella costumava se arrumar todas as manhãs.
- Bom dia dorminhoco – disse Druella colocando a bandeja na cama ao lado do marido – está na hora de acordar.
- Olá querida – disse o homem num murmúrio entre os lençóis – que horas são?
- Hora de você acordar, vamos levante se.
Os lençóis começaram a se remexer e logo de dentro deles saiu Cygnus com o peito inteiramente nu mostrando todos os seus músculos. Seu rosto estava igual a alguns anos atrás, porém seu cabelo agora tinha alguns fios grisalhos o que não o deixava mais velho e sim com uma maturidade jovial. Primeiramente deu um beijo na boca da esposa e logo em seguida colocou a bandeja sobre suas pernas.
- Aparenta estar maravilhoso querida – disse ele provando um pedaço de bacon – realmente está muito bom.
- Ainda bem que gostou – disse Druella sorrindo enquanto tentava achar a melhor maneira possível de conversar com seu marido – Cyg querido, recebemos um convite.
- De quem? – perguntou enquanto engolia uma garfada de ovos mexidos.
- Orion e Walburga – disse Druella o mais amável possível ao ver Cygnus levantar as sobrancelhas – parece que sua irmã deu a luz ao bebê, tome veja nesta carta.
- Disseram o sexo do bebê?
Cygnus devolveu ao prato o que estava em seu garfo e arrancou das mãos de Druella a carta de sua irmã. Era um pouco extensa e com uma letra grande e grossa mas que dava para se entender.
- Que vigarista! – disse Cygnus jogando a carta para o lado – Não disse o sexo do bebê!
- E por que todo esse entusiasmo para saber o sexo da criança?
- Bem – disse ele ao ver a expressão que ele tanto conhecia em sua esposa – é que nós dois apostamos...
- Apostaram? – perguntou Druella inconformada – Cygnus!
- Desculpe Querida – disse Cygnus voltando ao café da manhã – mas não pude perder essa chance, ele veio se gabando para mim que teria um homem e que mais uma vez teria a chance de prosseguir com o nome da família e você já sabe como é né, nós somos....
- Homens, é eu sei muito bem como vocês são – disse Druella se levantando – bem então nós vamos?
- Provavelmente sim – disse Cygnus colocando a bandeja de lado e se ajeitando na cama – escuta, não quer vir aqui e descansar um pouquinho antes do almoço Amor?
- Não – Druella disse enquanto saia do quarto – preciso acordar as meninas.
Ao fechar a porta do quarto Druella pode respirar mais aliviada. Sabia que Cygnus não gostava de reuniões nem de comemorações e portanto seria uma tarefa difícil para ela, mas pelo menos desta vez saíra bem diferente de como ela estava imaginando. Não que ela adorasse ir a casa dos cunhados, na verdade nunca fora muito amiga da irmã de seu marido, mas estava doida para ver o novo bebê e poder pega lo no colo afinal havia quatro anos desde que teve sua última filha.
O quarto seguinte era onde suas três filhas dormiam, Andrômeda, Bellatrix e Narcisa. Era quase do mesmo tamanho que o quarto anterior mas o que diferenciava os dois eram os móveis e a decoração, enquanto aquele era rosado este era rosa forte e era cheio de desenhos florais. Havia também três camas onde as três meninas dormiam.
A mais velha de todas era Andrômeda e com certeza a mais diferente entre as três, na verdade ela era uma mistura entre os pais e familiares. Tinha um rosto redondo e liso com um pele dourada, seus olhos eram amendoados e tinham uma cor castanha com um leve brilho escondido em algum lugar. Suas sobrancelhas eram arqueadas e seus cabelos eram lisos porém volumosos e eram cortados alinhadamente aos ombros com um tom castanho claro muito bonito.
