Oitavo Capítulo



Eram duas da manhã quando Harry abriu a porta e saiu para o terraço. Atrás de si estava a cama desarrumada da qual acabara de se levantar. Não conseguia dormir. A cama parecia estranha sem a presença de Hermione. Por isso ele havia vestido o robe preto para ir à cozinha ver o que havia na geladeira, antes de decidir ir comer o sanduíche no terraço, beber um copo de vinho tinto, e remoer pensamentos.
Dirigiu-se para uma das espreguiçadeiras, ajustou a inclinação do encosto e se sentou. Esticou as longas pernas, dando um suspiro.
Era uma noite quente e úmida, mas ele preferia permanecer o resto da noite ali a voltar para a cama solitária.
Era isso ou teria de convencê-la a abrir a porta para ele, mas concluiu que seria melhor continuar ali até amanhã. Procurou se acomodar melhor nas almofadas, bebeu um gole de vinho e fechou os olhos.
Notou que tudo estava calmo. Agradável mesmo, apesar do calor. Além disso, a escuridão funcionava como uma cortina, ocultando todas as coisas nas quais não queria pensar.
Um leve ruído o perturbou. Na realidade Harry o teria ignorado, não houvesse algo de familiar nele. Lembrava o respirar de Hermione quando ela estava dormindo.
Abrindo os olhos, ele virou a cabeça.
Ela estava a menos de dois metros dele, deitada de lado, de costas para ele. Não fosse pela cor bege das almofadas, ele não a teria vislumbrado na penumbra, o corpo esguio ressaltado pelo vestido preto.
Sentiu o coração descompassar. Erguendo-se, colocou o prato e o copo de vinho em uma mesa próxima e se aproximou dela silenciosamente, com os pés descalços. Circundando a espreguiçadeira, ficou a observá-la. Havia um ar de vulnerabilidade na forma como ela se deitara enrodilhada, com os braços cruzados no peito e a cabeça abaixada de modo que seus cabelos lhe escondiam a face.
Agachando-se, gentilmente afastou os cabelos do rosto de Hermione e pôde perceber os sinais das lágrimas recém-derramadas. Não lhe agradava a idéia de que ela estivera chorando sozinha naquele lugar. E provavelmente por sua causa...
Ela devia ter sentido sua presença porque estremeceu e abriu levemente os olhos, dando um suspiro. Olhou para ele e sorriu.
Quando é que ela havia acordado e não dado um sorriso para ele daquele jeito? Harry se perguntou, sentindo uma dor no coração. Ela sempre fora amorosa. Por que ele achava impossível retribuir de igual forma? Emocionou-se. Deus, sempre sentira aquele amor, só que se recusava a admitir.
A mão de dedos longos e elegantes ergueu-se para acariciar-lhe o rosto. Deslizaram até a testa e foram pousar na boca entreaberta em um meio sorriso. Para um homem que crescera tendo o rosto acariciado daquele jeito, aquela carícia era única. Era como se estivesse recebendo a mais doce das bênçãos.
Tomou-lhe a mão e a levou à boca para retribuir a carícia com um beijo. Os olhos de Hermione estavam cheios de ternura, e os de Harry começaram a brilhar. Sempre haviam feito amor ao menor aceno de intimidade. Era o que fazia aquele relacionamento tão especial.
—Olá — ele murmurou suavemente. — O que está fazendo aqui fora?
Foi quando ela percebeu onde estava e, o mais importante, o porquê de estar ali. Puxou a mão e parou de sorrir e de demonstrar amor. Desviando os olhos, pousou os pés no chão e ergueu-se. Foi a vez dele erguer-se e dar espaço para ela, mas isso não queria dizer que iria deixá-la partir, agora que a tinha ao alcance das mãos! Permaneceu á sua frente, enquanto ela procurava se recobrar, passando os dedos entre os cabelos.
— Que horas são? — Hermione perguntou.
