Nem tudo é o que parece ser



Capítulo catorze - Nem tudo é o que parece ser

Draco olhou para Pansy com ódio, que tinha a mesma expressão arrogante de sempre. Hermione controlava-se para não voar no pescoço da Sonserina. Quem ela pensava que era para interromper aquele momento? “Grr, eu ainda MATO essa vaca!”. Pansy olhou para Hermione, rindo debochada.

- Então a Sangue-Ruim finalmente conquistou o coração do Draquinho, é? - perguntou a garota. Sua aparência não tinha mudado, os cabelos continuavam cortados ridiculamente, os olhos sem brilho, e a pele macilenta. O outro sorriso que deu, deformou completamente seu rosto, já feio por natureza - Meu amor, devemos ir logo, antes que o Filch nos pegue aqui.

O garoto rolou os olhos, percebendo a raiva estampada no rosto de Hermione. Pansy permanecia imóvel, a mão estendida, esperando que ele saísse andando com ela, naturalmente, como se fossem o casal mais feliz e apaixonado do mundo. Hermione mordeu o lábio inferior, receosa de que Draco aceitasse o convite da buldogue a qualquer minuto, porém, não foi exatamente isso que aconteceu.

- Ótimo, ótimo, ótimo - os três se sobressaltaram ao ouvir uma voz asmática no fim de um dos corredores que contornavam o jardim. Sem que Hermione percebesse, já era mais de meia-noite, e, para o zelador do colégio, isso significava apenas uma coisa - Detenção para os três, três, mas... o que a srta. Parkinson faz aqui?

- Oh, sr. Filch - Pansy fez uma cara dramática, passando-se por coitadinha da história -, foi o seguinte... eu estava em Hogsmeade, porque não é proibido, certo? É uma comunidade bruxa... ok, e eu vi os dois tão fofos juntos... que resolvi vir vê-los. Estava com uma saudade deles, por favor, não me dê detenção, sr. Filch. Eu sinceramente sinto por estar aqui, a saudade deles e do castelo me consumiu, não pude resistir.

- Entendo, mas o que exatamente a srta. fazia em Hogsmeade essa hora da madrugada? - Hermione sorriu discretamente, agora, a vaca não tinha como escapar, Filch não deixava passar nenhum detalhe.

- Ah... ah... eh... Eu estou... ah, em um hotel! - Pansy inventou rapidamente - Minha mãe vem me buscar no dia... dia das bruxas, sabe...

Filch torceu o nariz. Hermione franziu o cenho, indignada. O olhar que recebeu de Draco confirmou o que esperava: não havia hotel em Hogsmeade. Pansy pareceu insegura de sua mentira, e, como os outros dois, sabia que não tinha nada de hotel em lugar nenhum pelas redondezas. Hermione, cansada de ver Pansy se dar bem, disse com a voz firme:

- E desde quando tem um hotel em Hogsmeade?

O queixo de Pansy tremeu violentamente. Sorrindo, respondeu:

- Sua maldita desinformada de sangue-ruim. Construíram um pequeno hotel em Hogsmeade há... três semanas - Draco estreitou os olhos furioso por Pansy ter um trunfo sempre para poder usar -, portanto, minha mãe autorizou que eu ficasse até o dia das bruxas.

- É, é, vamos registrar isso - Filch pareceu odiar o fato de Pansy não ser punida -, e está livre. Por enquanto, srta. Parkinson.

Hermione ficou pasma.

- COMO ASSIM? Ela não pode simplesmente se safar de uma enrascada com essa facilidade! Volta aqui, sua v... - Draco agarrou Hermione pela cintura, tapou sua boca, impedindo que ela terminasse. Hermione debateu-se, e, quando desvencilhou-se, correu atrás de Pansy. A garota desapareceu na escuridão da madrugada - VACA! - Filch, felizmente, por sua surdez, não ouviu o xingamento.

- Vamos, os dois de detenção.

Draco agarrou Hermione pelo pulso e a arrastou até a sala de Filch. Tinha o aspecto sombrio que Harry lhe descrevera, mas, no momento, ela não reparava na decoração do lugar. Estava mais preocupada com a detenção que levaria, e, quando menos esperou, veio a bomba.

- Ambos deverão limpar toda a biblioteca, os livros deverão ser colocados nos respectivos lugares, por oredem alfabética e tema, durante toda essa semana. Ah... e queremos também que vocês organizem a bancada da Madame Pince - Filch suspirou, sonhador. Draco rolou os olhos, Hermione levantou a sobrancelha direita. Todos desconfiavam de que Filch escondia uma paixão arrebatadora pela bibliotecária -, com todos os papéis onde devem estar... agora. Ah, e sem magia!

- Nós não somos dois empregados de Hogwarts, ok? - explodiu Hermione de repente - Estamos de detenção, e não tortura!

- A srta. deseja ver o que é tortura, Granger? - perguntou Filch ameaçador, apontando as correntes penduradas no teto - Se quiser, tenho o maior pr...

- Cala a boca, seu velho borrachudo - Draco olhou Filch com nojo, tirando Hermione da sala, aos prantos. Caminharam o mais longe possível da sala do velho, até pararem em frente às masmorras da Sonserina. Hermione tinha lágrimas nos olhos, e continuava a chorar - Qual o seu problema, Hermione?! Você é louca?!

- Não, eu só cansei de me ferrar por culpa sua! - gritou Hermione limpando o rosto na blusa - Eu levei duas detenções por causa de você, ok? Aliás, todas as detenções foram culpa sua, Draco! Será que você não percebe? Caramba, Draco, desde o primeiro ano você só me ferra, o que mais você quer fazer comigo?

- Hermione, você enlouqueceu por acaso? - Draco perguntou confuso.

- NÃO, Draco, estou em perfeita sanidade mental, se é o que quer saber! Sabe o que mais? Eu descobri que não amo você. É por causa de umas palavrinhas ridículas que você fala que eu simplesmente... me derreti! Eu odeio e sempre vou odiar você... Malfoy.

Draco sentiu que as palavras o perfuravam por dentro. O que fizera para que ela agisse daquela maneira? Primeiro, que salvara sua vida. Segundo, que, se ele não tivesse impedido, ela continuaria falando besteiras para Filch, acarretando-lhe sérios problemas. O Loiro viu Hermione se afastar correndo, provavelmente, em direção ao local onde deveriam estar. Draco respirou fundo, e seguiu a garota até a biblioteca.

×~..*×

Hermione não tinha colocado um terço dos livros no lugar, sendo que estava naquela maldita biblioteca há mais de uma hora. Separar livros por tema e ordem alfabética era, no mínimo, inútil. Os alunos tirariam tudo do lugar mesmo, qual o fundamento daquela tarefa ridícula? Isso era o que tentava pensar, tentando não pensar no Loiro, que se encontrava, no presente momento...

- MALFOY, ACORDA SEU IMPRESTÁVEL OXIGENADO! - berrou Hermione atirando um livro no garoto, que passou raspando na cabeça deste. Draco estava debruçado sobre um dos livros pesados, dormindo no maior sono - FILHO DA P...

- OK, já acordei, estressadinha! - bocejou Draco entediado. Olhou a sua volta: tinha feito muito mais que Hermione em menos tempo - Escuta, Granger, o que esteve fazendo esse tempo todo?

Hermione ficou estática. Granger? Não ouvia esse nome vindo de ninguém, a não ser dos professores. Draco a olhou inquisidor, e ela respondeu:

- O que você acha, seu inútil? SEPARANDO A MERDA DESSES LIVROS RIDÍCULOS!

- Uau, você realmente está estressada, Granger. Mas... como eu separei mais livros que você, em menos tempo... e ainda tive meia-hora de sono!

- CALA A BOCA, SUA BARBIE AMBULANTE! - Hermione apanhou o livro que atirara no Loiro, que riu com o canto dos lábios, vitorioso. “Pois é, Granger, descobri que também te odeio.”, e, com esse pensamento na cabeça, voltou a colocar os livros no lugar, parecendo achar uma agradável tarefa.

Uma estante estava separada. Ambos quase desmaiavam de cansaço, quando alguém adentrou a biblioteca. Filch olhou-os com desprezo, embora o trabalho tivesse sido muito bem realizado, e, em parte, era o que mais enfurecia o zelador. Hermione sabia perfeitamente que este adorava torturar os alunos, deixando-os de detenção. A garota sorriu aliviada, quando as varinhas, confiscadas pelo velho durante a detenção, foram deixadas em cima de uma mesa, e ele anunciou que podiam continuar o trabalho no outro dia.

Draco respirou pesadamente antes de olhar o relógio, que marcava três e doze da madrugada. Espreguiçou-se, admirando o trabalho que tinha feito, e, vestindo sua jaqueta preta, saiu da biblioteca sem ao menos se despedir da Sangue-Ruim. Onde tinha ido parar sua cabeça quando achou que amava... AMAVA aquela CDF ridícula? Tinha sido completamente obtuso ao achar isso, pensou entediado, jogando-se no primeiro sofá que viu da sua sala comunal. Tirou os sapatos, a jaqueta e rumou para... oh, seu dormitório era no sexto andar! “Droga, tinha que esquecer desse PEQUENO detalhe?!”.

Caminhava lenta e preguiçosamente pelos corredores do Castelo, imaginando que já poderia estar dormindo, sendo que, daqui a exatamente três horas no máximo, deveria estar acordando para as malditas aulas. Numa hora dessas, gostaria de ter uma capa da invisibilidade como o Potter, para poder sumir da escola, sem ninguém poder achá-lo. Perdido nesses pensamentos toscos e sem sentido, não percebeu que já estava na porta do seu dormitório, e que a Granger chegava, ofegante, à porta do seu. Inesperadamente, quando Draco abria seu dormitório, recebeu um tapa ardido na face direita, e, olhando incrédulo para a garota a sua frente, crente que iria responder algo, sentiu sua face arder do lado esquerdo.

