Epílogo
Dois dias depois do incidente com Lily haviam se passado. Para sermos mais exatos, esta era a terceira manhã. E mais um dia monótono de aula estava por vir. James, era o mais desanimado naquela manhã. Quase não vira Lily e não tivera notícias de seu di... Caderno... Ah, diário mesmo, tudo bem. Parecia que tudo já perdera a graça. Ele não se sentia mais o mesmo sem Evans e sem aquele diário.
Olhou para os aigos que tomavam café distraidamente, para as pessoas conversando como todos os dias e se sentiu deslocado. Não queria estar ali.
Levantou-se e murmurou algumas palavras para os marotos que o fitavam. Disse algo como passar no dormitório e pegar suas coisas antes da aula, mas não tinha muita certeza de que fizera-se entender.
Já no quarto, James não reconhecia-se no espelho. Era o mesmo James Potter, com os mesmo traços, a mesma aparência, mas com um interior diferente, com uma mente confusa e um coração cheio de sonho apagdos, ofuscados pelas desilusões dos últimos acontecimentos.
James não se entendia. Decepcionara-se com Evans e isso foi o que mais o magoara. Ela sempre o tratara daquela forma e ele sabia que não podia ter sesperado outra coisa, apesar de sempre ter sido um tolo. Saíra daquela sala cojm uma chama de fúria e coração partido. Entretanto, ultimamente lhe ocorria que poderia ter sido pior.
Evans não o julgara, não o apunhalara, apenas formulou uma teoria que teria sido a mais óbvia, tendo em vista a forma com que acordou e os encontrou. Mas não por ter sido ele, James Potter, e sim um homem, a situação, a confusão da bebida quando acordou. As palavras dela não diziam que ela acreditara que ele havia abusado de si, mas que, movida talvez pelo alcoól, os dois juntos, poderiam ter cometido alguma loucura.
O que significava que ela não o culparia se ele tivesse seguido os seus instintos.
Só que James fora capaz de uma aitude nobre, a salvando e cuidadno dela enquanto sofria para controlar esses mesmos impulsos. Doia-lhe saber que Evans não lhe acreditara essa atitude.
Mas também, ele fizera-se por merecer ao longo de todos esses anos... E ela pedira desculpas... Mas ele ainda estava chateado...
Droga! Quantos "mas", "es", "emboras" e "poréns"! Ele não aguentava mais!
Só uma, de todas essas afirmações e controvérsias era a verdade: Ele aceitaria passar uma borracha em todo o passado, se ela apenas lhe dissesse que o amava.
Apenas essas três palavrinhas:
"Eu te amo."
Só isso.
O que era, teoricamente, impossível.
- Prongs, você tá legal?
Através do reflexo do espelho, James sorriu para um preocupado Moony há alguns metros de si.
- Tô. Só você que subiu?
Fingiu que penteava o cabelo.
- Sim. Você não me parecia bem na mesa.
- Estou bem. - James respondeu, guardando o pente e pegando sua mocila. Sorriu para o amigo de sobrancelhas franzidas.
- Bem... Se é assim, é bom descermos para não perdermos a primeira aula...
Remus olhou ao redor e voltou a franzir o cenho.
- Porque fechou o dossel de sua cama? Vai ficar abafado depois.
- Ora, não fui eu. Devem ter sido os elfos...
- E porque fechariam só a sua?
Era verdade, só a cama de James estava com o dossel fechado.
- Só sei que não fui eu - resmungou, antes de abrir as cortinas.
Piscou uma vez. Depois outra. Mas não era miragem: em cima de sua cama, intocável, sem nenhum bilhete nem nada, estava o seu diário!
- Isso seria...?
- É.
- E o que ele está fazendo aí? Você não o tinha perdido?
- Ele estava perdido. Até agora. - Piscou de novo. - Mas quem...
Sobressaltaram-se com o primeiro sinal.
- Oh, doga, James, a gente tem que correr!
- Mas...
- Vamos, temos transfiguração agora!
Sem tempo para qualquer outra coisa, James guardou o caderno na mochila antes de ser puxado para mais uma entediante aula de transfiguração.
Entediante, porque, como sempre, a professora passa revisões quase sempre teóricas da matéria dos NIEM's. E coisas que ele já estava cansado de ouvir.
Numa tentativa de espantar o tédio, James ficou toda a aula olhando o seu diário. Lendo anotações antigas, relembrando o passado... Em certo momento, teve aquela estranha sensação de alguém o encarava. Olhou para os lados e encontrou quem menos esperava: Evans.
Ela tinha um olhar estranho, com as sobrancelhas levemente erguidas... Esperava algo, mas o quê?
Num esforço supremo, ele desviou o olhar, pois não suportava encará-la. De soslaio, percebeu que ela abaixava a cabeça. Tudo muito estranho.
Faltavam uns cinco minutos para o fim da aula quando ele resolveu escrever alguma coisa, apesar de não se sentir nem um pouco inclinado a isso. Mas o tédio já estava insuportável, precisava fazer alguma coisa para distrair a cabeça urgentemente.
Foi folheando as páginas, chegando nas anotações da dia do baile, que ele fez dividindo a mesma cama com Evans...
Evans, não queria pensar nela, ela não o amava...
Chegou à última página escrita, ou ao menos pensava que era, quando seus olhos se arregalaram e seu coração disparou.
Impossível.
