º Lyn e terriveis lembranças..
Parou diante de uma vitrine e viu a própria imagem refletida no vidro. Com desgosto e desespero pensou como podia ter tido a pretensão de atrair um homem como Harry. Enquanto imaginava ser a garota do retrato, de rosto sensual e experiente, lutou contra a imagem que lhe era mostrada por Harry durante aquelas semanas, consciente de que era falsa, irreconciliável com sua natureza. Durante aquele período tinha vivido um verdadeiro pesadelo, tentando compreender como podia ser a pessoa que ela sabia ser e ao mesmo tempo ter o passado que lhe atribuíam Harry e a mãe dele.
O que via agora era uma moça tranqüila e sem sofisticação, cuja personalidade não podia de maneira alguma atrair um homem como Harry. Ficou ali parada, sofrendo terrivelmente, consciente de que não tinha nenhuma chance com ele.
Quanto antes recuperasse a memória, mais depressa poderia voltar à própria vida, aquela que lhe pertencia antes do acidente.
Entrou em um restaurante e pediu uma salada, que comeu lentamente, enquanto pensava na carta que haviam encontrado no passaporte.
O que será que estava fazendo em Rímini? Tentou lembrar do lugar, de alguma forma certa de que se tratava de uma praia. Uma súbita lembrança surgiu na sua cabeça. Quando estava decorando o quarto de hóspedes, tinha lembrado de já haver feito aquilo numa casa perto do mar... Fechou os olhos e concentrou-se profundamente, tentando ouvir o som das ondas batendo na praia... Viu uma sala amarela, batida pelo sol, e as asas de uma gaivota cortando o céu azul. Tinha um pincel nas mãos e olhava para... para quem?
Havia uma pessoa no fundo da sala, mas a névoa que lhe cobria a mente a impedia de distinguir quem. Por que estaria decorando uma casa próxima ao mar? Sentiu de repente um forte calor no rosto. Seria possível que ela e Emílio estivessem para se casar e que estivessem decorando a casa onde iriam viver? Assustada e incrédula, olhou para o dedo anular da mão esquerda, onde brilhava uma aliança de ouro que havia ganho de Harry. Teria havido outra aliança antes? Mas nesse caso, por que não a estava usando quando ocorreu o acidente? As palavras da carta eram cheias de amor, possessivas mesmo... Emílio tinha demonstrado certeza de que ela voltaria, chamando-a de querida...
Que confusão, pensou angustiada. Não seria fácil explicar a ele como se tornara a esposa de outro homem. A maldita névoa não a deixava ver o rosto dele... o nome Emílio não tinha qualquer sentido para ela.
Se havia esquecido Emilio tão completamente, será que um dia também esqueceria Harry? Essa idéia fez com que toda a cor lhe fugisse do rosto. Afastou o prato quase intocado e tomou seu café, tremendo.
Assustou-se quando alguém sentou ao lado dela e corou profundamente ao perceber que o homem era David Lane, que a encarava acusadoramente.
- O que diabos está acontecendo Lyn? - perguntou bruscamente. - Por que se casou com Harry? Pensei que tivesse me dito que ele a aborrecia.
Olhou-o com aborrecimento.
- Não sou Lyn - disse tranqüilamente. - Sou Hermione, irmã gêmea de Lyn.
O rosto de David revelou a princípio uma intensa perplexidade, seguida de incredulidade e, finalmente, de cinismo divertido.
- Conte outra, Lyn, essa foi muito boa!
Ela fez um gesto de indiferença.
- Acredite se quiser... Tenho um passaporte para provar o que digo. Vivia na Itália antes de vir para cá. - Os castanhos o encararam com frieza.
David arregalou os olhos.
- Santo Deus!
O tom calmo com que Hermione falou convenceu. Mesmo assim, retirou da bolsa o passaporte, como se fosse um talismã capaz de provar a ela própria identidade, e estendeu-o a David.
