Capitulo 4
Capitulo IV
Quando Harry regressou ao salão, mancando, Hermione e Harley estavam dançando de novo.
Marilee estava junto ao bufe com expressão desolada.
- Harley acabou de me desmoralizar - murmurou para Harry. – Disse que sou uma cobra venenosa e que será uma boa lição se Hermi nunca mais falar comigo. - ergueu os olhos cheios de lágrimas. - Será que seu irmão nos levaria agora? Poderá voltar em seguida para a festa...
- Vou falar com ele - disse Harry com voz aborrecida.
Encontro Draco conversando com os outros Potter, Rony se ofereceu para levá-los em vez do irmão.
A cada minuto que passava Harry sentia-se mais embriagado, mas percebeu uma certa ansiedade entre os demais.
- Venham todos a minha casa depois do baile – Rony falou.
- Para quê? - perguntou Harry.
- Para conversar sobre touros.
- Conheço mais do assunto do que todos vocês.
- Mas venham assim mesmo. - falou o irmão de modo definitivo.
Estavam preocupados com ele, pensou Harry, pegando Marilee pelo braço, e conduzindo-a para a porta de saída.
Depois de deixarem Marilee em casa e ficarem a sós no carro, Rony comentou:
- Está mancando, Harry.
- Tente andar direito depois que uma mulher maluca pisar seu pé com salto agulha!
- Marilee fez isso?
- NÃO! Hermione Granger!E foi de propósito!
- O que fez para merecer isso?
Harry enrubesceu e tratou de se defender:
- Foi ela que começou! Esses últimos meses tudo fez para me conquistar, e quase me seduziu na cozinha de sua casa! E de repente ficou toda abespinhada quando me ouviu acusá-la de estar bisbilhotando!
- Pelo que soube, Hermione ficou tão transtornada com que ouviu de você, que começou a correr como louca pela auto-estrada e precisou ser detida pela policia. Alias, você mesmo quem pediu que a seguissem.
- Quem contou isso?
Rony riu.
- O novo assistente.
- É bom Grier não pôr o nariz onde não é chamado, se não vai levar um soco! E não tenho nada a ver com Hermione Granger!
- Diga isso ao Harley. Tivemos que convencê-lo a não tomar satisfações com você, quando Hermione voltou chorando do pátio – disse Rony. - O rapaz a estima muito...
- Ele não faz o tipo de Hermione.
- É um bom homem e a trata como uma princesa. – Rony lançou um olhar enviesado para o irmão. – Aposto que não tentaria seduzi-la no roseiral.
- Não fiz isso! Além do mais, não havia roseiral algum no jardim!
- Como sabe ?
Harry soltou um suspiro pesado, e Rony riu ao comentar:
- Hermione é geniosa, hein?
Harry voltou a suspirar.
- Desculpe o que disse há pouco. Estou com raiva. Marilee mentiu quando me contou que Hermione inventou historias a meu respeito, e eu acreditei. Mas Gina sabia a verdade, e... dei ouvidos a quem não devia.
- Gina é muito esperta.
- E eu sou obtuso e idiota. – replicou Harry. - Nem mesmo consegui perceber qual mulher estava me perseguindo! Achava que era Hermione, e o tempo todo era Marilee! Hermione disse que sou o homem mais convencido e arrogante que já conheceu, e talvez esteja certa. – Harry observou a paisagem pela janela do carro. - Ela simpatiza com Harley.
- Harley amadureceu, Hermione também. Creio que ela agiu com muita dignidade hoje, ao vê-lo com sua grande amiga. Tina estava com vontade de jogar a poncheira na cabeça de Marilee! – Rony riu, lembrando da cunhada de cabelos ruivos, que tinha um temperamento explosivo. Observou Harry com o canto do olho, e murmurou: - Agora que estamos todos casados, você tem se mostrado muito sombrio e arredio.
- Sinto-me só - respondeu Harry com simplicidade. - A casa ficou muito vazia depois que Cedrico se casou no ano passado. Não há ninguém para me fazer biscoitos, nenhuma companhia...
