Festa de aniversário
Capitulo 2 – Festa de aniversário
Que surpresa, fiquei boquiaberto, todos ali, só para me desejar felicidades. Esse foi o melhor momento da minha vida. Lupin, Moody, Dumbledore, Sr. Weasley, os gêmeos, Gui, Carlinhos, Hagrid, Prof.ª Minerva, Rony, Hermione, Gina e a Sra. Weasley, quem provavelmente preparou tudo isso para mim.
Eles cantaram parabéns e um a um me abraçaram e desejaram felicidades, me entregaram os presentes, mas ainda faltava uma pessoa, a Hermione. Eu não sei o que estava acontecendo com ela, parecia a Gina antes, quando ela não falava.
Já que ela não veio ate mim, eu fui ate ela. Quando eu cheguei perto, as atenções estavam todas focadas para nós, como se todos esperassem que o presente de Hermione fosse um beijo, mas esse beijo ansiado por todos e ate um pouco por mim não chegou, em vez dele apenas um abraço, carinhoso, mas talvez tivesse sido melhor o beijo.
-Feliz aniversario, Harry. – disse a garota corada enquanto me entregava um embrulho escarlate. Ao abrir o presente, uma surpresa um lindo colar de ouro com uma letra H como pingente, eu imediatamente o coloquei fiquei me admirando no espelho da sala.
H para mim tinha dois significados, meu nome Harry e o nome de mais uma pessoa, Hermione, mas em qual deles ela pensou ao me comprar esse presente? Pensei.
-Harry coma um pedaço de bolo. – a Sra. Weasley me oferecia um pratinho com uma fatia do meu bolo do aniversario.
Quando a festa acabou, todos os convidados se despediram e foram embora. Eu fui para o quarto guardar os meus presentes e encontrei Rony sentado na sua cama.
-Obrigado cara. – agradeci o presente, um relógio que funcionava como um pequeno termômetro de suas emoções, quando você esta sentindo alguma coisa diferente por alguém, ele fica imediatamente quente e você sente.
-Ainda bem que você gostou, eu achei que você não ia gostar. Eu achei que você ia pensar que eu estava insinuando alguma coisa. – disse Rony divertido.
-Não posso negar que de certa forma esse relógio é útil, mas saiba que o relógio ficou quente quando eu estava perto da Mione, eu não sei lhe explicar o porquê, mas aconteceu. – eu tentava explicar, como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo.
-Será que não esta obvio para você ainda? – Rony começava a ficar um pouco irritado de o amigo ser tão lerdo pra essas coisas. – Você esta gostando dela.
-Não, ela é a minha melhor amiga Rony, eu não gosto dela desse jeito que você esta pensando. – respondi ficando um pouco corado.
-Tudo bem, já que você é cego, o tempo pode te dizer melhor que eu. – depois de dizer isso Rony se virou em foi embora.
Parei para pensar no que o Rony tinha acabado de me dizer. Será que eu tenho algum sentimento mais forte pela minha melhor amiga? Essa pergunta rodava sem parar na minha cabeça e eu percebi que eu teimava em repetir que Hermione era a minha melhor amiga, mas com que propósito isso? Talvez isso não fosse para que eu mesmo tentasse acreditar?
Ela já não era a mesma Hermione que eu conheci há seis anos. Seus cabelos já não eram cheios e sem vida, eles estavam macios e brilhantes. Seu corpo não era mais de uma menina, ela já tinha se transformado em uma linda mulher, mas a única coisa que continuou igual foram aqueles lindos olhos castanhos, coisa que eu não reclamo, porque sempre que estou angustiado ou preocupado, basta olhar para aqueles olhos que eu me acalmo.
Quando percebi estava olhando para uma foto nossa do ano passado, eu estava ao lado de Gina que sorria para mim. Hermione abraçava Rony e ambos pareciam muito felizes, mas depois a Hermione o soltou e foi me abraçar, ate hoje eu não entendo o porquê, mas eu nunca reclamei claro!