A irritação voltou. Que importavam as horas?
— Você não me respondeu a pergunta ele retrucou.
— O zíper se prendeu no meu vestido — ela explicou, como se aquilo explicasse alguma coisa.
— E você não podia ir me pedir ajuda? — ele perguntou.
A expressão do rosto de Hermione era uma afirmação tácita de que ela não poderia fazer aquilo. Ela tentou se afastar, mas ele a deteve com a mão no ombro.
—Não se vá, cara — ele disse.— Pelo menos não até que você me pergunte o que estou fazendo aqui fora.
A afirmação a fez hesitar. Olhou para ele, incerta. Ele sorriu.
—A cama estava muito vazia, sem você ao meu lado — ele declarou, sentindo que ela estremecia. — Volte para a cama comigo! —acrescentou, olhando-a profundamente.
É claro que ela o queria, Harry percebeu isso em seus olhos, antes que Hermione os baixasse e sacudisse a cabeça.
—Não acho que seja uma boa idéia — ela murmurou.
—Só porque discutimos? — ele perguntou. — Nós sempre discutimos. É assim que somos.
Entretanto, ele sabia que dessa vez as coisas eram diferentes.
—Aconteceram muitas coisas...
—Nada que não possamos resolver, cara mia — ele afirmou suavemente. Jurou para si mesmo que empregaria outros métodos de persuasão mais convincentes caso ela não cedesse.
—Não quero falar sobre isso — ela foi lacônica, fez uma pausa e acrescentou: —Também não quero fazer aquilo.
A sombra de um sorriso lhe passou pelos lábios, ao fazer tal afirmação.
—Vamos dormir — ele a convidou. — Em nossa cama, onde nós dois preferimos estar... abraçadinhos. O que acha, cara?
O que poderia dizer, Hermione se perguntou, esperançosa. Respondeu que sim, porque nunca fora capaz de dizer não. Além disso, estava cansada e se sentia miserável. Melhor seria se sentir miserável ao lado dele do que ficar miseravelmente sozinha lá fora.
Assim, com um leve aceno de cabeça, ela aceitou o convite. Ele a enlaçou pelos ombros, e Hermione se sentiu muito melhor. Nada falaram, enquanto deixavam o terraço em direção ao quarto. Harry se mantinha calado, porque obtivera o que queria e não desejava estragar tudo novamente. Hermione estava silenciosa porque sabia que não podia permitir que ele se aproximasse dela daquela forma, embora não conseguisse se afastar.
Harry era o seu ponto fraco. E sempre seria.
Hermione notou, quando adentraram o quarto, que suas roupas e sua maleta haviam sido removidas do aposento. Viu também a cama desarrumada, testemunha do que acontecera.
Ainda silenciosos, eles aproximaram-se da cama e Harry a fez se virar para poder dar um jeito no zíper que havia emperrado. O vestido era preto assim como o zíper, por isso ele levou algum tempo para conseguir desprender uma ponta de tecido que ficara presa no dente do fecho. Quando terminou, Harry sentiu que ela conteve a respiração, e se afastou para se desvestir.
Ele sorriu e conteve o desejo de envolvê-la em um forte abraço, o que sempre lhe dava prazer. Ao invés disso, ficou contemplando o amarrotado dos lençóis, muda testemunha das intranqüilas horas que passara sozinho ali. Quando se voltou, ela já havia se despido e estava de pé vestida apenas com as roupas íntimas de seda preta que contrastavam com sua pele clara. E, apesar de estar escuro, ele podia jurar tê-la visto corar, e isso o comoveu porque não se lembrava de outra vez em que ela demonstrara timidez na frente dele.
A não ser na primeira vez em que fizeram amor. Se não lhe conhecesse a história, poderia jurar que ele era o seu primeiro amor.
Mas, o pior estava por vir, quando ele a viu se deitar sem tirar mais nada. Culpa daquelas pinturas? Da sua mãe? Ou sua própria culpa por ela querer esconder sua nudez com a qual sempre se sentira tão confortável?
