Parte 1



Autor*: Pink_Potter
E-mail*: [email protected]
Título*: Pecados Íntimos
Capa: http://i6.photobucket.com/albums/y222/pinkdantas/traicao-1.jpg
Sinopse*: Nossos pecados permanecerão para sempre em nossas memórias por mais que tentemos esquecê-los; eles sempre estarão lá, lembrando-nos dos erros que cometemos.
Shipper: Harry Potter/Hermione Granger
Classificação*: PG-13
Gênero*: Romance/Drama
Spoilers*: livro 7
Status*: Completa
Idioma*: Português
Observação: A fic contém alguns spoliers do livro 7, apesar de eu não ter lido o livro. Contudo, na minha fic, o Rony é um jogador de quadribol. Ah... O nome da fic é o mesmo de um filme; se encontrar outra fic com este nome, é mera coincidência.

Pecados Íntimos

Staring right back in the face (Encarando a face do passado)
A memory can’t be erased (Uma memória não pode ser apagada)
I know, because I tried (Eu sei, porque eu tentei)
Start to feel the emptiness (Começo a sentir o vazio)
and everything I’m gonna miss (E vou sentir falta de tudo)
I know, that I can’t hide (Eu sei, eu não posso esconder)


Come back down – Lifehouse


Suspirou frustrada. Estava deitada há mais de uma hora, porém, ainda não conseguira adormecer. Virou-se na cama, numa outra noite encontraria seu marido deitado ao seu lado; naquele momento, contudo, Rony provavelmente estaria em algum hotel em Paris, pois estava viajando com o time de quadribol. Por que o sono fugia apenas quando não tinha motivos para querer manter-se acordada?

Revirou-se novamente, agora, para o outro lado a fim de afastar a lembrança da ausência do marido. Seu olhar recaiu, então, no porta-retrato sobre o criado-mudo, e ela sorriu ao ver a foto que tirara com Rony e Harry quando ainda estudavam em Hogwarts.Um sorriso ainda maior brincou em seus lábios ao mirar o telefone. Convencera Rony de que deveriam possuir um para poder comunicar-se com os pais; e convenceu Harry de que seria útil ele possuir um para uma emergência. Não era uma emergência, mas ainda assim, ela discou o número do amigo.

- Alô? – ela finalmente ouviu a voz sonolenta do moreno.

- Adivinha quem é? – ela abafou um risinho ao ouvi-lo bocejar.

- Acho que mesmo com sono, seria impossível não saber quem é, visto que é a única pessoa que conheço que usa o telefone.

- Você poderia ao menos fingir que está tentando adivinhar. – reclamou.

- Talvez, se não fosse... Uma hora da manhã, quem sabe! Aconteceu alguma coisa, Mione? [/i] – Harry perguntou, se ajeitando na cama. Gina dormia tranquilamente ao seu lado, e por isso, ele sussurrava.

- Não.

- Então?

- Então o quê?

- Por que estamos acordados? – Hermione riu alto, fazendo-o sorrir.

- Desculpe, Harry. Apenas estava sem sono. – ela contou.

- Ah! Mas eu acho que o Rony poderia muito bem resolver esse seu problema, basta acordá-lo também! – ele sugeriu.

- Rony está viajando, esqueceu? Você é o único que pode me ajudar!

- É? E como eu poderia ajudá-la? Usando o mesmo método que usaria o Rony? - ela corou do outro lado da linha – Olha, Mione, eu já ouvi falar desse tipo de coisa, mas não gosto de ficar só imaginando.

- Harry! – a mulher reclamou, e ouviu uma gargalhada dele – Espero que Gina esteja ouvindo isso!

- Duvido, ela está dormindo profundamente. E então, na minha casa ou na sua? – falou, segurando o riso.

- Na minha, afinal, Gina está dormindo profundamente, mas poderia acordar com meus gritos...

- Então, a senhora Hermione Weasley grita muito quando está...

- OK! Essa conversa já está ficando muito estranha! – ele riu sonoramente.

- Quer conversar sobre alguma outra coisa? Como eu sou um amigo muito bacana e...

- Que deve muito a essa outra amiga muito bacana aqui! – ela completou.

- Não era exatamente o que eu ia dizer, mas de certa forma condiz com a minha conclusão. – Hermione sorriu – Eu posso ficar conversando com você até que sinta sono.

- Ah, Harry. Muito obrigada. – Hermione suspirou levemente. Sabia que ele realmente ficaria conversando até que tivesse sono, mas não poderia fazer isso – Mas eu vou deixar você dormir. Desculpa por ter ligado.

- Não tem problema, Mione. Sabe que sempre estarei aqui para você, não é?

- Sim, eu sei. Ainda que continue sem sono, foi bom ter conversado com você. Boa noite.

- Boa noite, querida.