- VOCÊ É LOUCA, SUA SANGUE-RUIM MISERÁVEL?! - Draco olhou, finalmente para Hermione, que tinha uma expressão satisfeita, que sumiu quando foi agarrada pelos braços - VOCÊ ACHA O QUÊ, SUA GAROTA INÚTIL METIDA À CDF? QUE EU SOU SEU SACO DE PANCADAS AGORA?

Draco tinha um brilho estranho nos olhos, parecia ódio. Fazia tempos que Hermione não via esse brilho, mas não se assustou, pelo contrário. Olhou, rindo debochada para Malfoy, e levantou a perna com força, acertando um local indesejado pelos homens. Draco a soltou instantaneamente, gritando de dor. Parou com o escândalo, que foi substituído por uma onda de arrepios, ao ouvir ela sussurrar próximo ao seu ouvido.

- Isso foi por você aparecer na minha vida. E... os tapas foram dois dos muitos que você ainda vai levar... querido.

E, dizendo isso, entrou no seu dormitório, fazendo um breve aceno com as mãos antes de fechar a porta. Draco murmurou um “sangue-ruim”, e rumou para seu dormitório, curvado, tentando amenizar a dor naquelas partes. Sem pensar, caiu na cama macia e cheirosa, agarrou seu travesseiro e riu. Não sabia por que gostara daqueles tapas, mas ruim, não tinha achado nenhum pouco.

×~..*×

Hermione bateu a porta atrás de si, e em seguida caiu na gargalhada. Era uma sensação incrível meter a mão no garoto que mais a irritava! “E eu que pensei há horas atrás que gostava daquele inútil!”. A garota respirou fundo, entrando no banheiro. Apanhou sua toalha e entrou na banheira. Estava tão gostosa... a espuma encobria todo o seu corpo, dando-lhe a sensação de conforto que adorava. Mergulhou de cabeça, molhando os longos cabelos. Emergiu da água lavando o rosto, crente de que suas vestes estavam no banheiro... olhou em volta, mas não as encontrou.

- Droga!

Decidiu que pegaria as roupas depois, continuou a tomar seu banho tranqüilamente, e, ao constatar que estava bem cheirosinha e limpinha, saiu da banheira batendo o queixo de frio. Enrolou-se na toalha cor-de-rosa, penteou os cabelos e foi atrás da sua camisola. Abriu a terceira gaveta da cômoda, vestiu-se e pendurou a toalha no banheiro. A camisola era um tanto curta, não acalçava nem a metade das coxas. “Ah, de que importa, eu vou dormir mesmo... sozinha, eu acho! Hahahahaha!”, pensou maliciosa. Dirigiu-se até a janela, abriu-a e sentou no beiral, observando a paisagem de Hogwarts... era tudo tão lindo... abraçou as pernas, descansando a cabeça nos joelhos. Não tinha noção do quão alto estava, nem se importava com isso, queria mais é admirar tudo aquilo que desejara um dia, lhe pertencer. Os cabelos esvoaçaram, e ela teve a terrível sensação que iriam sair de sua cabeça. Respirou fundo, esticou as pernas, espreguiçou-se e desceu da janela, tendo uma surpresa ao mirar à frente.

- AAAAAAAAAAHHHHHHH, SUA COISA AMBULANTE, O QUE VOCÊ PENSA DA VIDA? - berrou a garota, batendo o pé.

- Depois quem escolhe roupas pervertidas sou eu, Granger! - Draco sorriu malicioso, estudando Hermione da cabeça aos pés, parando seu olhar nas pernas da Castanha.

- PÁRA DE ME SECAR IDIOTA! - Hermione pulou na cama, cobrindo-se até o queixo com a coberta - Anda, o que você veio fazer aqui?

Draco tirou uma coisa do bolso e jogou na escrivaninha dela.

- Acho que entregaram o pergaminho no quarto errado, Granger.

- O que é isso, Malfoy? - Hermione levantou-se, caminhando lentamente até a escrivaninha, só então, percebendo que a coisa era uma pergaminho - É para mim?

- Deve ser, o Potter não iria querer conversar comigo.

Precisamos conversar... hoje.
Me encontre em frente ao quadro da Mulher Gorda.

Harry.


- Não seja ridículo, Malfoy, ele teria escrito “Hermione” se fosse para mim, e além disso, a Edwiges não erra o alvo - a garota atirou o pergaminho no peito de Draco - É para você.

Draco a olhou curioso, e, sem mais nem menos, agarrou-a pelo braço e saiu do dormitório.

- MALFOY, EU PAREÇO QUE VOU RODAR BOLSINHA NA ESQUINA COM ESSA CAMISOLA, ME LARGA! EU PRECISO COLOCAR UM ROBE! - Hermione se debatia, mas Draco não a soltou - ME LARGA, IMECIL!

- CALA A BOCA GRANGER!

Hermione parou de falar, mas, sentindo o braço formigar, respondeu grosseiramente:

- Eu sei andar sozinha, Malfoy, me larga.

Draco largou o braço de Hermione, que seguiu o Loiro até o quadro da Mulher Gorda. Hermione fez cara de desdém, vendo que Harry não estava ali.

- SEU FILHO DA MÃE! VOCÊ ME TROUXE AQUI À TOA, É?

- Cala a boca, Granger, eu ouvi um barulho...

- Vai ver é o seu cérebro que está processando alguma coisa... - Hermione deu uma risadinha maldosa, sob o olhar furioso de Draco.

- Quieta, é sério! - Draco olhou ao redor; não tinha absolutamente nada. Hermione rolou os olhos e, enjoada de ficar parada, tentou andar, mas Draco a segurou - Sua louca, pode ter um...

- Maníaco sexual? - debochou Hermione - Olha, se eu precisar, tem um do meu lado, segurando o meu braço, Malfoy.

- Ok, ok, vai então.

Hermione sorriu vitoriosa, bufando e xingando o Loiro de nomes impróprios. Estava quase no fim da escada, quando ouviu novamente a voz de Draco.

- Que foi? - ela perguntou irritada.

- Cuidado, Granger - recomendou Draco, e, em seguida, seguiu pelo corredor do sétimo andar.

Rolou os olhos entediada, saindo do andar, em direção ao dormitório. Chegava à porta, quando sentiu alguém a puxar bruscamente pelo braço, sendo arrastada até o retrato da Mulher Gorda.

- Às vezes eu acho que aquele cara pensa, não? - ela gelou ao ouvir a voz de ninguém menos do que Jack ao seu ouvido - Cuidado.

- O que você está fazendo aqui?! - perguntou irritada.

- Hum, vejo que lembra de mim, mas sim, estou com a Pansy. Aquela garota me deixa maluco, embora nem tanto quanto você, que caiu na historinha de “Potterzinho-Perfeitinho”!

- FOI VOCÊ?! - Hermione conseguiu se soltar, embora não fugindo - Seu tonto!

- Não seja ridícula, eu ainda te amo, e por isso você vai ser seqüestrada!

- Oh, claro que vai! - Hermione deu um pulo quando viu Harry saindo do Retrato com Rony, Gina, Jully e, inexplicavelmente Draco - Mas antes, vai ter que nos derrotar, querido.

- Harry! - Hermione se atirou no pescoço do garoto, deixando-o sem oxigênio - Desculpe...

- Ok, nós viemos te salvar! - falou Rony em tom um tanto quanto metido, arrancando risadas frias de Jack - Ora, seu filhinho-de-papai-idolatrado, vá se ferrar! Nossa Mione você não pega!

- E se eu der meia-volta e andar? - debochou Jack olhando para trás, seu sorriso aumentando quando Pansy apareceu, abraçando-o por trás - Agora somos dois...

- Contra sete? - perguntou uma voz abafada, e, sem seguida, Blaise chegou ofegante, olhando assassinamente para o irmão - Idiota! Estupefaça!

O feitiço acertou Pansy em cheio, derrubando-a inconsciente no chão.

- Parece que é novamente um só - Hermione desarmou Jack, deixando os chutes para os garotos.

Jack não conseguiu se levantar por um tempo, e, quando os garotos deram uma trégua, apanhou a varinha e paralisou Draco e Rony. Harry xingou-o, e acabou levando um Feitiço do Corpo Preso, sobrando Hermione, Blaise, Gina e Jully. Esta, que não tinha se manifestado, tentou estuporar Jack, acertando, acidentalmente o namorado, caindo no chão com um baque. Jully fez uma cara de descaso, mais uma vez lançando um feitiço Estuporante, do qual Jack desviou.

- Finite Incantatem! - gritou Hermione, apontando para Harry, que voltou à atividade, iniciando com um “Tarantallegra” no peito de Jack.

Hermione liberou Draco e Rony, no exato momento em que Pansy levantava do chão com um corte do rosto.

- Flipendo! - ordenou a garota, atingindo Gina e a derrubando de cara no chão. Harry correu para ajudar a namorada, que tinha o nariz quebrado.

Jully revidou, Pansy usou Feitiço-Escudo, impedindo Hermione e Jully de atacarem. A Sonserina ajudou Jack, e, ao olhar o irmão no chão meteu-lhe um soco na boca. Jully gritou, correndo para o outro lado, depois de Hermione desfazer o Feitiço-Escudo. A Castanha ainda tentou desarmar Pansy, mas esta gritou “Impedimenta” antes de chutar o estômago de Blaise. Jully agarrou o braço da buldogue e acertou a cara dela em cheio com a mão. Pansy guinchou de dor, enquanto Hermione duelava com Jack. Harry consertava o nariz de Gina, que parecia quase impossível, e Rony acabara de se aproximar de Blaise para tirá-lo de lá. O moreno tinha a boca, o nariz ensagüentados, e um olho roxo. Draco tentava, de longe, acertar Jack com o “Sectumsempra”. Hermione continuava lutando com Jack, e, quando seu cansaço atingiu o auge, berrou “Expelliarmus”, caindo no chão em seguida. Jack fora desarmado, e, enquanto tentou tirar Jully de perto de Pansy, recebeu uma joelhada nas regiões baixas pela própria Pansy, que nem ao menos pediu desculpas.