Ele o abriu, lendo com incredulidade a descrição da moça da foto, e depois foi virando as páginas carimbadas que provavam que ela tinha entrado na Itália há dezoito meses, só retomando à Inglaterra no último outono. Devolveu o passaporte com uma careta.
- Por que não me disse antes? Banquei o tolo durante todas essas semanas.
- Estava sofrendo de amnésia – explicou com indiferença. – Não sabia mais que você. Todos me tomavam por minha irmã e eu acreditei, já que não me lembrava de nada.
O rosto moreno de David corou.
- Escute, peço que me desculpe pelo que fiz... Pensei que você fosse Lyn e... - Encolheu os ombros. – Bom, Lyn e eu...
Ele não era mau afinal de contas, pensou Hermione. Talvez um pouco fraco e tolo, mas tinha mudado de comportamento desde que descobrira a verdade. Com certeza sua atitude anterior devia-se à atração que Lyn exercia sobre ele.
Ela olhou as horas.
- Preciso ir, David - disse. - Vou me encontrar com Harry às três horas.
- Vou com você... se não se importa - disse com uma certa hesitação.
Ela ficou na dúvida. Mas, como não conhecia muito bem a cidade e tinha medo de se perder, aceitou.
- Já teve oportunidade de dar um giro turístico pela cidade? - perguntou David. - Precisa fazer isso quando tiver tempo. As ruas mantêm o traçado original romano, sabia? É fascinante andar por ruas pisadas por pés românos, não acha? Fez um gesto indicando a rua por onde caminhavam. – Esta é a Rua Stonegate... os guardas pretorianos costumavam marchar por aqui.
Hermione observou as casas exóticas e irregulares, unindo uma mistura de séculos em perfeita harmonia.
- York é uma cidade muito bonita - concordou. - Seria ótimo conhecê-la melhor.
Chegaram-ao local do encontro e David olhou-a com hesitação.
- Se precisar de um guia, terei o maior prazer.
- Você é muito gentil! Mas acho que Harrynão iria gostar muito.
- Claro!- Olhou em volta, tenso e ansioso. - Bom, é melhor eu ir embora.
- Obrigada - disse ela, virando-se para ir ao encontro de Harry, que vinha se aproximando com a expressão carregada e cheia de suspeita. Hermione sentiu a garganta contrair-se violentamente. O que será que ele estava pensando? Olhou para trás. David havia desaparecido no meio da multidão. Tornou a virar-se e viu Harry parado diante dela, tenso, o olhar duro como se estivesse procurando controlar a raiva que sentia.
- Que diabo estava fazendo com David Lane? - perguntou com aspereza.
Hermione sentiu o rosto afogueado e passou a mão nervosamente pelo cabelo.
- Nós nos encontramos por acaso – gaguejou - Ele me acompanhou até aqui porque eu não sabia o caminho.
- O que mais ele lhe mostrou? - perguntou com ironia.
Ela sentiu que seu corpo se contraía como à espera, de uma explosão.
- Foi apenas gentil, mais nada.
- Percebi como ele foi gentil - disse com raiva
Ela o encarou, zangada.
- Expliquei a ele que não sou Lyn, JHarry. Mostrei meu passaporte, ele pediu desculpas e... - interrompeu-se, recordando a maneira como Harry olhava a moça da galeria. - Mas você não tem nada com isso, não é problema seu. Nosso casamento é só uma ficção legal.
Ele continuou parado, com as mãos nos bolsos, olhando-a intensamente.
- Era - disse em tom agressivo. - Era, Hermione, até duas noites atrás. Agora é minha esposa no verdadeiro sentido da palavra, não se esqueça.
Ela baixou os olhos, trêmula de raiva e ciúmes, incapaz de sustentar o olhar dele.
- Gostaria de poder esquecer - murmurou.
Ele a segurou pelo braço, possessivamente, e sussurrou junto ao ouvido dela:
- Não vou deixar que esqueça nunca, Hermione.