Fiquei admirando a foto e relembrando dos bons momentos que passei ao lado de Hermione. Passei muito tempo ali, só a admirar aquela foto. Quando olhei para o relógio já era 1 da tarde e alguém batia na porta.
-Harry, venha almoçar. – era a voz de Hermione, senti o mesmo arrepio quando ela me acordou no dia passado, mas só pela sua voz?
-Já estou descendo. – respondi e logo em seguida abri a porta, Hermione ainda estava lá parada. – Vamos?
-Claro. – respondeu a garota.
Descemos as escadas e eu percebi que o almoço não seria na cozinha, e sim no jardim, para que pudéssemos comemorar o meu aniversario. As travessas estavam distribuídas pela longa mesa, a comida estava ao alcance de todos, inclusive de Rony.
Depois do almoço ficamos conversando um pouco e a Sra. Weasley nos pediu que ajudássemos a arrumar a mesa e lavar os pratos. Como eu e Rony não servíamos para trabalhos domésticos subimos para o quarto, a fim de conversar, enquanto as meninas ajudavam a Sra. Weasley na arrumação.
-Harry o que você acha da Luna? – Rony parecia constrangido em falar sobre isso comigo.
-Por quê? Não vai me dizer que ela é o seu próximo alvo? – eu logicamente estava me divertindo com toda essa situação, do meu melhor amigo me perguntar o que eu acho de uma garota.
-Bom... É que eu tenho realmente pensado muito nela. – o Rony agora encarava os próprios pés e estava totalmente corado. –ta eu confesso, eu acho que eu estou gostando dela.
-Desde quando? Porque se eu não me engano, você ate ontem estava com a Mione. – “esse cara não tem jeito” pensei comigo.
-Um pouco antes de eu terminar com ela. – ele respondeu um pouco envergonhado. – Mas saiba que eu nunca trai a Mione cara!
-Eu não disse nada.
-Mas confessa que você pensou. – era verdade, eu tinha realmente pensado nisso.
-Ta tudo bem, eu ate tinha pensado nisso, mas logo eu afastei isso da cabeça. – achei melhor confessar.
O resto da tarde passou sem mais constrangimentos, muito menos conversas como essas que acabamos de ter. Confesso que apesar de estar conversando com o Rony, a Hermione não me saia da cabeça, eu tinha pensado nela o dia todo, e estava pensando nela de novo.
-Harry? – ouvi Rony me chamar já pela terceira vez, me despertando de meus pensamentos. – já é a terceira vez que eu te chamo e você não responde. Me diz no que esta pensando? Ou melhor, em quem?
-Em ninguém. – menti para que não tivesse que explicar nada.
-Você nunca soube mentir Harry. – e o Rony estava certo, eu nunca soube mentir, meus olhos me entregavam.
-Ta você venceu, eu estava pensando na... – mas não consegui terminar de falar, porque alguém estava batendo na porta.
-Será que eu posso entrar? – reconheci ser a voz de Gina e involuntariamente fiquei vermelho. – Já que ninguém me responde eu vou entrar. – e ao dizer isso abriu a porta e quando olhou para mim logo perguntou. – O que foi Harry? Você esta vermelho.
-Ontem. – sussurrei simplesmente e por azar fui ouvido por Rony.
-O que aconteceu ontem? – como ele era indiscreto, fez a pergunta quase gritando.
-Shh Rony, a porta esta aberta e a mamãe pode ouvir. – Gina fechava a porta.
-Mas o que aconteceu ontem? – Rony era muito curioso.
-Foi assim... – e contei todo o ocorrido para Rony, que ouvia atentamente. Eu fazia pausas regulares, para respirar e me acalmar. -... E foi isso. – quando eu acabei de contar, Rony não riu, só me encarou.
-Cara, e ainda assim, você duvida que ama ela? – Rony parecia incrédulo.