Harry terminou a pequena operação em Gina, e foi até Rony. Carregaram Blaise para o mais longe da escada, depositando-o em frente ao quadro. Gina limpou o rosto do amigo, na companhia dos dois, e Draco saiu detrás de um corrimão, correndo para Hermione. A garota tinha vários cortes no rosto e o punho aparentemente quebrado.

- Bracchi... - começou o Loiro, mas Hermione o interrompeu.

- NÃO, o prof. Lockhart tirou todos os ossos do Harry quand...

- Hermione... cala a boca - Draco disse, sem perceber que dissera o primeiro nome da garota, o que também passou despercebido por ela. Hermione virou o rosto e ouviu Draco murmurar - Bracchium Emendo.

Sentiu o braço quente, e em seguida uma dor invadiu o punho, como se estivessem tirando os ossos e colocando-os novamente. Quando ia gritar, uma sensação de conforto se apoderou dela, e respirou aliviada ao constatar que tinha o braço no lugar. Olhou para o lado. Jack estava encolhido num canto, Jully e Pansy se debatiam, Gina, Harry e Rony cuidavam de Blaise e Draco permanecia com um joelho dobrado e outro apoiado no chão, a mão direita no ombro da garota.

- Obrigada - ela agradeceu sem graça por tê-lo quase impedido de lhe consertar o punho - Eu... eu, desculpe...

- Tudo bem - Draco levantou-se, mas Hermione segurou seu braço.

- O que aconteceu?

- Como o que aconteceu? - perguntou o garoto confuso.

- Por que voltamos a... a... bem, a nos odiar?

- Porque nunca gostamos um do outro - ele respondeu seco, olhando fixo nos olhos de Hermione -, foi tudo uma mentira de nós dois.

- Ou então pode ter sido... tão verdadeiro que passou a ser... irreal - Hermione sugeriu, a voz embargada. Não chorava, mas tinha um nó gigante na garganta. Mordeu o lábio inferior nervosamente, e sorriu em seguida - Eu não devia ter me metido nessa... coisa toda.

- Eu pensava o mesmo, só que nada é por acaso - Draco voltou a se abaixar, os rostos a milímetros de distância -, mas existem coisas que são apenas para... são apenas coisas.

- E você chama de “coisas” tudo aquilo que nós passamos, Malfoy? Tudo aquilo que você me disse hoje, ontem, sei lá eu... você intitula de “coisas”? Apenas coisas?

- Aquilo... aquilo não foram apenas coisas, mas talvez tenham servido para eu perceber que o resto... todo o resto foi... para “encher linguiça” na nossa vida.

Draco sorriu amargamente, a mão de Hermione permanecia no seu braço. A garota retribuiu o sorriso amargo, enquanto os olhos se enchiam de lágrimas.

- Oh, por favor. Larga de ser idiota, eu por acaso estou chorando?!

- Imbecil! - Hermione levantou, cambaleou por alguns segundos e foi até Harry - Harry... como ele está?

- Parece que está bem, só precisa de...

Harry foi interrompido por um grito agudo, seguido de um baque surdo. Olharam todos para onde Jully e Pansy duelavam, encontrando esta caída no chão, um filete de sangue escorrendo da testa. Jully respirou profundamente e sorriu satisfeita.

- Estou bem, e o Blaise? - perguntou como se nada tivesse acontecido, embora seu rosto apresentasse sinais de fraqueza, um corte no queixo, a marca de uma mão na face esquerda, os cabelos desalinhados - Como-ele-está?

Hermione sorriu e respondeu que estava bem. Draco estava encostado numa parede, as mãos nos bolsos, cabeça baixa. Parecia um anjo com aqueles fios caindo-lhes sobre os olhos, com a boca fina semi-aberta. Sem dúvida, o que Hermione lhe dissera há pouco mexera um pouco com o Loiro. Tudo que eles passaram juntos, realmente não tinha sido apenas algo de se jogar no primeiro lixão que se deparasse. Fora tudo muito rápido, precipitado, mas nunca equivocado. Hermione tinha conseguido fazer ele pensar em uma única garota por um longo tempo, e isso, ela conquistara em poucos dias. Respirou fundo. Não tinha a amado, ou pelo menos não tinha tido sentimentos suficientes que fossem capazes de agradecê-la pelo que tinha feito na sua vida. Aprendera a amar os outros, compreender, perdoar, e simplesmente não sabia dizer se tinha a amado. Sentira coisas estranhas, novas, que nunca antes tinha experimentado. Sorrir espontanea e verdadeiramente, pensar em alguém antes de dormir, acordar de bom-humor, sabendo que tinha uma garota o esperando ao pé da escada sorridente para dizer “Bom dia, Draco!”, aprendera a dar valor às coisas simples que existiam e ele nem tinha percebido... Mas era ÓBVIO que ele não tinha amado ou gostado demais dela, tinha apenas uma pequena atração pela garota. E, isso era comum, já que Hermione tinha ficado simplesmente linda depois das férias, mais madura, mais mulher, resultando em garotos por todos os cantos a admirando quando passava. Draco respirou pesadamente. Tivera ela em suas mãos, podia tê-la feito fazer qualquer coisa, que faria com qualquer garota, mas ela era especial. Emanava, sem saber, toda a delicadeza e simplicidade que os garotos procuravam em alguém. Sim, Hermione era a única que não tinha cedido à Draco tão facilmente como Pansy, Claire e tantas outras já tinham cedido.

A garota admirou Draco naquela posição. Ficava lindo daquele jeito, tão calmo, parecendo tão frágil ou fraco... fraco? Por que estaria fraco? Ela podia ter voltado com ele, quem sabe tudo teria sido mais fácil, estariam juntos, felizes, sorrindo agora, no lugar de estarem a uma considerável distância, contemplando Pansy Parkinson e Jack Patterson nocauteados no chão no castelo? E, por mais que estivessem longe um do outro, esses dois que faziam de tudo para separá-los, de certa forma, apenas os aproximava mais. Ela não sabia por que, mas devia ser pelo fato de eles estarem do mesmo lado, e duelarem juntos... depois de tudo, conversarem, cuidar um do outro... O objetivo da Parkinson e de Jack era separar Draco e Hermione. Então por que tinham duelado, se estavam separados? Lutaram pelo quê? Pansy tinha conseguido o que queria, Jack também, qual era o sentido daquele duelo? Por mais que Harry, Rony, Gina, Luna e Blaise os ajudassem nisso, o foco era Jack, Pansy, Draco e Hermione! Eram eles que estavam metidos nesse rolo, os outros ajudavam porque desejavam vê-los juntos? Hermione continuou a olhar Draco, pensando em tudo que tinha acontecido entre eles. Mesmo que tivesse sido tudo rápido, tinha sido bom. Não podia dizer que aprendera a dar valor às coisas simples que existiam, porque isso ela já dava. Sabia como aproveitar uma brisa, um passarinho que piava de manhã, mas nunca soubera como aproveitar um garoto, aproveitar os beijos, carinhos, abraços e frases ditas por alguém. Nada disso, nenhum livro poderia ensiná-la, mas Draco sim. Ele era o cara que ela tinha sonhado há anos, e nunca imaginara que seria Draco Malfoy. Só que não o amava. Não, ela gostava de sua companhia, do seu cheiro, de tudo nele, só que não sabia como amar um cara que determinou odiar pelo resto de seus dias. Talvez fosse o ódio que juraram, a distância... estavam pertos, mas tão longe ao mesmo tempo... lutar contra a família para conseguir ficar junto de quem gostava não agradava nenhum deles, e, se fosse há duas semanas atrás, com certeza confrontariam Deus e o Mundo, mas não era duas semanas atrás. Era o presente, e o presente dizia que eles não iriam lutar contra ninguém, porque era impossível ficarem juntos.

Draco sentiu-se ser observado, e, embora soubesse por quem, apenas rolou os olhos em direção à garota para que ela não percebesse. Hermione tinha a expressão de garota-indefesa de sempre, os olhos castanhos brilhando e os cabelos esvoaçando devido ao fraco vento. Era a imagem mais simples e comum que já vira, e a mais completa.

- O que estamos esperando? - ele perguntou, depois de mais alguns minutos contemplando-a - Minerva nos achar e meter uma detenção? Ok, eu tenho uma semana de detenção, limpando a biblioteca e colocando os livros em ordem, não quero mais uma.

- Ninguém vai saber que estivemos aqui, Malfoy - disse Harry decidido - Hermione e Jully, limpem o sangue e tudo que indique um duelo ou algo anormal. Rony, remova Blaise para a sala comunal da Sonserina junto com o Malfoy, para que ele diga a senha. Gina, você me ajuda a tirar o Jack e a Pansy daqui de dentro. Vamos logo, se possível, usem um feitiço da desilusão. Caso contrário, façam todo o trabalho em silêncio. Agora!

Todos começaram o trabalho. Gina e Harry levaram, com certo esforço, a dupla-maligna (N/A: coisa miinha e da Flah ! Naaum aguentei, tive de colocar dupla-malignaa !) para fora do castelo, em direção à Hogsmeade. Blaise foi levado para sua sala comunal, carregado por Rony e Malfoy. Hermione e Jully limparam todo o andar, o sangue, arrumaram as bagunças, recolheram as varinhas e entraram pelo quadro da Mulher-Gorda, ambas exaustas. Hermione desabou no primeiro sofá que viu, saudosa da sala comunal. O fogo crepitava conforme o ânimo dela: em baixa. Sabia que Draco a encarava há minutos atrpas, e apenas não conseguia desviar o olhar. Respirou fundo.