- Marilee - sugeriu Rony em tom irônico.
- Ela machucou o pulso e não podia dirigir, por isso a levei ao baile.
- Poderia ter dirigido com uma só mão. Certa vez dirigi com o braço quebrado.
Harry não fez comentário algum, e o irmão continuou:
- Pode ficar conosco sempre que quiser. Moramos bem perto.
- Todos vocês tem suas próprias esposas e filhas, exceto Cedrico e Mary, que são recém-casados.
- Cedrico é o casula. Os outros já se sentem mais velhos.
- Ora, Rony! É apenas dois anos mais velho que eu.
- Lembre-se de que tem trinta e cinco anos, e eu farei trinta e oito dentro de alguns meses.
- Não parece ter essa idade.
- Luna e os bebês me mantêm jovem. Casamento não é tão ruim quanto você pensa. Existe alguém para cozinhar pratos gostosos, chorar com você nos momentos de tristeza, rejubilar-se nas horas de triunfo. Sem falar em esquentar o outro lado da cama.
Harry abriu a porta do carro, assim que esse estacionou.
- Não quero me casar.
O irmão mais velho sorriu.
- Luna era apenas um pouco mais velha que Hermione quando lhe disse a mesma coisa. Pensei que fosse uma mulher experiente, fui muito ousado e quando ela me repeliu disse coisas muito desagradáveis que a ofenderam. Ela foi embora e só a reencontrei oito anos depois - O rosto másculo adquiriu uma expressão sombria. - Sofri muito nesse tempo.
Harry se lembrava.
- Nunca me contou por que Luna partiu.
- Por que agi como um idiota. Não dê ouvido a calunias de Marilee. Hermione é jovem, meiga e ingênua. Não cometa o mesmo erro que cometi, mano.
- Nisso você tem razão. - replicou Harry sem fitar o irmão. - Hermione é uma criança.
- Mas vai crescer. E, pelo que pude ver, o processo de amadurecimento já começou.
- Disse que não quer me ver outra vez.
- Dê-lhe tempo.
- Não me importo! – exclamou Harry com teimosia – E, afinal, não me interessa uma garota sempre coberta de lama, que gosta de ser vaqueira, e nem sabe cozinhar!
- Nossa cunhada Tina também não sabe, mas é um espetáculo quando se veste para uma festa. Hermione também é muito elegante, embora não seja tão exuberante quanto Marilee.
Harry deu de ombros.
- Marilee perdeu uma grande amiga.
- É verdade. Hermione nunca mais irá acreditar nela, mesmo que venha a perdoá-la.
- É incrível como uma pessoa pode estragar a própria vida e a de outros em poucos minutos!
- Tem razão. – Rony endireitou o corpo. - Preciso ir. Tivemos uma boa conversa, mano. Vá dormir.
- Obrigado pela carona. Deve estar ansioso para voltar ao baile.
Os olhos de Rony brilharam.
- Não quero perder a última dança.
- Dirija com cuidado.
- Claro!
Harry entro em casa, desligou o alarme, tirou os sapatos e o paletó e, assim que caiu sobre a cama, dormiu um sono pesado.
No caminho para casa, Hermione estava muito silenciosa. Harley sabia o motivo e detestava ver uma mulher triste.
No momento tinha vontade de socar o nariz de Harry Potter, e expressou seu desejo:
- Deveria ter deixado que eu desse uma surra naquele sujeito.
Hermione sorriu com desânimo.
- Já ouve falatório demais, mas agradeço de qualquer modo.
- Harry estava bebendo muito. Reparei que um de seus irmãos o levou com Marilee para casa.
Hermione também os vira partir e comentou:
- Não sabia que Harry Potter bebia tanto.
- E não bebe. Ninguém jamais o viu bêbado como esta noite. - Harley a fitou. – Acho que foi por sua causa.