—Não — ele disse em um tom de protesto que se transformou em uma súplica.
Ao vê-la hesitar, ele se aproximou e soltou o fecho do sutiã, que caiu, deixando livre os belos seios de pele acetinada. Ela retirou a calcinha, sem fazer comentários, e deslizou para debaixo dos lençóis. Tudo sem fitá-la diretamente.
Excitado, ele tirou o robe e se juntou a ela. Silenciosamente, encaixou-se nas curvas do seu corpo, e ela permaneceu quieta, demonstrando que um turbilhão de emoções não lhe permitia corresponder.
A necessidade de dizer alguma coisa foi maior e, mesmo com o risco de provocar uma outra cena, ele falou:
—Não gosto de brigar com você — Harry disse, mergulhando o rosto na massa de cabelos sedosos.
—Eu sei — ela replicou.
Ele percebeu que era verdade. Teve de admitir que Hermione sabia muito sobre ele.
— Mas isso não muda em nada as coisas, Harry — ela acrescentou. Será que ela estava falando sobre deixá-lo? Com aquele pensamento desagradável, ele tomou-lhe os seios nas mãos, e colocou uma das suas pernas sobre ela, no intuito de mantê-la junto de si.
—Durma — ele disse, dando um suspiro profundo, tentando fazer o mesmo.
Entretanto, não era possível, permanecer tão próximo da mulher desejada que pretendia abandoná-lo, sem procurar dissuadi-la. Debaixo da palma das mãos sentiu os mamilos se enrijecerem, como uma resposta natural à carícia implícita. Iniciou, então, um movimento circular com os dedos ao redor dos mamilos túrgidos. Percebeu que ela começava a respirar mais rapidamente, e que sua pulsação se acelerava. Em um ímpeto, mergulhou ainda mais o rosto nos cabelos até desvendar a nuca.
Como resposta, ela se virou até estar de frente para ele, e seus olhares se encontraram.
—Você não está jogando limpo! — ela protestou.
—Grazie — ele replicou, como se ela lhe houvesse feito um elogio, beijando-a de forma a impedir qualquer outro tipo de argumentação.
O que se seguiu foi uma demonstração do inevitável. À virilidade de Harry se contrapôs a suavidade de Hermione.
Ela era linda, e Harry a adorava. Nenhuma mulher o fizera se sentir assim antes. Beijou-lhe o corpo todo, até ela desistir de tentar resistir, para, com um suspiro, começar a corresponder plenamente. No momento em que a posse se concretizou, ele teve certeza de que ela lhe pertencia por completo. Não havia dúvida. Ele a viu perseguir o prazer até quase chegar ao clímax. Com os dentes cerrados e o sexo intumescido, ele a manteve naquele ponto, o mais que pôde. Somente quando ela finalmente abriu os olhos em uma indagação aturdida foi que ele se rendeu e se entregou desencadeando o clímax final.
Entregara-se como nunca antes.
Aquele fora um momento perfeito para desfazer tudo o que passara e para terem a certeza de que haviam partilhado algo especial.
Deitada satisfeita, com a face apoiada no peito de Harry e a mão espalmada em seu peito, sentindo-lhe o palpitar do coração, Hermione queria apenas dormir.
Entretanto, Harry não concordou. Voltara-lhe a velha e conhecida autoconfiança o que lhe dava confiança para desfazer aquela relativa paz.
—Diga-me o que Anton Gabrielli significa para você — ele perguntou.
—Você não consegue se conter, não? — ela replicou secamente, afastando-se dele para se sentar.
—Não gosto de mistérios — ele respondeu. —E não venha me dizer que não conhece aquele homem!