Bellatrix era a filha do meio e a mais inteligente entre as três. Era quase a miniatura de Druella de tão parecida que era. Seu rosto era fino e pálido porém possuía um queixo saliente que puxara de um tio. Seus olhos eram negros e vinham sob pálpebras pesadas que puxara da mãe Seus cabelos eram cortados acima dos ombros, mas eram lisos e sedosos e tão negros quanto os de Druella. Era magra e esbelta para sua idade, apenas seis anos, e vivia andando para cima e para baixo com livros e cadernos.
A mais nova e talvez, como dizem muitos da família, a mais bonita dentre as três era Narcisa. Ela estava naquela fase entre bebê e criança e por isso tinha uma beleza rara. Seu rosto era fino e se fechava delicadamente em seu queixo suave. Sua pele era extremamente pálida e fina . Seu nariz era pequeno e arrebitado e sua boca pequena e carnuda num tom cor de rosa. De todo o corpo de Narcisa, talvez as duas coisas mais bonitas que tinham eram seus olhos e seus cabelos. Ambos puxaram para o pai o que dava muito certo na aparência da menina. Os olhos eram azuis claros, celestes e brilhavam com a luz e seus cabelos eram tão dourados, tão brilhantes que pareciam ser de mentira. O cabelo era também cortado certeiro sobre as bochechas da menina o que a dava uma aparência de boneca.
Quando Druella entrou no quarto energicamente, como fazia todas as manhãs, pode ver que algumas de suas filhas já estavam acordadas. Bellatrix já estava de pé e começava a se trocar, Narcisa no entanto continuava deitada mas podia se ver que seus olhos estavam bem abertos a espera do momento certo para se levantar, já Andrômeda continuava a dormir. Mais uma vez como sempre fazia, Druella deu um sorriso breve para Bellatrix e seguiu para a janela que ficava atrás da cama de Andrômeda e com um puxão brusco abriu as cortinas fazendo com que o sol entrasse brutalmente nos olhos das meninas.
- Apaga a luz!! – disse Andrômeda cobrindo seu rosto com a coberta.
- Acorde Andrômeda – disse Druella passando pelo meio do quarto examinando o – já está tarde.
- Só mais cinco minutinhos.
- AGORA!
Bellatrix começou a rir mas teve que abafar seu sorriso ao ver o olhar severo da mãe. Narcisa já havia se levantado quando Andrômeda finalmente colocou os pés no chão procurando seus chinelos amarelos. Druella deu uma olhada para Andrômeda e girou os olhos com falta de paciência.
- Do outro lado Andrômeda – disse Druella – seus chinelos estão do outro lado da cama.
Druella não fazia nenhuma distinção dentre as filhas, não demonstrava favoritismo nem agradava mais uma do que a outra, mas sabia como era cada uma delas. Bellatrix era a mais geniosa dentre as três. Sempre, desde pequena, gostara de fazer tudo sozinha e detestava quando alguém lhe oferecia ajuda, fora assim quando aprendeu a ler, a escrever e até a falar e andar. Narcisa era a menor e portanto a que mais precisava da mãe, era bem calma porém nada modesta. Sempre gostava das coisas mais bonitas e mais diferentes possíveis e quando não se podia dar a ela o que queria com certeza um escândalo seria feito com direito a choros e gritos. Andrômeda era a mais calma e a mais meiga, isso as vezes dava raiva a Druella pois sempre em algumas situações difíceis ela era sempre tranqüila e serena. Por ter nove anos adorava ajudar a mãe a cuidar de Narcisa e sempre arrumava meios de distrai la.
Ao fim, depois de todas estarem trocadas com suas roupas caseiras de domingo, Andrômeda, Bellatrix e Narcisa sentaram se na penteadeira prontas para arrumarem seus cabelos. Andrômeda e Bellatrix por serem maiores sabiam o que tinham que fazer, já Narcisa era muito pequena e não conseguia nem se olhar direito no espelho e portanto precisava da ajuda de Druella.
- Pronto Cissa – disse Druella após terminar o penteado da filha – agora por favor terminem logo de se arrumar e desçam, tenho que dar uma novidade a vocês.
- Que novidade mamãe? – perguntou Andrômeda animada.
- Lá em baixo – disse a mãe seguindo pelo quarto – e rápido!
