A história de um Dementador
Era uma criatura muito estranha... Como se fosse um feto comprido, com uma pele rosada. Na parte que parecia um pescoço era repuxado por muitas cicatrizes, como se a cabeça fosse arrancada e posta no lugar novamente através de costura. Hermione foca bem o seu “rosto” macilento, não possuía nenhum tipo de pêlo ou cabelo, seus olhos eram aberturas “rasgadas” na superfície de sua pele mal-tratada. Tinham uma cor branca em um todo, em certas partes havia riscos azuis bem clarinhos. Além dos pêlos, os dementadores também não possuíam nariz. Não fazia falta, não precisavam de mais uma ferramenta de enfeite, pois já bastavam-lhes os olhos que não viam... Eles apenas sentiam o prisioneiro ou uma pessoa, farejada por um mínimo de felicidade que existisse na alma de quem quer que fosse.
Hermione agora corria os olhos para um orifício cheio de dentes trepados porem muito limpos, que se encontravam grudados em uma coisa vermelha que parecia ser uma gengiva inflamada. Claro, pois se um dementador se alimenta de felicidade... Não precisaria usar os dentes para absolutamente nada...
Essas criaturas alimentavam-se de sentimentos, arrancando cada gota de felicidade de qualquer um que pudesse tê-la. Isso porque, esses seres mágicos tiveram um passado desprivilegiado de sorte, tendo como sentença de um experimento egoísta, um futuro infeliz...
“Como muitos sabem, certa vez, á muitos anos, existiu um mago, muito poderoso, que se denominava Merlin, Albert Rufos Merlin.
Mas... Houve um acontecimento abafado pelo mundo mágico á respeito de certos feitos do tão famoso e poderoso bruxo. Ele era conhecido por sua imensa sabedoria, porém... Também constava em sua lista de personalidade uma ira incomum. Nunca teve amigos, gostava de se virar sozinho e inventar encantamentos sem fim, odiava ser famoso, quase não saia de sua casa, que se alojava na floresta de Hugs, conhecida atualmente com “Floresta Proibida”. Inventava poções, e agitava sua farinha a cada segundo de sua vida solitária. Merlin tinha um ódio incomparável por erros e, um dia no final do ano, era Natal, época em que as pessoas viviam uma alegria inestimável, juntavam-se para grandes jantares em família ou saíam para lugares especiais, se presenteando com lindos pacotes com fitas multicoloridas. Sentado em sua poltrona azul-marinho, em uma sala com objetos borbulhantes, Rufos Merlin começava a sentir um sentimento que nunca sentira na vida, tristeza. Era péssimo, sentimentos geravam outros e um líquido estranho saía de seus olhos, com os livros que já tinha lido Merlin percebeu que eram lágrimas, e começou a chorar e chorar, era uma coisa que não conseguia reprimir de sua alma e muito menos expulsá-las de seus olhos. Desesperado ele sai de sua casa e ruma sem destino até a floresta de Hugs, onde habitavam seres inimagináveis, que até o próprio Merlin não conhecia... Então, ele adentra em um lugar obscuro onde avista um ser de aparência exuberante, praticamente perfeita, possuía asas transparentes e um corpo totalmente escondido por vestes brancas e tecidos suaves. Merlin havia ficado tão impressionado que decidiu convidá-lo para um experimento de captura de imagem, dando início, mesmo sem saber, á arte da trasfiguração. O ser não compreendia Merlin, mas os gestos do próprio despertou o interesse na bela criatura, deixando-se ser guiada para a casa do mago. Já em casa, Merlin rapidamente empunha sua varinha, ainda chorava mas já tinha muitas idéias em mente. Depois de pensar um pouco, ele aponta sua varinha para a criatura e realiza um gesto curto falando algo que parecia latin. Sua recompensa por não pensar mais antes de agir foi o próprio fracasso. Não gostando muito da idéia de errar, Merlin, enraivecido lança com voracidade uma maldição sobre a inocente criatura. Pois, além do mais, um dos outros adjetivos do bruxo era convencimento e ignorância, oque destinou aquela bela criatura a ser um monstro deformado, porque dela foi retirada toda a beleza e, por sua vez, depositada em um frasco em forma de um líquido finito qualquer. Sua felicidade foi retirada e aplicada no próprio Rufos Merlin. Que, no exato momento teve suas lágrimas cessadas e seus olhos apertados por um sorriso que transparecia em uma face que há alguns segundos antes era velha e cansada. Merlin também, por piedade, presenteou-a com vestes de ralé para cobrir seu corpo horrendo. Por fim, lançou-lhe uma profecia que era uma maldição tão imperdoável quanto a de morte.
A profecia era a seguinte: Seu nome será Dementador, não possuirá uma gota de felicidade, a não ser que passe sua vida a procura desse sentimento incomprável, e mesmo assim, se conseguido durará em sua alma errante milésimos de tempos, lenvando-o a correr atrás cada vez mais e sentir uma agonia sem fim pro resto da sua vida, que será eterna...
Depois disso ele expurgou a criatura de sua cabana e de lá saiu horas depois para caminhar com o sucesso, deixando isso num segredo para revelar-se depois de sua morte.”
Depois que Hermione recitara uma história antiga em seus pensamentos o gelo derreteu-se e a capa soltou-se e foi caindo como uma pena. Os dois observaram aquela capa descendo e descendo até que a criatura a olha desce serena para baixo de sua veste novamente rumando para longe, num canto oculto.
Mione aproveita a oportunidade e nada para Snape, que já estava pálido. Ela o sente congelado e o carrega para a porta. A moça, com Snape nos braços chega próxima das portas que permaneciam abertas para a sorte dos dois. Eles atravessam o portal e...
Caem com um baque no chão. Snape permanece imóvel e Hermione observa-o apreensiva.
-Por favor, esteja vivo professor Snape...- Ela falava mais para si, tossindo e buscando o ar que lhe faltara todo esse tempo. Com o sentimento de culpa voltando a tomar conta dela...
Mais um! Nossa, não agüento ficar sem postar, fiquei curiosa pra saber o que acharam e resolvi postar mais esse pequenininho!!! :P
Beijos encantados!
Uli Kelly Diamond
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