Capitulo 1



Capitulo I

Harry Potter não estava de bom humor. A semana toda fora cansativa e, no momento precisava consolar seu vizinho, Fred, que acabara de perder seu touro premiado. O animal era cria de um grande campeão. Harry se sentia tão triste quanto o amigo.

-Ele estava bem ontem - murmurou Fred, enxugando o suor do rosto e inclinando-se sobre o corpo do animal morto, que não apresentava sinal de nenhum ferimento - Não sou o primeiro fazendeiro a perder um touro premiado, mas as circunstâncias desta morte são muito suspeitas.

-Tem razão – concordou Harry com tristeza, os olhos escuros examinando o animal morto – É apenas um palpite, mas teve algum problema com os empregados da fazenda? Christabel Gainel acabou de informar que um de seus touros morreu de causa desconhecida. Isso aconteceu depois que demitiram um homem chamado Marc Clark, há algumas semanas. Ele agora trabalha para Duke Wright, e dirige um caminhão de gado.

-Judd Dunn disse que devido ao inchaço do animal, a cauda da morte foi timpanismo, ele é guarda-florestal – lembrou Fred - Caso houvesse ocorrido sabotagem na fazenda onde é co-proprietário com Christabel, creio que já saberíamos - balançou a cabeça com o gesto decidido – Não.

O touro deles ficava na pastagem infestada de trevos, e não tomaram providência. Mesmo assim a doença pode ser tratada, quando descoberta a tempo. Falta de sorte por não ter verificado aquele gado antes.

-Eles têm mais quatro touros ainda vivos - replicou Harry.

Fred deu de ombros.

-Talvez os animais de lá não gostem de trevos ou não estivessem todos no mesmo pasto.Tenho certeza de que o touro morreu de inchaço. Pelo menos é o Judd acha. Ele disse que Christabel é a única pessoa que a acredita que foi sabotagem. - Fred passou as mãos pelos cabelos prateados – Mas, respondendo sua pergunta, sim. Ando pensando em um ex-empregado resmungão, entretanto isso aconteceu a mais de dois anos.

-Mas sei que não foi timpanismo, pois seu gado toma antibiótico.

De modo triste, Fred voltou a olhar para a carcaça. Estava com problemas financeiros que jamais enfrentara, mas era orgulhoso demais para confessar a Harry a gravidade da situação. Limitou-se a dizer:

-Este touro não estava no seguro, e não posso substituí-lo, pelo menos não nesse momento.

Tratou de falar o mínimo possível para que o amigo não percebesse que estava na bancarrota. Porém Harry replicou:

-Esse problema podemos solucionar.Tenho um belo touro Salers que comprei há dois anos, e chegou na hora de substituí-lo. Adoraria ter comprado o seu, pois desejo fazer reposição. Pode ficar com o meu na época do acasalamento.

Fred parecia estupefato, pois sabia quanto custava um animal como aquele.

-Não posso permitir que faça isso Harry.

-Claro que pode! Não estou fazendo isso de maneira totalmente desinteressada, meu caro. Ficarei com algumas crias que ele gerar.

Fred soltou uma risada.

-Você é terrível! Nesse caso eu aceito a proposta. Mas ficarei mais tranqüilo se um homem ficar de guarda a noite.

Harry esticou os músculos doloridos e puxou o chapéu sobre os cabelos pretos, com mechas douradas. Estavam no final de setembro, mas em Jacobsville, no sudeste do Texas, a inda fazia muito calor. Estivera amanhã toda movimentando o gado e sentia-se exausto.

-Vamos tratar da segurança do touro - respondeu com simplicidade - Tenho dois peões machucados que estão inativos. Continuam na folha de pagamento, portanto podem ficar bem sentados aqui e vigiar o animal, enquanto se recuperam. E nós o alimentaremos.

Foi a vez de Harry rir.

-Isso que chamo de ótima solução. Cada touro desses como por três homens.

-Não me importo Fred.

O bom senhor volveu o olhar para o animal morto.

-Ele era o meu melhor Harry. Tinha tantas esperanças a seu respeito.

-Sei disso. Mas existem outros campeões.

- É bem verdade - Fred estacou, vendo alguém se aproximar e murmurou espantado - Minha ... Filha?

Hermione tinha cabelos castanhos e olhos da mesma cor. Já tentara ser loira, mas voltara à cor natural do cabelo, e no momento a cabeleira sedosa chegava até sua cintura. Era pequena e delgada, possuía lindos seios e pernas bem torneadas.