Ela desligou o telefone, e se encolheu sob as cobertas. Sorriu de leve ao lembrar do amigo, e de como ele sempre se dispunha a ajudá-la. Logo, algumas das palavras dele vieram à mente. “Então, na minha casa ou na sua?” . A mulher gargalhou sozinha; era, no mínimo, estranho pensar naquilo. Balançou a cabeça, após rir novamente. Estranho não, impossível! Jamais conseguiria visualizar uma cena de sexo entre Harry e ela. Pelo menos, era o que imaginava...

Tremeu sentindo aqueles lábios distribuindo beijos na curva de seu pescoço. Suas mãos bagunçavam aquele cabelo macio, ao mesmo tempo em que ela arqueou o corpo ao sentir que, agora, a boca dele descia para seu colo, e começava a sugar e mordiscar de leve seu mamilo esquerdo. Uma onda intensa de calor emanava de seu corpo despido pelo simples contato com o corpo igualmente despido dele. Podia sentir a excitação dele, e parecia não agüentar mais aquela tortura; precisava dele já.

- Harry... – sussurrou no ouvido do moreno, provocando um gemido rouco no homem. Ele se afastou um pouco, aqueles olhos verdes a fitando com desejo.

- O que você quer, Mione?

- Você! Eu quero você, Harry. – um sorriso jocoso surgiu nos lábios dele, antes do homem buscar os lábios dela para um beijo intenso – Harry...


Quando abriu os olhos, percebeu que sua respiração estava acelerada, e seu corpo reagia aquele sonho estranho. Aos poucos, à medida que sua respiração se regularizava, partes do sonho vinham à sua mente, e Hermione engoliu em seco ao recordar que tivera um sonho erótico com Harry! Encolheu-se na cama, puxando as cobertas para si; aquilo definitivamente estava errado, não deveria voltar a pensar nisso.

Contudo, os dias se passaram, mas o sonho continuava perseguindo-a. E para piorar, teve outros sonhos, os quais a deixavam igualmente perturbada ao acordar. Hermione tentava ocupar sua mente com o trabalho, e com os preparativos de sua festa de aniversário, mas ainda assim as imagens de Harry e ela fazendo amor não desapareciam.

Ela tinha esperanças de que quando Rony voltasse, em dois dias, aqueles sonhos parassem. Entretanto, ao mesmo tempo, ela temia que o marido a ouvisse durante à noite, pois os sonhos eram cada vez mais reais, mais intensos, e várias vezes, ela acordou chamando pelo nome do amigo. Hermione soltou um muxoxo, enquanto pensava em como resolveria aquele “problema”. Estava tão imersa em seus pensamentos, que se assustou quando viu Harry aparatar em sua frente.

- Opa! Assustei você? – Harry caminhou até a mesa de trabalho dela, sentando-se à sua frente. A mulher tremeu por dentro, mal conseguindo encará-lo.

- Sim. Estava um pouco distraída.

- Passei apenas para vê-la; está melhor? – haviam combinado um almoço no dia anterior, mas Hermione preferiu não ir, e alegou não estar se sentindo bem.

- Sim, obrigada. – ela fingia arrumar uns pergaminhos.

- Mione?

- Sim? – respondeu, mas ainda evitava encará-lo.

- Não me parece bem. – o homem levantou, e após rodear a mesa, parou ao lado dela. Gentilmente, a obrigou a olhá-lo, segurando seu queixo – Algum problema?

- Não, Harry, está tudo bem! – um arrepio percorreu sua espinha ao sentir a mão dele acariciar sua face.

- Não acredito em você! – Hermione sorriu; seria bem difícil esconder aquele “segredinho” de Harry.

- Vai ficar tudo bem, eu prometo.

- Está bem. – Harry depositou um beijo na testa dela – Alguém vai ficar mais velha logo, logo. – ela fez uma careta, e o moreno sorriu.

- Não precisava lembrar.

- Até mais, Mione.

- Sábado à noite, lá em casa. – Hermione o lembrou.

- Hum. Finalmente vou poder ouvi-la gritar, hein? – a mulher corou violentamente.

- Harry! Estou falando da festa de meu aniversário! – ele gargalhou.

- Eu sei, Mione. Estava apenas brincando.

- Eu... Eu sabia! – Harry piscou, e desaparatou. Ela respirou fundo, e apoiou a cabeça nas mãos; precisava dar um jeito naquela situação.

***************

Ela cumprimentou Harry, Gina, e o pequeno Tiago, que sorriu quando Hermione o tomou nos braços. Rony e ela eram os padrinhos do filho dos amigos, que tinha pouco mais de um ano de idade. Sentiu o olhar de preocupação de Harry, e sorriu sem graça devolvendo a criança aos braços da mãe, então, quando Rony surgiu para cumprimentar os recém-chegados, ela se afastou com uma desculpa qualquer.

O retorno de Rony não havia sido suficiente para esquecer dos sonhos que tivera com Harry, e estes a atormentavam durante o dia; a única “solução” que havia encontrado eram as poções que impediam que sonhassem, desde modo evitava acordar no meio da noite gritando nome de Harry e provocando uma situação constrangedora com o marido. Hermione respirou fundo, antes de tomar um gole de sua bebida. Tentou evitar Harry o máximo que pôde, afastando-se sempre que o via se aproximar.