- Jully, você acha que seria possível eu... amar o Draco? - perguntou a garota e, por mais que lutasse contra isso, só o chamava pelo primeiro nome.

- Olha, Mione... os opostos se atraem - Jully respondeu sabiamente para em seguida sorrir - Sinceramente? Não sei. Vocês sempre se odiaram, a idéia de amá-lo não soa estranha?

- Bastante. O problema é que o Draco me conquistou, Ju... claro, assim como vários garotos. Nada disso significa que eu o ame, apenas que sou atraída por ele.

- Concordo. Amor é um sentimento muito forte, e não aparece assim do nada.

- Eu sei.

- Só tem uma exceção, que ele aparece do nada.

- Qual é?

- Quando o sentimento anterior era... ódio.

Hermione piscou. Não tinha sido uma resposta agradável, ou pelo o menos não a que esperava. Olhou novamente para a fogueira, sem responder. Talvez não tivesse que ter perguntado. ALIÁS, ELA ULTIMAMENTE FALAVA TANTOS “TALVEZES” QUE TALVEZ ESTIVESSE COM ALGUMAS DÚVIDAS! “AHHHHH, EU QUERO MORREEEEEEEEEEEEEEER!”

- Você tá bem, Mione? - perguntou uma voz de longe, uma voz familiar.

- Oi, tô Jully... eu só quero morrer!

- O quê?! - Jully a olhou com reprovação - Hermione, se você gosta do Draco...

- Eu-não-gosto-do-Draco - falou a garota entre dentes - Eu só disse que eu quero morrer, não tem nada haver com ele.

- É claro que tem! Por qual motivo mais você morreria?

- Porque o Jack reapareceu, e agora minha vida vai virar um inferno, e eu vou ficar maluca, e eu não consigo respirar, e o Draco me fez ficar assim! - Hermione falou sem pensar, e quando percebeu, cobriu a boca com as duas mãos - Não quis dizer isso... ele me fez ficar idiota.

- Claro, o amor deixa a gente idi...

- ELE FALOU A MESMA COISA, ENTÃO CALA A BOCA QUE ESSE CARA ME ATORMENTA NOS MEUS SONHOS E NA MINHA VIDA! NÃO BASTA UM DRACO MALFOY, VAI TER UMA RÉPLICA FEMININA AO MEU LADO, AGORA? - Jully a olhou assustada, mas não mais se pronunciou. Hermione tinha levantado sem perceber, e caiu novamente no sofá aborrecida. Tinha vontade de chorar, só que não conseguia. Chorar por quê? Porque um maldito loiro a enchia o saco todos os dias, as noites, madrugadas, aulas? Porque ele mudara sua vida completamente? Porque agora estava ficando louca, não sabia como ia terminar essa história? Era por isso que ela ia chorar? Uma única lágrima despencou de seus olhos para seu colo, o queixo tremeu, mas não permitiu-se que chorasse. Abriu os olhos, até então fechados, travando uma luta com as lágrimas que brotavam deles, e, com um tremendo esforço, levantou do sofá - Jully, desculpe... eu fiquei nervosa com tudo isso, só preciso ficar um pouco sozinha, ok? Boa noite.

- Hermione... são cinco horas da manhã, você vai dormir? - Jully não conseguiu terminar de falar, a sala comunal foi invadida por Harry, Rony e Gina, que pareciam, no mínimo, acabados.

- Merlim, carregar aquela vaca e aquele galinha é difícil! - reclamou Gina, seguida de um aceno afirmativo de Harry.

- Cadê o Draco? - perguntou Hermione logo de cara.

- Você realmente esperava que ele entrasse na nossa Torre?! - Rony replicou.

- Ah, desculpe... ele ficou com o Blaise, então?

- Ficou - respondeu o Ruivo secamente.

Hermione pensou que depois, Draco provavelmente iria para o seu dormitório, então, saiu rapidamente da sala comunal em profundo silêncio e caminhou até seu quarto. Antes, porém, que entrasse, olhou decidida para a porta ao lado e entrou. O quarto de Draco permanecia do mesmo jeito que ela vira da última vez, exceto por algumas peças de roupas jogadas em cima da escrivaninha. Sorriu ao constatar que ele não chegaria tão cedo, as masmorras eram distantes do sexto andar. Foi até o banheiro, observando tudo, os perfumes, roupas também por lá, a toalha branca macia pendurada no box, a banheira vazia... era tudo perfeito. Apanhou um dos muitos perfumes da pia e abriu o frasco. Era aquele que ele usava. Sentiu o cheiro do garoto no vidro escuro, e, com um assomo de horror, fechou-o e depositou na pia quando lembrou que ainda o odiava. Hermione deu um sorriso maroto antes de sentar na cama de Draco, alisando a colcha e seu travesseiro.

Estava tão absorta em pensamentos sobre o Loiro, que nem percebeu quando este entrou no dormitório.

- Granger! - exclamou Draco vendo a garota sentada na sua cama à vontade - O que você faz aqui?!

Hermione arregalou os olhos, não deixando isso transparecer. Colocou um sorriso no rosto e virou-se para ele.

- O que você acha?

Draco a olhou desconfiado, Hermione só podia estar bêbada.

- Tudo bem... ok, você errou a porta, entendo você, mas seu quarto é ao lado.

- Não, Malfoy - respondeu Hermione sorrindo daquele jeito esquisito -, eu tenho certeza de que acertei o quarto que queria entrar.
- Ok, então, qual seu propósito aqui? - ele perguntou.

- Hum... adivinha.

- Olha, eu sinceramente não tenho tempo para suas loucuras, portanto, sugiro que ou fale o que quer ou saia do meu quarto, Granger. Não há mais nada entre nós, ok?

- Claro que tem - Hermione manteu seu sorriso, dessa vez mais esquisito que antes -, pode não ser o “gostar” que achamos que sentíamos, mas tem uma coisa que nunca vai desaparecer.

- E o que é?

- Olhe para mim - Draco obedeceu, a contragosto, e olhou nos olhos da garota, que se levantara - Você sabe exatamente o que é, não se faça de desentendi...

Draco agarrou o braço direito de Hermione, perfurando-a com um olhar que não usava há muito tempo com ela: ódio. O sorriso instantaneamente sumiu do rosto dela; Draco sorriu vitorioso.

- É, eu sei exatamente o que é, Granger - disse ele com a voz normalmente rouca -, mas não vou cair na sua de novo. Seu joguinho não me convence mais, seu olhar de menininha inocente não me comove como antes - Hermione arrepiou-se involuntariamente ao toque do outro - Você perdeu.

Soltou o braço dela lentamente, deixando nela a sensação que tinha sido queimado com ferro em brasa. Draco não agüentaria mais um minuto sem beijá-la, caso não saísse do seu quarto, o que não aconteceu. Hermione permaneceu impassível, sem mover-se, sem manisfestar-se.

- Sai daqui - ordenou Draco, no que Hermione riu.

- Não antes de você fazer o que deve fazer.

- E o que é que eu devo fazer? - perguntou Draco com medo da resposta, de não resistir...

Hermione, em resposta, aproximou-se mais um pouco do garoto, acariciando os cabelos louros e finos dele. As mãos escorregaram para sua nuca, enquanto ele continuava parado, sem saber o que fazer. Ela repousou as mãos sobre o peito de Draco, olhando-o firmemente nos olhos.

- Não sabe mesmo? Quer que eu te mostre?

Draco ia levar suas mãos à cintura dela, quando a porta do quarto abriu-se bruscamente. Por ela entrou uma Jully assustada e, depois de ver a cena, aterrorizada.

- Jully, que foi agora? - Hermione perguntou um tanto seca por tê-la interrompido - Morreu alguém?

- Não, mas... é que eu achei que você tinha senso de perigo! - exclamou Jully com a voz estranhamente aguda - Você tem noção de que... se vocês dois aí fizerem isso que estavam começando a fazer, a Parkinson vai matar vocês?

- A Parkinson que se dane! - disse Hermione, ainda próxima de Draco - Ela só sabe fazer besteira, ela e o Patterson.

- Sabe que eu concordo, mas não quero que minha amiga morra agora, Draco. Com licença - Jully agarrou Hermione pela mão sem aviso e a levou para fora do dormitório, deixando para trás um Draco Malfoy furioso - Hermione, você é louca?! Está bêbada?

- Não, por quê?

- Caramba, você quase beijou o Malfoy outra vez, você sabe muito bem que se isso acontecesse, ia ficar apaixonada por ele de novo!

- Ah, Jully, eu estava só me divertindo... poxa, ele é tão vulnerável quando se trata de mim, topa qualquer coisa... - Hermione gabou-se, rindo abertamente - Por Merlim e Morgana, qual o problema de uma noite mais agitada?

- HERMIONE! Você está me saindo uma pervertida daquelas tipo Parkinson! Começa com pensamentos assim, inocentes - disse Jully alterada -, nem tão inocentes, mas... é assim que começa!

- Eu nunca me tornaria uma Parkinson, Ju, não fala besteira. O Draco ia me aceitar de volta se eu fizesse um charme...

- VOCÊ ESTAVA USANDO ELE, HERMIONE! QUERIA LEVAR ELE PARA....

- NÃO, NÃO QUERIA! Eu só estava matando as saudades... se bem que eu beijei ele essa noite, mas... eu assumi que “amava” ele... foi tudo besteira, não amo e nunca amei ele.

- Ok, pode ser, mas você não devia fazer com que ele ficasse de quatro por você, e depois dar um pé na bunda do garoto!