- Ele já tinha tomado vários uísques quando chegamos ao baile. E Marilee estava tão sem graça...
- Todas as mulheres a esnobaram. Bem feito! - exclamou Harley, fazendo a curva para alcançar a fazenda dos Granger.
- É falta de caráter apunhalar uma amiga pelas costas.
- Pensei que gostasse de Marilee, Harley.
O rapaz endireitou o corpo na defensiva.
- Convidei-a uma vez para sair e ela riu.
- Por que?
- Achou hilária a minha ousadia. Marilee me considerava um frangote. – Sorriu. – Bem, não deixava de ter razão e eu tinha cabeça nas nuvens, naquela época.
Percebendo que o assunto o desagradava, Hermione disse:
- Obrigada por ter me levado ao baile.
Harley pareceu relaxar.
- Foi um prazer, gosto de você, Hermi. Sempre que quiser, pode me ligar e iremos ao cinema ou sairemos para comer um hambúrguer.
Ela riu.
- Obrigada.
- Poderíamos ir dançar...
- Adoro valsas, Harley!
- Quero aprender os ritmos latino-americanos e dançar como Grier.
Hermione lembrou-se do policial.
- Ele parecia outra pessoa no baile.
- Por que diz isso?
- Por que quando me parou na estrada por causa de excesso de velocidade, estava muito sério.
- Você dirigi depressa demais.
- Não comece!
Harley ignorou o comentário e perguntou:
- O que Grier fazia perto da auto-estrada? Sua jurisdição a apenas em Jacobsville.
- Não sei. Desconfiou quem alguém o alertou sobre um carro em alta velocidade. Dizem que Grier já viajou por quase todo o mundo.
Harley acenou de modo afirmativo.
- Já esteve no Oriente Médio, no Afeganistão, e uma série de outros lugares.
- Um homem interessante – comentou Hermione.
- E também não é mais criança. Deve ter mais ou menos a idade de Harry Potter.
Hermione olhou demoradamente pela janela.
- Desculpe.
- Por que, Harley?
- Por dizer que Harry Potter não é para você.
- Tudo bem – replicou Hermione com frieza.
Harley ia dizer mais alguma coisa, porém calou-se ao ver a expressão triste de Hermione. Em silencio, estacionou o carro na frente da casa dos Granger, e só então falou:
- Sei como se sente a respeito de Harry, mas ele não é do tipo que se casa.
Hermione o fitou com olhos sinceros.
- É o que sempre digo a mim mesma. Pode ser que um dia me convença disso.
Harley acariciou-lhe o rosto com o dedo.
- Também não me sinto preparado para o casamento. Acho que alguns homens são assim.
- Fale por você. Pretendo fazer Harry Potter mudar de idéia!
Ele sorriu.
- Cuidado! Agir com teimosia pode não mudar em nada, você ficará ainda mais decepcionada.
Hermione suspirou.
- Tem razão é claro. Oh, Harley! Por que não podemos fazer uma pessoa se apaixonar?
- Quisera saber - respondeu ele, beijando-a de leve no rosto. - Mas hoje me diverti muito, e lamento que não pense o mesmo.
Hermione sorriu.
- Eu me diverti, sim. Dancei bastante, e não fui ao baile com meu pai.
- Onde esta o senhor Granger?
- Em Denver, tentando fazer com que um grupo invista na fazenda. Mas é segredo.
Harley fez uma careta.
- Não sabia que os negócios iam mal.
Hermione acenou de modo afirmativo.
- Mas é verdade. É que a perda de um touro premiado foi um duro golpe nas finanças de papai. Se Harry não tivesse emprestado outro animal, não sei o que nós teríamos feito. Pelo menos os dois se dão bem, e Harry gosta muito de meu papai.
Na opinião de Harley, Harry gostava da filha de Fred Granger também, caso contrario não teria bebido tanto na festa. Mas não fez comentários a esse respeito, e perguntou:
- Há algo que possa ajudar?
Hermione sorriu com doçura.
