Cap 5



Draco veio se aproximando e quando menos esperou deu um abraço. Gina não sabia se o abraçava ou se ficava parada. Resolveu optar pela segunda opção.

- Que saudade...

- Desculpa, mas eu não sei quem é você.

- Eu sei que você não lembra de mim, mas você tem que acreditar. Nós passamos algum tempo juntos. Eu comecei a gostar de você e você de mim. Mas sabíamos que seria impossível assumir por isso nós ficamos nos encontrando as escondidas. Você tem que acreditar...

- Eu acredito.

- Que alívio! – ele tentou beija-la, mas seu beijo foi recusado. - o que foi?
- Eu disse que acreditava, mas não disse que queria alguma coisa. Eu nem sei beijar!

- Claro que você sabe beijar, Gina.

- Não, não sei o que é beijar, não sei o que é gostar de alguém.

- Então quer dizer que você não quer nada comigo? Depois de tudo que a gente passou?

- Draco Malfoy...

- Só Draco... – pediu

- Draco... Você tem que entender. Eu não sei de nada sobre esse assunto. O máximo que sei é que as bocas ficam grudadas, fazendo o que eu não sei. E gostar de alguém muito menos. A ultima coisa que eu gosto é minha família. Agora me responde uma coisa, por que ninguém gosta de você?

- Ninguém quem?

- O Harry, a Hermione...

- Você comentou com alguém? – perguntou assustado.

- Não, só apenas perguntei quem você era.

- Não era para você ter feito isso. E se descobrirem? Como ficarei?

- Você queria o que? Que eu fosse me encontrar com um estranho que me mandou uma carta? E mesmo assim, isso quer dizer que você se importa mais com os outros do que comigo?

- Não, Gina. Eu me importo só com você. Eu não quis dizer isso.

- Não quis dizer, mas disse. – e foi em direção ao castelo.
Draco a pegou pelo braço e falou:

- Acredite em mim, eu gosto de você. É com você que eu quero ficar.

- Me dá um tempo.

Essas foram a ultima frase da ruiva que ele escutou no dia.


Estava parada na frente do quadro da mulher gorda ainda pensando sobre o que tinha acabado de acontecer.
Tinha esquecido a senha, por isso estava esperando alguém passar para poder entrar junto. Um garoto de rosto redondo estava passando conversando com si mesmo

- Mas desse jeito acho que ela não vai gostar... E se eu fizer... Ah, oi Gina! O que é que você está fazendo aí sozinha?

- Eu não lembro da senha.

- Pode deixar, eu a tenho anotada em algum lugar do meu sobretudo. – o garoto procurou em todos os bolsos possíveis. – Acho que perdi. Temos que esperar alguém passar.

- Qual é seu nome? – a ruiva perguntou.

- Ah, esqueci que você perdeu a memória. – por um momento o rosto do garoto se entristeceu. - Deve ser muito chato ficar conversando com quem você não sabe. Mas pelo menos você tem com quem conversar. Como você se sente?

- Estranha, realmente é muito ruim conversar com pessoas que não lembro. E tenho medo de cair em alguma mentira, por isso eu sempre fico com um pé atrás.

- Bem, isso aconteceu com meus pais... e é realmente muito ruim falar com eles e não me reconhecem. Queria saber como eles se sentem o caso deles é pior que o seu, mas... Isso não vem ao caso, meu nome é Neville Longbottom, prazer.

O garoto estendeu a mão e balançou rápido quando apertou a de Gina.

- O que vocês estão fazendo ai?

Hermione tinha acabado de chegar.

- Esquecemos a senha – disse Neville

- Tenho um recado para os dois. Neville, - apontou para o garoto - Luna pensou melhor e mandou você voltar e resolver o assunto. Gina, - disse enquanto Neville abria um sorriso que parecia que ia engolir as orelhas e seguia o seu caminho – Harry quer falar com você. É sobre o quadribol, estão no campo.

- Também tenho um recado para você Hermione.

- Qual?

- Meu irmão quer falar com você agora.

- Mas ele vai estar na reunião do Quadribol.
- Depois do Quadribol, foi isso que eu disse.

Gina abriu um sorriso quando viu que Hermione estava com cara que não entendia nada, pois os dois estavam brigados.


Gina foi em direção ao campo. Tinha várias pessoas sentadas em forma de circulo com Harry no meio falando.
Quando se aproximou mais do grupo, chamou atenção.

- Gina! Você vai voltar para o Quadribol? – disse uma menina se levantando para falar melhor com a garota.

- Ainda não sei. Vim saber disso agora.

- Você quer voltar? – Harry perguntou com um sorriso ansioso.