- Isso é a coisa mais normal que existe, vai falar que nunca fez isso?!

- Bom... já, já fiz, sim.

- ENTÃO! Viu? Não sou a única que faço isso... todas as garotas, se bem que isso não é culpa nossa, eles se apaixonam sem que nós possamos deixar claro que não queremos nada.

- É, eu sei, mas voltando ao Malfoy! O que você pensa da vida?! Queria engravidar dele, é?

- Claro que não, eu só... me animei demais.

Hermione entrou no seu dormitório exausta, jogando-se na cama. Jully veio atrás, falando coisas desconexas como “não devia ter feito isso”, ou “ele não merecia aquilo”, ou “podia se apaixonar”. A amiga continuava a falar, embora seus pensamentos estivessem em um Loiro no quarto ao lado. Por mais que tentasse, ele ainda a atraía bastante, e isso não era nada bom. Se Jully não tivesse aparecido, talvez cometesse uma loucura que iria se arrepender depois.

Draco não tinha mais aquele jeito seco e insensível, dando lugar à um Draco mais sentimental e até carinhoso. Ele já lhe confidenciara que fora tudo culpa dela, não era para ser assim, mas ela modificara sua vida, e isso ainda martelava sua cabeça. Gostaria de nunca ter conhecido Malfoy, mas, de pensar em tudo que passaram juntos, um sorriso fraco formava-se nos seus lábios. Toda vez que se aproximava dele, sentia faltar-lhe o ar, as pernas bambeavam, mesmo que não gostasse daquela maneira dele. O tempo parava, e ela desejava que continuasse sempre naquele momento. As sensações que Draco provocava nela, eram novas e totalmente esquisitas. Tinha vontade de estapeá-lo e ao mesmo tempo se atirar no pescoço dele. Nunca sentira nada igual por ninguém, nem mesmo por Rony. O Ruivo fora uma experiência boa, só que não como Draco foi.

Por causa dele, conhecera novas pessoas e fizera amizade com alguém que mais tarde tornou-se namorado de sua melhor amiga. Tudo culpa de Draco, que talvez forçou sua convivência com Blaise Zabini tornando-os amigos. Sabia que se envolver em um plano e fazer um acordo com Malfoy era arriscado... ela só queria provar ao ex-namorado que podia conseguir quem quisesse, porém, seus planos foram modificados... tomaram um rumo totalmente diferente do que podia imaginar, e toda a história tinha ido longe demais. Toda aquela convivência, a aproximação deles, tinha se tornado algo maior, mais forte por menos que quisessem, tinha acontecido. Não podia ser com Jack? Talvez se ela tivesse largado Draco e ficado com Jack tinha sido tudo diferente, real. Doía de pensar que aquilo entre ela e Draco não tinha sido real, tinha sido uma fachada, uma mentira, bobagem, coisa de dois idiotas que precisavam se livrar de alguém no seu pé.

Hermione começava a achar que estava doente, louca, quem sabe. A única coisa que pensava era em ficar com Draco, e quando tivera essa oportunidade, “não”. Tinha merda na cabeça, era a verdade. Rezara tanto, pedira à Merlim, Deus, Morgana que trouxesse seu Draco de volta, e fora atendida... mas ela própria não o quis de volta. Sentiu um arrepio sem explicação quando ouviu-o abrir o chuveiro no banheiro ao lado. Sabia que estava lá... isso a acalmava, mas a perturbava em excesso ao mesmo tempo. Jully continuava a falar coisas, que, para Mione, era desconexas ao extremo.

- Você ao menos ouviu uma palavra do que eu te disse, Hermione? - perguntou Jully de repente, olhando a amiga viajar nos pensamentos - É, parece que não.

- Não, não ouvi, Jully - Hermione sorriu fraco - Eu só preciso ficar sozinha um pouco ok?

- Vou te deixar sozinha, então. Se cuida e não faça nenhuma besteira... por Merlim - Jully se despediu da amiga com um rápido e apertado abraço, saindo, receosa de que ela fosse fazer alguma coisa, mas não se manisfestou.

Hermione respirou fundo e trocou de roupa. Não tinha mais a intenção de ir atrás de Draco, estava tudo terminado, não tinha mais motivos para ir atrás dele. A melhor coisa a fazer agora, era sair da cama e tomar um banho... sorriu ao pensar que Draco fazia o mesmo. Nada mais iria mudar seu pensamento, Draco e ela não combinavam e isso já tinha sido provado.

×~..*×

Desde o dia em que cumprira sua primeira noite de detenção, passara-se uma semana. A sexta amanhecera com um chuvisco, mas isso não pôde interferir na alegria e excitação dos alunos. No sábado teriam uma visita à Hogsmeade, para arranjarem as vestes do baile do dia das Bruxas, que aconteceria em uma semana. Seria mais uma festa com comidas típicas, só que um tanto formal, não exatamente um baile como o Baile de Inverno. Hermione acordou com batidas na sua porta, e surpreendeu-se ao se deparar com Draco do lado de fora.

- Que foi, ô serpente? - perguntou mal-humorada, amarrando o robe - Tem noção de que são... oito horas da manhã de uma sexta-feira sem aulas?!

- Ok, Granger, vim apenas te avisar que a Minerva mandou eu te falar que os monitores-chefes, no caso, eu e você, iremos abrir o baile.

- Como? - Hermione deixou, inconscientemente, o queixo cair - Mas ela disse que não seria um baile, no sentido da palavra, digo... um baile como o do quarto ano!

- Todo baile precisa de uma abertura, Granger, e ela nos escolheu para isso - Draco torceu o rosto em uma expressão de nojo -, eu realmente sinto muito.

Hermione bufou. Não podia ser, justo quando tinha conseguido se afastar de Draco, Minerva lhe aprontara uma dessa?! Tinha que arranjar uma desculpa, qualquer desculpa para que não fosse nesse baile, talvez simplesmente ficasse doente no dia. “Huahuahuahua, ia ser engraçado eu ficar doente justo no dia...”

- Olha, Malfoy, eu sinceramente não queria dizer isso, mas a Minerva enlouqueceu. Eu admiro e respeito nossa querida vice-diretora - “Querida, querida é a mãe dela! Ah, que idiota, eu odeio, odeio e NÃO admiro as idéias toscas e sem pé nem cabeça dessa louca!” - Só que a questão é que EU NÃO VOU AO BAILE COM VOCÊ!

- Granger, depois de uma semana de detenção você não iria querer outra, ia? - perguntou Draco despreocupado, encostando-se no batente da porta do quarto de Hermione.

- Claro que não, do que você está falando? - Hermione ergueu uma sobrancelha, desconfiada.

- Estou falando que Minerva McGonagall irá nos aplicar UM MÊS de detenção se NÃO FORMOS JUNTOS à esse MALDITO baile!

Pela segunda vez naquela sexta-feira, o queixo dela caiu dois metros. Detenção, ela odiava detenção! A pior coisa que podia lhe acontecer naquele mês de outubro era mais uma detenção... um mês, esse tempo era um tanto extenso para uma detenção. Estava dividida: ou corria o risco de passar um mês de detenção com a serpente, ou ia ao baile... com a serpente. Qualquer uma das duas escolhas iriam incluir a serpente, e isso não era nada bom. Pensou um pouco... talvez a detenção lhe descontasse pontos, mas o baile não iria lhe conceder pontos... a nota nas provas não iriam aumentar, e iriam talvez diminuir com a detenção. “Merlim me ajuda, por favor, por favor... eu não quero nem um e nem outro!”

- Eu tenho um plano - disse subitamente, uma idéia lhe clareando a mente.

- Ah, Granger, nada de planos, da última vez que fizemos um plano em conjunto, não deu muito certo - Draco resmungou, cruzando os braços no peito - Então... detenção ou baile?

- Não tem a opção: não quero nada?!

- Granger, por Merlim, eu tenho mais o que fazer do que ficar ouvindo duas piadinhas sem graça.

- Ok, Malfoy. O que você prefere?

- É realmente uma decisão difícil, mas uma noite na sua companhia é diferente de um mês, ou seja, eu prefiro o baile.

- É, uma noite não vai me matar, concordo - “Ou me mate antes que eu imagine” - Só não diga que a roupa precisa ser parecida!

- Não, Granger, a roupa é cada um com a sua - Desencostou-se do batente e a olhou firmemente nos olhos - Trate de me procurar amanhã, nós vamos juntos à Hogsmeade - e saiu de lá, descendo as escadas tranqüilamente.

- Mas que... IMBECIL! - gritou ela para o vácuo, tendo como resposta o eco da sua voz.

Bateu a porta do quarto... “vamos juntos à Hogsmeade”... “juntos à Hogsmeade”... as últimas palavras de Draco antes de deixar o corredor martelavam a sua cabeça... por que iria à Hogsmeade com um loiro metido daquele nível? Entrou no banheiro, trocou a roupa e desceu para o salão, os cabelos soltos balançando no ritmo do vento fraco. Sentou ao lado de Gina, já que Jully ficara na sala comunal adiantando alguns deveres, já feitos pela Castanha. Harry e Rony tinham ido treinar para o próximo jogo de quadribol, deixando a Ruiva sozinha na mesa.

- Gina! Por que...? - começou Hermione, mas Gina simplesmente balançou a cabeça.

- Eles foram treinar quadribol, e a Jully adiantar deveres - Gina sorriu tranqüila - Que cara é essa? - perguntou, quando reparou na cara emburrada da amiga.

- Nada, eu só estou nervosa.

- Por?!

- Draco Malfoy - respondeu a garota brevemente, sentindo a voz tremer ao pronunciar pela primeira vez, em vários dias, o primeiro nome dele -, nós vamos juntos ao baile.