Conhecê-lo? Ela deu uma risada curta, com um meneio de cabeça. Bem, ela ponderou consigo própria, seria melhor contar-lhe tudo e acabar com a história ou manter o segredo como tal? Finalmente decidiu-se e começou a dizer:
—Minha mãe foi amante dele há muitos anos. Ele a colocou em um apartamento em Nápoles e a visitava regularmente. Levava-a para se divertir com os amigos. Adorava-a, mas esqueceu de lhe dizer que era casado. Quando ela descobriu, abandonou-o. —Aquela lhe pareceu ser a forma mais simples de contar a história.
—Você estava por perto para testemunhar o que aconteceu? —Apesar do tom casual, Hermione sabia muito bem em que ele estava pensando.
—Sim, eu estava por perto — ela respondeu, agarrando-se ao lençol da cama. Depois, com um movimento de cabeça, ela se obrigou a olhar para ele. — Como está vendo, foi apenas um outro caso de erro de identidade — ela explicou, demonstrando tristeza.
—Então, teremos como prioridade amanhã corrigir esse erro.
—Harry, você está planejando publicar um anúncio no jornal dizendo que sua amante não é a Mulher no Espelho? Crê honestamente que alguém vai acreditar?
—Podemos, pelo menos, tentar corrigir o erro.
—Com que objetivo? — ela perguntou. — Para que você se sinta melhor? Sua mãe? Eu? Não vê que não importa quem seja a modelo? As pessoas sempre olharão para mim e verão a mesma mulher! Não posso mudar isso. Pareço-me com ela! A não ser pelo nome, eu poderia ser ela! Você precisa aprender a aceitar isso, ou não temos nada que...
Com mãos firmes, ele a puxou de volta ao seu lado.
—Não fale mais — ele pediu. — Sei o que ia dizer, por isso é melhor que se cale!
—Foi você quem começou esse assunto — ela respondeu, dando um suspiro.
—E estou pondo um ponto final! — Harry procurou ocupar-se com um novo jogo de sedução.
Tudo foi muito intenso e possessivo, mas o sexo não era uma solução mágica para todos os problemas. Não havia dúvida de que na cama os dois eram compatíveis, mas o que dizer fora dela?
Nada podia mudar aquela maneira de ser. Harry queria consertar o que não podia ser consertado, razão pela qual Hermione não havia lhe contado toda a verdade sobre Anton Gabrielli. Podia amá-lo, mas certos segredos somente podiam ser confiados a alguém que continuaria a amá-la apesar de todas as confidências.
E Harry não a amava dessa forma.
Hermione dormiu após o cansaço do desejo satisfeito. Entretanto, Harry continuou acordado, agitando-se até o fim da madrugada, quando a luz do sol começou a se infiltrar pelas frestas das janelas. Desgrudando-se de Hermione, ele deslizou para fora da cama.

Duas horas depois, ele estava em um helicóptero, voando para a casa dos pais na Toscana, para ter um encontro com o pai, enquanto Hermione acabava de acordar e descobria que ele havia saído, deixando apenas um bilhete sobre o travesseiro.
Não me deixe preocupado, cara. Esteja aqui quando eu voltar.
Não me deixe preocupado, ela leu novamente. Esteja aqui...
Palavras tão emotivas, ela pensou com tristeza. Mas o que significam? Que ele não queria que ela partisse? Não haviam resolvido nada. Não haviam falado sobre a conduta da mãe dele na noite anterior. Hermione precisaria ser muito descarada para enfrentar os amigos, depois da humilhação pública por que passara, e ela não se considerava descarada.
Hermione não sabia se deveria estar ali, esperando por Harry. Ela não sabia como decidir. Partir seria doloroso, ficar também. O problema estava em calcular qual das duas decisões a machucaria menos.
Saindo da cama, ela tomou banho e se vestiu com uma saia cor de malva que combinava com o top cereja. Depois foi à procura de Carlotta para perguntar se sabia para onde Harry havia ido.
Era sábado, e ele raramente trabalhava nesse dia, pois preferia ficar descansando, sem fazer quase nada.