Parou, então, perto das escadas para contemplar a festa. Estava completando 23 anos; sorriu um pouco ao ver os convidados conversando pela sala de estar. Depois, seu olhar encontrou o próprio Rony, e o ruivo sorriu-lhe com carinho. Uma sensação de culpa a invadiu, como se tivesse fazendo algo errado. “Por Merlim, o que está acontecendo comigo?”, questionou-se em pensamento. Amava-o muito, não iria deixar que sonhos bobos interferissem no seu casamento feliz. Contudo, toda aquela certeza pareceu abandoná-la quando ouviu a voz de Harry atrás de si.

- Mione. – ela hesitou por alguns segundos, antes de finalmente virar-se.

- Olá, Harry, precisa de alguma coisa?

- Sim, preciso falar com você!

- Não temos nada para conversar agora. – Hermione ia se afastar, mas sentiu a mão dele segurar seu braço.

- Por favor, Mione. – soltando um suspiro derrotado, eles seguiram para a biblioteca. Hermione fechou a porta atrás de si, temerosa, como se ficar num lugar sozinha com Harry fosse tentador demais.

- Então?

- O que está havendo com você?

- Não há nada, Harry. – ela já ia girar a maçaneta, quando o moreno a segurou, forçando-a a virar-se e encará-lo.

- Não sou nenhum tolo, Hermione! Tem me evitado esses últimos dias, não recebo mais suas corujas ou telefonemas. Hoje, quando cheguei mal falou comigo, e passou a última meia hora fugindo de mim!

- Impressão sua! Apenas não tive motivos para mandar coruja ou telefonar, Harry, estava muito ocupada essa semana. – mentiu.

- Pois eu não acredito! Mione, eu fiz algo errado? – ela o encarou, percebendo a angustia nos olhos dele – Eu preciso saber por que está agindo assim comigo.

- Eu sinto muito. Realmente há algo errado, mas é bobagem, e logo passará, eu sei.

- Por que não me conta, já que é uma bobagem? – ele perguntou, ainda estavam muito próximo, Hermione encostada à porta.

- Não sei se vale a pena.

- Eu gostaria de saber assim mesmo. – Harry insistiu. A mulher o fitou por alguns segundos, em silêncio, tentando decidir o que deveria fazer.

- Eu tive uns sonhos estranhos.

- Sonhos?

- Sonhos que envolvem nós dois, Harry. – Hermione estava vermelha de vergonha. Não deveria estar contando aquilo.

- Que tipo de sonhos? – ela desviou o olhar, sua face mais rubra que nunca – Mione? – ele ergueu a sobrancelha, tentando imaginar que tipo de sonhos faria Hermione agir daquele jeito. Então, ele gargalhou – Você teve sonhos eróticos comigo?

- Quer parar de rir? – ela cruzou os braços, arrependendo-se mais ainda de ter contado, uma raiva crescendo dentro de si – Isso não é engraçado! - ele riu mais um pouco, até perceber que era hora de parar, pelo olhar fulminante que ela lançou.

- Desculpe. Tem razão, não é engraçado, é estranho. – Harry tocou sua face com carinho – Acredite quando eu digo, Mione, você é uma mulher muito atraente, mas...

- NEM ouse terminar essa frase! É claro que eu também não quero fazer sexo com você! – ele ergueu as sobrancelhas, agora, ofendido.

- Eu garanto que sou muito bom nisso! – ela revirou os olhos.

- Harry! Estou falando sério aqui! Não tenho esse tipo de interesse por você, do mesmo jeito que sei que não sente por mim. Não quis sugerir que seja ruim de cama.

- Ah bom. – ele sorriu – Então, não entendo qual o problema, Mione. Foram apenas sonhos, ignore-os.

- Não consigo. Tive que tomar poções nas últimas noites para não correr o risco de tê-los com o Rony ao meu lado durante à noite.

- Nossa, são tão excitantes assim? – ela soltou um muxoxo.

- Não sei para que eu lhe contei. – ela fez menção de abrir a porta, mas ele a impediu novamente.

- Desculpa.

- Os sonhos parecem tão reais, Harry. – ela suspirou.

- São apenas sonhos, Mione. Não dê importância para eles.

- Sinto-me como se estivesse traindo Rony.

- Bobagem, como eu disse, são apenas sonhos, minha querida. – Harry disse – Há algo que possa fazer para ajudá-la?

- Duvido, mas obrigada. – ela arriscou um sorriso, e olhou para aqueles olhos verdes com um saudosismo estranho. Então, tocou-lhe a face, e Harry fechou os olhos – Você acha que se...

- O quê? – perguntou ainda de olhos fechados, sentindo o carinhoso toque dela.

- Acha que se eu te beijar, eu posso me convencer de que não o quero? – ele abriu os olhos, surpreso com o que ouvira.

- Apenas como um teste? – foi a vez dele se perder nos olhos dela, esquecendo-se completamente do mundo que os rodeava.

- Exato.

