Um passeio a Londres
Ao raiar do dia, Laura acordou com um barulho na janela. Estava sozinha em seu quarto, pois Kelly foi passar a semana com seus pais. Levantou, ainda meio sonolenta, e foi até a janela ver o que era.
Era uma coruja negra e trazia um bilhete e um botão de rosa vermelha. O bilhete era de Snape:
“Laura:
A poção que fizemos ontem ficou perfeita!
E, para comemorar...o que você acha de passearmos em Londres hoje?
Podemos ir logo após o café.
Aguardo sua resposta.
S.S.
”
Laura sorriu, cheirou a rosa e respondeu que adoraria passar o dia em Londres.
**
Chegando no Caldeirão Furado, Snape e Laura cumprimentaram Tom. Sentaram-se numa mesa para decidir onde iriam:
- Para onde vamos, Severo?
- Na verdade não planejei nada, o que você sugere?
- Que tal um passeio no mundo trouxa?
- É...parece interessante...
- Então tá, mas você decide onde iremos!
- Eu? Quem conhece o mundo trouxa é você!!!
- Bem....podemos visitar algumas livrarias. Aqui na Charing Cross existem várias! Também podemos fazer um passeio de barco, ir a um café, sei lá!.....
- Hummm.... gostei da idéia do passeio de barco...
Eles se dirigiram para a estação de metrô. Snape tentava agir normalmente, mas acabou se atrapalhando um pouco com a roleta. Depois, quase que a porta do metrô fecha com a perna dele pelo lado de fora. Laura tentou se segurar o máximo, mas era difícil não rir ao ver ele completamente confuso no mundo trouxa.
Chegando no pier, escolheram um dos passeios mais interessantes. Levava a Greenwich, passando por baixo da linda Tower Bridge, a ponte da Torre.
Snape, apesar de atrapalhado, estava gostando da idéia. Nunca havia passeado pelo mundo trouxa, muito menos feito um passeio de barco pela cidade! Eles conversaram muito. Laura contava histórias sobre sua vida, sua infância ... Snape escutava, perguntava...mas evitava o máximo falar de si mesmo. Muitas vezes Laura fazia uma pergunta “direta”, deixando-o completamente sem jeito.
Saindo de lá, eles caminharam um pouco e foram almoçar. Laura, após o almoço, levou Snape para visitar algumas lojas. Eles entraram numa loja esotérica e Snape se controlou para não rir. Ele não imaginava que os trouxas pudessem gostar tanto de bruxas!!! Viu caldeirões, incensos e até algumas ervas para serem usadas em poções!!! Ele não entendia como isso era possível...
Depois, para aproveitar mais um pouquinho o sol, foram a um parque. Sentaram na grama, próximo a uma árvore. Snape aproveitou que haviam muitos casais namorando no parque e abraçou Laura e a beijou, suavemente.
A noite já estava se aproximando, já eram 5 horas da tarde. Eles foram até uma cafeteria próxima à praça. O lugar era bem aconchegante. Havia uma lareira que aquecia o lugar. As mesinhas eram pequenas e quadradas, com cadeiras estofadas, tudo estilo italiano. Laura escolheu cafés especiais para os dois, com creme e canela. Snape estava com fome, e pediu uns pãezinhos.
- Nunca pensei que fosse passar um dia no meio dos trouxas.... – disse Snape.
- E gostou?
- É divertido, mas estranho....como você conseguiu fazer isso comigo?
Laura riu.
- Não conte para ninguém, vai acabar com a minha reputação!!!
- Pode deixar!!! Imagine....seria a notícia da semana no Profeta Diário: “Professor Snape passa um dia inteirinho se divertindo junto com os trouxas” ... Os grifinórios iriam adorar!!! – Laura falou sarcasticamente.
- Lanço uma maldição em você se fizer isso!
- Ohhh! Estou morrendo de medo!!!
Eles saíram da cafeteria, caminhando em direção do Caldeirão Furado, Snape continuava a falar:
- Ultimamente tem acontecido tantas coisas diferentes na minha vida....às vezes me olho no espelho e nem parece eu mesmo...
- Por que acha isso?
