Desculpas são só palavras
Capítulo 31 – Desculpas são só palavras
(N/A: Narração de Lily)
Tem de haver uma segunda explicação.
Olha, eu não quero ouvir nada, me deixa pensar.
Não há “uma segunda explicação” para isso. Ele jurou que nunca mais mentiria!
Parem, por favor.
Mas e se o Ranhosos tiver feito algo para ele? Ele podia estar apenas se defendendo!
Furúnculos e cabelos louros? É isso que chama de defesa?
Deixe-o explicar, ele com certeza vai vir se explicar.
Não há nada que ele possa fazer, você não entende? Não explicação justa para o que ele fez!
Mas e se...
PAREM! Parem de me fazer pensar sobre isso. Será que não é o suficiente tudo o que aconteceu hoje?
Tudo bem Lily, se você prefere...
É, a gente te deixa pensar sozinha.
Ótimo. Agora, além de estar irritada com aquele imbecil do James, briguei comigo mesma... Maravilha! Oh Merlin, eu estou ficando louca! E quer saber? A culpa é toda do James! Por culpa dele tem uma senhora festa rolando lá em baixo e eu não estou afim de participar. Por culpa dele eu estou tão nervosa e me perguntando de quem foi o erro. Por culpa dele eu estou confusa. Por culpa dele eu estou andando sem rumo por esse bendito castelo imenso e sem ter a menor vontade de fazer absolutamente nada!
Fui até a torre de astronomia, é, eu sei que é proibida aos alunos quando não tiver aula, mas qual é, tá todo mundo lá em baixo e é o lugar perfeito para clarear as idéias.
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(N/A: Narração de James)
Sirius saiu me puxando por alguns atalhos até a torre da Grifinória, me empurrou num sofá e sentou ao meu lado em silêncio. Talvez ele saiba que eu não vou reagir tão cedo. Droga! Como eu ia imaginar que acabaria desse jeito? Ela nunca vai entender as minhas razões...
- Ficar se torturando também não vai adiantar muita cosia. – disse Sirius. Reparei que ele esteve me observando o tempo inteiro.
Eu abri a boca e tornei a fechar. Não conseguia pensar em nada que pudesse pensar.
- A melhor coisa a fazer agora é ir dormir. – disse Remo com a voz arrastada.
Alex também não estava na sala, e pela expressão do Remo, ela deve ter ido ao dormitório em silêncio e sem previsão de volta. Eu queria pedir desculpas a ele, me senti culpado por isso de certa forma. Afinal, a idéia foi minha.
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(N/A: Narração de Lily)
Está um pouco frio aqui em cima, mas isso não é problema. O problema, é o que vou fazer quando ele vier, porque ele vem, e isso é uma certeza. Eu sei apenas que não tenho certeza de quase nada e que isso agrava minha irritação.
Por que ele tinha que fazer aquilo? Estava tudo tão bem, nós éramos... Eu nem sei uma palavra para descrever como era a nossa relação, só sei que era algo muito bom. Então, ao mesmo tempo que não consigo deixar isso de lado, não posso abrir mão da melhor coisa que já me aconteceu.
- Ah, James, por que você tinha que complicar tudo? – perguntei ao vento.
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(N/A: Narração de Sirius)
Cara, não agüento ver o James desse jeito. Mas não tem muita coisa que eu possa fazer. Eu sei que parte da culpa é minha porque eu, além de concordar, incentivei a idéia de dar o troco no Ranhosos esta noite.
Olha só pra ele! Não tira os olhos desse mapa faz quase meia hora, ele nem pisca! Preciso fazer alguma coisa...
- James, por que você não vai dormir e esfriar a cabeça, aí depois nós te ajudamos a resolver isso? – sugeri, quase implorando que ele me escutasse.
- Porque você sabe que eu não vou dormir mesmo que passe a noite inteiro quieto, na cama e com os olhos fechados. – respondeu sem tirar os olhos do mapa.
Tá, tenho que admitir que foi um ótimo argumento. Acho que ele precisa de um empurrão para fazer o que ele pretende fazer, que é ir atrás da Lily agora mesmo implorando desculpas. Eu não acho que seria ideal que ele fizesse isso agora, mas ele não vai dormir, nem comer e nem fazer mais nada direito enquanto não tiver, pelo menos, tentado resolver a situação.