Tremendo de raiva, ela disse:
- Espero ter a sorte de descobrir que era casada com Emílio quando recobrar a memória... então nosso casamento hão terá nenhum valor. - As palavras agressivas tinham como objetivo feri-lo da mesma maneira que ele a ferira, e ela conseguiu.
Harry ficou pálido e soltou o braço dela.
- Meu Deus! Você se parece mais com sua maldita irmã do que eu pensei! - Virou-se e foi embora, tenso e contraído.
Ela não teve outra alternativa senão seguí-lo, confusa e infeliz. Por que estava deliberadamente provocando discussões com ele? Harry foi à frente, ignorando-a completamente, até que chegaram ao carro. Abrindo a porta com violência ele a empurrou para dentro com um gesto irritado. Quando entrou, ela perguntou timidamente:
- Para onde vamos agora?
- Scarborough.
Ela arregalou os olhos.
-Scarborough? Por quê?
- Porque é lá que podemos encontrar sua maravilhosa irmã – Harry respondeu com ironia.
- Como sabe? Como descobriu?
- Porque - disse num tom desagradável – levei a moça da galeria, a um restaurante muito caro e pressionei-a.
Ela sentiu-se sufocar e soltou uma exclamação abafada, que fez com que ele a olhasse.
- Então foi por isso que... – Hermione calou-se, percebendo que estava a ponto de revelar o ciúme que sentia.
Harry não desviou os olhos do rosto afogueado da mulher. Estendeu a mão e levantou-lhe o queixo, obrigando-a a olhar para ele:
- Por isso que o quê, Hermione? - perguntou suavemente.
Ela não respondeu, confusa.
- Sua garotinha boba - disse num tom doce e brincalhão, inclinando-se e beijando-a. Ela entreabriu os lábios o envolveu com os braços, acariciando-lhe docemente o cabelo.
Ele se afastou e deu partida no carro.
- Agora vamos procurar sua irmã - disse delicadamente.
Hermione se acomodou no banco analisou o perfil másculo do marido. O que será que ele sentia por ela? Embora a tivesse chamado de boba, não a beijara de brincadeira e demonstrara paixão ao abraçá-la na noite anterior.
Pensou então que daí a pouco poderia estar frente a frente com a irmã e sentiu um calafrio na espinha.
Olhou para a estrada que se estendia diante deles em direção ao mar. A vista que tiveram de Scarborough, numa curva, provocou nela uma estranha sensação de familiaridade! Sentiu que já tinha estado ali antes. Olhou para Harry, mas ele parecia concentrado nos próprios pensamentos, com o rosto contraído numa expressão que a fez tremer.
Era uma expressão cruel, que deixava transparecer os pensamentos sombrios que lhe iam pela cabeça.
Em que estaria pensando? Em Lyn? O pensamento foi doloroso demais, e Hermione mordeu com força o lábio inferior. Compreendeu que dentro de pouco tempo estaria diante de uma irmã da qual não se lembrava, e que vinha atormentando sua vida há semanas, e mais a do homem sentado a seu lado, a quem amava desesperadamente. Se o que Harry sentia por Lyn fosse realmente raiva e desprezo, isso transpareceria em seu rosto, em suas atitudes...
Lyn não era mais que uma sombra monstruosa no cérebro de Hermione.
Significava apenas um rosto sensual e malicioso que a assustava profundamente.
Pararam diante de um posto de gasolina, onde Harry entrou, voltando em seguida com um mapa da cidade. Estendeu-o sobre o assento e percorreu-o com os dedos longos.
- Nós estamos aqui... e o endereço que consegui fica exatamente aqui. - Apontou para o nome de uma rua. Dobrando o mapa, continuou dirigindo pelas ruas movimentadas, até parar diante de uma casa grande e quadrada, com portas e janelas brancas. Hermione desceu vagarosamente, apoiada no braço dele. Estava trêmula de ansiedade e Harry olhou-a como rosto tenso.
- Não fique tão assustada - disse asperamente. – Vamos. Precisa enfrentar isso Hermione.