- Estou a sua disposição, Mione. – antes mesmo que ela fosse de encontro ao moreno, Harry a beijou. Não havia nada de racional naquele beijo, em outro momento, aquela situação parecia impossível. Entretanto, estava acontecendo, e para terror de ambos, estava sendo muito bom. Ela foi quem o afastou com as mãos.

- Foi o que pensei. – disse, evitando o contato visual.

- Foi? – Harry respirou fundo.

- Sim, eu não senti absolutamente nada! – ele a olhou, incrédulo, mas só quando Hermione finalmente o encarou percebeu que estava mentindo. Entretanto, também não poderia dizer o contrário.

- O mesmo comigo. – o moreno riu, agora, nervoso.

- Esses sonhos são bobagens, está coberto de razão! O melhor que tenho a fazer é ignorá-los, e logo não pensarei mais no assunto.

- Isto mesmo. – um sorriso tímido surgiu nos lábios dela.

- Esqueça esse “teste”, meu amigo. – ela disse, segurando-lhe a mão. Harry apenas balançou a cabeça, questionando-se por que, pela primeira vez, ouvi-la chamar de amigo pareceu tão impróprio – Vamos voltar para a festa.

Eles abandonaram a biblioteca, voltando a se reunir com os outros convidados. Entretanto, parecia haver um acordo mudo entre eles, pois estavam evitando até trocar olhares. Em determinado momento, Hermione mirou o amigo por alguns instantes, e amaldiçoou-se mentalmente por tê-lo beijado. “Isso não deveria estar acontecendo”, murmurou baixinho, e desviou, em seguida, o olhar de Harry.

******************

Mirou os lábios dela por alguns instantes, antes de finalmente encostar os seus, beijando-a intensamente. Suas mãos percorriam aquela pele macia, ao mesmo tempo em que a trazia para mais perto de si. Ela, então, finalizou o beijou, e mordiscou de leve o lóbulo da orelha dele, e um sorriso de prazer surgiu nos lábios dele. Ela sabia que era seu ponto fraco. Um gemido rouco e abafado escapou, quando as mãos dela encontraram o sexo rígido dele.

- Você gosta de me torturar, Mione. – ele sussurrou, fazendo-a sorrir.

- Torturá-lo? – ela continuou acariciando-o, agora de maneira mais rápida, fazendo a respiração dele acelerar. Harry não respondeu, apenas sentiu quando suas costas bateram de leve contra à parede. Os lábios de Hermione contiveram um novo gemido dele.


Uma sensação estranha percorreu sua espinha quando abriu os olhos; contudo, a escuridão em que o quarto estava não permitiu que visse nada. “Que diabos foi isso?”, perguntou-se mentalmente, enquanto sentava na cama. Seu corpo reagiu de acordo ao sonho, e Harry precisou de um tempo para voltar ao “normal”. Então, afastou as cobertas, e deixou o quarto. A casa estava silenciosa e escura, mas ele não teve dificuldades para alcançar a cozinha. Iluminou o local com um feitiço, e buscou um copo. Porém, desistiu de tomar apenas uma água.

Seguiu para a sala, com o copo nas mãos. Precisaria de algo bem mais forte se quisesse livrar-se daquelas cenas que, por mais que tentasse, ainda preenchiam sua mente. Resmungou algo, enquanto enchia o copo com whisky de fogo, não poderia realmente ter tido um sonho como aqueles com Hermione. Andou até à janela, e após tomar um gole da bebida, sentiu-a descer queimando por sua garganta. Olhou displicentemente para o céu escuro e cheio de nuvens carregadas; uma chuva muito forte estava por vir. Então, ele suspirou pesadamente.

“Os sonhos parecem tão reais, Harry”, a voz de Hermione ecoou por sua mente. Sim, aquele sonho também lhe pareceu bem real, como se pudesse sentir cada toque dela. Balançou a cabeça, tentando evitar lembrar o quanto havia sido bom. “Maldição!”. Tomou outro gole generoso de sua bebida, deveria esquecer completamente aquele absurdo. Não tinha aquele tipo de desejo por sua melhor amiga. Uma luz clareou toda sala, e logo em seguida, uma trovoada quebrou o silêncio daquela noite. Não seria tão fácil esquecer aquilo. Terminou de tomar o whisky de fogo, e antes mesmo de retornar ao quarto, uma chuva forte começou a cair em Londres.

**************

Choveu durante toda a noite, e apesar de ter estiado no dia seguinte, o sol não apareceu, o céu londrino permanecendo nublado. Hermione estava em seu horário de almoço, e ia saindo do trabalho, quando encontrou Harry parado, de braços cruzados, com uma expressão nada amigável. Ela caminhou até o amigo, preocupada.

- Aconteceu alguma coisa? - perguntou, assim que parou ao lado dele.

- Vai almoçar com o Rony hoje?

- Não, ele vai almoçar com uns amigos do time.

- Quer almoçar comigo?

- Sim, claro. Você parece tenso, Harry. – ela comentou enquanto caminhavam.