- Pontas, vai logo e a gente pensa depois se não der certo. – falei meio contrariado.
- Hã? – perguntou sem entender.
- Vai logo, eu sei que você está louco para ir atrás dela. – repeti – Sabe onde ela está, tá esperando o quê?
- Mas... E se não der certo? – perguntou – Ela não vai querer me escutar.
- Mas eu sei perfeitamente que você não vai descansar em paz até ter tentado. Anda logo! – apressei-o.
- Sirius, mas e...
- Quer ir logo? – interrompi.
- Tá, eu vou. – disse se levantando de um salto e correu para a saída – Valeu, cara. – falou antes de sair.
- Disponha. – respondi pra mim mesmo, pois ele já devia estar longe.
Peguei o mapa que ele deixou largado sobre a mesa e observei o pontinho intitulado “James Potter” se mover rápido pelo corredor.
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(N/A: Narração de James)
Corri até a torre de Astronomia enquanto pensava no que dizer quando chegasse lá. Eu sabia que ela estava certa, sabia que só fiz aquilo por pura vaidade, eu nem tenho argumentos decentes para me desculpar!
Abri a porta silenciosamente e fiquei parado, apenas observando as costas dela, pensando em qualquer coisa que pudesse dizer, mas a única coisa que vinha à mente era que realmente devia ter lhe dito como estava linda esta noite.
- James? – perguntou sem olhar para trás.
- L-Lily. – respondi sem entender – Como soube que era eu?
- Esse perfume é inconfundível. – respondeu com uma voz suave e quase divertida, mas ainda sem olhar.
- Er... Lily... – comecei meio inseguro, o que é bem estranho, porque insegurança não faz meu estilo – Eu vim aqui...
- Se explicar. – completou – Imaginei que faria isso.
Fiquei sem palavras depois dessa, mas a voz dela continuava suave como antes. Achei isso um pouco estranho, pensei que ela estaria pronta para me atirar daqui de cima assim que eu resolvesse aparecer. Na verdade, essa calma era a única coisa que eu não esperava. Comecei a me aproximar aos poucos dela.
- Olha Lily, eu sei que deve estar cansada de ouvir isso, mas eu preciso te dizer que sinto muito. – falei a primeira coisa que pensei – Eu sei que eu só faço besteira, que eu traí sua confiança quando azarei o Ran... Snape hoje, Lily, se eu pudesse voltar atrás...
- Armaria tudo de um jeito que eu nunca fosse descobrir. – completou novamente com aquela voz calma que estava começando a me perturbar – James, eu sei exatamente porque você fez aquilo, e sei também que não se arrependeu de verdade pelo que fez, só está assim porque eu descobri. – e ela finalmente me olhou. Um olhar penetrante, como se ela pudesse enxergar através de mim.
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(N/A: Narração de Lily)
Ele se calou por um momento depois do que eu disse. Apenas ficamos nos olhando por um tempo, eu era quase capaz de ver o quanto ele tentava encontrar palavras para se justificar.
Nem eu sei explicar o que está acontecendo comigo. Talvez eu tenha cansado de bancar a mandona, talvez eu tenha entendido que nem tudo é como eu quero ou talvez, até, eu tenha apenas compreendido que as pessoas são o que são e que eu não tenho o direito de me irritar por isso.
No entanto, o fato de eu ter mudado meus conceitos, não muda o fato de que ele tenha errado. Por isso eu não quero inusitados pedidos de desculpas, flores, nem idéias românticas... Quero apenas saber que posso confiar na palavra de quem diz me amar. Ações verdadeiras, é isso que eu quero.
- Lily, ouça, se você pudesse ao menos me dar mais uma chance... – ele começou a andar inquieto.
And I wanna believe you
(E eu quero acreditar em você)
When you tell me that it'll be okay
(Quando você diz que ficará bem)
- Eu sei o quanto está irritada, mas tenta ver o meu lado...