Entretanto, naquele instante, poderia ser confundida com um jovem vaqueiro qualquer. Estava coberta de lama da cabeça aos pés. Carregava uma sela sobre os braços delicados, e inclinava-se para frente, a fim de suporta o peso. Apenas os olhos estavam visíveis, em meio à mascara de sujeira.

-Olá papai – saldou com animação – Olá, Harry. Lindo dia, não?

Do mesmo modo que Fred, Harry arregalou os olhos verdes. Acenou para a jovem, sem conseguir falar.

-O que andou fazendo? – perguntou o pai, enquanto Hermione continuava seu caminho.

-Andando a cavalo – replicou a filha em tom alegre.

Hermione chegou no portão de casa e chamou por Hettie, enquanto o pai murmurava:

-Não me lembro da última vez que a vi montar.

-Nem eu - admitiu Harry.

-Ela está com essa mania – continuou Fred, balançando a cabeça com gesto confuso – Primeiro ajudou a preparar os fardos de feno. Depois resolveu cuidar do gado, e agora montar. – Pigarreou contrafeito - Não sei o que está acontecendo. Antes só pensava em continuar os estudos de psicologia e, de repente, disse-me que queria aprender tudo da fazenda. – Ergueu as mãos num gesto de desespero - Jamais entenderei os filhos. E você?

Harry sorriu.

-Não me pergunte. A paternidade não me atrai. Voltando ao touro, vou fazer com que o tragam agora mesmo, e meus homens virão com ele. Se tiver mais problemas, basta me informar.

Fred sentia-se aliviado. Os Potter possuíam cinco fazendas, e ninguém na região tinha mais poder político e financeiro que eles. O empréstimo do touro faria com que recuperasse os prejuízos e voltasse a equilibrar um pouco de suas finanças. Harry era um cavalheiro, pensou com afeição.

-Estou muito agradecido - disse com a voz rouca – Os tempos não tem sido fáceis.

Harry apenas sorriu. Sabia que os Granger estavam passando por momentos financeiros difíceis. Havia anos que ele e Fred trocavam e negociavam touros, embora menos caros do que o que morrera, e com freqüência fazia negócios juntos. Sentia-se feliz por poder ajudar o velho amigo.

Pensou sobre o estranho procedimento de Hermione. Ela passara messes tentando seduzi-lo com blusas decotadas e vestidos sensuais e, estava sempre por perto quando ele ia visitar Fred a trabalho. De modo divertido, lembrou-se que Hermione não sabia fazer papel de mulher fatal. Apesar de seus vinte e um anos, nada possuía em comum com a amiga Marilee, quatro anos mais velha, e que poderia dar aula de sedução a lendária Mata Hari.

Focalizando o pensamento em Marilee, imaginou se Hermione sabia a respeito do encontro de ambos em Houston. Às vezes amigas poderiam se tornar as maiores rivais quando surgia um pequeno problema, conclui consigo mesmo.

Por sorte Hermione apenas sentia um entusiasmo juvenil a seu respeito, que desaparecia assim que soubesse da traição de Marilee. Hermione era jovem demais para ele, conclui Harry, e quanto mais cedo percebesse isso, melhor, pensou.

Além disso, lembrou, que historia era aquela de bancar a fazendeira? Estaria com idéias de independência? Jamais demonstrara rebeldia antes, e sua nova aparência era espantosa. Afinal, se havia algo que sempre admirava na filha de Fred Granger era a feminilidade. Hermione de calças jeans enlameadas era um horror.

Harry deixou Fred no pasto e dirigiu de volta para sua fazenda, a mente ocupada em descobrir o que matara o jovem touro.


Hermione ouvia a governanta do lado de fora do banheiro.

-Vou me limpar logo, Hettie. É só um pouco de sujeira.

-É lama vermelha. Jamais saíra. Vai ficar com essa cor da cabeça aos pés, pelo resto da vida. As pessoas irão pensar que é uma índia.

Hermione soltou uma gargalhada enquanto tirava o resto da roupa e entrava dentro do chuveiro. Hettie era uma grande estudiosa da história norte-americana e tinha um pavio curto. Porém era um anjo de bondade, e sempre velara por ela depois que sua mãe falecera, anos atrás. Por sorte tia Lygia não ficara ali para tomar conta da casa, pensou Hermione, e os visitava apenas de vez enquanto.

A tia parecia uma velha debutante, sempre preocupada com as roupas. Hermione conclui que lembrava muita a sua mãe, que tentara criá-la como uma flor de estufa em um ambiente de mulheres decididas e fortes, e que ficaria horrorizada se a visse naquele momento, enlameada e suja.