Bateu à porta com energia e depois de alguns momentos, a porta se abriu. Hermione sentiu que todo seu corpo se enrijecia de terror ao ver o próprio rosto diante deles. Houve um longo silêncio.
- Ora, ora... - disse uma voz suave e maliciosa. Os olhos castanhos, brilhantes como vidro polido, passeavam de Harry para Hermione. - Pode-se saber como foi que vocês dois se encontraram? E você, Hermione, o que quer aqui? Já não lhe pedi que desaparecesse da minha vida?
- Vamos entrar - disse Harry com agressividade. - Temos umas perguntinhas a lhe fazer, Lyn.
Hermione percebeu que a irmã lançava um olhar longo e profundo para ele e sentiu, de repente, uma pontada de agonia diante da certeza de que Lyn ainda o desejava, apesar de tudo o que Harry lhe dissera.
O desejo revelava-se claramente no brilho dos olhos, na umidade dos lábios entreabertos, na postura do corpo.
Não conseguia decifrar a expressão do rosto de Harry, que se mostrava taciturno e indiferente.
- Se veio buscar seu casaco, acho que deve estar por aqui, em algum lugar - disse Lyn, sorrindo com sarcasmo e dando as costas a ela - Foi culpa sua tudo o que aconteceu. Onde já se viu saltar do carro daquele jeito? Não tinha obrigação nenhuma de procurá-la para devolver o casaco. Mas não se preocupe, não toquei no seu dinheiro.
- Podemos entrar ou não? - perguntou Harry. Tomou a mão de Hermione e puxou-a para dentro do vestíbulo de teto alto e paredes brancas.
- Está bem - disse com irritação. - Entrem e esperem aqui enquanto vou buscar o casaco - disse, saindo e deixando-os em uma agradável sala de visitas. Hermione observou a sala com uma sensação torturante de dor na nuca. Caminhou com passos inseguros até a mesa e pegou uma caixa de madeira, aberta, que continha três fotos.
Déu um gemido abafado, preocupando Harry que se aproximou.
Sem dizer nada Hermione estendeu a caixa para ele. Harry olhou em silêncio, enquanto lágrimas corriam dos olhos dela.
Um ruído na porta fez com que ambos se virassem. Olhou para a irmã, de olhos muito abertos, e se lembrou de tudo...
Ela e Lyn tinham crescido naquela casa, mimada cada uma por um dos pais. Hermione era mais chegada à mãe, adorava trabalhar com ela na casa, cozinhando e costurando. Tinha sido uma criança calada e uma adolescente tímida. Lyn, autoconfiante, egoísta, popular entre as outras crianças, especialmente os meninos, desde a mais terna idade tinha sido a preferida do pai. Sendo um homem que apreciava os prazeres sociais, Philip Granger gostava de sair acompanhado pela mais extrovertida das filhas, rindo quando percebia que ela atraía as atenções masculinas, orgulhoso da crescente beleza da filha, da sua atração irresistível.
Hermione gostava muito de estudar e destacava-se especialmente em línguas por isso o pai a estimulara a arranjar um emprego em que pudesse desenvolver esse dom.
Apesar da sua relutância em deixara mãe, Philip e Lyn Granger estimularam, Hermione a aceitar um emprego em Londres, numa firma italiana, como tradutora. Alugou um apartamento e começou a apreciar a vida londrina, indo aos cinemas, teatros, concertos, caminhando pela cidade e visitando os pontos turísticos de que já tinha ouvido falar; mas que nunca vira. Escrevia todas as semanas para a mãe e frequentemente recebia a visita dela.
O homem para quem trabalhava, sr. Falzétti, foi transferido para sua terra natal, Rímini, e convidou Hermione para acompanha-lo como secretária e tradutora, pois um ano na Itália poderia ser muito proveitoso para ela no aprendizado da língua.
A sugestão era tentadora e, estimulada pela mãe, que considerava aquela uma oportunidade única Hermione decidiu aceitar.
