Cobras e leõs
Remus andava solitário por um dos corredores de Hogwarts, fazendo sua ronda obrigatória como monitor chefe e saboreando uma pequena barrinha de chocolate enquanto pensava...
Havia uma dúvida terrível na sua cabeça e ela incluía Mary.
Acontecera algo inusitado há poucos momentos, e isso o estava incomodando bastante, ao contrário de o deixar feliz, como dissera Padfoot.
Na aula de Transfiguração, a Profª Minerva McGonagall anunciara algo que causara as mais diversas reações nos estudantes.
O Baile de Natal do sétimo ano.
Bem, para Sírius, isso significava diversão e bebedeira a noite toda.
Para Prongs, mais uma oportunidade de cantar Evans e torcer para que algo dê resultado.
Para Petter, uma boa desculpa para sair se agarrando com as garotas, já que Meire lhe dera um pé na bunda.
Para Moony... Bem, dançar ele sabia, beber ele não queria, e se agarrar com qualquer uma, definitivamente, era algo fora de cogitação.
Ele iria ao baile com uma garota e se divertiria como qualquer pessoa normal.
O Problema era... Quem convidar?
Primeiramente, claro, ele pensou em Mary. Quem mais chamaria? Com quem mais ele gostaria de dançar agarradinho a noite toda? Sabia que o sexto ano também estaria envolvido, caso contrário, apenas o sétimo não teria graça. Mas... Depois daquele dia traumatizante na praia... Ele não tinha coragem de convidá-la.
Foi por isso que, quando saía em direção ao almoço e ela lhe encontrou, não comentou nada.
- Remus? - ela havia perguntou, vendo que ele estava estranhamente quieto.
- Hum?
- Você já soube do baile?
Ele havia feito que sim, ainda mirando o purê de batatas em seu prato.
- E quem vai levar? - ela perguntara, num leve tom desinteressado, que só o fez dar de ombros.
E Justamente naquele momento, seu olfato apurado que em certas ocasiões lhe lembrava o faro do lobo dentro de si, captara um perfume adocicado diferente no ar...
Ele erguera o rosto e... Surpresa. Dera de cara com uma garota extremamente atraente que o olhava com a mão estendida, aparentemente prestes a cutucá-lo para atrair sua atenção.
Ele se lembrava de ter corado instantâneamente. Era realmente uma linda garota, com cabelos castanhos e olhos claros, com a pele de uma boneca de porcelana.
Ela lhe pareceu surpresa.
- Oh! Oi... eu ia chamá-lo agora mesmo! Remus Lupin, não?
Remus se esforçara para não chacoalhar a cabeça e garantir que não era uma miragem, para abrir um de seus sorriso marotos.
A garota corou.
- Sim, sou eu. Você é...?
- Gabrielle Willes. Sonserina. Escuta, será que eu poderia ter uma conversa... a sós, com você?
Ele fingira não notar o olhar esnobe que ela lançara ao resto da mesa, principalmente numa, aparentemente, irritada Mary.
- Claro - respondera. E cinco minutos depois ele voltara, um pouco atrapalhado, para a mesa da Grifinória, já com um par garantido para o baile de Natal.
- O que ela queria? - perguntara Mary.
- Me convidar para o baile.
Prongs, Evans, Wormtail e Padfoot levantaram os olhos, os queixos caídos.
- E você...? - Perguntara Mary, um tom de voz levemente impaciente.
Remus a encarou, sem entender aquela reação.
- Tá maluca? - Padfoot exclamara. - É claro que ele aceitou. Não é, Moony?
Ele apenas dera de ombros, ainda encarando Mary. Sim, ele havia aceitado. A garota era... bastante... atrativa e apesar de sonserina, evidentemente simpática.
- Eu não tinha um par - justificara, desviando os olhos de Mary para olhar um sorridente Pad. - Acabaria indo sozinho se não aceitasse, pelo menos se dependesse de minha coragem para convidar alguém.