A jovem não fazia o gênero sofisticado, entretanto tia Lygia ajudara a custear os estudos e, esperava que a sobrinha demonstrasse algum agradecimento.

Hermione terminou o banho, colocou roupas limpas e começou a limpar o chão de ladrilhos. Gostava de ajudar Hettie na arrumação da casa, embora, também achasse que a mãe ficaria escandalizada se a visse de cócoras, limpando o banheiro.

Sempre ajudara Hettie em tudo, menos na cozinha. Não possuía o mínimo dom para a culinária. Entretanto, nos últimos tempos, esse era seu grande projeto. Estava passando por uma fase de melhoramentos. Primeiro aprenderia tudo sobre a fazenda e, depois, tentaria ser uma boa cozinheira, para agradar Harry Potter.

Gostaria de ter sido a primeira a ter essa idéia, mas na verdade fora Marilee a mentora. A amiga lhe confidenciara que Harry confessara não se sentir atraído por Hermione, por que ela não entendia nada sobre fazendas. Vestia-se bem demais, era muito elegante e sofisticada, dissera ele. E o pior era que não sabia cozinhar.

Portanto, se Hermione desejava fisgar Harry, precisava empreender uma grande transformação em si mesma.

Parecia ser um bom plano, elaborado por Marilee que era sua amiga desde o primário, quando os Morgan tinham se mudado para a propriedade vizinha. Hermione aceitava de bom grado as sugestões da outra, que considerava leal e sincera, só desejando o seu bem.

Decidira ficar em casa e não voltar para a faculdade. Mostraria a Harry Potter, que podia ser a mulher que lhe atraía. Iria se empenhar tanto, disse consigo mesma, que teria sucesso.

Ao descer a escada de madeira para o vestíbulo, Hermione admitiu em pensamento que não era uma grande amazona, mas, sendo filha de fazendeiro, iria praticar e melhorar o desempenho.


Uma semana mais tarde, Hermione estava fazendo biscoito na cozinha, pelo menos tentando aprender, quando deixou cair com força o saco de farinha sobre o balcão, e ficou branca da cabeça aos pés.

Foi naquele momento que seu pai entrou, seguido de Harry.

-Hermi? – exclamou Fred arregalado os olhos.

-Olá, papai. Como vai Harry? – saudou com um amplo sorriso no rosto enfarinhado.

-O que está fazendo? – questionou Fred.

-Guardando a farinha no pote - mentiu ela.

-Onde está Hettie?

-Arrumando a casa, acho. Tia Lygia está aqui. Foi jogar cartas com os Harrison.

-Se não é carteado, é golfe, ou então tênis - resmungou Fred – Será que virá hoje tratar de negócios comigo?

Possuía em conjunto com Lygia algumas ações da falecida esposa, e precisava do seu consentimento para vendê-las. Isso, se conseguisse se encontrar com a irmã!

-Tia Lygia disse que só virá no sábado, pai.

Fred deixou escapar um suspiro irritado.

- Bem, venha comigo Harry! Mostrarei a você as ações que desejo vender e poderá me aconselhar. Então na minha escrivaninha. Lygia e seu maldito jogo de cartas. Fico de mãos amarradas, enquanto minha irmã se preocupa apenas em se divertir.

Harry lançou um olhar curioso sobre a figura de Hermione que mais parecia um fantasma, mas foi embora, evitando falar. Minutos depois deixou a casa, sem voltar a vê-la.


Nas semanas seguintes Hermione continuou coma campanha de aprimoração, aprendendo a laçar novilhos com o velho John. Já conseguira passar o laço na cabeça de madeira de uma vaca, portanto concluíra que era hora de tentar fazer isso ao vivo.

Seguiu as instruções de John, e laçou a corda sobre o novilho, mas o animal foi mais esperto e começou a correr em volta do curral como uma flecha, tentando se livrar.

Harry estava passando por ali naquele momento, para a infelicidade de Hermione, e viu John alcançar o bezerro e atirá-lo ao chão, enquanto a lama voltava a cobri-la da cabeça aos pés.

Apesar de não dizer nada, Harry começou a rir. Hermione não conseguia falar, com a boca cheia de lama. Impotente, olhou para os dois homens, deu as costas, e dirigiu-se para a porta dos fundos, respingando um líquido escuro e sujo.

Um banho e roupas limpas melhoraram sua aparência e odor. Resignou-se a não mais encontra Harry, portanto não se importou em caprichar no vestido e na maquiagem. Entrou na cozinha usando jeans e uma camiseta larga, de rabo de cavalo e descalça.