- Quero ver como você ficará quando eu lhe contar... – Hermione ergueu a sobrancelha, confusa, mas percebeu que ele não contaria até que chegassem ao restaurante. Não demoraram a chegar, e após pedirem uma mesa, acompanharem o garçom, sentaram-se e escolheram o prato. Hermione esperou o garçom sair para questioná-lo novamente.

- Então, Harry, conta, o que houve?

- Mione, você teve mais sonhos daqueles? – ele ficou ligeiramente, corado, ao recordar do próprio sonho. Na verdade, teve outro semelhante na mesma noite.

- P-por que estamos falando sobre isso novamente? Pensei que era assunto encerrado! – ela disse.

- Você teve ou não? – insistiu, mesmo percebendo o desconforto dela.

- Não. Já lhe disse, tenho tomado poções todas as noites, antes de dormir. – ela explicou.

- Ah. Havia esquecido disso. – Harry comentou. Se os sonhos não parassem, provavelmente teria que optar pelo mesmo método.

- Por que a pergunta? – ele ficou em silêncio por algum tempo, mas quando percebeu que Hermione não sossegaria até descobrir, sabia que não tinha escolha – Eu tive um sonho também.

- O-o quê? – ela o olhou, incrédula.

- Na verdade, dois sonhos na noite passada.

- Impossível! Harry, essa é sem dúvida a brincadeira mais sem graça que você já fez! Sabia que não deveria ter lhe contado e... – o moreno segurou a mão dela que estava sobre a mesa, calando-a.

- Não estou brincando com você, Mione. – a seriedade na voz dele a fez engolir em seco.

- Não está? – ele balançou a cabeça – Eu preferia que estivesse...

Eles ficaram em silêncio logo em seguida, pois o garçom voltou com os pratos. Contudo, o silêncio durou bem mais que cinco minutos, enquanto comiam, evitando o contato visual. Finalmente, Harry rompeu o silêncio.

- Isso não deveria estar acontecendo, não é? – ela o encarou, sem saber exatamente o que dizer.

- Não! Harry, nós somos amigos, além disso, tem o Rony e a Gina. – aquelas palavras saíram tão naturalmente, que parecia que ela já havia dito aquilo antes.

- Eu sei, mas...

- Mas o quê?

- Depois do beijo de ontem...

- Harry, aquele beijo foi um erro! – ela o interrompeu.

- E também depois dos sonhos... – Harry continuou como se não a tivesse escutado.

- Não sei o que há conosco, talvez, eu tenha ficado carente pela falta do Rony e...

- Mas e quanto aos meus sonhos? Eu não estava carente, Mione. Gina e eu estamos bem... – foi a vez de ela interromper.

- Não precisa me falar de sua relação com Gina! Eu não quero saber. – Harry ficou surpreso com o tom de voz que ela usou – Além disso, se está tão bem em seu casamento, não deveria levar os sonhos a sério! – a mulher levantou.

- Aonde vai? – ela nem respondeu, deixando-o sozinho completamente confuso – Mas o que foi isso? – ele respirou fundo, desistindo de entender o comportamento da amiga.

Ela havia perdido completamente o apetite, e enquanto caminhava de volta para o trabalho, ia acalmando-se. Aos poucos, envergonhou-se de seu próprio comportamento. Não deveria ter sido tão ríspida com o amigo, tampouco deveria ter saído daquela forma do restaurante. Seus nervos estavam à flor da pele, mas não poderia ficar descontando nos outros. Entretanto, não tinha coragem de retornar ao restaurante. Era melhor retornar ao trabalho; depois, passaria na casa dele para desculpar-se.

******************

Ela saiu mais cedo do trabalho, e assim que deixou o prédio, seguiu para a casa de Harry. Chovia fraco, e ela apressou o passo para poder finalmente desaparatar. Quando aparatou, próximo à propriedade de Harry, ela correu até o portão e não demorou a ser atendida. O elfo doméstico a recebeu, e a guiou até a sala, indo em seguida chamar Harry.

- Olá. – ele disse meio sem jeito ao se aproximar.

- Harry, eu sinto muito por hoje. – a mulher disse, fazendo-o sorrir.

- Que alívio, pensei que ainda estivesse chateada.

- Não, não tenho por que estar chateada com você. – Hermione sentou ao lado dele no sofá – E a Gina?

- Ainda não chegou. Levou Tiago para visitar os Weasley.

- Ah.

- E Rony?

- Deve estar para chegar. – Hermione sorriu, desconfortável.

- Mione, o que vai acontecer conosco? Com a nossa amizade? – ele finalmente perguntou. Aquilo era o que mais o preocupava.

- Nada. Não vamos deixar que esses sonhos bobos estraguem nossa amizade. Logo vai passar, você vai ver.

- Isto está muito estranho. Por que nós dois estamos tendo esse tipo de sonho?

- Eu não sei, Harry. – ela baixou a vista por um momento, aquilo realmente era estranho demais – Você ainda tem uma penseria aqui?

- Sim, por quê?