-Harry por incrível que pareça o Rony tem razão. E outra coisa, não precisa ficar com vergonha do que aconteceu. Nós já nos beijamos varias vezes. – Gina tentava me consolar.
-Mas, eu ainda estou confuso. Afinal ela é a minha melhor amiga, eu não quero arriscar a nossa amizade por um sentimento que eu nem sei se eu tenho ainda. – pronto, desabafei, mas ainda faltava uma coisa. – E se eu me declarar e ela não gostar de mim do mesmo jeito que eu gosto dela? Como eu vou ficar nessa historia? Ela vai me odiar e nunca mais vai querer olhar na minha cara.
-Harry, acho que esta na hora de te contarmos. – Gina chegou mais perto de mim. – a Mione sempre gostou de você, mas por mim ela nunca te disse nada, ela não queria que eu me magoasse. Mas graças ao meu egoísmo ela foi quem se magoou. Eu juro que não queria isso pra ela, mas eu te amava.
-Eu te entendo, não precisa chorar. – Gina debulhava-se em lagrimas, enquanto eu tentava fazê-las cessar. – Eu entendo, não foi por querer.
-Obrigada Harry, por me compreender. – disse a garota entre soluços.
-Mais e ai cara, quando você vai se declarar pra ela? – Rony parecia ansioso para que isso acontecesse.
-Eu ainda não sei quais são meus reais sentimentos, eu não quero magoá-la, agora que sei toda a verdade. – fui sincero em minhas palavras.
-Tudo bem, nós vamos esperar. E vê se não demora pra entender o seu coração viu?! – Gina já parara de chorar e ia saindo, sendo acompanhada de seu irmão.
-Vamos deixar você pensando nisso sozinho cara. – disse o ruivo se virando para mim. – Boa sorte com seus sentimentos, e cuidado para não fazer nenhuma besteira. – depois ele saiu e fechou a porta ao passar por ela.
Será que eu gosto da Mione? Ou será que o meu sentimento por ela é apenas de carinho? Mas eu não posso negar que ela é uma pessoa muito especial pra mim, isso eu não posso. Mas o Rony, a Gina, eles também são especiais pra mim, e com a Gina não deu certo.
-Eu estou tão confuso! O que eu sinto por ela? – estava apenas pensando alto, mas estava tão concentrado que não reparei que alguém me observava da porta.
-Eu posso saber Sr. Potter quem é essa que esta te deixando paranóico? – Hermione se sentou na ponta da minha cama e começou a me encarar com aqueles olhos castanhos, eu não resisti. Não pensem que eu a beijei, porque isso por enquanto esta fora de cogitação, por enquanto! Eu respondi quem era, por mais que eu não quisesse.
-Essa pessoa é... – hesitei em responder, por medo que ela passasse a me odiar, mas não pude adiar mais. – Você Hermione. – pronto foi, gora seja o que Merlim quiser.
-Eu... – a garota não sabia o que responder, ela pareceu lutar intimamente e falou – e o que você sente por mim? – ela ansiava uma boa resposta, para que fizesse a coisa certa. Isso mesmo ela esperava um “eu te amo” de mim, que não veio.
-Eu... Ainda estou muito confuso com relação a isso. Me desculpe pela resposta. – me arrependi da resposta no instante em que a terminei, o rosto dela ficou com uma expressão de decepção. Será que eles estavam certos? Ela gostava mesmo de mim, e eu a magoei com essa resposta medíocre?
-Mais quando você descobrir, vê se me conta hein?! Eu quero ser a primeira a saber. – e me abriu um largo sorriso, que eu tinha que retribuir.
-Pode ter certeza que você será. – respondi com um imenso sorriso no rosto, de orelha a orelha.
O silencio baixou sobre nos, não que eu me incomode, mas eu gostaria de passar o dia todo conversando com ela. Mas me limitei a apenas encará-la e olhar profunda e carinhosamente os seus olhos castanhos, que tanto me transmitiam paz e segurança.
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