-Vai pisar em algum caco de vidro e se ferir - alertou Hettie, virando-se para olhá-la, enquanto preparava a massa da torta.

Hermione segurou a governanta pelas costas, enlaçando-lhe a cintura larga. Não conseguiria imaginar a vida sem a senhora de cabelos grisalhos e olhos azuis bondosos.

-Hettie querida, o que faríamos sem você?

-Largue-me sua pestinha - resmungou a senhora, com um falso olhar severo - Sei o que anda tramando.

A jovem lançou-lhe um olhar malicioso, e começou a brincar com a ponta do avental de Hettie.

-Pare com isso, ou não ganhará torta no jantar - ralhou à senhora

Hermione riu, e ajeitava o laço do avental, quando alguém entrou na cozinha.

- Pare de ensinar bobagens para a senhorita Hermione! – gritou Hettie , sem olhar para trás

-Quem? Eu? - exclamou Harry em um tom surpreso

-Oh! Harry! Desculpe, pensei que fosse o velho John – explicou a governanta, voltando-se para ele com um sorriso bem-humorado.

Hermione sentiu o coração aos pulos. Harry não fora embora, afinal! E ela não se preparara bem para recebê-lo!

Lá estava o homem de seus sonhos, diante dela, descalça e de rabo-de-cabelo! Sem perceber, continuava fingindo dar o laço no avental de Hettie, e o ouviu dizer em tom brincalhão:

-Deixa a pobre senhora em paz.

Hermione voltou-se e o encarou.

-Olha quem fala! Sua empregada vive se queixando de que está sempre brincando com ela e atrapalhando o serviço!

Harry deu de ombros e perguntou

-O que está fazendo Hettie?

-Torta. E já vou avisar que não sei fazer biscoitos.

Todos conheciam a paixão de Harry por biscoitos amanteigados, e ele resmungou:

- Tirei aquele cozinheiro do restaurante em que trabalhava, só por que disse que sabia preparar biscoitos do jeito que gosto. Precisei mandá-lo embora no dia seguinte por que era um farsante.

-O homem ficou furioso - comento Hettie, continuando com suas tarefas.

-Sujeito nervoso – murmurou - Mas tem certeza que não sabe fazer biscoitos? Já tentou?

-Não, e me recuso a tentar!

Harry suspirou

-Foi só uma sugestão ... Entretanto... torta também é boa. Faz tanto tempo que não como uma.

-Diga a Fred para convidá-lo para o jantar - sugeriu Hettie.

Harry virou-se para Hermione

-Sua filha não pode representá-lo.

Hermione não conseguira falar, presa da grande emoção, e seu mudismo deixou Harry inseguro. Ficou parado, fitando-a, e isso a perturbou ainda mais. Sabia que estava horrorosa. Segundo Marilee, Harry desejava uma mulher que soubesse laçar o gado, cozinhar, e ser bonita também. Mas naquele momento ela estava parecendo um espantalho.

Mordeu o lábio e sentia que ia chorar.

-Ora, o que aconteceu, Hermione? - perguntou Harry em um tom meigo que jamais usara com ela.

-Preciso deixar a massa crescer - resmungou Hettie, interpondo-se sem perceber o que acontecia a suas costas - Enquanto isso vou enxaguar algumas roupas.

A porta da cozinha se fechou discretamente, mas nem Harry e Hermione perceberam.

Ele se aproximou da jovem e, de repente, as mãos grandes estavam no ombro delicados, fazendo-a sentir um estranho e delicioso calor.

Hermione prendeu a respiração e fitou os olhos verdes de Harry, sérios e sinceros. Pareciam vê-la pela primeira vez e... estava muito feia! Lembrou-se, com um estremecimento.

-Vamos lá - disse ele num tom de adulação - Conte-me qual é o problema . Se puder ajudar...

Os lábios de Hermione tremiam, e pensou que seria bom arrumar uma desculpa bem depressa, antes que fosse embora.

-Fiquei machucada – mentiu de modo deslavado- Quando o novilho me arrastou pelo curral.

- Verdade?

Harry mal ouvia. Seus olhos fixavam a boca delicada e bonita, que parecia uma rosa e deixava entrever dentes brancos e prefeitos. Imaginou se a jovem já fora beijada. Parecia nunca ter saído com rapazes, apesar de Marilee ter dito que Hermione tinha dúzias de flertes e era muito namoradeira.

No momento Hermione sentia as pernas bambas. A qualquer instante, pensou, iria cair. Harry sentiu-a estremecer sob o toque das suas mãos, e franziu o cenho. Se era tão descolada com rapazes, como Marilee dissera, por que parecia tão tímida? Uma mulher experiente aproveitaria o momento e o enlaçaria pelo pescoço, atraindo-o para um beijo. Pensando nisso, de modo instintivo, puxo-a para si.