Yeah, I try to believe you
(Sim, eu tento acreditar em você)
But I don't
(Mas eu não acredito)
- Você sabe que eu nunca faria algo de propósito para te magoar...
When you say that it's gonna be
(Quando você diz que será)
It always turns out to be a different way
(Isso sempre aparece para ser de uma maneira diferente)
- Hoje a noite, foi a única vez que fiz isso desde que eu te disse que mudei...
I try to believe you
(Eu tento acreditar em você)
Not today, today, today, today, today
(Não hoje, hoje, hoje, hoje, hoje)
Eu não escutava muito do que ele dizia, estava tão absorta nos meus pensamentos de que as palavras não valiam muita coisa que apenas o observava andar.
I don't know how I'll feel
(Eu não sei como me sentirei)
Tomorrow
(Amanhã)
Tomorrow
(Amanhã)
- E então, o que você me diz? – ele parou de andar e me olhou esperançoso.
I don't know what to say
(Eu não sei o que dizer)
Tomorrow
(Amanhã)
Tomorrow is a different Day
(Amanhã é um dia diferente)
- Eu... – comecei.
It’s always been up to you
(Isso sempre tem estado em cima de você)
It’s turning around, it’s up to me
(Está virando, está em cima de mim)
- Bem... Eu... – como vou dizer isso a ele?
I'm gonna do what I have to do
(Eu farei o que eu tenho que fazer)
Just don't
(Apenas não)
- Eu não posso James. – falei sem coragem de encará-lo – Não assim.
Give me a little time
(Me dê um tempinho)
Leave me alone a little while
(Me deixe sozinha por um tempinho)
- Mas... Lily! – ele começou – Você não...
Maybe it’s not too late
(Talvez não seja tarde demais)
Not today, today, today, today, today
(Não hoje, hoje, hoje, hoje)
Oh
- Não, James, escute. – interrompi – Eu só preciso de um tempo, ok? Só preciso pôr minhas idéias no lugar...
I don't know how I'll feel
(Eu não sei como me sentirei)
Tomorrow, tomorrow
(Amanhã, amanhã)
I don't know what to say
(Eu não sei o que dizer)
Tomorrow
(Amanhã)
Tomorrow is a different Day
(Amanhã é um dia diferente)
- Você também não pode pensar que vai chegar aqui com essas palavras e achar que consegue mudar o mundo com elas.
Hey, yeah, yeah
Hey, yeah, yeah
And I know I'm not ready
(E eu sei que não estou pronta)
- Vamos só deixar o tempo passar, ok? – pedi buscando o olhar dele – Ele vai nos mostrar o que fazer.
Hey, yeah, yeah
Hey, yeah, yeah
Maybe tomorrow
(Talvez amanhã)
- Tu... Tudo bem. – ele me correspondeu com um olhar triste.
Hey, yeah, yeah
Hey, yeah, yeah
I'm not ready
(Eu não estou pronta)
Hey, yeah, yeah
Hey, yeah, yeah
Maybe tomorrow
(Talvez amanhã)
Eu o abracei e lhe beijei a bochecha, no que ele me sorriu sinceramente quando nos separamos.
And I wanna believe you
(E eu quero acreditar em você)
When you tell me that it'll be okay
(Quando me diz que isto ficará bem)
Yeah, I try to believe you
(Sim, eu tento acreditar em você)
Not today, today, today, today, today
(Não hoje, hoje, hoje, hoje, hoje)
- Sabia que entenderia. – sorri fraco para ele, que apenas me olhou carinhosamente.
Tomorrow it may change
(Amanhã isso pode mudar)
Tomorrow it may change
(Amanhã isso pode mudar)
- Boa noite, Lily. – disse antes de ir embora.
- Boa noite, James. – respondi.
Continuei no alto da torre por mais algum tempo, observando as estrelas já que o céu estava limpo e sem nuvens, uma noite realmente maravilhosa. Não tenho idéia de que horas eram quando voltei ao dormitório, só sei que devia ser tarde porque não encontrei ninguém no caminho.
Demorei para dormir por causa da grande quantidade de pensamentos que ainda não tinham abandonado minha cabeça. Como será que vai ser daqui pra frente?