Imediatamente a dúvida percorreu sua mente. E se fosse uma brincadeira? Folheou as últimas páginas... Chegou a última... Havia quantas? Umas quarenta? Quarenta e quatro? Todas... E lá no final, a confirmação que ele precisava...
Mas será...
Ele estava confuso. Exuberante. Mas confuso.
Buscou Evans com os olhos outra vez, mas ela não retribiu o seu olhar, encarava a própria carteira e suspreendentemente não fazia os exercícios da aula. Tentou chamar sua atenção, mas sem sucesso. E antes que pudesse fazer qualquer outra coisa o sinal tocou.
Nos milésimos de segundo que demorou para arrumar suas coisas, ela desapareceu.
- Prongs, o que você acha da gente...
- Agora não, Padfoot, eu preciso... Você viu pra onde ela foi?
- Quem?!?
- Evans... Deixa pra lá... Eu vou procurar.
- Mas James...
Felizmente, James tinha uma passada bem rápida e os cabelos de Lily não permitiam que ela se escondesse. Encontrou-a alguns metros à frente.
- Evans!
Ela não ouviu. Ou pelos menos fingiu que não ouviu.
- Hey, Evans!
Nada ainda. James resolveu correr para alcançá-la.
- Lily!
Quando ela parou, ele teve que se segurar a tempo para não colidir, derrapando o tênis no chão e chamando a atenção de algumas pessoas curiosas ao redor.
Ele fez uma anotação mental de que ela agora respondia apenas por "Lily".
- Lily - falou de novo. Mas descobriu-se sem palavras assim que percebeu ter a tenção dela.
Como ele ficara em silêncio, Lilian fez menção de ir embora, mas ele a segurou.
- Não, espera... Foi você quem... Porque... Isso é verdade?
Vendo sua surpresa, Lily sorriu.
- Tinha o meu nome, não tinha?
Ele retribuiu, sentindo seu coração um pouco mais acelerado.
- Desde quando você se chama "Lilian Evans Potter"?
- Desde quando eu me chamo "Lílian Evans Potter'?
James piscou.
- Mas foi você quem... Ah! Sim... Como descobriu que essa era a minha senha?
- Demorei um pouco... Foi um surto de imaginação também...
Caíram outra vez no silêncio. Ambos pensaram que aquela situação deveria ser um pouco mais fácil e agora viam que se engaram.
- Hum... Porque saiu correndo?
Lily franziu o cenho.
- Quando você olhou pra mim na sala, não parecia muito contente... Achei que... Você já não se importasse mais.
Involuntariamente, James se aproximou mais dela. Mas parou a tempo, há uma distância curta de menos de meio metro.
- Eu ainda não tinha visto - murmurou, deslumbrado com aquele olhos esmeraldas que atingiram um brilho tão esperançoso quanto sua cor. - Como você pôde pensar... Eu sempre quis que você me dissesse isso... E confesso que depois do que aconteceu eu já achava impossível.
Lily riu, encarando o chão. Nenhum deles pareceu notar a pequena multidão que prestava atenção de cenho franzido a reação dos dois.
- Posso perguntar... O que te fez mudar de idéia? Quero dizer, eu sempre achei... Você me odiava, não odiava?
- Ora, eu li o seu diário. - Vendo a fingida expressão indignada dele, Lily sorriu e piscou um dos olhos. - Você não vai ficar bravo se valer a pena, vai?
Um sorriso maroto curvou os lábios dele.
- E você promete que vai valer?
- Dou minha palavra.
- Não que sua palavra não baste, mas... Não há algo mais?
- Pode ser que haja, se você responder uma pergunta.
- Qual?
Lily hesitou por um momento, respirou fundo e perguntou:
- Você me ama?
- Você ama? - devolveu ele.
Sorrindo, Lily tirou o diário aberto que estava na mão dele e colocou na última página, onde, como nas anteriores, estavam repetidas as palvras "Eu te amo" diversas vezes, com a assinatura "Lily Evans Potter" na última linha.
- Eu não costumo escrever mentiras, sr. Potter.
James sorriu, radiante, pegando outra vez o diário da mão dela e o jogando no chão. Para divertimento de Lily e surpresa do pequeno público, ele a enlaçou pela cintura e a trouxe para perto de si, os lábios há poucos centímetros de distância.
- Eu também não costumo dizer mentiras, Srta. Evans. E eu te amo, como nunca amei ninguém e como nunca vou amar. E como amo há cinco longos anos.
- Acho que a gente tem muito para conversar... - Sussurrou ela, tão baixinho que James mais sentiu as palavras do que as ouviu, destraído também com os dedos que começaram a acariciar a sua nuca e calor repentino no seu pescoço.
- Sim - respondeu rouco, os lábios roçando nos dela com o movimento. - Mas sem dúvida não será agora.
E as bocas se juntaram. As línguas se entrelaçaram e as mentes ficaram vazias. Nada mais fazia sentido. Nada mais existia no mundo a não ser o que tinham um os braços do outro. Nada mais era tão belo quanto o paraíso em que estavam vivendo, a melodia que soava ritmada, como palmas, em alguma lugar perto de lá, e o aconchego do calor daquele abraço, que era o lugar onde ambos queriam estar e que de agora em diante, sempre estariam.
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FIMMMMMMMMMMMM
Ah, por favor! Agora a fic acabou!!! Agora vc pode deixar um comentáriozinho, não? Pleasseeeeeeeee???
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