O sr. Falzetti, um gordo italiano de meia-idade, convidou-a para viver com a família dele, idéia que foi automaticamente aceita pela sra. Falzetti. Assim, Hermione começou sua vida em Rímini como parte de uma grande e ruidosa família italiana. Foi fácil para ela acostumar-se ao país, nessas circunstâncias. Gostava da movimentação da vida familiar dos Falzetti e esteve sempre pronta à ajudar na cozinha e nos cuidados com as seis criança. Conheceu dezenas de pessoas, teve jantares românticos à luz de velas, ouvindo à distância o murmúrio do Adriático quebrando sobre as praias douradas e foi cortejada por alguns jovens do lugar.
No verão comprou uma passagem, para que a mãe fosse passar uns dias com ela. A família Falzetti fez questão de hospedar a sra. Granger e, durante quinze dias, Hermione sentiu-se incrivelmente feiz de poder mostrar a mãe os pontos turísticos da região, o esplendor bizantino de Rivena, a torre de Paolo e Francesca – os dois amantes infelizes - e o movimentado mercado local onde se compravam malhas e camisas a um preço muito inferior ao das lojas.
As férias foram maravilhosas e Hermione sentiu uma enorme tristeza ao despedir-se da mãe.
Na noite anterior à partida, a sra. Granger contou a Hermione uma série de acontecimentos lamentáveis que haviam ocorrido na casa deles. Lyn tinha se envolvido com um rico homem casado, o que aborrecera profundamente o pai, cujo orgulho pela beleza da filha foi duramente golpeado pelos comentários maldosos dos conhecidos. Lyn, depois de uma violenta discussão, tinha resolvido sair de casa para nunca mais voltar.
- Vou voltar para casa - disse Hermione, desesperada. - Mamãe, por que não me contou?
A mãe sacudiu a cabeça.
- Seu pai ainda não perdoou Lyn e não quero aborrecê-lo mais. Está bebendo, Hermione. Seria péssimo para você voltar para casa agora.
Ao acenar o último adeus, Hermione não tinha a menor idéia de que aquela seria a última vez que veria sua mãe adorada. Continuou trabalhando em Rímini, feliz e cheia de ocupações, até que recebeu um telegrama do advogado da família dizendo que os pais tinham falecido num acidente de automóvel.
Desesperada, inconsolável, tomou o primeiro vôo para casa, bem a tempo de assistir ao funeral. Para sua incredulidade, Lyn não estava presente. Ainda se lembrava com estranha nitidez da dor desesperada que sentiu naquela sala, enfrentando sozinha a realidade irreparável da perda dos pais. O advogado informou-a que havia entrado em contato com Lyn, mas que ela não se manifestara.
Em seguida, leu o testamento do pai, que legava todos os bens a Lyn.
O advogado sentiu-se embaraçado ao dar essa noticia, mas Hermione manteve-se indiferente. Nada mais tinha importância, agora que os pais estavam mortos. Informaram-na discretamente de que o pai estava bêbado quando ocorreu o acidente.
Lyn, pensou Hermione, tinha sido a responsável pelo desgosto do pai e pela morte dele e da mãe.
Tinha ido até a galeria para ver se a encontrava, mas achou-a na rua, antes de chegar lá. Havia um imenso vazio separando as duas irmãs quando se olharam.
Quando Hermione lhe contou sobre o testamento do pai, Lyn riu muito.
- Valeu a pena ser boazinha com papai - murmurou com ironia.
Hermione encarou-a como se a irmã fosse uma completa estranha. Tinham sido criadas juntas, eram tão parecidas fisicamente... como se explicava, então, que suas almas fossem tão diferentes?
- O que vai fazer com a casa de Scarborough? – perguntou com o coração apertado.
- Vender toda a mobília, a casa, tudo - respondeu Lyn com indiferença.
- Porque não foi ao enterro? - explodiu Hermione em lágrimas. - Recebeu o telegrama, não recebeu? Sei que sim..
Lyn sorriu, divertida.