...
Acordei com um barulho estranho de coisas sendo remexidas. Abri os olhos devagar, será que já amanheceu? Não... Ainda está escuro. Muito escuro. Os elfos não fazem barulho, mas então, que diabos é isso?
Sentei na cama, abri o cortinado da cama o mais silenciosamente que pude e reconheci, mesmo com pouca luz, a figura de Alice curvada sobre o próprio malão. Está explicado.
- Ai Alice, você me assustou! – falei sonolenta.
- Lily!? – Alice se sobressaltou – Ah... Me desculpa... Vou ser mais silenciosa... Eu só estava procurando uma coisa...
- Você não... Podia espera amanhecer? – perguntei bocejando enquanto tornava a me deitar – Bem, vou voltar a dormir... – a última frase foi mais um resmungo de tanto sono que eu estava.
Esperaí! Abri os olhos outra vez. Voltar a dormir... Olhei para Alice, ela ainda estava com as roupas da festa, um tanto quando amarrotadas, devo ressaltar... Tá, quem sabe ela não dormiu assim mesmo. Mas ela não dormiria de sapatos! Aliás, ela reclamou que os sapatos estavam incomodando um pouco quando estávamos no banheiro...
- Alice... – comecei receosa.
- Sim? – ela se virou para mim.
- Você chegou agora? – perguntei desconfiada.
- Ah... Er... – ela pareceu desconcertada – Foi, foi sim... A festa acabou a pouco tempo. – disse rápido e se virou para o malão.
- Alice. – chamei outra vez.
- Fala, Lily. – falou tranqüila enquanto continuava a remexer no malão.
- São quatro e meia da manhã. – afirmei séria – As festas de Dia das Bruxas de Hogwarts não duram tanto. Principalmente quando caem num domingo. – ela ficou paralisada. – Onde você estava?
- Er... Eu... Eu... – tava na cara que ela estava nervosa.
Parou de falar e começou a andar nervosa pelo quarto gesticulando com as mãos como se tentasse incentivar a si mesma.
- Alice, está tudo bem? – perguntei começando a ficar preocupada.
- Está. Está sim. – respondeu – Olha, tá tudo bem Lily. – repetiu.
- Alice, se você não quiser falar, não tem problema. – falei tentando acalmá-la.
- Não, não. – ela parou e se sentou ao meu lado na cama – Eu quero falar. Preciso falar. Eu só não sei como.
- Tudo bem, leve o tempo que pr...
- Eutranseicomfrank. – falou rápido, mas eu entendi.
Entendi. E fiquei com a maior cara de abestalhada do mundo. Sem saber o que dizer, nem o que pensar. Estava completamente inexpressiva.
- C-como? – foi a única coisa que consegui falar.
- Bem... Frank e eu... Transamos. – falou pausadamente.
- Uau... Alice... Não me leve a mal, mas eu não sei o que dizer nessas ocasiões. – falei sorrindo amarelo.
Nós nos olhamos e começamos a rir baixo, para não acordar as outras meninas.
- Ok, ok, ok. – falei contendo a crise – Agora pode ir soltando tudo.
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(N/A: Narração de Alex)
Levantei meio sonolenta no dia seguinte. Não consegui dormir muito bem. Fiquei a noite inteira pensando no que aconteceu e só consegui decidir que não sei como me sinto com Remo participando daquilo. Bastante construtivo, não?
Tomei meu banho, acordei as meninas, troquei de roupa e estava passando lápis quando um grito ensurdecedor quase me fez perder o olho esquerdo.
- SIIIRIUUUUSS BLAAAAAAAAAAAACK!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! – era a voz de Marlene McKinnon.
- Alguém está encrencado... – cantarolou Liz se divertindo com a situação – Volto já. – disse antes de sair do quarto.
Não que isso fosse necessário para saber o que estava se passando, acho que ela queria era só ver a cara do Sirius.
- QUEM VOCÊ PENSA QUE É PRA ME DEIXAR PLANTADA NAQUELE SALÃO A NOITE INTEIRA?? – ela berrava a plenos pulmões – VOCÊ SÁI PELA NOITE PRA FAZER SABE-SE LÁ O QUE E ME DEIXA SOZINHA NAQUELE SALÃO FEITO UMA IDIOTA SEM NAMORADO!! O QUE DIABOS VOCÊ ESTAVA PENSANDO??