- Nossa, e eu que achei que vocês tinham terminado há um tempão! - comentou Gina, levando uma colher de mingau na boca.

- Pois é, mas a Minerva fez o favor de determinar que os monitores-chefes abrirão o baile. Sem contar que amanhã eu vou à Hosgmeade com ele - terminou de falar, servindo-se de suco de morango - Eu sinceramente não entendi, ele quem me convidou e nem deu tempo de recusar!

- Sei... mas então, você tem idéia de como vai escolher seu vestido com aquela doninha do seu lado? Vai ser um inferno!

- Por isso mesmo, Gi... ele é tão impaciente!

- Não liga, a gente te seqüestra amanhã, ok?

- Tomara que o seu plano dê certo, porque no momento eu não tenho nenhum - Hermione finalizou com um suspiro, não notando que um certo sonserino a observava de longe, um sorriso de canto de lábios estampado em seu rosto fino e pontudo.

×~..*×

- Escuta, Blaise, será que dá pra parar de me encher? - ralhou Draco sentando ao lado do amigo - Eu só fui avisar o que a Minerva pediu...

- E qual foi a do “vamos juntos à Hogsmeade”? - perguntou o Moreno rindo - Ah, Draco, assume que ainda quer ela, vai!

- Não, não quero, não. E além do mais, eu só falei que vamos juntos amanhã porque... porque... porque eu quero ver se ela vai estar vestida à minha altura! - “Ela já é à minha altura... com roupa ou sem... Huahuahuahua!” - Não posso me dar ao luxo de ir com uma garota mal vestida.

- Ver a noiva antes do casamento dá azar - murmurou Blaise, mas Draco escutou.

- Ei! Eu não vou casar, eu vou em um baile, ok?

- É, mas mesmo assim, quando for casar com ela, não esquece de não vê-la antes do cas...

- Cala a boca, Blaise! - ordenou Draco, sob risos do amigo.

Draco subitamente parou de falar quando Hermione entrou no salão. Estava linda como de costume, e seu rosto denunciava o que já sabia: estava furiosa. Riu baixinho, observando-a caminhar até a mesa e sentar ao lado da Weasley. Elas conversaram um tempo, Hermione aparentando sua raiva. Não conseguia tirar os olhos dela, e agradecia internamente por ela não olhar na sua direção. Sorriu de leve ao imaginar que ela seria bem capaz de fazer tudo para não ir à Hogsmeade em sua companhia. Viu-a suspirar e voltar a atenção ao seu suco, ainda com o sorriso de canto de boca.

- Draco, amanhã... ah, esqueci, você vai à Hogsmeade com a Hermione...

- Cara, não enche! - Draco levantou-se da mesa irritado, indo em direção ao jardim, com a intenção de colocar seus pensamentos em ordem, sem nem perceber que Hermione fazia o mesmo, do outro lado do salão.

Caminhava lentamente, as mãos nos bolsos da calça, pensando se teria coragem de ir à Hogsmeade com a Granger. Tudo bem que já tinha a beijado várias vezes... cinco, talvez, mas seria bem estranho sair com ela depois de quase duas semanas.

Chegou à porta que levava aos jardins, ao mesmo tempo que trombou com alguém.

- Idiota, olha por onde anda! - Draco massageou o braço que tinha batido na parede de pedra.

- Presta atenção você, imbecil! - Draco gelou ao ouvir a voz dela - Malfoy!

- Engraçado, Granger, parece que sempre pensamos em fazer a mesma coisa na mesma hora - debochou o Loiro - Ou será que alguém aqui do sexo feminino que segue alguém aqui do sexo masculino?

- Malfoy, ficar do seu lado não é agradável, portanto, SAI DA MINHA FRENTE! - Hermione correu para fora do castelo, parando somente quando resolveu sentar na beira do lago. Ficou admirando a superfície espelhada refletindo as árvores e o céu nublado. Ainda caíam alguns pingos de chuva, mas não se importava.

Encostou-se numa árvore alta, sentindo as gotas respingarem no seu rosto delicado. Abraçou os joelhos, como se estivesse querendo sentir-se segura.

Draco ainda observou ela se afastar até sentar-se à beira do lago... era justamente o que ele ia fazer, se ela não tivesse entrado na sua frente. Porém, ao imaginar que a Granger talvez não o estapeasse, andou devagar até o ponto onde Hermione se encontrava. Ela não fez objeção perante à aproximação de Draco, apenas continuou contemplando o lago.

- Granger, qual o seu problema? - perguntou, sentando ao lado dela - Está tão irritada - brincou ele, sabendo exatamente a razão da irritação da garota. Levou um olhar assassino como resposta, que agiu indiferente - É, eu também me pergunto o que me levou a te convidar, ou obrigar, a ir comigo até Hogsmeade. Acho que foi meu lado inconsciente.

- Então por que ele veio à tona justo comigo? - ela sorriu misteriosa, deixando a pergunta pairar no ar. Draco levantou as sobrancelhas, sem entender a pergunta, então, Hermione continuou - Malfoy, eu realmente sinto em ter que ir à esse baile com você, mas eu não me sinto obrigada a ir à Hogsmeade na sua companhia. A gente se odeia, esqueceu? Desde quando pessoas que se odeiam precisam dar um passeio juntas? A não ser, é claro, que a maluca da Minerva tenha determinado que nós devemos ir juntos à Hogsmeade, o que eu duvido.

- Eu concordo que nossa convivência nunca foi, não é, e nunca será as melhores - disse Draco despreocupadamente -, mas enquanto fingíamos namoro, ela se tornou um tanto agradável, não é Granger? Tudo bem que não foi quase um mês, só que... foi. Esse é o ponto mais engraçado de tudo isso, não acha?

- Malfoy, eu nunca mencionei um dia, que queria fingir namoro com você, ok? Quem começou toda essa história foi você, não eu - retrucou Hermione, e fez Draco sentir como se tivessem derrubado um balde de água fria em cima dele - Por mim eu não teria nunca feito nada daquilo, principalmente se tratando de um sonserino metido à gostoso, ou seja, você.

- Mas gostou! Assume, Granger, você não achou ruim, achou?

- Olha... ruim não, mas não posso te dizer que foi a melhor coisa da minha vida - Hermione suspirou, sabendo que estava contando a maior mentira que podia inventar -, porque nada com você pode ser a melhor cois...

- Você é tão mentirosa, Granger... eu, que praticamente não falo verdade pra todo mundo, assumo que eu gostei, imagine você, a CDF mais certinha de Hogwarts! Se eu gostei, você também.

- Malfoy, não é porque você gostou que significa que eu tenho que sentir o mesmo, pelo o contrário. Nós somos duas pessoas diferentes, e com opiniões contrárias.

- Não acho - discordou Draco olhando nos olhos mel da garota à sua frente - Eu sempre pensei que quando nós dissemos “eu te amo”, não tenha sido totalmente em vão. Pode sim, ter sido uma mentira, mas para quantas pessoas você disse isso em toda a sua vida?

Hermione ficou sem resposta. Era verdade, Draco era uma das poucas pessoas para as quais ela tinha dito na vida “eu te amo”. Seu pai, sua mãe, alguns familiares... e Rony, apenas um dia, em que ele a pedira em namoro, mas não fazia idéia de que aquele eu te amo era de amizade. Suspirou. Draco estava certo, podia ter sido mentira, só que não fora em vão.

- Pois é, Malfoy... você está certo, em parte - concordou ela, dada por vencida, mas não deixou como estava - E você disse isso para quem na sua vida?

Draco deu um meio sorriso, mantendo o olhar em Hermione.

- Só para você - respondeu, e Hermione ficou totalmente sem reação.

Quem ele pensava que era para responder aquilo... daquela maneira?! Ela simplesmente deixou o queixo cair, mas não antes de Draco dizer mais alguma coisa.

- Eu acredito, sim, que da sua parte aquilo foi uma tremenda mentira, Granger - ele levantou-se, ainda olhando-a nos olhos -, mas nunca duvide do que um Malfoy diz.

E saiu de lá, deixando uma Hermione Granger atônita.

×~..*×

Hermione ficou pálida depois do que ouviu de Draco. “Nunca duvide do que um Malfoy diz...”. Ele era um autêntico Malfoy, ou seja... Merlim, ele tinha dito aquilo mesmo?! Ou tinha sido uma ilusão, e ele nunca tivera aparecido na sua frente?!

- MALFOY! - gritou Hermione de repente, levantando do chão e o seguindo - MALFOY! - tornou a chamá-lo, e, quando percebeu que ele ouvira, viu-o parar onde estava e virar-se para ela, as mãos nos bolsos, de uma forma terrivelmente sexy - Malfoy... você realmente disse aquilo?

- Claro, Granger, ou achou que eu pensei aquilo? Que eu saiba você ainda não sabe Legilimência - Draco sabia que causaria aquele efeito na Castanha, o que o fez deixar escapar um pequeno sorriso - Por quê?

- Eu ainda não acredito que você possa ter dito aquilo no seu estado normal de sanidade mental, entende? - Hermione disse infantilmente, ainda com a expressão surpresa estampada no rosto - Malfoy... o que você quis dizer com aquilo?

- Com aquilo o quê, Granger?

- “Nunca duvide do que um Malfoy diz” - ela repetiu, franzindo o cenho.

- Que você - Draco apontou para ela - não deve duvidar de um Malfoy. Do que um Malfoy diz.

- Ah, seu indecente, você repetiu a frase! - ralhou Hermione arrancando um sorriso dele.

- Ok. Você entende o que significa não duvidar? - Hermione fez sinal afirmativo com a cabeça - Pois então, você não deve praticar essa ação com um Malfoy, ou seja... não deve duvidar, questionar ou achar mentira o que um Malfoy, um descendente dessa família, diz.

- Eu sei!