- Detesto enterros, eles me deprimem. - Contraiu o rosto. – Além disso, eles me expulsaram de casa, por que eu iria ao enterro deles? Sabe o que preocupava papai? Não o fato de eu ter tido um caso, mas sim de ter sido descoberta. Ele sempre soube dos outros e achava divertido, mas eu cometi o pecado de ter sido descoberta. A hipocrisia dele me enojava.
Hermione virou o rosto, soluçando.
- Como pode falar assim? Eles estão mortos!
Lyn fez uma caret.
- Pare de fazer cenas em público. Vamos, entre no meu carro. Vou levá-la para o hotel.
Dirigiram pela estrada do pantanal discutindo amargamente. Lyn, em determinado momento, tinha se virado para ela com o rosto cheio de ódio e crueldade.
- No que me diz respeito, Hermione, você é uma estranha. Desapareça da minha vida e não volte nunca mais! Nunca mais quero ver sua linda carinha. Sempre detestei você, mesmo quando éramos crianças. A doce garotinha da mamãe... sempre arrumadinha, trabalhadora, tirando boas notas na escola... Muito bem, sou ambiciosa e um dia vou conseguir um homem, rico que me permita levar a vida que quero. Não enfiada nesta cidade horrorosa, mas em Paris ou Nova York. Quero ser uma vencedora, não uma coitadinha como você!
Alguns minutos mais tarde, numa curva inesperada, o carro se desgovernou e bateu em outro. Felizmente o impacto não foi violento, mas Hermione bateu a cabeça com força no vidro dianteiro.
Lyn desceu do carro e dirigiu um dos seus sorrisos sedutores ao furioso motorista do outro carro. Hermione ficou sentada, soluçando angustiada, com a cabeça sangrando, até que num impulso desesperado resolveu fugir da crueldade e da insensibilidade da irmã. Saiu correndo sem rumo pelo pantanal, esquecendo no carro um casaco de couro com todo seu dinheiro.
Correu, correu muito, tropeçando e soluçando. Encontrou logo adiante uma região enevoada, mas não parou, embora a névoa fosse aos poucos se adensando. Em um momento de sensatez resolveu parar, percebendo a tolice que estava cometendo.
Naquele instante, um cavalo selvagem surgiu galopando do meio da névoa, chocando-se contra ela e jogando-a de encontro a uma pedra.
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Bom gnt, cap. Novo ai, embora pequeno, acho que deu p responder mtas perguntas que foram deixadas no ar no cap. Hj foi uma das poucas vezes que entrei na net, e vendo os amaveis comentário me vi na obrigação de postar para pessoas tao maravilhosas quando vcs. Espero postar o ultimo cap em breve para acabar com toda anciedade de vcs, e ando procurando algo novo. desculpem pelas respostas dos comentarios, saiu horrivel, e vcs todos mereciam mais.. desculpem msmo..mais espero que vcs pelo menos fiquem satisfeitos..
mto obrigada e sinceras desculpas a todos que lêem a fic, que visitam e principalmente a quem comentou..
POLY FIGUEIREDO Oii Poly.. td bem? Acho que o Harry conseguiu no decorrer da fic surpreender todos nós. A Ginny graças a Deus foi algo totalmente passageiro. Hehe ainda bem que ela não pego o nosso Harry. Ele é da Mi e pronto. O cap. Esta pronto e espero que tenha gostado.. espero postar o proximo logo. Mto obrigada por td!!
NICK GRANGER POTTER Bom Nick como descobrimos vimos que o Tao italiano, era somente um amigo mto bondoso. Ainda bem. Acho que as coisas estao se resolvendo, e vc? Espero realmente que ele depois de td isso esteja caido pela Mi, tadinha.. sofreu tanto. Mto obrigada pelo comentario e sua constante presença. Significa mto!!
DIANY ~ ♥ ~ DyP ~ ♥ ~ Paula Nossa.. tadinho do Harry reprovação totall ein??!! mais ta certtooooo.. é o que ele mereçe!! p mim, hr que vc fla a gnt da uns supapos nessa dupla, bem, no Harry eu qro da uns beijinhos 1º hehehe; bom espero que tenha gostado do cap. Devo dizer que amoooo seus comentários e suas visitas.. mto obrigada!!!!