- Pensa bem.....primeiro aparece uma louca no Beco Diagonal que, além de esbarrar em mim, inventa de querer estudar em Hogwarts....uma nascida trouxa!!!
Laura riu.
- E....como se não bastasse....essa mesma aluna, além de conseguir, por milagre, estudar lá, consegue ser selecionada para a Sonserina e....ainda por cima....
- O que? – Laura continuava a rir.
- Ela......acho que ela me enfeitiçou!!!
Só pode ser isso!!!
- Como assim?
Ele parou de caminhar, olhou nos olhos dela e segurou-a forte pela cintura.
- Sou louco por ela!!! – Ele disse numa voz firme e aveludada.....com seus lábios quase encostando nos dela.
- Mesmo? Então porque não a beija???
Snape puxou-a mais para junto de seu corpo e lhe deu um beijo ardente e cheio de desejo. Ficaram encostados numa parede de pedra, no meio da rua. Como já era noite, não havia muitas pessoas passando por ali.
- Já está tarde, temos que ir embora, Severo.
- Eu sei...mas, está tão agradável...queria ficar mais tempo....
- Porque não ficamos mais um pouco? Que horas fecha o Caldeirão Furado?
- O problema não é esse, lá fica sempre aberto. – disse Snape com cara de quem estava programando algo em sua mente - Eu só não quero acabar acordando Alvo....
- Ah...então vamos... – disse Laura.
- Mas....o que você acha se passarmos a noite aqui em Londres?
Laura olhou para ele surpresa.
- Desculpe-me....talvez eu tenha sido um pouco...apressado.....
- Não!! Só que....eu não esperava....
- Se não quiser, eu entendo....
- Eu quero, claro que quero!! Mas, vamos ficar onde? – ela se apressou em responder, não podia perder a chance!
- Estou pensando....o Caldeirão Furado não é um local apropriado....existe muita fofoca...
- Podemos ir para um hotel trouxa....
- Mais trouxas....você quer me enlouquecer!!! – disse num tom irônico.
- Conheço um hotel bem agradável, é simples, mas acho que você vai gostar. Umas amigas minhas brasileiras, quando vieram passar uns dias aqui em Londres, ficaram nesse hotel. Ele fica aqui perto....
- Então vamos para lá!
Chegaram no Edward Lear Hotel. O clima do casarão do século 18 era bem informal. Na recepção havia uma lareira e um sofá bem aconchegante. O hotel era administrado por uma família, o que dava a impressão de “estar em casa”.
Estavam se dirigindo para o quarto, quando passaram por uma sala, onde Laura viu um computador conectado com a internet. Ficou bem “tentada” a enviar alguns e-mails para suas amigas contando as novidades. Mas o que contaria? Quem iria acreditar que ela estava se hospedando num hotel para passar a noite com o Professor Severo Snape? No mínimo a chamariam de demente!!!
Entraram no quarto. Os dois estavam bem nervosos. Laura sentia suas pernas tremerem...tinha vontade de se beliscar para ter certeza de que tudo não passava de um sonho...Snape também, queria que saísse tudo perfeito.
Laura começou a mostrar o quarto para Snape. Falou sobre as luzes, a tv, o aquecimento.... Snape a interrompeu:
- Eu não vim aqui para ter aula de Estudos dos Trouxas.... – disse com um olhar sedutor enquanto se aproximava dela.
Laura ficou parada, olhando profundamente para ele. Sua respiração começava a ficar mais acelerada, estava muito ansiosa...
Snape a abraçou e começou a beijá-la suavemente. As mãos dele começaram a percorrer o corpo dela. Ele puxou–a para mais perto.
- Eu quero você....agora! – disse com uma voz firme e quente, olhando fixamente nos olhos dela.
Os lábios de Laura buscaram os de Snape e eles se beijaram novamente. Ela se afastou e começou, lentamente, de maneira sensual, a se despir. Ele ficou paralisado, hipnotizado.... Ele também deixou seu corpo nu.
Segurou-a e deitou-a na cama. Parou por um momento e olhou para ela nua na cama. O corpo branco, todo arrepiado e um sorriso nos lábios. Snape sorriu também e seus dedos começaram a tocar cada parte do corpo dela. Percorria toda a extensão, como se quisesse gravar na memória cada curva dela. Laura suspirava, gemia... O toque dele era suave, a mão quente. Os olhos de Laura brilhavam e pareciam implorar por mais...