- Onde ela fica?

- No meu escritório.

- Podemos usá-la? – ele não estava entendendo para que ela queria uma penseira naquele momento.

- Claro, mas...

- Isso é mais estranho ainda. – Hermione o interrompeu – Mas preciso ver o seu sonho.

- O quê? Não, Mione, eu não vou deixar você ver... Aquela cena! – disse, ficando de pé.

- Eu não tenho 10 anos de idade, Harry, e se você não lembra, eu não sou mais virgem! Além disso, eu também tenho tido sonhos!

- Ainda assim, eu não posso permitir que nos veja daquela forma! Duvido que seus sonhos sejam tão...

- Pelo amor de Merlim! Não seja bobo! – Hermione também ficou de pé, e já caminhava para o escritório – Vamos!

Ele soltou um muxoxo, não acreditando que permitiria que Hermione visse aquilo, contudo, sabia que nada a faria mudar de idéia. Caminharam até o escritório, e após pegar a penseira, Harry a colocou sobre a mesa. Olhou meio encabulado para amiga, antes de finalmente depositar à lembrança do sonho na penseira. Então, Hermione o puxou para a lembrança, impedindo-o de fugir.

- Não deveríamos estar aqui! – Harry resmungou para a amiga, corado – Isso é mais que estranho! – ela não respondeu, apenas assistiu a cena.

Harry mirou os lábios dela por alguns instantes, antes de finalmente encostar os seus, beijando-a intensamente. As mãos percorriam a pele dela, ao mesmo tempo em que a trazia para mais perto de si. Ela, então, finalizou o beijou, e mordiscou de leve o lóbulo da orelha dele, e um sorriso de prazer surgiu nos lábios dele. Um gemido rouco e abafado escapou, quando as mãos dela encontraram o sexo rígido dele.

- Você gosta de me torturar, Mione. – ele sussurrou, fazendo-a sorrir.

- Torturá-lo? – ela continuou acariciando-o, agora de maneira mais rápida, fazendo a respiração dele acelerar. Harry não respondeu, apenas sentiu quando suas costas bateram de leve contra à parede.


- Acho que já é mais que suficiente! – Harry disse, inquieto.

- Está bem. – ele agradeceu mentalmente por ela ter aceitado, não queria que ela visse o restante. Estavam de volta à biblioteca, e o moreno não conseguia encará-la.

- Agora pode me dizer por que precisou ver isso? – ela tinha uma das mãos no queixo, como se estivesse perdida em algum pensamento distante – Mione!

- Harry, isso é mais sério que eu pensava!

- Eu não tenho culpa! Não escolho o que sonho e...

- Não estou falando disso.

- Não? Não está zangada por eu... Por eu ter sonhado com nós dois fazendo isso? – perguntou, ligeiramente aliviado.

- Não. O problema não é esse.

- E qual é?

- Como foi seu outro sonho, Harry? – ela perguntou.

- Q-quê?

- O outro sonho que você teve?

- Não vai responder qual o problema afinal? – Harry estava ficando impaciente.

- Calma! Apenas diga, como foi seu outro sonho? – a mulher insistiu.

- Estávamos em um quarto pouco iluminado, uma cama muito, muito macia, com várias almofadas ao redor. Lembro que você usava uma lingerie preta e...

- É mais que suficiente... – ela o interrompeu, porém, antes que Harry pudesse questionar algo, Hermione pegou sua varinha e depositou uma memória na penseira – Venha comigo!

Harry entrou na penseira, ainda confuso. Contudo, quando seu olhar encontrou Hermione e ele no quarto de seus sonhos, com as mesmas almofadas e a amiga com a mesma lengerie, ele começou a entender o que estava acontecendo. Parecia impossível, mas era o mesmo sonho que tivera. Como Hermione pôde ter sonhado o mesmo que ele?

- Harry... – ]Ouviu a Hermione da lembrança sussurrar.

- O que você quer, Mione?

- Você! Eu quero você, Harry. – um sorriso jocoso surgiu nos lábios do Harry da lembrança, antes do homem buscar os lábios dela para um beijo intenso – Harry...


- Entendeu agora? – Hermione questionou, quando já estavam fora da penseira.

- Foi o mesmo sonho que eu tive.

- Sim, e quanto ao seu primeiro sonho, eu também já o tive, Harry. – ela contou.

- Como pode ser? Isso é impossível, Mione! Não podemos sonhar as mesmas coisas. – a mulher ficou calada por vários segundos, apenas olhando-o nos olhos.

- Talvez porque...

- Por quê?

- Talvez porque não sejam apenas sonhos, pelo menos não sonhos criados pela nossa imaginação.

- Não estou entendendo. – Harry confessou.

- Talvez, sejam lembranças. – percebendo a expressão de incredulidade dele, a mulher continuou – Seria impossível sonharmos a mesma coisa, Harry.

- Eu sei, mas é igualmente impossível serem lembranças! Não são reais, Hermione!

- Será que não?

