A filhinha do grande Potter
No dia seguinte acordei mais calma e disposta a cumprir a promessa que tinha feito a minha prima: pedir desculpas ao Malfoy. Eu não sei por que, mas ela ficou insistindo que eu deveria fazer isso.
Levantei e fui ao banheiro tomar banho. Era cedo pro café e Corine ainda tava dormindo, então resolvi descer para esperá-la na sala comunal.
A sala estava vazia. Sentei em uma poltrona fofa e abri um livro que tinha pegado na biblioteca dois dias atrás. Era intitulado: “Contos de Terra Magna e Mínima.” Era um livro enfadonho (chato mesmo), estou pensado em devolvê-lo sem terminar. Eu tenho uma mania: sempre termino os livros que começo a ler. Mas esse...
Já estava quase cochilando sobre o livro quando escutei o barulho de alguém descendo as escadas do dormitório masculino. Olhei pra trás a tempo de vê-lo fechando a porta. Era o Malfoy, estava sozinho. Perguntei-me o que estaria fazendo acordado tão cedo. Não importa! Isso só facilita minha vida. Vai ser bem melhor pedir desculpas pra ele sem seus amiguinhos me encarando.
Ele olhou ao redor, não deve ter me visto, pois logo após se deixou afundar em uma poltrona distante de minha. Não que eu esperasse que viesse falar comigo...
Respirei fundo fechando o livro, me levante e fui até ele.
- Posso falar com você Malfoy? – percebi na hora que tinha me enganado, ele devia ter me visto, pois não se assustou quando falei, apenas virou a cabeça pra trás me fitando. Fiquei um pouco desapontada (queria assustá-lo).
- Sim? – indagou meio confuso.
- Sabe ontem quando esbarrei, sem querer, em você e... – comecei ficando um pouco envergonhada, mas não por causa dele e sim por lembrar da minha atitude.
- Ah, aquilo. Nem lembrava mais. – respondeu entediado voltado a olhar pra frente. Isso foi meio chato (meio?). Não gosto quando as pessoas me deixam falando sozinha.
- Eu queria pedir desculpas. – terminei meio irritada.
- Unh. – fez pouco caso.
- Você me desculpa Malfoy? – perguntei agora impaciente. Ele continuou em silêncio e virou mais uma vez a cabeça pra trás.
- Se isso faz você feliz Potter... – seguiu fazendo pouco caso – Eu te desculpo. – falou virando pra frente.
Tá, isso foi pior do que imaginava. Precisava ter me feito quase implorar? (exagerada!) Deve ter se divertido com “A filhinha do Grande Potter” pedindo desculpas.
-“A Corine me paga por me fazer perder tempo com esse sujeito!” – pensei enquanto subia as escadas pra ver se ela tinha acordado.
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