MIONE MALFOY Bom Mione a gnt ainda não sabe certeza o que o Harry sente, mais acho que ta bem na cara ne?!! fico feliz de saber que gosta tanto da fic. Mto obrigada por estar sempre presenteee.. de verdade!!!!
CARLA LIGIA FEREIRA Concordo plenamente com vc de que as coisas estao dificeis para ambom. Mais para mim coitada da Mione, sem comparação.. não mereceu nem meia virgula do que teve que passar.. Bom a Mione lembro de tudo agora, e vamos ver o que vai ser da Lyn.. eu não sei de nada hehehe; mto obrigada por cada visita, cada comentario, cada vez que vc leu a fic. Obrigada msmooo!!!!
PINK_POTTER Pink Usurpadora foi uma novela? Haha eu sou tao obtusa que nem sei.. e vc amo o jeito q ele descobriu a verdade? Fazendo aquilo na cama com ela? Wowwww.. q coisaaaa.. huahaahuah espero que tenha gostado do cap, e espero que vc volte mais vezes.. mto obrigada por tdddooo!!!!
AMOR Oi. essa palavra, seu nick representa tanta coisa ne? Mta gnt mata por ela, ou mata por não te-la. Eu já me perguntei milhoes de vezes se ela realmente existe e no momento pra mim ela é só uma palavra. O que ela significa p vc? Mais voltando a questao. Mtoo obrigada por mais um comentario lindo, e por sua visita!! bom a Ginny graças a deus não há com o que se preucupar.. fora da reta, mais eu tb tenho mta dó da mione. E pq vc não gosta mto do seu nome.. sabe, meu nome é mtoo comum e tb não gosto dele.. jessica, sem acento hehe, já quis trocar milhoes de vezes, mais não pensei em nenhum satisfatorio. Minha mae chama glesmar, e todo mundo conhece ela de bia desde criança, e ela odeia ser chamada pelo verdadeiro nome. É uma coisa estranha.. eu qria chamar Hermione, e ter o sobrenome Malfoy, gosto do nome e principalmente do significado. Mais é isso ai.. mto obrigada msmo!!
DANI WEASLEY POTTER Oiii joia? Tadinha da Mione msmo, e o Harry a gnt nunk sabe se ele vai ser bom ou ruim.. uma coisa louca. Espero que tenha gostado do cap. E mtoo obrigada por comentar, ler e visitar..!!! abraços..
GABRIELA DUARTE Oi gabi, fico feliz de saber que a fic te agrada, esse e a coisa que realmente importa.. agradar as pessoas. Espero que goste do cap. E mto obrigada pelo comentarioo, e pla visita tb.. ambos otimos!!!!
MELISSA CRAFTMelissa, seu comentario me deixa emocionada e me motiva a continuar. Eu que amo ler, mais não tenho verba pra comprar um satisfatoriamente grande a cada semana, fico relendo os antigos e sei que por mais amados que sejam, e melhor um livro onde há misterios e surpresas a vir. Mais amo meus livros mais do que mta coisa. Tenho ate ciume hehehe.. entao ta postado o cap e espero que vc tenha gostado. Bom o Emilio se mostro algo importante mais naoo daquele jeito, ainda bem. Mto obrigada mais uma vez pelo comentario amavel e pela visita!!
MILENA3173_GRANGER Que bom milena que vc sabia o misterio por tras da fic, pontos p vc!! acho que eu fui a unica a ler o livro e nemm imagina, juro nunk passo pela minha cabeça que elas pudessem ser gemeas. Eu não sei o pq todo mundo descobriu taoo facil assim. Mais parabensssss..!!que bom que gosta da fic e espero não decepciona-la jamais!! mto obrigada por tdooo!!