- E o chapéu ainda o colocou na Grifinória - Zombara Wormtail, dando-lhe um safanão na cabeça. - Grande, Moony! Willes é uma das garotas mais atraentes de Hogwarts!
Os marotos também entraram na zuação, mas Remus soube apenas olhar para Mary, cujos olhos estavam repentinamente voltados para o próprio prato.
Ficara confuso.
Agora, andando pelo corredor já ao fim de sua barra de chocolate, Remus não sabia se havia feito certo, ou não, aceitando ir ao baile com a sonserina.
Será que deveria ter recusado?
Será que deveria ter tentado convidar Mary antes?
Mas... Ela dissera que só queria sua amizade e que... E se lhe desse um outro fora? Ia acabar perdendo a amizade, que era a única coisa valiosa que ele podia ter dela.
Droga, alguma coisa estava muito errada!
Porque Mary reagira daquela forma?
Não acreditava na idéia maluca de Padfoot de que ela estava com ciúmes... Não seria possível... Seria?
Bem, mas que outro motivo seria?
Um pouco mais contente e esperançoso, ele retirou outra barrinha de chocolate do bolso e se dirigiu ao Salão Comunal. Pensaria em algo que poderia fazer...
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Certo! Ok, eu assumo! Se ele estava esperançoso ou não, eu só narrei porque era o que o rosto dele demonstrava! Agora o resto foi real! Eu vi! Quanto ao chocolate... Certo. Acrescentei por minha livre e espontânea imaginação!
Ah, qual é! Moony é mais viciado em chocolates do que eu sou em Evans e Padfoot em cerceija amanteigada! Ele sempre pensa comendo chocolate, faz os deveres comendo chocolate, dorme sonhando com chocolate, seu café da manhã é leite com chocolate e biscoitinhos de chocolate... Sua sobremesa é bolo, musse, ou sorvete de chocolate.... Tudo para ele é chocolate! Vamos abrir um desconto, não demora para se imaginar o que ele estava comendo enquanto refletia sua vida amorosa, não?
Mas dando a minha opinião sobre o acontecido, acho que o que aconteceu foi realmente o melhor que podíamos esperar! Está na cara que Mary se mordeu de ciúmes!
Assim pelo menos ela vai acordar, não concorda querido caderno de anotações diárias e confidenciais para seres masculinos expressarem seus sentimentos sem receios? Acho que ela mesmo estava se confundindo com seus sentimentos. Achava que gostava de Moony apenas com um amigo e toda aquela baboseira que ela usava como desculpa, agora que ele dava sinais de quem estava desencanando, ela percebeu o que estava perdendo...
Ei! Pera aí! Acabei de ter uma idéia! Veja só, Evans com certeza deve estar esperando que eu a convide (quero dizer, que eu a convide, não que ela vá aceitar...) E se eu não convidar? E se eu aparecer com outra pessoa sem nem parecer me importar com ela? Funcionaria com ela como funcionou com Mary?
Pode parecer uma idéia absurda, meu amigo, eu posso pôr tudo a perder (Tudo o quê? ¬¬) se fazer isso, mas se correr atrás dela beijando o chão que ela pisa não funciona... Será que um pouquinho de ignorância não vai ser o remédio para esse meu amor platônico?
Bem, mas antes que eu pudesse chegar à uma conclusão, fui interrompido por uma caloura cabeçudinha que veio me cutucar.
- Com licença... Você é James Potter, não é?
- Sim - respondi, abaixando a cabeça para tentar enxergá-la direito. Meu Deus! Como ela era pequena!
- Tem uma moça lá fora que quer falar com você. Ela me parece nervosa.
- Uma moça? - interroguei, surpreso. Será que era Evans? Eu não a estava vendo no Salão Comunal... - E porque ela não entra?
- Ela não é dessa casa. Acho que é da Corvinal.
Oh! Sarah!
- Ok, obrigada, gatinha, vou lá agora.
A garotinha corou até a raiz dos cabelos antes de me dar um sorriso tímido e se retirar.