Ao bater a porta Druella não ouviu mais a voz de suas filhas. Deu uma olhada ao seu redor e saiu andando pelo corredor estreito. O chão já estava bem varrido o que significava que Deena havia feito um bom trabalho. Desceu as escadas e ao chegar a cozinha encontrou a mesa terminando de ser posta por Deena. Cygnus estava sentado em seu lugar habitual e parecia contente com um rolo de pergaminho enrolado na mão.
- Cygnus! – disse Druella - Devia ter nos esperado.
- Não resisti querida – disse ele cheirando o prato – adivinhe Druella, adivinhe quem vai ver o bebê da minha irmã.
- Quem? – disse ela temendo a resposta.
- Meus pais.
- Sério? – disse ela sorrindo falsamente – Que bom.
Não que Druella não gostasse dos sogros, mas em seu íntimo havia algo em sua sogra que não agradava. Desde que a conhecera a mãe de Cygnus sempre observara tudo o que Druella fazia e além disso comentava dando suas opiniões nada harmoniosas quanto a isso. Vivia também dizendo como ela devia arrumar a casa e criticando o modo que educava suas filhas e isso gerou em Cygnus um jeito bem irritante mas que Druella teve que se acostumar. Cygnus sempre gostou de manter as aparências e por isso sempre exigiu muito de Druella. Sempre obriga a Druella a deixar suas filhas impecáveis quando saem ou a arrumar a casa mais perfeitamente possível ou então ser a mais bela de alguma festa e sempre dizer as coisas que ele manda ela dizer ou então caso contrário uma longa briga é gerada por parte dele, pois Druella com o passar do tempo aprendeu a ser submissa a Cygnus o que a deixa numa posição nada agradável.
- Irão nos encontrar lá, meu irmão também vai – disse ele olhando pela porta – mas vejam só que meninas lindas estou vendo.
- PAPAI!!! – gritaram as três meninas.
As três meninas vieram correndo pela cozinha e abraçaram o pai carinhosamente, em seguida, a mando da mãe, se sentaram cada uma em sua cadeira, Narcisa mais próxima do pai pois Cygnus gostava de brincar com ela enquanto dava sua comida. Quando Deena colocou o último prato na mesa todos, menos Cygnus que já havia comido, começaram a comer e então o assunto começou a ser gerado na mesa.
- Estou doida para ver meu priminho! – disse Andrômeda saltitante – Ele deve ser lindo.
- Pois torça para ser menina Andrômeda se quer que seu pai ganhe dinheiro – disse Cygnus não dando importância ao olhar severo da esposa – não é mesmo Cissa? Queridinha do papai!!
- Eca, eu detesto crianças – disse Bellatrix antes de colocar um pedaço de batata na boca.
- Deena pegue guardanapos por favor, Bellatrix – disse Druella – você é criança.
- Quando eu falo crianças quero dizer bebês – disse a menina – eles são nojentos, não sabem fazer caca no banheiro e ainda babam.
Todos deram risadas, inclusive Druella que permanecia séria. No entanto Andrômeda continuava séria e olhando para a irmã nada contente.
- Bellatrix, você já fez tudo isso!
- Mas não faço mais – disse Bellatrix – pois não sou mais um bebê!!
- Papai – disse Narcisa com sua voz miúda – eu sou um bebê?
- Claro que é – disse Cygnus com cara de bobo – você é o meu bebê!!
Depois do almoço Andrômeda levou Narcisa para brincar no quarto enquanto Bellatrix preferiu ficar na sala com sua mãe lendo um livro. Cygnus se despediu brevemente de todos e seguiu para seu trabalho onde disse que iria pegar uma pasta que esquecera sobre a mesa no dia anterior.
Com o silêncio da casa, a não ser pelos pequenos barulhos que Deena fazia enquanto arrumava a cozinha, e com a leitura tão fascinante Druella acabou nem vendo as horas passando e quando foi ver já estava escurecendo e Cygnus já estava voltando do trabalho. Com um pulo se levantou da poltrona e com Bellatrix em seu encalço a levou para o andar de cima onde iria arruma las para visitarem os tios.
