OS PLANOS DE CADA UM
A Corporação das Orquídeas Negras havia projetado toda aquela estratégia minuciosamente para que seus objetivos fossem alcançados sem nenhum contratempo. Os preparativos tinham sido feitos com sucesso e todos os bruxos convocados para participar estavam correspondendo tão bem quanto esperado. Daniel Stirling era uma peça muito importante para o sucesso daquele plano, ele sabia disso e também estava totalmente disposto a fazer tudo dar certo. Ele era um rapaz tranqüilo e inteligente, porém nutria um grande sentimento de superioridade que o tornava um pouco antipático. Sua grande habilidade sempre fora o fingimento e a perícia na arte de dissimulação, com isso conseguia enganar diversas pessoas sem levantar o mínimo de suspeitas, era só saber um pouco do comportamento do indivíduo que iria imitar e a conduta de Daniel se tornava uma cópia perfeita.
A família Stirling nunca tinha sido comprovada como defensora das Artes das Trevas, porém, uma grande suspeita sempre pairou sobre eles e haviam especulações de que contribuíam para a causa de Voldemort por debaixo dos panos. Daniel foi educado para crer na pureza de sangue, e acreditava nisso do fundo da sua alma. Sua aceitação nas Orquídeas Negras tinha ocorrido sem maiores problemas, já que sua mãe foi uma das fundadoras daquela organização. Minerva McGonagall era a única dentro da escola que sabia do histórico de sua família e por isso era o principal alvo durante aquela primeira investida em Hogwarts. Além de ser a diretora, cargo cuja tomada era essencial para a investida das Orquídeas Negras.
Stirling havia capturado Minerva, e a mantinha presa em sua própria sala vigiando-a pessoalmente. A carta de Lady Pollock tinha sido recém entregue e continha uma mensagem breve, porém muito importante:
“Stirling,
Precisamos de sangue Potter puro, nada mais de envenenamentos.
Qualquer um dos filhos pode ser aproveitado.
Vivo ou morto.
Atenciosamente, Lady Pollock”
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Harry e Rony entraram na Travessa do Tranco ainda com um pouco de receio, devido a isso, suas mãos apertavam com força as varinhas por dentro dos casacos e eles sabiam que não podiam cometer nenhum deslize já que a situação era muito delicada. Percorreram com cuidado aquelas alamedas, parando em frente a uma loja chamada O Acrobata Cigano. O lugar realmente não atrairia a atenção de alguém que estivesse procurando por algo requintado, mas a aparência do lugar era justamente o que o tornava tão bom para fazer negócios ilegais sem atrair a atenção de muitas pessoas. Se não fossem várias referências feitas ao lugar durante anos de interrogatórios no Ministério, os dois amigos realmente não saberiam onde procurar no meio de todas aquelas instalações mal construídas.
Entraram no local e logo se deram conta que ali a limpeza não era levada muito a sério, a poeira dominava o local, sem falar que havia gaiolas para animais mágicos que exalavam um fedor tão forte que parecia que eles estavam dentro de um esgoto. A temperatura no local era bem mais alta do que do lado de fora, e o ar parecia mais pesado para respirar. Uma única pessoa estava sentada no fundo da loja, era um homem grande e forte, sua pele morena e seus cabelos grandes o faziam parecer ainda mais intimidante. Ele não fez nem menção de se movimentar com a chegada de Harry e Rony, então eles tiveram que dar o primeiro passo para tentar obter alguma informação sobre os invasores de Hogwarts, mas antes que eles conseguissem falar o homem levantou a cabeça na direção deles, como se estivesse encarando-os. Ao reparar em seus olhos sem cor, os dois bruxos logo tiveram uma surpresa: a pessoa do outro lado da sala era cega.
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James reuniu todos para explicar o plano que tinha elaborado para zombar da cara do seu rival sonserino. Douglas, Neil, Alvo, Rose, Phillip e Molly escutavam com atenção todas as coordenadas que ele repassava:
- Vamos nos dividir em três partes: Molly e Phillip irão compor a equipe um; eu ficarei com Rose e Douglas formando a equipe dois; Alvo e Neil formarão a equipe três. Na primeira parte do plano vamos precisar do máximo de discrição e não podemos deixar que ninguém perceba nossas intenções, usaremos a equipe um porque são os menos conhecidos de Zabini e seus capangas. A tarefa de vocês é trocar a varinha de Zabini por uma varinha falsa que pegamos das Gemialidades Weasley. – dito isto, o garoto deu para Molly e Philip um pacote com a logomarca da loja de seus tios que continha duas varinhas falsas.
- O segundo passo ficará por conta do meu time. Nós vamos atrair eles para a Sala de Armaduras no terceiro andar. Rose irá lacrar a porta pelo lado de fora, enquanto eu e Douglas trancamos pelo lado de dentro. Além da porta, a única saída que existe no lugar é uma janela que fica a uns cinco metros do chão. – ele mostrou uma foto do local para todos os outros.
- Aí entram em cena Alvo e Neil, como eles têm mais habilidade para manobrar vassouras o trabalho deles é entrar pela janela e nos resgatar, deixando os sonserinos trancados na sala, sem terem como sair, já que as varinhas falsas não vão obedecer aos feitiços deles. A penúltima parte do plano é bem simples, depois de sair da Sala de Armaduras, vamos para a Cabana do Hagrid e damos um tempo por lá. Nós vamos puxar conversa, e depois vamos pedir para ele fazer um chá, a fumaça que vai sair da chaminé será o sinal para o encerramento do espetáculo. – James olhou atenciosamente para cada um, e continuou.
- O último ato será feito de novo por Molly e Phillip, eles vão procurar o novo professor de Poções para avisar que escutaram alguns barulhos estranhos vindos de uma sala no terceiro andar, e assim não conseguirão provar nossa culpa, pois teremos Hagrid como nosso álibi. – todos estavam ansiosos, e sabiam que não poderiam falhar nem no menor detalhe. - Agora pessoal, mãos à obra!
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