Carlotta estava acabando de servir a mesa do desjejum, quando ela entrou na copa ensolarada.
Não, ela não sabia para onde Harry tinha ido.
O cheiro das torradas fez Hermione perceber que praticamente nada comera desde à tarde do dia anterior. Estava esfomeada, e aquele era um problema fácil de se resolver.
Queria realmente saber para onde Harry havia ido? ela se perguntou, lembrando-se de que ele ameaçara ir ver Anton Gabrielli. Ele também tinha também de resolver algumas pendências com a mãe. Poderia ter ido falar com Draco devido ao que ela lhe havia contado? Pediria a devolução do dinheiro pago pela tela Mulher no Espelho?
Uma possível confrontação entre Harry e Anton Gabrielli não lhe parecia favorável, apesar de que o homem talvez lhe contasse mais ou menos o que ela própria havia dito.
Quanto a uma entrevista com a mãe também não poderia resultar em nada agradável. Não se sentia confortável com a idéia de que era a causa da discórdia entre mãe e filho.
Depois havia Draco, o imprevisível Draco, que poderia se calar se Harry o forçasse em demasia. E, como ele sabia tudo a respeito dela, seria outra confrontação que não a agradava nem um pouco.
Hermione se sentiu incomodada com tantas dúvidas e possibilidades. Por que todas aquelas pessoas discutiam a seu respeito como se ela não tivesse voz própria? Nada daquilo seria necessário se Hermione contasse tudo a Harry, sem reservas.
Talvez esse fosse o caminho.
Carlotta apareceu.
—Um senhor chamado Gabrielli está no hall de entrada, signarina — ela informou. — Pergunta se a senhora pode lhe dispensar alguns minutos?
Signor Gabrielli. Hermione sentiu uma ânsia no estômago, e o café, subitamente, perdeu o sabor. Será que ele sabia? Poderia saber da verdadeira história? Não, ela disse para si mesma, com firmeza. Ele não poderia saber de nada. Provavelmente, estava ali para perguntar sobre Anastasia. Talvez quisesse apenas descobrir como sua ex-amante havia se conservado tão bem depois de vinte e cinco anos!
Bem... Sentiu-se pronta para ir falar com ele.
—Por favor, Carlotta, faça-o subir e conduza-o para a sala de visitas.
A maneira formal de falar e a expressão determinada fizeram com que a governanta hesitasse, antes de ir cumprir a ordem.
Novamente sozinha, Hermione bebeu mais alguns goles de café, comeu um pedaço de torrada e se preparou para um encontro que demorara vinte e cinco anos para acontecer.

Oie! Pelos comentários me parecem muito confusos! No capítulo anterior, Hermione nao tinha ido embora, somente foi para um outro quarto do apartamento, que por sinal é enorme! kkkkkkkkk As respostas que vocês tem ou deveriam ter percebido sao as seguintes: Draco nunca foi amante da Mione, mas sim da mãe dela, Anastasia! Draco e Hermione são como irmãos ou Draco é como um "pai", apenas fingiam ser algo mais pra enganar o público por causa dos quadros bla bla bla!! O único quadro que retrata realmente o corpo da Mione é aquele que Draco mostrou a Harry na galeria Romano, e logo saberão quem o pintou (até pensei que já tivessem entendido!). Anton Gabrielli é o pai biológico da Mione! Acho que é só...
Neste capítulo, Harry tá aprontando algo! E pelo amor de Merlin, acho que já entenderam o que vai na alma dele, não? O que terá ido ele fazer na casa dos pais??!!
Que será que esse Anton quer agora com a Mione?
Além disso, ela esconde algo mais...
Logo as coisas se tornarão mais óbvias, prometo!
Alguém perguntou o que é voyeur... Voyeur significa aquele que olha, aquele que espia... entendido?
Obrigada por comentarem e esperarem pelo capítulo, agora comentem de novo! kkkkkk bjao
qualquer dúvida eu respondo!

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