-Venha cá - murmurou com voz rouca.

Harry era o mais alto dos irmãos Potter, e o mais forte também. Sentiu os seios de Hermione de encontro ao tórax musculoso, e fitou os olhos castanhos e brilhantes. Ela colocara a mão sobre a sua camisa, mas com timidez, como se não soubesse o que fazer.

Harry suspirou de modo involuntário. Precisava lutar contra a onda de desejo que o possuía naquele momento. Hermione era uma menina, filha de seu amigo e parceiro. Alguém intocável, pensou. Então porque ficava olhando para seus lábios, e suando ante a aproximação dos seios firmes de encontro ao seu corpo?

-Pare de apertar minha camisa - disse em voz baixa - Espalme as mãos em meu peito.

Ela obedeceu, como se fosse uma criança pequena aprendendo a andar. Ficou muito quieta, rezando para que ele não recuperasse o bom senso e se afastasse correndo, e evitava até mesmo respirar para não distraí-lo. Harry parecia estar em transe, e esse era um sonho que se tornava realidade, pensou ela.

-Não sabe o que fazer?- murmurou ele, sorrindo.

De modo lento, inclinou a cabeça e beijo-a nos lábios entreabertos, deslizando as mãos até a cintura fina, e enlaçando-a . Hermione mal conseguia respirar ou se mover, e o beijo se intensificou, se tornado uma caricia sensual, enquanto Harry continuava a deslizar as mãos fortes até o quadril delicado, fazendo-a de repente, afastar-se com ímpeto.

-Muitos namorados hein? - comentou ele com ironia, sem que Hermione compreendesse o que quis dizer. Ergue as mãos e segurou-lhe o queixo com delicadeza - Mas continue sendo assim.

Com um gesto suave, retirou o elástico dos cabelos cumpridos, que caíram, emoldurando o rosto bonito da jovem.

Para ela, tudo isso era um devaneio maravilhoso. Ali, em plana luz do dia, na cozinha onde tentava com tanto afinco aprender a cozinhar para agradá-lo.

Naquele instante Harry deixou escapar um gemido profundo, e apertou-a de encontro ao peito, como se não pudesse controlar. Tinha certeza que, apesar de inexperiente, Hermione sabia que o deixara muito excitado, mais isso era um segredo entre os dois, e assim deveria permanecer. Era errado, disse a si mesmo. Precisava retomar o bom senso.

Afastou-se de modo relutante, mentalmente recitando a tabuada, a fim de recobrar o autocontrole.

Aquele impulso irracional o incomodava, em especial por ter saído com uma mulher intocável para ele. Não compreendia com perdera o controle daquele jeito. Hermione era muito mais nova, mas parecia que seus instintos masculinos não pensavam assim, concluiu, aborrecido consigo mesmo.

-Isso não deveria ter acontecido – murmurou afinal com voz rouca – Você é muito criança, e eu velho o suficiente para não tomar atitudes estúpidas. Está me ouvindo? Desculpe.

Com o rosto corado, Hermione replicou:

-Sinto muito também

Harry enfiou as mãos no bolso na calça, de modo agressivo, e resmungou:

-Raios! A culpa foi minha também.

-Sem problemas - replicou Hermione com meiguice – Gosto de aprender uma lição nova sempre que é possível. E não tenho muitas oportunidades por aqui, onde só existem peões que mascam fumo e cospem no chão. Aposto que você não sai com mulheres que cheiram mal.

Porém Harry fitava os cabelos que caiam sobre o rosto de Hermione e seu sorriso encantador.

-Posso jantar aqui? - murmurou hipnotizado pelos olhos castanhos que não o deixavam. - Se dizer que sim, vou pensar em lhe dar algumas aulas . Mas apenas o básico, é claro - concluiu com um sorriso zombeteiro.



Obs:Até que enfim consegui atualizar essa fic né?hehehe... Bom, espero que curtam a história como eu curti ao lê-la.

Tenho uma pergunta para fazer para vocês: Gostariam que eu escrevesse, depois da fic, as histórias de cada irmão do Harry?É que essa história é a última de uma série da Diana Palmer intitulada "Irmãos Hart", e eu tenho todas as histórias de cada irmão. Por isso gostaria de saber a opinião de vocês, se não quiserem não tem problema, mas por favor me digam o que preferem.

Bom era só, logo logo tem mais atualização!!!Bjux!!!!Adoro vocês!!!!!

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