- Isso significaria que nós... Que nós tivemos algum envolvimento, e isso é impossível! – ele disse, passando as mãos pelos cabelos. Aquilo era loucura – Eu me lembraria se tivéssemos namorado.

- E o beijo?

- Não significou nada, lembra? Você mesmo disse.

- Estava mentindo, Harry. Queria que eu admitisse que havia gostado ou que aquele beijo me deixou completamente confusa quanto aos meus sentimentos por meu marido? – foi a vez de Hermione ficar nervosa – Eu não sei o que está acontecendo, mas eu sinto que algo mudou depois que esses “sonhos” surgiram.

- Merlim! – ele respirou fundo, sua cabeça começando a doer – Lembranças? Somos amigos, apenas amigos.

- Talvez escolhemos ser amigos, Harry. – ela se aproximou, encarando-o – Diga, Harry... O que você sentiu quando me beijou?

- Eu... – ele fechou os olhos por um instante, depois voltou a encará-la. Aquilo era loucura, e ele tentava se convencer daquilo. Entretanto, ao vê-la ali tão próximo, a única coisa que conseguiu fazer foi segurar sua cintura e a trazer para mais perto de si – Eu não poderia colocar em palavras o que eu senti, Mione.

Os lábios dele colaram-se aos dela, beijando-a intensamente. Por um tempo, ela permaneceu imóvel, mas então suas mãos repousaram na nuca dele, e ela entreabriu os lábios para sentir a língua dele na sua. Quando ele se afastou, ainda permaneceu abraçado a ela, entorpecido pelo beijo.

- Oh meu Merlim. – ela murmurou, e encostou a cabeça no tórax dele. Harry fechou os olhos, e suas mãos alisaram gentilmente os cabelos dela.

- O que faremos?

- Não sei. Acredito que usamos algum feitiço ou poção para apagar nosso relacionamento, mas se fizemos isso, definitivamente não deveríamos estar recordando agora. – ela falou, ainda abraçado ao amigo.

- Ainda não consigo acreditar que nós... Já fizemos amor. – a mulher se afastou, apenas um pouco para encará-lo.

- É tão ruim assim para você pensar em fazer amor comigo?

- Claro que não, Mione, não coloque palavras em minha boca. – ele deu um pequeno sorriso – Apenas, é surreal demais. Somos Harry e Hermione, amigos desde os tempos de Hogwarts.

- Entendo o que está querendo dizer. Se quiser, nós podemos procurar o feitiço que usamos no passado e apagar novamente nossa memória.

- Certo. Acho que é o melhor que temos a fazer. – ela finalmente se afastou.

- Vou fazer algumas pesquisas, assim que descobrir algo, eu te procuro. – antes que a mulher alcançasse a porta, Harry segurou sua mão.

- Então, vamos apenas encontrar o feitiço ou poção e apagar novamente nossas memórias?

- Sim, não é isso que devemos fazer?

- É o que você quer fazer, Mione? – Harry perguntou. Ela o olhou, hesitante, por alguns segundos.

- Não, eu queria descobrir por que o que planejamos deu errado. Gostaria de lembrar o que realmente houve entre nós, gostaria de saber a razão de termos escolhido apagar essas lembranças.

- Se fizermos isso, ter apagado nossas memórias no passado terá sido em vão. – ele disse.

- Eu sei, Harry. Mas eu tive mais que dois sonhos, e sei o quanto eles são intensos, o quanto... Parecíamos apaixonados. – Hermione corou de leve, e evitou o olhar dele – Não sei se quero abdicar desses momentos novamente, mesmo sabendo que o sentimento de culpa por ter traído Rony e Gina me perseguirá para sempre.

- Mione...

- Mas não se preocupe. Assim que eu encontrar um meio, eu apago essas lembranças de sua memória. – então, ela saiu do escritório.

Harry não a seguiu, permanecendo imóvel no aposento. Ele só teve dois sonhos, mas também percebera a intensidade neles. Respirou fundo, sem saber exatamente como deveria agir. O que deveria fazer? Apagar novamente o passado, ou conviver com aquele pecado?

********************

- O que está procurando, querida? – Rony perguntou ao chegar à biblioteca de sua casa. Logo depois do jantar, a esposa se enfiara lá dentro.

- Algum feitiço ou poção para apagar apenas parte da memória. – ela disse. De fato estivera procurando aquilo, mas já havia encontrado dois livros sobre o assunto. Agora, ela remexia em seus livros à procura de algo sobre seu relacionamento com Harry. Imaginou que antes de apagar a memória, provavelmente, se desfez de tudo que pudesse recordar-lhe o relacionamento, mas tinha esperanças de achar qualquer coisa, nem que fosse um bilhete.

- Para quê? – o ruivo se aproximou, tocando-lhe o ombro com carinho.

- Fiquei curiosa sobre o assunto, e resolvi pesquisar. – ele riu alto.

- Claro, deveria ter imaginado. Porém, será que a senhorita devoradora de livros não gostaria de deixar isso para amanhã e ir fazer amor com seu maridinho não?