Depois de Cygnus ter se arrumado colocando um terno marrom muito bonito e que combinava com seus cabelos, foi a vez de Druella. Escolheu um vestido preto simples mas que se ajustava muito bem ao seu corpo. Colocou também um colar e um par de brincos que Cygnus a obrigara a colocar para fazer boa imagem a sua mãe.
Quando chegou a sala encontrou todos já arrumados. Narcisa, que estava no colo de Cygnus brincando de cavalinho, usava um belíssimo vestido de veludo verde que ganhara da avó e que não havia sido ainda estreado, em sua cabeça estava um belíssimo arco da mesma cor que o vestido e suas pernas estavam com meias brancas e longas encaixadas em sapatinhos pretos de boneca. Bellatrix estava sentada no sofá com seu cabelo muito bem escovado e usava um vestido cor de rosa com vários detalhes e babados brancos. Em sua cabeça tinha uma bela fita rosa que se fechava em um pequeno laço sobre a cabeça. Andrômeda no entanto estava de pé e era a mais desengonçada para usar roupa mais formal, nunca gostara e sempre acabava rasgando ou sujando sua roupa. Usava um vestido amarelo com vários babados vermelhos, em sua cabeça eram puxadas duas mexas de se cabelo e presas atrás com um enorme laçarote amarelo que era ajustado por Deena fazendo a menina se irritar.
- Que demora Druella! – disse Cygnus em tom alto – Não quero me atrasar, mamãe quer ver Narcisa, faz tempo que ela não nos vê.
- Desculpe Cygnus – disse Druella abaixando a cabeça – mas então vamos se não quer se atrasar.
Cygnus fez um sinal com a cabeça e em seguida colocou Narcisa no chão. Levantou se e logo seguiu para o hall de entrada onde a porta já estava aberta. Atravessaram a porta e antes de fecharem na deram todas as informações de segurança a Deena, que já conhecia tudo. Quando a porta se fechou Cygnus, Druella e as três meninas seguiram para a rua que estava quase deserta naquele momento.
- Como iremos Cyg? – perguntou Druella.
- Noitibus oras! – disse o marido grosso – Ou quer aparatar com três crianças?
Druella não respondeu, não valia a pena. Cygnus sem ouvir resposta alguma pegou sua varinha e a ergueu para a rua. Em instantes Andrômeda e Narcisa soltaram guinchos de surpresa ao ver o grande ônibus roxo berrante parar em frente a elas assim tão diferentemente.
- Para onde vão? – perguntou o cobrador pegando o dinheiro da passagem.
- Largo Grimauld Place, número doze. – disse Cygnus estupidamente.
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OLÁ A TODOS MAIS UMA VEZ.
ESTÁ AQUI MAIS UM CAPITULO DESTA FIC, "MENINAS DE FAMÍLIA".
NESTE CAPITULO QUIS MOSTRAR QUE A FAMÍLIA BLACK É MAIOR DO QUE MUITA GENTE IMAGINA E QUE É TRADICIONAL COMO FALAM.
MOSTREI TAMBÉM O COMEÇO DE TUDO. COMO BELLATRIX, ANDRÔMEDA E NARCISA ERAM QUANDO CRIANÇAS E COMO A RELAÇÃO ENTRE OS PAIS E ELAS FIZERAM ELAS SE TORNAREM PESSOAS COMO SÃO.
ESPERO QUE GOSTEM DESTE CAPITULO E PEÇO A TODOS QUE LEREM PARA COMENTAREM, POR FAVOR, É MUITO IMPORTANTE A PARTICIPAÇÃO DE VOCÊS POIS ASSIM POSSO VER O QUE VOCÊS REALMENTE QUEREM.
OBRIGADO A TODOS QUE JÁ COMENTARAM E AQUELES QUE ESTÃO LENDO NESTE EXATO MOMENTO.
ATÉ O PRÓXIMO CAPITULO.
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