DANY FABRA Oi.. que bom que gosta da fic, isso deixa a gnt realmente feliz. Bom a Hermione tem o jeitinho dela. Na verdade eu sou mais relaxada que ela, ando de jeans surrados e blusas o mais largas possiveis, cabelo preso e sou alta e magra, nem furo na orelha tenho e não uso nem cacau, q vergonha hauaha.. verdade sou assim mesmo. Minha irmazinha compra roupa toda semana, maqueia mais que td e é super estilosa.. minha mae ta brigando cmg p mim ir comprar umas coisas.. anemmm odeio isso heheh.. vc gosta? Bom amulher da galeria, a nossa ginny, no final não era nda a preucupar graças a deus. Espero que tenha gostado do cap. E mto obrigada pelo coments e visita!!
EDILMA MORAIS Oii Edilma. Joia? É as cenas do Harry e Mi sempre são intensas de mais. Ou são ternas e carinhosas ou quase que rola objetos voando no ar. Nunca se sabe ao certo.. acho que todas as perguntas do seu comentário anterior foram solucionadas ne? Espero q sim.. e sim, sou sua fã e tenhomaior consideração, carinho e milhoes de agradecimentos por estar sempre presente.. vc tem uma fic num tem? Me passa o link pq eu perdi todas minhas favoritas não sei como..mto obrigada pelo comentário e pela agradavel, sempre visita!!
KELLY**DODGES_ Oii.. o Harry ta fofinho msmo, mais não esquecemos do homem de ferro que há por tras daquele lindo corpitxo!! bom o negocio da galeria, no final foi só p ajudar a Mi ainda bem. Bom vc não vai precisar fik pau da vida, ainda bem e eu nem qro isso pq ele não se engrasso com a Ginny!! bom Kelly a gnt bate neles a hr que vc quiser. 1º eu levo o Harry pra um canto p dar o Meu trato, intende? Hehehe.. bom emilio graças a deus só um bondoso amigo da Mi. Hehe nun chora não Kelly que eu choro tb.. e ai vai muda de cidade msmo? espero que tenha gostado do cap. bjsss!!
LORENA BENNI Oiii que bom que gosto do cap. E a Ginny foi so passagem graças a deus. Bom , o cap saiu e espero que tenha gostado.. mto obrigada pelos coments e a presença!!
• LUXÚRIA BLACK • Oii.. se cada vez eu posta vc ficar taoo feliz assim. Vo tenta posta todo dia. A elegria do leitor e minha maior prioridade, claro.. bom a Mione, não precisou mete a chinela nela.. a Ginny foi so coisa atoa e foi embora. O harry ainda bem esta mais calmo, graças a deus.. odeio homem bruto!! Hey.. de criança todo mundo tem um pouco.. devo dizer que eu sou na maioria das vezes qndo to sozinha principalmente um bebezão, seu comentário foi adoravel e eu gostei mtooo srtá. Espero que tenha gostado do cap. bjkssss
THAYS_ Oii tais. Fico feliz que mais uma pessoa gostou da fic. Eu no começo qndo escrevi a 1º fic, era totalmente HH, hj em dia mudei de rumo, sou HR, mais tipo assim eu acho que o rupert e a Emma fazem um belo casal, pq acho o rupert lindo e a emaa tb. Mais na historia ainda só HH. Meio confuso ne? Doidera msmo huahaha.. mto obrigada pela visita e pelo comentário..!!
BRU POTTER Oiii, esta ai o cap. Espero que tenha gostado.. obrigada pelo coments!!
FABIANA SOUSA PETITO adorei cada um de seus comentários, bom fabiana pq eu não posto algo bem grande? Pq o livro ta acabando, e eu tenho medo de acaba e na atualizar mais.. ve a fic acabada, me da uma dor enorme!! mais so tem mais o proximo cap. Outro a mais talvez, mais mto pouco provavel.. espero ter lhe dado todas as respostas satisfatorias do seu comentario anterior. Heheh fico mto feliz de ver o qnto gosta da fic, isso representa algo enorme.. espero que tenha gostado do cap. E desculpe a demora e frustação que causei.. mto obrigada por tdo msmo!
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