- O que aconteceu pra nenhum deles voltar? – perguntou Alice.
- Eles aprontaram outra vez. – falei simplesmente.
- NÃO TENTE SE JUSTIFICAR! VOCÊ SIMPLEMTEN NÃO PODIA FAZER UMA COISA DESSAS! – Marlene continuava gritando.
- O quê?
- Sirius, Remo, James e Peter atacaram o Snape ontem a noite. – expliquei com certo rancor – Foi por isso que eles sumiram.
- O Remo também? – espantou-se.
- É. – confirmei.
- M-mas... E aí, como ficou a história? – perguntou olhando de mim para Lily.
- EU NÃO QUERO SABER SE SEU AMIGO PRECISAVA DE VOCÊ! VOCÊ É MEU NAMORADO, NÃO DELE!
- Não sei. – respondi.
- Eu e James estamos dando um tempo. – disse Lily enquanto calçava os sapatos.
- Lily, explica essa história direito. – pedi.
- QUER PARAR COM ESSE ESCÂNDALO? – dessa vez, era a voz de Sirius.
- EU TENHO TODO O DIREITO DE DAR ESSE ESCÂNDALO, JÁ QUE O MEU NAMORADO...
- SE ESSE FOR O PROBLEMA, VOCÊ NÃO TEM MAIS UM NAMORADO. PRONTO, TÁ ACABADO.
Silêncio. Daqueles modorrentos. Isso sempre acontece quando alguém acaba o namoro aos berros no meio de Hogwarts.
- M-m-mas... Sirius... V-você não pode fazer isso! – ela não gritava mais, porém, o silêncio era tanto que ainda assim conseguíamos escutar.
- Chega Marlene. – disse Sirius decidido – A gente se vê.
- Essa doeu. – falou Lily.
- No fundo. – completou Alice.
- Sim, maaas, continua Lily. – pedi.
- Bem, depois de ir embora ontem a noite...
- Vocês ouviram aquilo? – perguntou Liz entrando no quarto.
- Seria impossível não ouvir. – falou Alice.
- Fiquei até com pena dela. – disse Liz. Nós a olhamos céticas – Tá, mentira. Não fiquei não.
- Como eu ia dizendo. – falou Lily – Eu fui para a torre de astronomia, James foi até lá depois de um tempo, queria saber como é que ele sempre me encontra... Enfim, conversamos e estamos dando um tempo.
- O QUÊ!? – gritou Liz – Por quê?
- Ai, ai... Sentem, eu vou explicar em detalhes. – disse Lily.
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(N/A: Narração de James)
- Cara, o que foi aquilo? – perguntei quando consegui alcançar Sirius, que saiu depressa do salão comunal depois da briga.
- Eu sei lá, James. – falou sem parar de andar – Não agüentava mais ela gritando, o sangue subiu à cabeça!
- Olha, não tá tudo perdido, Sirius. – falei – Ela gosta de você, tenho certeza que quando conversarem ela vai...
- Eu não quero conversar com ela, James. – falou sério.
- Mas...
- É simples. Não quero mais. – disse gesticulando – Não queria que fosse desse jeito, mas agora já era.
- Pensei que gostasse dela.
- Mas não gostava.
- Então por que a pediu em namoro?
- Ah Pontas, pára de fazer perguntas difíceis! – falou aborrecido e me deixou para trás.
- É cada doido que me aparece... – falei para mim mesmo.
Saí andando pelo castelo sem ter muito o que fazer. Ainda faltam meia hora para o café da manhã, Sirius quer ficar sozinho, Remo tem que se resolver com a Alex, Peter ninguém sabe onde se meteu, Liz deve estar com Leonard e Lily... Bem, não acho que ela faria objeções à minha companhia, mas eu sei bem que ela ficaria bastante irritada se eu não conseguisse me segurar.