- Então por que perguntou, criatura?! - Draco a olhou indignado. Ela só podia ser lesada, ou louca. Hermione voltou a franzir o cenho - Ok... faça uma pergunta com fundamento, Granger...

- Duvidar de quê?

- CARAMBA, VOCÊ NÃO PERCEBEU AINDA, NÃO?! - Draco descontrolou-se. Ela estava se fazendo de burra, não era possível que não fosse capaz de entender o que lhe dissera. Se fosse loira, não se surpreenderia... claro, ele era loiro, mas uma única exceção da humanidade [N/A: naada contra loiras, afinaal, a Flahh é loira oks?! :D], única! - A gente estava falando de quê?

- De quando você me disse “eu te amo” e vice-versa - respondeu ela prontamente, como se fosse um robô que respondia as perguntas feitas no mesmo instante.

- Ok, e em seguida eu disse que você podia ter mentido sobre isso, certo?

- Certo.

- E depois falei que você não devia duvidar de que um Malfoy diz?

- Falou.

- ENTÃO!

- Mas, Malfoy, você disse tantas coisas, que eu fico perdida - Hermione cruzou os braços emburrada. Queria ouvir dele as palavras que um dia talvez tinha lhe dito, direta ou indiretamente... - Por favor, me explica!

- Eu não vou me humilhar a tanto, Granger. É isso mesmo que você imagina, é exatamente isso, eu não vou falar - disse orgulhoso, sabendo que a garota esperava aquilo.

- Eu sei que não, mas eu não sei, é sério, do que você está falando.

Hermione saiu de perto dele, ou não agüentaria mais e iria chorar. Ia quase virando um corredor, quando ouviu a voz dele mais uma vez.

- Nosso passeio amanhã ainda está de pé?

Ela virou-se para ele, olhando-o firmemente nos olhos.

- Isso não é se humilhar?

- Não, não é - ele respondeu decidido - Então, está?

- Sim, está, Malfoy - Hermione não esperou um sorriso, nem uma vírgula do que ele ia dizer, apenas correu para longe, antes que cometesse uma loucura.

O dormitório era um convite, mas não era isso que queria. Foi para a sala comunal, atrás de Harry. Lembrou-se, então, do treino de quadribol. Jully quase disse “oi”, porém, a Castanha saiu da sala antes que a amiga pudesse abrir a boca. Caminhou rapidamente em direção ao campo, e avistou o amigo voando em busca do pomo. Ela sabia que aquilo era a vida de Harry. A coisa mais em comum que tinha com seu pai, e isso a deixava emocionada... nunca imaginara sua vida sem seus pais, e quando surgiu esse pensamento, Hermione balançou a cabeça se livrando deles no mesmo instante.

Olhou para o céu de novo, sentindo a água da chuva molhar seu cabelo. Tentou chamar pelo amigo uma vez, sem sucesso. Torceu o nariz e gritou.

- HARRY, AQUI EMBAIXO! HARRY! - Harry olhou assustado para baixo, e avisou os jogadores para continuarem, e desceu da vassoura.

- Mione! - exclamou o Moreno, depositando um beijo na testa dela - Algum problema?

- Não, Harry, eu queria conversar sobre umas coisas... - ela sorriu sem graça, mas Harry pareceu não perceber.

- Ótimo, faltam só doze minutos para o treino acabar, eles se viram sozinhos. Vamos no vestiário?

- Bom, não acho boa idéia, Harry.

- Hum, entendo - o amigo a olhou compreensiva - Espere um segundo que eu já volto, então.

Hermione sorriu. Viu o outro amigo, Rony, defender várias bolas que voavam em direção aos aros, sentindo-se orgulhosa de ter dois amigos ótimos em quadribol. Teria três, se Gina não desistisse de jogar no meio do ano. A Ruiva não tinha mais vontade de jogar com o namorado por perto, não se sentia confortável, e, sabendo que Harry nunca abandonaria o quadribol, saiu da equipe, e garatia que não sentia muita falta. Alguns minutos depois, Harry voltou do vestiário, a vassoura no ombro e saíram para o castelo.

- Então, o que é?

- Harry, você já sabe que eu fiquei com o Malfoy um tempo, né? - ela começou receosa.

- Sei, e sei inclusive que era tudo mentira, mas prossiga.

- Como você sabe?!

- Ok, eu ouvi uma conversa entre a Ju e a Gina sobre isso, esquece...

- Tá, mas é que... eu acho que ele mexeu muito comigo, mesmo sendo mentira, Harry, e eu sei que isso é errado - Hermione viu que o amigo tinha a cabeça baixa, mas não chateado, parecia pensar.

- É... bom, Mione, errado eu não acho que seja, mas que é bem improvável, ah, isso é - disse Harry sentindo a voz embargar. Não apreciava a idéia de sua amiga estar apaixonada por Malfoy, mas se fosse para sua felicidade, não iria se intrometer.

- Só que quando nós... “terminamos” e tal, eu realmente senti falta dele, de verdade... e depois de falar que amava ele, e ele me dizer isso, fiquei mais mexida ainda, só que parece que algo mais forte resolveu meio que nos afastar, e descobri que ainda odeio ele.

- Odeia?!

- Ok, odiar não, só que continuo não me simpatizando com ele - Hermione respirou fundo - Hoje o Malfoy me disse uma coisa que eu fiquei pensando... não sei se é verdade, mas... nós estávamos discutindo o dia em que falamos “eu te amo” um pro outro - Harry a olhou inquisidor, ela completou - Indiretamente. E ele disse que eu menti, só que não foi em vão... depois, ele falou uma coisa... “nunca duvide do que um Malfoy diz”. Eu fui perguntar, mas ele retrucou, disse que não iria se humilhar e dizer o que eu queria que ele dissesse.

- E o que você queria que ele te falasse? - perguntou Harry com um sorriso imperceptível.

- O que ele me disse aquele dia... que me ama, ou que gosta de mim... um pouco, que seja.

- Então ele gosta de você, oras! Senão, ele não saberia o que você queria que ele te dissesse, certo?

- É, Harry, só que vindo do Malfoy, eu acho isso muito suspeito, não?!

- Olha, Mione, o Malfoy pode ser um cara meio galinha, mas eu duvido que não tenha sentimen...

Harry foi interrompido pela namorada, que corria em direção à ele.

- HARRY! Merlim, esse treino demorou! - Harry olhou Hermione, dizendo que depois continuariam, e Gina pareceu não ver a amiga ali - Nossa, amor, eu achei que você ia voltar cedo...

Hermione riu e saiu de lá, deixando os pombinhos juntos, e foi encontrar Jully. Tinha certeza que antes dela sair da sala comunal, ela tinha dito algo...

- Oi, Ju - ela cumprimentou a amiga, quando entrou pelo retrato - Adiantou os deveres?

- Ah, oi, adiantei, sim - respondeu Jully concentrada em um pergaminho longo sobre a mesa - O que andou fazendo, Mione?

- Bom, pela manhã tive uma discussão com o Malfoy... depois eu encontrei ele outra vez no jardim, e estava há dois minutos falando com o Harry.

Hermione foi praticamente obrigada a contar desde que foi acordada pelo ser mais asquereoso do mundo, até a última palavra com Harry. Jully ficava cada vez mais animada com a conversa, imaginando Hermione e Draco brigando depois de terem se beijado várias vezes.

- Certo, e vocês vão juntos amanhã à Hosgmeade?

- Vamos - respondeu a Castanha brevemente, começando a se irritar, todo mundo tinha que fazer essa maldita pergunta à ela?! - Jully, eu não sei que roupa eu vou!

- Ora, uma saia, uma blusa...

- No baile, sua mongol.

- Aah! Bom, Mione, acho que você devia ir com ele à Hogsmeade, mas ficar comigo e com a Gina na hora de escolher a roupa.

- Ele não vai deixar - respondeu de volta, pensando que Draco não a deixaria sair com as amigas...

- Claro que vai! Ou ele manda em você?

- Mais ou menos.

- COMO?! - Jully se levantou de um salto, surpreendendo Hermione - Cara, ele não manda em você, Mione!

- ÓTIMO! Eu vou com ele, e escolho o vestido com vocês duas, satisfeita? - Hermione irritou-se, no fundo, não queria desgrudar de Draco no passeio, mas realmente escolher o vestido com ele por perto não seria bom - Desculpe, eu... eu me descontrolei. Vou indo, Ju, até amanhã.

×~..*×

- Acorda, Hermione! - Gina sacudia a amiga - Vamos, o passeio é daqui a meia hora!

- Huum?! - Hermione abriu os olhos - Meia hora? Tomar banho... me trocar, Malfoy... uhum, já vou...

- ACOOOOOOOOOOOOOOOOOOOORDA!

Gina era praticamente um despertador, e Hermione levantou da cama imediatamente, indo tomar seu banho, e ir se trocar. Colocou uma saia preta simples, uma blusa rosa tomara que caia, prendeu os cabelos em um rabo de cavalo e calçou uma sandália baixinha preta. Desceu com Gina até o salão, mas não pôde tomar seu café, sendo arrastada até um dos primeiros coches por ninguém menos do que Draco.

- Bom dia, Granger - cumprimentou-a sussurrando no seu ouvido - Eu pensei muito, acho que devíamos nos separar na hora de comprar as roupas.

- Ótimo, porque eu pensei o mesmo - Hermione respondeu secamente. Sentou de frente para o Loiro, esperando que os Testrálios, invisíveis aos seus olhos, começassem a andar, o que não demorou muito. Os professores se acomodaram no primeiro coche e conduziram os outros até a entrada de Hogsmeade.

Draco e Hermione desceram, ela, faminta. O garoto a levou no Três Vassouras, onde tomou uma cerveja amanteigada, que caiu super bem.