- É uma proposta muito tentadora. – sentiu os lábios dele em seu pescoço.

- Tentadora? Pensei que seria irrecusável! – Hermione sorriu. Rony a fazia feliz... Será que deveria mesmo revirar o passado? Deveria ter tido uma razão para apagar sua memória, talvez Harry a tivesse magoado. Fechou os olhos, sentindo agora as mãos de Rony acariciarem suas costas. Valeria a pena lembrar-se de tudo?

- Tem razão... Proposta irrecusável. – a mulher ficou de pé, e quando Rony a beijou, tentou esquecer-se de tudo que acontecera nos últimos dias. O ruivo sorriu para ela, e no instante seguinte a carregou, levando-a para o quarto. Ela manteve sempre o sorriso nos lábios, muito embora já tivesse percebido que o beijo de Rony era muito diferente do de Harry. E definitivamente, ela preferia o beijo de Harry.

***********************

- Senhor Potter? – a secretária de Harry surgiu na sala dele.

- Sim?

- A senhora Hermione Weasley deseja vê-lo.

- Ah. Faça-a entrar, por favor. – a secretária acenou, e logo em seguida, Hermione entrou na sala.

- Bom dia, Harry. Desculpe ter vindo sem avisar. – ela sentou em frente ao amigo.

- Não tem problema.

- Vim para contar o que descobri. Acredito que escolhemos um feitiço bem antigo, que é usado quando se quer apagar partes da memória; é o mais potente de todos, e o que quase não tem efeitos colaterais. Como todos os feitiços de memória, geralmente ele é irreversível, mas, se... Se os sentimentos que envolvem as lembranças forem muito fortes, as lembranças podem voltar.

- Aos poucos recordaremos de tudo?

- Não necessariamente, poderia levar anos para recordarmos de tudo, já que as lembranças voltam em sonhos. Posso usar o feitiço novamente em você, quando quiser, Harry.

- E quanto a você? – ele perguntou.

- Eu vou tentar outro feitiço. Um para tentar trazer toda a memória que apaguei de volta. – Hermione contou.

- Você tem certeza? – ao questionar isso, ele percebeu que os olhos dela brilharam. Hermione não respondeu imediatamente, apenas buscou algo em sua bolsa.

- Absoluta. – ela entregou uma pequena caixa ao moreno. Harry abriu e encontrou um anel dourado, com um diamante em cima – Passei a madruga remexendo em minhas coisas, e acabei encontrando isto em um fundo falso de uma das minhas gavetas.

- Você acha que... – ele não precisou terminar de perguntar, pois enxergou dois H entrelaçados gravados na parte dourada do anel.

- O que tivemos foi muito mais que sexo casual, Harry.

- Eu já imaginava... – ele deu um pequeno sorriso, ainda mirando as gravações no anel – Então, quando fará o feitiço?

- Quando quiser. Terá uma leve dor cabeça, talvez se sinta meio enjoado, mas esquecerá dos sonhos e também das últimas conversas que tivemos e...

- Não, Mione. Quando fará o feitiço para recordar-se. – ela franziu o cenho, confusa.

- Por quê?

- Porque eu também quero lembrar. – Harry disse.

- Não precisa fazer isso só porque eu vou fazer ou porque lhe mostrei o anel.

- Nenhuma dessas é a razão pela qual desejo lembrar.

- Então, qual é? Você não quer lembrar, Harry.

- Eu nunca afirmei isso. Apenas questionava se era isso que queria fazer, se percebia as conseqüências que as lembranças teriam. – o moreno explicou – Pensei muito sobre o assunto, Mione, e percebi que eu também quero recordar o que houve.

- Tem certeza?

- Sim. – ele ficou de pé, e caminhou até ela. Devolveu a caixinha, e quando ela também levantou, o moreno tocou-lhe a face.

- Harry... – a mulher fechou os olhos – Recordar, não significa que reviveremos o que houve entre nós. – Ele sorriu – Somos casados, você tem um filho.

- Eu sei, Mione. Não se preocupe. – ele sussurrou perto do ouvido dela – Mas não tenho certeza se somos tão fortes assim... – então, ele a beijou lentamente, uma onda de prazer percorrendo todo seu corpo. Completamente diferente de beijar Gina, ele pensou. Recordar seria conviver com a culpa, e com a necessidade de saber se controlar.

- Bom. – ela se afastou, ligeiramente corada – Eu preciso ir agora.

- E quando faremos o feitiço?

- Rony viaja na próxima semana. E sei que tem um jogo de quadribol no próximo sábado, e provavelmente a Gina estará lá. O que acha do sábado à tarde? – ela perguntou.

- Ótimo.

- Até logo, Harry.

Continua...

N/A: =) Primeira fic pós DH... =) eheuiheuiheiuehuihee... Espero que vocês gostem... Breve, eu posto a última parte!! =) Agradeço aqueles que já comentaram, espero que vocês curtam... E obrigada aqueles que comentarem, votarem e lerem a fic!! Obrigada!! Beijão!! Pink_Potter : )

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Comentários (2)

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