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(N/A: Narração de Remo)
Fiquei esperando Alex descer para podermos conversar. Ela subiu ontem sem dizer nada... Acho que estava bastante irritada. Por Merlin, que ela não acabe comigo.
O nervosismo começava a tomar conta quando ela desceu as escadas junto com as outras meninas e parou quando nossos olhares se encontraram. Ela parou e disse para as amigas seguirem.
- Oi. – falou quando eu me aproximei.
- Er... Oi. – falei timidamente. Eu nem tenho idéia do que dizer a ela.
- Olha, Remo, sobre ontem... – ela começou – Vamos apenas deixar isso de lado, ok?
- Jura? – perguntei sem acreditar.
- É... Você é humano, não é? – disse rindo – E ainda pior, é um garoto.
- Hey! O que isso tem a ver?
- Ah Remo, você sabe, cometem o dobro de erros... Além disso, você não cometeu nenhum assassinato, ou coisa parecida... Foi só uma brincadeira. – falou mais para si mesma – Vamos tomar café?
- Vamos sim.
- Mas, e aí, você acha que Lily e James demoram a voltar?
- Não sei... Não entendi essa dela não ter gritado com ele. – falei pensativo enquanto saíamos da torre.
- Por Merlin Remo! As pessoas amadurecem. – falou revirando os olhos.
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(N/A: Narração de Sirius)
Duas semanas após o Dia das Bruxas, James não estava mais tão cabisbaixo, apesar de ele e Lily ainda não terem voltado. Remo e Alex continuam no amor de sempre. Peter continua com Kate, por enquanto. Alice e Frank... Bem, eles continuam sendo Alice e Frank.
Eu? Aí já é outra história... Eu venho sendo seguido por quase todos lugares por uma Marlene McKinnon grudenta e insistente que me pede o tempo todo para voltar com ela e até já ameaçou se jogar da torre de astronomia... Tive que estuporá-la. Mas ela até que me lembra o James na época em que a Lily não ligava pra ele.
No grande salão, mais um dia de aulas entediantes começava. O correio havia sido entregue há pouco tempo, não recebi nada, normal. Eu observava o mais novo casalzinho do grupo na mesa da Corvinal enquanto o pessoal conversava bobagens ao meu redor.
- Sirius? – chamou a voz, infelizmente, já conhecida.
- Bom dia, Marlene. – respondi tentando ser o mais educado possível, porém, acho que não consegui disfarçar a irritação.
- Será que nós podemos conversar? – pediu pela tricentésima vez.
- Nós não temos mais nada para conversar, Marlene, achei que já tivesse entendido isso. – respondi cansado.
- Mas... Nós nuca conversamos, você sempre nega isso. – insistiu com uma voz chorosa.
- É por que não há o que conversar. – repeti começando a me irritar.
- Como assim “não há o que conversar”? – agora ela parecia ofendida – Você fez aquela cena para acabar comigo e vem dizer que “não há o que conversar”?
- Olha, em primeiro lugar, foi você quem fez cena. – comecei – E em segundo, quer parar de querer conversar? Eu não quero conversar! É difícil assim de entender? – voltei a olhar para a mesa da Corvinal.
- Eu sabia, eu sempre soube. – recomeçou a falar após alguns segundos.
- O que foi dessa vez? – perguntei impaciente.
- É ela, eu sabia que era por causa dela! – acho que ela falou mais para si própria.
- Você bebeu?
- Não se faça de idiota, Sirius, eu sempre soube que você gostava dela. – agora ela vai começar a chorar outra vez... – Não vê que não adianta? Ela está com outro agora!
- Mas do que é que você está falando? – perguntei sem entender mais absolutamente nada.
- Porque não olha você mesmo? – disse indicando o local para onde eu estava olhando antes e se retirou.
Olhei para frente, Liz e Leo brincavam na mesa da Corvinal.
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N/A: Mais uma vez, muito obrigada por todos os comentários
XD
Eu tenho uma notícia não muito boa pra vcs... É que vou viajar hoje de madrugada e, por conta disso, vai ser meio impossível escrever... Então, postagens depois dessa, apenas após o dia 22/01
Muito obrigada por ler a fic,
Srtª. Lizzie Potter
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