- Você é um anjo! Obrigada, mas não há muito a fazer. – Suspirou. - Vou desistir da faculdade e procurar um emprego.
- Hermi!
- Freqüentar a universidade é muito caro - replicou ela com simplicidade . - No momento papai não tem recursos e não vou pedir dinheiro a Tia Lygia. A uma vaga no Shea’s, e ...
- Não pode trabalhar lá, Hermi! – interrompeu Harley – É uma hospedaria de beira de estrada! O tempo todo servem bebidas e sempre a brigas.
- Sevem pizzas e sanduíches também. Posso gostar do emprego.
Harley sentia-se contrafeito por imaginar uma moça inocente e educado como Hermione em tal ambiente.
- Pode encontrar um emprego melhor na cidade.
- Não se conseguem boas gorjetas em lanchonetes no centro. Não vai me fazer mudar de idéia, Harley.
- Caso aceite esse emprego, irei até o Shea’s de vez enquanto para ver se está tudo bem com você.
- Harley, você é um amor! – beijou-o no rosto e saiu do carro. - Obrigado de novo por me levar no baile!
- Foi muito bom, Cinderela – brincou ele com um sorriso. - Adorei cada minuto! Boa noite.
- Boa noite, Harley.
Hermione entrou sem fazer barulho e fechou aporta, sentindo-se dez anos mais velha, depois da experiência daquela noite. Pensou em Harry e desejou que tivesse uma bela ressaca na manhã seguinte!
Hermione procurou o gerente do Shea’s, um senhor simpático chamado Jed Ducan, e ofereceu-se para o emprego. Ele leu seu currículo enquanto ela aguardava, sentada em uma poltrona de couro e roendo as unhas.
- Dois anos de faculdade - murmurou o senhor Ducan. – Impressionante – seus olhos escuros a fitaram. – E quer trabalhar em um bar?
- Vou ser franca. Estamos com dificuldades financeiras. Meu pai não tem condições de pagar meus estudos e não ficarei de braços cruzados, esperando que vá a falência. Preciso ajudar. Sei que é um trabalho que não paga muito mas, as gorjetas são ótimas, segundo me disse Debbie Connors.
Debbie fora quem lhe falara do emprego, e aconselhara Hermione a ser totalmente honesta com Jed Ducan, que adorava franqueza.
O velho senhor balançou a cabeça com compreensão.
- Tem razão sobre as gorjetas, mas os clientes podem ser bastante rudes por aqui. Perdoe-me por ser franco, senhorita Granger. Mas percebe-se que a senhorita tem berço. Dirijo uma hospedaria de estrada, sirvo bebidas e as pessoas, as vezes, exageram quando bebem.
Hermione engoliu em seco.
- Posso me acostumar com essas coisas senhor Ducan. Gostaria muito de trabalhar aqui.
- Sabe cozinhar?
Ela sorriu.
- Se me perguntasse há dois meses, diria que não. Mas agora já sei. Posso até fazer biscoitos saborosos.
Jed riu.
- Tudo bem, então tem condições de ajudar a fazer pizzas. Faremos um teste de duas semanas e veremos como se saia. Irá servir com garçonete e preparar comida. Se não gostar do ambiente, poderá ir embora quando quiser. Concorda?
Hermione concordou, muito contente.
- Sim, muito obrigada!
- Seu pai sabe que pretende trabalhar?
Ela enrubesceu.
- Saberá quando voltar de Denver. Não escondo nada dele.
- E mesmo se quisesse não poderia esconder - brincou Jed. - Muitos vaqueiros que fazem negócios em Jacobsville vem aqui.
- Papai não irá se importar - garantiu Hermione, embora no intimo sentisse muito medo.
- Então volte amanhã para começar a trabalhar. Seja bem vida ao Shea’s, senhorita Granger.
- Obrigada!
Obs:Capitulo 4 postado!!!!Espero que tenham curtido!!!!Final de semana tem mais!!!Bjux!!!!Adoro à todos!!!!!
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