Snape parecia querer torturá-la. Suas mãos pareciam brincar pelo corpo dela. Finalmente encontrou os seios dela que estavam ouriçados e gritando de desejo. Snape acariciou-os suavemente. Laura olhava para os olhos dele, que pareciam ainda mais profundos, misteriosos e completamente cheios de desejo. Ele aproximou seus lábios dos seios dela e começou a percorrê-lo com a língua. Laura gemeu, sentindo seu corpo formigar ainda mais. Os lábios dele eram quentes, úmidos, macios...
Snape continuou escorregando seus lábios pelo corpo dela, e brincando com a língua. Queria sentir o sabor de cada parte do corpo de Laura. Ela sentia como se uma onda invadisse todo seu corpo e sua respiração ficou mais acelerada, ela gritou.
Ele sorriu e foi posicionando seu corpo em cima do dela. Laura sentia seu corpo vibrar. Ele a beijou e, olhando-a nos olhos, empurrou suavemente seu corpo contra o dela. Laura gemeu forte.
Seus corpos estavam úmidos, suados. Ele se movimentava e ela, gemendo, segurava nos lençóis. Laura sentiu seu coração bater mais forte, parecia que ia saltar pela boca, e sua respiração ficou ainda mais ofegante.
Ele se deitou na cama, olhando desejosamente para ela, que se posicionou em cima dele. Ela sorriu.
Laura movimentava seu corpo ao encontro do dele. Ele acariciava-a. Ela segurava seus cabelos com uma das mãos e com a outra alisava o peito dele, branco e suado.
Snape ficou ainda mais enlouquecido. Olhava para ela que parecia vibrar a cada toque de suas mãos. Ele gemia. Laura parecia uma loba selvagem, com um olhar fixo nele, movimentando-se como um relâmpago. Ele sentia seu sangue pulsar, seu corpo gritar e gemeu ainda mais forte. Laura queria mais....beijou-o violentamente. Ele novamente foi para cima dela, abraçando-a. Segurou forte e ela, sentindo todo o calor que vinha do corpo dele, gritou. Snape deu uma última estocada forte, apertando ainda mais o corpo dela com as mãos e também gritou.
**
Laura acordou. Snape estava ainda deitado, mas acordado, olhando para ela e sorrindo.
- Bom dia. – disse ele. – Dormiu bem?
- Maravilhosamente bem.... – disse se espreguiçando.
- Eles servem o café no quarto, ou temos que descer?
- Acho que temos que descer...
- Tudo bem, de qualquer forma, não podemos demorar mais....temos que voltar.
- Temos mesmo? Queria ficar mais..... – Laura sorriu.
- Alvo deve estar preocupado. Eu nunca me ausentei tanto tempo nessa época do ano...
***
Chegando em Hogwarts, notaram que Dumbledore estava sentado na sua escrivaninha, bem próximo à lareira.
- Bom dia! – disse o diretor sorrindo – Como foi o passeio?
Laura e Snape ficaram levemente corados. Snape respondeu:
- Foi muito agradável, Alvo.
Dumbledore notou que eles ficaram um pouco sem jeito de comentar sobre o passeio. Resolveu mudar de assunto. Pegou um envelope em cima de sua mesa e falou:
- O convite para a festa do Ministro chegou hoje.
- Convite? – perguntou Snape.
- Você não lembra? Ele prometeu dar uma festa em homenagem aos guerreiros da Ordem da Fênix, para comemorar a derrota de Voldemort.
- Ah, havia me esquecido. – fez uma expressão de desânimo. - Tenho que ir a esta festa mesmo, Alvo?
- Creio que sim, Severo. A sua presença é muito importante.
Snape fez uma careta e cruzou os braços.
- Tenho certeza de que vai gostar e...- olhou para Laura – a senhorita também é convidada para a festa.
- Eu? Mas eu não fiz nada, nem pertencia a Ordem....
- Se não fosse pela senhorita, meu querido Severo não estaria mais entre nós....
Snape e Laura coraram.
- E quando será esta festa, Alvo?
- Será no Equinócio de Primavera, na mansão do Ministro.
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