Nada. Nadinha.

Assim que aula terminou saímos correndo direto para a torre de grifinória com medo do Dave recomeçar a brincadeira. No caminho esbarrei em alguém, me virei pra pedir desculpas, mas quando vi quem era dei as costas e continuei andando.
Era Vincent Malfoy, o filho de um dos maiores inimigos do meu pai nos tempos de escola. Ele estava conversando com seus dois amigos inseparáveis, Eirik Hansen e Bonifácio Longbottom.
Ele é um tipinho estranho. O cabelo é liso, castanho escuro e meio repicado (parece até que cortaram no facão e pior que ficou legal), olhos azuis e a pele bem clara.
Tem um ar petulante e um sorrisinho enviesado odioso. Não o conheço bem, mas o acho arrogante. Meu tio Ron disse que essa é uma característica típica dos Malfoy. O mais estranho de tudo é que ele, diferente de toda sua família, caiu na Grifinória em vez da Soncerina e é apanhador do time de quadribol.
O outro, Eirik, tem o cabelo preto e meio assanhado (parece que nunca viu pente na vida). Tem olhos cor mel, pele clara, é mais alto e forte que o Malfoy.
O acho abusado, cínico e sorridente demais (se acha), mas também não o conheço bem. Ah, ele joga no time de quadribol da Grifinória como batedor.
O terceiro do grupo é o Bo (é assim que eles o chamam). Ele é filho único de dois amigos do meu pai, Luna e Neville Longbottom, por isso o conheço melhor. É o mais baixo dos três, tem olhos cinza (são azuis, mas tão claros que parecem cinza), pele de um branco pálido, cabelo loiro acinzentado, fino (tipo cabelo de bebê) e bem curto. O rosto é um pouco arredondado.
Ele tem um olhar perdido, parece olhar através das coisas, igual ao da mãe. É o mais calado, tem um sorriso tímido (que não mostra os dentes) e é muito inteligente. É monitor e é fofo! (vontade “in”controlável de apertar). Não faz parte do time de quadribol.
Os três são bem populares entre as meninas, que os acham lindos. Nada a declarar!
Bem, voltando ao assunto:
Eu tava andando (num era correndo?), ai esbarrei nele, quando me virei e o vi olhando pra mim com aquele sorrisinho enviesado odioso dei as costa e continuei meu caminho.
Já no quarto Corine falou:
-Você esbarrou no Malfoy, não pediu desculpas e ainda deu uma esnobada no coitado. O que deu em você? – perguntou ela guardado os livros no malão.
-Não tem nada errado comigo. Era só o Malfoy com aqueles amiguinhos dele, nada demais. – respondi sem dar muita importância.
- Eu não os conheço, por isso não falo nada, mas você? – continuou agora sentando na beirada da cama e me olhando duvidosa.
- O que há?
- Você não é assim. É educada, com todos. – eu já esperava por isso. Ela tem razão, eu não tenho costume de tratar ninguém mau. Seja quem for.
- Tá, você tá certa. Acho que eu ainda tava com tanta raiva do Dave que acabei descontado nele. – falei sentando ao lado dela na cama. – Depois eu peço desculpa pra aquele... – ela me lançou um olhar meio severo - ...peço desculpa pra ele, ok?
- Agora sim. Eu também tô com raiva do Dave mesmo, mas ele me paga. Cadê o Ferdinando? – perguntou se deitando e fazendo um movimento pra olhar embaixo da cama.
- Sei lá? Ele anda meio sumido esses dias.
Ferdinando ou Nando é meu gato. Ele é cinza, rajado de preto, com as patinhas brancas, olhos verdes e é tão inteligente que parece nos entender.
Ele anda meio sumido ultimamente acho que arrumou uma namorada.
- O que acha de irmos a biblioteca terminar o dever de poções? – indagou voltando a posição normal.
- Eu já terminei!
- Ah! Esqueci que você adora poções e por isso sempre faz os deveres primeiro. – falou num tom de brincadeira.
- Rá-rá, sua engraçadinha. Eu gosto mesmo, o que é que tem? – eu não apenas gosto de poções eu sou boa na matéria.
- Nada. Nadinha.

P.S : Se a capa não aparecer é só clicar onde tem “clique aqui” que da certo. O gato da Amelie aparece lá.


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