Rindo, fui até o quadro da torre, encontrando Sarah na escada. Ops... Ela aparentava estar "um pouquinho" irritada...
- James. - cumprimentou, um pouco seca demais.
- Sarah. - revidei, tentando não rir. Sem sucesso, claro.
- O que é engraçado, James?
Puts, ela estava mesmo irritada.
- Desculpe, mas essa sua cara... Acho que nunca te vi tão nervosa...
Ela apertou os olhos. Ops, comentário errado...
- Vamos dar uma volta para conversar melhor, sim? - Pedi.
Ela deu as costas, caminhando na frente com tal rapidez que tive que praticamente correr para alcançá-la.
- Tá, agora é sério - falei, parando de rir e começando verdadeiramente a achar a situação preocupante. - O que está acontecendo, porque você está nervosa?
Quando ela se voltou para me olhar, achei estranho aquele brilho magoado em seus olhos serem substituídos de repente por um sorriso simples.
- Desculpe, Jammie. Acontece que estou um pouco nervosa. Acabo de saber que Sírius vai para o baile acompanhado de... uma sonserina.
- Padfoot? - Nossa, nessa ela me pegou. - Pelo que eu sabia era Moony quem ia com uma sonserina...
- Não, quero dizer, sim. Remus também vai com uma sonserina, e pelo visto uma amiguinha daquela lá resolveu se apresentar ao Sírius.
Ela falou isso com tanto desprezo que até eu me encolhi.
- Olha, Sarah... sei que é estranho e tudo mais... Só que você não pode negar que já esperava por isso. Sírius mais cedo ou mais tarde ia acabar convidando alguém e você até agora não mostrou para ele que também pode arrumar uma pessoa e...
- Claro! - ela exclamou, com tanta fúria que eu me encolhi de novo. Eita, Prongs! Com medo de mulher, não dá, heim? - Claro que eu ainda não arrumei ninguém! Porque aquele que falou que ia me ajudar nisso até agora só tem me enrolado e não ajudado nem um pouco!
Ops...
- Oh... Foi mal Sarah... Acho que eu não tenho feito a minha parte, não é mesmo?
Ela suspirou.
- Tudo bem, não é sua culpa mesmo. Eu é que deveria resolver essa situação e não jogar nas suas costas... Droga! Era tão simples! Veja Mary! Apesar de tímida e todo o resto já conseguiu combinar com Colloy e...
- O que? - deixei escapar , perplexo. - Colloy? Ela vai ter coragem de ir ao baile com aquele lá?
Sarah deu de ombros.
- Ele a convidou poucos minutos depois de Remus ser convidado por Willes. Na hora ela nem pensou... Acho que só queria mostrar que também iria ao baile acompanhada... Por um sonserino.
- Merlim! Onde esse mundo vai parar? - reclamei. - Nunca pensei que sobreviveria a ponto de ver Cobras e leões indo juntos para um baile de paz! Mary, Sírius, Remus... Quem mais vai me surpreender, heim?
Sarah fez uma expressão angustiada. O-ow...
- Pelo amor, Sarah... Não vá me dizer que você também está de olho em...
- Não! - ela exclamou depressa, mais depressa do que eu previra. - Não, quero dizer, eu não... Mas... Jammie, tem algo que eu acho que você deve saber...
Olhei-a desconfiado, mas não tive mais tempo de dizer nada. Algo muito inusitado e frustrante aconteceu nesse momento...
Olhei-a desconfiado, mas não tive mais tempo de dizer nada. Algo muito inusitado e frustrante aconteceu nesse momento...
Atrás de Sarah eu vi algo que não seria agradável permitir que ela visse.
Sírius vinha agarrado com uma loirona da sonserina (Aparentemente ele também gostava de loiras, afinal), e vinham tão... distraídos, que sequer nos estavam vendo.
Segurei na mão dela, tentando passar força, moral, ou alguma coisa desse tipo, e a olhei. Foi quando percebi que algo definitivamente estava estranho.
Sarah não olhava para mim, olhava para trás de mim, uma expressão tão preocupada que parecia estar refletindo a minha preocupação.