- Sabe, Granger, esse passeio pode ser muito divertido - Draco entrelaçou seus dedos com os dela naturalmente, como se fosse algo normal.

- Me solta! - pediu ela - Malfoy, nós não somos um casal, nem passamos perto disso, ok?

- Certo - Draco, sem pensar, conjurou uma caixinha preta, e entregou à ela - Espero que use isso no baile, Granger, custou uma fortuna.

Hermione o olhou desconfiada, apanhando a caixinha. Abriu-a com cuidado, deparando-se com o conjunto de brincos e colar mais lindo que já vira na vida.

- Oh... ah... Malfoy, eu... não posso aceitar - Hermione tentou devolver a caixa, mas Draco empurrou de volta nas mãos dela - Ok, você quer me comprar?

- Lógico que não, você não tem preço estimável - Draco a olhou, sem demostrar, no entanto, um pingo de sentimento como amor ou paixão - Apenas pegue e use no baile.

Hermione guardou, a contragosto, a caixinha nas vestes.

- Quer um chocolate? - ele ofereceu rindo em seguida - Granger, acho que não.

- O que?!

- Não posso te pagar um chocolate e correr o risco de ir ao baile com uma baleia!

- SEU INSENSÍVEL! - Hermione tentou socá-lo, em vão - Imprestável, idiota, imbecil, filho da mãe, nojento!

- Calminha aí, Granger, eu não quero ser alvo das suas mãozinhas delicadas - ele debochou, segurando os punhos da garota - Shh, é hora de comprar as vestes.

- Eu sei - bufou Hermione, procurando as amigas.

- Tem dinheiro, ou virou um Weasley?

- Idiota!

- Metida!

- Arrogante!

- Ignorante!

- Serpente!

- Chega - ele disse calmamente, num momento sem noção do passeio deles - Vamos, eu te levo até seus amiguinhos.

Hermione tentou ao máximo não voar no pescoço dele. Andou pisando firme, a raiva contida. Tinha os braços cruzados, ainda perguntando-se qual o objetivo de ganhar um presente de Malfoy. Primeiro, ele a provocava, xingava, ofendia. Em seguida, dava-lhe um presente que deveria ter custado uma nota, coisa que não tinha importância no meio da fortuna da família Malfoy. Mais tarde, ele a oferecia um chocolate. E, por último, terminavam em brigas infantis e sem nexo.

Demorou bastante para encontrarem Jully e Gina no meio da multidão de alunos, e Hermione agradeceu à Merlim por ter saído de perto de Draco. As três foram andando, Hermione mais calma e animada, até a Trapobelo Moda Mágica. O nome não era convidativo, mas era o único lugar na vila de se encontrar algo decente. Hermione percebeu, com um ódio inexplicável, um pequeno hotel no fim da estradinha, onde, provavelmente, Pansy e Jack estariam hospedados. Afastou os pensamentos da mente, e entrou na loja. Ainda estava vazia, exceto por dois alunos que escolhiam as vestes. Era cedo, e o horário mais indicado para escolher tudo para o baile. Jully enrolou mais de uma hora para escolher o vestido que queria; Gina ficou indecisa entre um preto e outro rosa, depois, não optando por nenhum dos dois. Hermione, porém, nem se deu ao luxo de procurar. Bateu os olhos no vestido mais perfeito que já tinha visto na vida. Prateado, até metade das canelas, várias tiras trançadas nas costas... era perfeito, exceto por um pequeno problema.

- Srta. - chamou a dona da loja -, esse vestido não está à venda.

- E por que não?! - perguntou a Castanha indignada.

- É um vestido caríssimo, que nós não o vendemos por nada. Nem emprestamos.

- Como assim?

- Srta., para ser mais direta, é um vestido caríssimo que está reservado para uma garota... lógico... ela está hospedada naquele hotelzinho ali, se quiser, tire satisfações com ela. Mas temos outros modelos aqui...

Hermione nem ouvia mais. A Parkinson tinha escolhido aquele vestido perfeito para o quê?! Não podia ir ao baile, estava expulsa da escola! É, Hermione não tinha sorte, só que não iria deixar que uma vadia daquela roubasse sua noite, o baile que julgava ser o mais perfeito. Não, ela não tinha que estar linda na festa. Tinha que estar deslumbrante, a melhor de toda a festa. Tudo bem que não tinha intenção de competir, mas não iria deixar Draco olhar para Pansy, sendo que Hermione queria que ele olhasse ela. Estava quase desistindo de escolher qualquer vestido, depois que Gina escolhera o seu, quando chegou na loja, uma caixa enorme. Hermione quis saber de que se tratava, e não precisou perguntar. A atendente abriu-a, revelando um vestido lilás, inteiro de cetim, uma fita de crepe na cintura, as alças finas e um decote em V nas costas. Provavelmente ia até os joelhos, como os vestidos de Jully e Gina. O decote frontal, não muito fundo, mas que permitiam uma visão maior do colo, tinha alguns detalhes que torneavam-no. Porém, a maior surpresa, não era o vestido. Era outra coisa. A moça que lhe impedira de levar o vestido prateado, apanhou um bilhete que se encontrava dentro da caixa, e leu. Seu queixo caiu uns cinco metros, Hermione olhando o vestido sem notar a mulher, que agorava olhava para fora da loja, pela janela de vidro. Ela voltou seu olhar para Hermione, que continuva admirando o vestido dentro da caixa. Caminhou até a garota, que finalmente percebeu a aproximação da dona. Sorrindo, a mulher disse calmamente:

- É seu.

×~..*×

N/A: pleease, não me matem pelo atraso ! concordo, esse foi provavelmente o mais demorado de todos... 21 paaginas, fonte Times New Roman, tamanho 10 :D huahauahuaa, poiis é, a N/A vai ser breve, ok?

Comentáarios > valeeu meninas, vces me inspiiram !

Lily Black. ♥ x)~ > amoree, que bom que gostou do cap 13... faço tudo pra agradar vces, os leitores fieis da fic ! agradeço de coração todos os comentários seus aquii, e espero que goste da prévia e comente no cap 14 quando eu postar ok ? tee amo subrinha do ♥ da tia ! beejo :*:

JuH FeLtoN > hauahuaua, é vdd, eu resolvi fazer uma coisa diferente, e a mione dispensou o draco ! :D mas tudo bem, esse cap 14 guarda bastaante emoçõoes, não garanto que vai ter beijo, pqe eles tão se odiando de novo... ahuahuahau, espero que goste e comente ! beeejo :*:

Kary Love > pois é, kary, a pansy sempre estraga tuudo, maas sempre é bom ter umas traamas assim, pra depois no final tudo dar certo... não garanto que aquii vai ser feliz, mas... hauahuahuha, continua comentando que ainda tem muito mais por vir ! beeejo :*:

Teresa > ooi, que bom que vce gostou do cap ! hauhaua, estragou naada, tereesa, vai ser bom ela no meio da fic... sem contar que o jack tmb voltou, ou vces axaram que eles iam embora e nunca mais iriam voltar ? hauhauhauhaua, comenta aqui de novo tá bom ? beeejo :*:

Melissa > ée, eu tmb axo a mione uma burra (se bem que eu que tive a ideeia dela dispensá-lo), e o draco um safado, por isso eu axo qe eles combinam em grau, genero e numero ! ée, todo mundo tá falando da pansy, impressionante... hahaah, comenta sempre viu ? bejãao e te espero :*:

Aninhaa xD > hauhaua, demorou um pokinho sim... que bom que tá axando a fic boa, espero que goste da prévia e volte a comentar aqui sempre :D se eu fizer uma nova fic então espero seu comentário lá tmb ! beeeejo :*:

Anna-Chan Otaku > huhuhu, arrasoou mesmo cap, gostei dele tmb :D e amei sua fic nova, tá muito boa ! sim, amamos o draco mesmo... espero que goste e comente da prévia... seu comentário é importante pra mim ok ? concordo com o murphy... huahuahuaha, beeeejo :*:

miss_krum > ooi querida ! hauahuahua, siim, o trailer tá pronto, mas a criatividade foi passear ! que bom que gostou bastante do trailer, tô pirando pra concluir o 1° cap ! hauahuahau, eu concordo com vce, a pansy tem MESMO que aprontar muito... *-* comenta ok ? beeejo :*:

Gabih Potter Granger!* > huahauhaa, tudo bem xuxu, lê o capitulo de novo ! :D acho que é o bônus sim, gabih, nem eu sei... mas tudo bem, só queroo que vce continue lendo minha fic oks ? eu te entendo, essas coisas de tempo é assim mesmo, eu passo por isso tmb... bom, espero que att logo a SUA fic *-* beeejo, adoro vc :*:


amoores, sei que a N/A tá um lixo, mas são exatamente 23:26min de uma sexta feira MUITOO corrida ! peço perdãao por qualquer erro de portuguees, mas fiz com carinho oks ?

qualquer duvida, critica, elogio, me mande um e-mail !

e não deixem de comentar, afinal o cap 15 promete um bocado de emoçõoes e açõoes !

AAH, agradeço à JuH FeLtoN pela muusica que ela fez em homenaagem aos “ações e emoções”! curtam aii:

“ENTRE AÇÕES E EMOÇÕES A SAÍDA É PEDIR O CAP A LAAH SE NÃO AGORA DEPOIS ISSO IMPORTA SINÃO EU POSSO ATÉ MATAAAAAAR!!!!”

HUahauhauah, queriida, valeu, adoreei ! ri muitoo com isso, e me inspirou pra escrever o resto do cap =P

VALEU MENINAS ! COMENTEM POOR FAVOR ! queria muiito atingir 200 comentáarios... hauhauahua, comentem bastante viiu ?

SÓ POSTO COM COMENTÁRIOOS ! :D

beeejo grande :*
valeu pela força, amo vceis ♥

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