Verdade ou ficção?



Certo dia, Laura estava sem nada para fazer, resolveu sair caminhando pelas ruas de Londres. O dia estava ótimo para passear, a temperatura estava agradável e, por incrível que pareça, não estava chovendo, o que é raro em Londres!


Entrou em algumas lojas, comprou alguns cds e livros e continuou caminhando pela Oxford Street. Estava mergulhada nos seus pensamentos e sonhos. E, dizia para si mesma “Bem que podia ser verdade....queria virar a esquina agora e avistar a placa ‘O Caldeirão Furado’....” Um dos seus maiores sonhos é que o mundo de Harry Potter fosse real.


Resolveu arriscar, observou que estava na esquina da Charing Cross Road, exatamente onde ficava o famoso bar e, em vez de seguir reto, dobrou a esquina.. A rua era bem movimentada e....de repente, Laura parou. Sentiu um arrepio em todo seu corpo.... Olhou em sua volta e para o outro lado da rua. Avistou uma livraria...uma grande livraria. Quando o sinal para pedestres abriu, Laura atravessou a rua. Avistou também, enquanto se aproximava, uma loja de discos. Outro arrepio... De longe não tinha visto...mas entre a livraria e a loja de discos havia um bar. Parou em frente a esse bar com um aspecto estranho e parecendo sujo. Olhou para a placa bem envelhecida e meio apagada....quase não acreditou....estava escrito “O Caldeirão Furado”.


- Oh Merlim!! Não acredito! Devo estar vendo coisas!! – Laura falava sozinha em voz alta. – Bom, ilusão ou não, eu vou entrar!!! – As pessoas que estavam passando ficaram olhando Laura, achando que estava completamente doida.


Deu uma ajeitada no cabelo e nas roupas, casualmente estava toda de preto, respirou fundo e entrou. Seu coração batia cada vez mais forte.


Era um local um tanto sombrio. Havia algumas mesas bem velhas e um balcão ao fundo. A iluminação era com archotes. As pessoas que estavam no bar também eram estranhas. Vestiam roupas diferentes, e, quando Laura entrou, todos ficaram olhando para ela, pareciam que estavam diante de um ET.


Laura não se preocupou com esses olhares, fingiu que não viu, até porque, a emoção era tão grande, que nem dava espaço no seu coração para esse tipo de coisa. Sentou à mesa e o gorducho que estava atrás do balcão veio atendê-la.


- Pois não, senhorita, o que deseja?

- Cerveja amant......ah! Desculpa! Um suco, por favor!

- Um momento que já lhe sirvo.


O garçom saiu da mesa com uma cara de quem estava achando tudo muito esquisito. Enquanto preparava o suco no balcão, cochichava com dois homens que estavam ali perto.


Laura observava cada detalhe do lugar e avistou uma porta ao fundo do bar. Outra coincidência.....teria que verificar...não custava nada! Quando terminou seu suco, se dirigiu ao balcão para pagar e resolveu falar com o garçom:


- Senhor!

- Sim?

- Essa porta ao fundo, o que tem do outro lado?

- Essa porta? – ele fez um olhar de espanto – Por que quer saber?

- Só curiosidade! – Laura deu um sorriso.

- É....só o local onde coloco a lixeira, mais nada!

- Posso ver?

- Quer ver uma lixeira? – o homem parecia cada vez mais desconfiado.

- Sim, se o senhor me permitir.

- Tudo bem, fique a vontade.


Os outros que estavam no bar, ficaram se olhando com expressões de espanto e curiosidade, mas não disseram nada.


Laura abriu a porta, seu coração parecia que ia sair pela boca, olhou a lixeira encostada numa parede de tijolos...mais uma coincidência. Entrou. Todos ficaram espiando o que Laura fazia.


- Bem, vamos ver Laura, não custa nada tentar. – falava para si mesma. – Não tenho varinha, vai ser com a caneta mesmo, que Merlim me ajude!!! Três tijolos acima da lixeira e dois à direita. Aqui!!! – E Laura bateu três vezes com a caneta no tijolo....fechou os olhos por um minuto como se fizesse uma força de pensamento positivo para que desse certo....


E....como num passe de mágica, o seu desejo se realizou....a parede começou a se mover e abriu uma passagem, para.....nada mais que o Beco Diagonal.


- Existe!!! Existe!!! Não acredito!!! É o Beco Diagonal!!! Obrigada Merlim!!!


Laura começou a pular que nem uma louca. Os homens de dentro do bar ficaram de boca aberta....


- Ela parecia ser uma trouxa...como conseguiu entrar? falou o garçom.

- Se fosse trouxa, não teria enxergado o bar.... – disse outro.

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