- Sarah? - chamei.
Ela me olhou apertando a minha mão.
- Bem... Ali está o que eu queria lhe dizer...
Ali? Ali onde? Ela ainda não tinha visto Sírius, então... O que ela estava olhando atrás de mim?
Desconfiado, olhei para a mesma direção que ela.
Por um momento eu não compreendi. Mas depois as palavras de Sarah de que havia mais uma pessoa que iria ao baile com um sonserino voltou à minha memória. Depois eu ri. Aquilo não podia ser verdade, estavam tirando uma com a minha cara! Mas depis... Bem, eu caí na real.
- Evans - cumprimentei.
- Potter? Sarah? - ela parecia surpresa e... constrangida?
- Snape - murmurei, formal.
- Potter - cuspiu meu nome, com um sorriso zombeteiro nos lábios. Ainda bem que ele me fazia o favor de manter um metro de distância de Evans, senão eu...
Sarah apertou minha mão, parecendo adivinhar meus pensamentos.
- O que vocês estão... fazendo aqui? - Evans me perguntou, seus olhos descendo até as mãos entrelaçadas, minha e de Sarah.
Incoscientemente a apertei com mais força.
- O mesmo que você, provavelmente - alfinetei.
- Oh! E trouxe o amiguinho Black para assistir o espetáculo? - Snape zombou. Raio de Ranhoso! Ele não podia ficar com a boca fechada?
Sarah me encarou, confusa, antes de virar a cabeça para trás e encontrar os dois, que já nos notara e caminhavam até nós exatamente com esse intuito.
Seus olhos brilharam e ela ergueu a cabeça, numa atitude claramente desafiadora e corajosa, diria eu.
Sírius a olhava sem expressão, mas seus olhos encontraram Snape atrás de nós e eles igualmente brilharam.
- Ranhoso - cumprimentou com irônia. Snape grunhiu.
- Olá, Cecília - cumprimentou a garota, o ignorando. - Espero que tenha se vacinado contra raiva. Não pegou carrapatos, pegou?
A tal da Cecília sorriu, grudando-se ainda mais nos braços de Pad, que ameaçava se soltar logo, logo.
- Não se preocupe, Severus. Sírius não tem carrapatos, não nos lugares em olhei pelo menos, e posso afirmar que faço um bom trabalho de observação.
Ranhoso girou os olhos, Sarah tremeu e Sírius corou.
- Evans? - Pad revidou. - Acho bom comprar um vestido com um tecido anti-gordurante para o baile se resolver encostar nesse aí.
Agora sim a coisa ficou feia, Snape já estava tirando a varinha do bolso quando Evans segurou na sua mão.
- Esqueça isso, Severus - ela pediu. Eu já apertava a mão de Sarah com tanta forma que já estava com medo de a estar machucando. - Acho melhor não causarem brigas - ela nos repreendeu. - Eu e Sarah somos monitoras e não nos importaremos de levá-los até o diretor.
- Até o seu queridinho Sev, Evans? - perguntei irritado. Ela me encarou, sem se alterar.
- Sim, Potter. Até Severus.
- Mas eu acho que Breath iria pensar duas vezes antes de mandar o acompanhante para a diretoria, não é? - A tal da Cecília murmurou.
Pronto, os olhos de Pad, Evans, e Ranhoso cairam em nossas mãos entrelaçadas.
Sarah ergueu o queixo, um sorriso nos lábios.
- Pois é... quem sabe, não é?
E me olhou, insinuante. Jurava que estava confuso, mas os olhos dela me mostraram exatamente onde ela queria chegar, e eu resolvi participar da brincadeira.
- É, Sarah não me mandaria para a diretoria. Pelo menos não antes do baile, não é, meu amor? - Soltei nossas mãos e passei um braço por sua cintura. - Você não ia querer que eu ficasse em detenção no dia do nosso baile, não é? Teria que arrumar um outro par em cima da hora!
- Claro que não, Jammie. Eu nem iria querer ir com mais ninguém.
