CAP. VII



TAÍ PESSOAS... UM CAPÍTULO BEM CURTINHO, MAS LEGAL... ESPERO QUE GOSTEM E POR FAVOR... NÃO DEIXEM DE POSTAR UM COMENTÁRIO... VALEU... ---lestrange---

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Era incrível como usar uma chave de portal podia se tornar nauseante, a sensação de estar sendo puxado pelo próprio umbigo era muito incomoda. Quando abri os olhos logo vi que o ambiente à minha volta havia mudado, eu e Kingsley havíamos surgido em uma sala que não chegava aos pés da do diretor. As paredes tinham cores escuras e os móveis pareciam muito velhos, mas extremamente polidos e atulhados de pergaminhos.
Foi nessa sala que conheci o auror que seria um instrutor e em breve um bom amigo, Rodolfo Stugarth. Meus primeiros dias nesse novo ambiente foram muito estranhos e cheguei a achar que jamais me acostumaria. Não fazia idéia de onde estava, a única coisa que podia dizer a respeito era que o frio do inverno era imensamente maior do que nos terrenos de Hogwarts e até mesmo o sol, que aparecia tímido sobre a paisagem nevada, tinha perdido parte do calor.
No alojamento que pelos próximos três anos eu chamaria de casa, viviam outros rapazes que, curiosos a meu respeito por ser mais jovem e ser aquele que sobreviveu a Voldemort logo trataram de fazer com que eu me sentisse parte do grupo. Ainda bem, pois, se não fosse por eles, certamente eu teria enlouquecido.
....x....

- E ai cara, você é o Harry Potter não é? Meu nome é Iago, muito prazer.- disse o rapaz estendendo a mão a Harry.

- Acho que não preciso me apresentar. – Harry respondeu com um sorriso.

- Já soubemos a seu respeito, você veio antes de se formar. Sabe, isso não é muito comum, mas você vai se sair bem aqui. – Iago se sentou na cama que pertencia agora a Harry e começou a olhar os pertences do rapaz dentro do malão.

- Esta escola se aurores não é como as outras, não é mesmo?- perguntou Harry – Onde estamos exatamente?

- Não, digamos que esta é mais exigente. - O rapaz então achou o álbum que Harry havia ganhado de Hagrid em seu primeiro ano e começou a folheá-lo distraidamente. – Você não é o único aqui que não sabe exatamente onde está, só posso te dizer que estamos em algum lugar da Irlanda, pelo frio, no norte. – respondeu mirando novamente o olhar perdido de Harry.

........

Já se haviam passado 4 dias desde que Harry partira. Depois que saiu do banheiro dos monitores com a carta nas mãos, Hermione correu para mostrá-la à Gina e Luna e ambas ficaram chocadas com toda a história. A garota também procurou por Rony e este lhe contou tudo o que Harry dissera e fizera antes de sair do castelo, ambos então decidiram descobrir os verdadeiros culpados por toda a maré de problemas que surgiram.
Após a última aula da tarde Hermione, assim como poucos alunos corajosos, saiu do castelo para caminhar à beira do lago congelado. Ao longe ela observava distraída o campo de quadribol onde o no capitão da Grifnória Rony, treinava o time para a última partida antes do natal. Ela se sentou na faia onde tantas vezes se juntara a Harry e a Rony esfregando as mãos para aquecê-las e perdida em pensamentos.
A garota só saiu de seu torpor quando sentiu alguém se aproximar e se sentar a seu lado sob a faia.

- Olá Érick. – disse ela distante.

- Olá. – Érick respondeu observando o lago congelado à sua frente para não encará-la.

Ele sabia muito bem que foi o responsável por tudo o que tinha acontecido juntamente com Scheila, só não esperava que toda aquela história de se passar por Harry causaria tamanha confusão, inclusive com Harry indo embora de Hogwarts, para a tristeza de Scheila. Ele deveria estar comemorando, mas se sentia o pior possível.
A atitude mais sensata que teve era a de contar a Hermione o que fizera tentando pelo menos diminuir peso de sua consciência. Nos últimos quatro dias esperara por uma oportunidade, mas a garota andava sempre rodeada por um daqueles amigos da Grifnória ou pela “Di lua” Lovegood. Quando a viu ir sozinha até aquela faia, mesmo com o frio que fazia, ele a seguiu, era hora de ser honesto.