- Eu não sei jogar direito...

- Claro que sabe Gina. – agora foi a vez de um menino negro e alto falar com ela – Nós formamos uma dupla perfeita, lembra naquele passe que eu joguei para você que ficamos andando para um lado e outro em plena sintonia e fizemos o ponto mais bonito do ano!

- Ela não lembra Dino. Ela perdeu a memória. – disse Rony censurando.

- Desculpe Rony, eu meio que... Esqueci.

- Volta Gina! Não quero ser a única menina no time!

- Eu ainda não sei... Qual é seu nome? Eu morro de vergonha de perguntar, mas é pior ainda falar com a pessoa sem saber o nome.

- Ah, que nada. Demelza. Demelza Robins. E ai, vai voltar?

- Eu ainda não sei Demelza.

- Por que você não faz um treino com a gente agora? – perguntou Harry.
- É pode ser. – concordou.

Gina foi com Demelza no vestiário colocar seu uniforme e voltou para o campo de Quadribol.

Estavam todos no céu, cada um em seu lugar escutando Harry dar as instruções.

- Gina, suba aqui!

Gina deu um impulso com a perna e voou. Desequilibrou no começo, mas logo depois pegou o jeito. Foi em direção a Harry e a velocidade foi aumentando e ela não sabia como parar.

- Ai Merlin! Harry, como é que freia isso?! – disse gritando e morrendo de medo.

Harry não precisou responder, pois por pouco ela conseguiu frear e fez com que todos rissem da cara dela e a mesma não agüentou e riu também.
Harry foi em sua direção e falou:

- Só não vá cair e perder sua memória de novo. Me dá sua mão.

Gina segurou a mão que ele estendia e juntos começaram a voar.
Era uma ótima sensação sentir o vento passando pelos seus cabelos. Agora ela estava sendo conduzida pelo amigo. Quando se sentiu mais segura soltou o braço que segurava a vassoura. Agora os dois estavam abertos e o vento passava cada vez mais gelado à medida que iam subindo.
Olhou para Harry e abriu um sorriso mostrando que estava gostando daquilo e ele retribuiu com a mesma intensidade.
Harry voou de modo que ficasse na sua frente e falou:

- Desculpa-me por ter sido grosso com você ontem?

- Não tem problema. – respondeu com delicadeza.

- Dá para vocês voltarem ao jogo? – ouviu um ruivo gritando lá em baixo protegendo os aros.

- Acho que meu irmão não ta gostando nada disso.

- É ele nunca gostou.

Gina saiu muito bem no treino e as perguntas que se iria voltar para o time voltaram.

- Eu ainda não sei. Eu me sinto muito bem quando vôo. Mas, eu acho que volto sim.

À medida que iam se despedindo as pessoas falavam: “Bem vinda ao time de novo, Gina!” “Espero que você volte mesmo!”. Até que restou só o capitão e a recém chegada.


Hermione ficou no Salão Comunal da Grifinória esperando Rony voltar do seu treino. Porque, como Gina disse, ele tinha alguma coisa para falar com ela.

- Bom tua irmã ter voltado. Era o que o time precisava. – disse Dino Thomas.

- É, eu realmente tenho que admitir, minha irmã é muito boa.
Após Dino ter ido para o dormitório e deixado os dois sozinhos, Rony chegou mais perto de Hermione e perguntou:

- O que você está fazendo aqui sozinha?

- Te esperando... – o ruivo fez uma cara de desentendido – Gina disse que você queria falar comigo.

- Só se ela tiver batido com a cabeça de novo. Eu não falei isso a ela.

- Então, vou subir.

- Não, espere. – Hermione parou no meio do caminho e se virou. – desculpe-me por sair da biblioteca irritado.

- Desculpo, apesar de não saber o motivo de tanta irritação.

- O motivo? Você não sabe?

- Ah, francamente Rony, você quer que além de te ajudar nas tarefas eu tenho que ler seus pensamentos?

- Não exatamente isso!

- Então é o que?

- Nada não. Vou deitar, esquece isso.

- Você sempre deixa as coisas para trás! Não sabe encarar o problema de frente, Ronald?

- Não Hermione Granger, não sei!

- É bom que aprenda! Ou quer que eu lhe ensine isso também?

Seus olhos encheram de lágrimas e mais uma vez não deixou que o ruivo visse. Saiu em direção ao dormitório andando calmamente apesar de estar tremendo por dentro.
Toda vez que tentava ter uma conversa civilizada com Rony sempre acabavam brigando, às vezes se achava culpada por dar origem a briga, mas dessa vez foi ele que começou como da outra vez também.

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