Ela respondeu ao me abraço entrando na minha frente e segurando meus braços em sua cintura. Parecíamos um casal de três anos de namoro pela naturalidade do gesto.
Com um sorriso que eu jugava apaixonado nos lábios, olhei para os outros ao redor e tive que segurar o riso.
Ranhoso e a tal Cecília ainda sorria daquele jeito zombeteiro; Evans tinha os olhos arregalados e Padfoot... Bem,esse tinha o queixo caído. Literalmente.
- Vocês... São apenas amigos, não são? - perguntou ele. Fiquei até com pena dele, estava pagando mico com aquele jeito de bocó.
- Bom, éramos - falei. - Mas nós... Hum, digamos que resolvemos nos acertar, não é, Sah? Afinal nós dois estávamos sozinhos e nos damos tão bem. Espero que não tenha problema para você, Pad. Eu ia te contar de outra forma, mas como você descobriu agora...
- Jammie, não se preocupe - Sarah entrou na conversa. - Pad não liga, nossa história é passado, ele não tem motivos para se importar, não é, Six?
Sírius piscou, antes de engolir em seco e responder fracamente.
- Não... Claro que não.
- Lily - Sarah chamou, num jeito dengoso. - Desculpa não ter te contato... Eu e James resolvemos nos dar uma chance, sabe? Agora que ele se cansou de galinhar por aí e está bem mais maduro, acho que é a melhor pessoa que eu poderia conhecer...
Lily também engoliu em seco, e eu me esforcei para não deixar meu ego subir muito com esses elogios.
- Você só pode estar maluca, Sarah - ela murmurou. - Como você quer ter algo sério com esse garoto, ele... é uma criança imatura e... nunca vai crescer!
Eita, Lily... Depois de um elogio daquele você quer vir derrotar minha moral? Que isso, ruivinha...
Sarah riu.
- Não. Ele está diferente. Eu já te disse isso uma vez mas você não acreditou... Bem, de certa forma, melhor para mim, não é?
- Na verdade - interrompeu Ranhoso. - Melhor para todos nós, Breath. Você não acha Lily?
Aparentemente não... Porque ela deu as costas e saiu andando... Sem esperar pelo Ranhoso.
Não aguentei e comecei a gargalhar. Sarah me acompanhou e até Sírius saiu de seu torpor para soltar risadinhas.
Vermelho como um pimentão, Snape nos lançou um olhar de ódio e foi atrás dela.
- Lily, espere por mim!
Ainda rindo, peguei novamente os olhos de Pad sobre nós, fitando-nos com intensidade.
Sarah parou de rir.
- Estão juntos mesmo? - ele perguntou.
Achei que ela não seria capaz de responder, até mesmo pela demora. Mas corajosamente, ergueu o queixo e murmurou:
- Sim.
- Oh, que lindo! - Cecília exclamou. - Não vão querer que eu chore agora, não é? Ou quem sabe bata palmas? Venha, Sírius, vamos embora, eu ainda tenho que mandar uma coruja para que mamãe compre o meu vestido para o baile... Vamos, Sírius!
Ela o arrastou para o outro lado do corredor, porque aparentemente ele não parecia conseguir andar sozinho. Coitado... Mas ele não fez o mesmo com ela durante todo esse tempo?
Quando estávamos realmente a sós, Sarah se virou em meus braços e suspirou, encostando a cabeça em meu ombro.
- Acha que fizemos certo? - ela perguntou.
Eu realmente não sabia.
- Claro. - respondi, mas para me convencer do que para convencê-la. - Ele não fez isso com você esse ano todo? Evans não me deu o fora mais vezes do que eu podia ser capaz de contar? Porque teríamos piedade deles agora?
- Tem razão... - ela murmurou, me abraçando mais forte. - Mas foi difícil olhar para ele e... mentir.
Acariciei seus cabelos, suavemente.
- Eu sei... - respondi, apenas.
♥_________♥
Só falta o cap 9, o 10 e o epílogo agora... ^^
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