- Hermione – ele a chamou quebrando assim o silêncio em que permaneciam. – Eu gostaria de contar-lhe algo importante. – disse, a garota notou seu nervosismo, mas mesmo assim ele a olhava fixamente para ela reparando que seu nariz e bochechas estavam vermelhos graças ao frio.

- O que houve? – ela perguntou.

- É sobre aquela sua história com o Potter, eu...

- Olha Érick, me desculpe por ser grosseira, mas não quero falar sobre isso agora, se me der licença... – disse Hermione se levantando

- Não espere! –Érick se levantou e a segurou pelo pulso. – É realmente importante, é... sobre o que aconteceu antes de vocês brigarem.

- Como você sabe o que aconteceu? – Hermione o encarou séria. Só ela havia visto a pessoa que julgava ser Harry com a outra garota e, mesmo que depois todos soubessem que Harry partira, a briga entre eles não havia sido vista por ninguém. – O que você quer contar Érick?

- Sente-se, por favor. – disse ele soltando o pulso da garota e vendo-a retornar ao lugar onde se sentara antes. – Ouça, quero que me prometa que seja o que for que eu lhe disser, você primeiro ouvirá tudo antes de decidir o que fazer. Tudo bem?

Hermione o encarou e apenas movimentou a cabeça numa afirmativa de que o ouviria, Érick então visivelmente nervoso suspirou e começou a contar o que havia ensaiado dias antes.

- Eu sei que você vai me odiar Hermione e muito, mas eu e Scheila somos os culpados pelo que aconteceu entre você e o Potter antes dele sair de Hogwarts. – ele então desviou seus olhos dos da garota , pois a expressão dela quando ele iniciou a conversa quase o fez perder a coragem de continuar.

Minutos depois Hermione encarava as próprias mãos e Érick aguardava apreensivo sua reação ao que ele havia acabado de contar. Ela então ergueu os olhos na direção do rapaz e sem demonstrar qualquer sinal de raiva ou tristeza falou:

- Porque você decidiu me contar tudo isso?

- É por que eu estava tão indignado por você ter escolhido o Potter ao invés de mim que me deixei dominar pela raiva e pelas idéias da maluca da Scheila, e deu no que deu. - ele olhou para a garota – depois de tudo, eu me senti a pior das criaturas com o que aconteceu Hermione.

- Entendi. – disse ela simplesmente.

- Vou entender se você não me perdoar, se quiser me entregar ao diretor ou me torturar, eu sei que mereço. – disse ele ainda mais nervoso com o silêncio de Hermione.

Mas foi a resposta que ela deu que quase o derrubou de susto. Ele esperava qualquer atitude da parte de Hermione, mas não pelo que houve a seguir. Ela segurou gentilmente uma de suas mãos trêmulas e o olhando fixamente disse:

- A raiva às vezes nos faz perder a cabeça, e sei que deveria te torturar por fazer tudo isso. – ela deu um sorriso triste. – mas aí não seria eu e a esta altura de nada adiantaria pois não iria mudar o que aconteceu. Esqueça tudo isso.

- Você, você tem certeza? – ele perguntou desconfiado.

- Sim, eu tenho certeza, não se preocupe mais com isso.

- Obrigado Mione. – ele colocou sua outra mão cobrindo a dela. – eu sei que estou sendo meio abusado, mas... podemos ao menos voltar a ser amigos?

- Podemos sim, seremos amigos. – ela depositou um beijo no rosto do rapaz agora visivelmente mais tranqüilo. A seguir ele soltou suas mãos da dela e se levantou para retornar ao castelo. – Ah Érick! – o rapaz se virou pra ela novamente. – Mantenha distância da Scheila, não a conheço, mas pelo que percebi, ela pode envenenar qualquer um, e você não merece isso.

- Pode deixar – ele respondeu sorrindo e dando as costas retornou ao castelo.

Quando o rapaz já estava longe Hermione voltou a fitar o lago, mas ao contrário de antes, havia lágrimas em seus olhos. Ela não se permitiu chorar na frente de Érick, não adiantaria, não mudaria nada...


---continua---

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