Uma Noite para Recordar - pt 3

-Capítulo Três-



Uma Noite para Recordar

Parte III - Na Cozinha dos Black




Os lábios se encaixavam como se já se pertencessem, como se já se conhecessem á muito tempo. Tudo que os havia separado durante todo esse tempo se desfez no ar como que por um evanesco.

Hermione parecia estar prestes a se desfazer a qualquer instante, respirava com dificuldade, sentia-se quente e fria ao mesmo tempo. Inclinou-se um pouco mais para frente, pressionando um pouco mais seu corpo ao de Ron, deslizando suavemente as mãos por seus braços fortes, sentindo o calor de cada centímetro de sua pele.

Ron mergulhava em sensações que nunca havia sentido antes. Era Hermione quem estava ali, ele podia sentir seus cachos volumosos escorregarem por entre seus dedos, pressionou os lábios sobre os dela, e eles eram menos sólidos do que aparentavam, mais doces ou quentes do que ele podia ter imaginado.

Hermione mal sentia os pés tocarem as tábuas envelhecidas do chão da cozinha dos Black, suas mãos tremiam ao tocar Ron, ela agora sentia o ruivo desfazer-se sobre seus lábios, sentia o gosto dos dois se misturarem, apossando-se um do outro, e enquanto mantinha o olhos fechados, sentiu os lábios de Ron deixarem seus os seus e encostarem-se em seu ouvido.

-Hermionee... – Nunca antes ela havia ouvido seu nome ser pronunciado num tom tão doce, tão tenro e gentil. A voz rouca e quente de Ron a havia tocado de forma inesperada, e convidado a conhecê-lo de uma forma que antes ela nunca ousou imaginar. Ela o trouxe de volta, entreabrindo mais os lábios, sugando os de Ron lubricamente, passou a língua vagarosamente por entre eles.

Ron arfou, por pouco não perdeu o fôlego. Ainda tentaria assimilar o que estava acontecendo, mas não conseguia, só sentia, e tudo que sabia, é que dele seria, ela, quem ele sempre amou, desde que se encontrou. Retomando o ar ele separou novamente os lábios dos dela, mas seus olhos permaneceriam fechados, seria com seus outros sentido que Ron a teria agora.

Escorregou o rosto pelo dela, sentindo o toque febril, respirando-a. Suas mãos encontraram as dela, e seus dedos escorregaram um pelos outros, quase que sem atrito. Seu perfume era suavemente adocicado, e entorpecido por ele, Ron levou as mãos por dentro da blusa de Hermione, tocou-a com precisão, sentindo a textura macia de sua pele que ardia em paixão. E Hermione abraçava-o mais, entregando tudo de si á ele, permitindo-se, e em pouco tempo ela já beijava mais á ele do que ele à ela.

Sentindo o consentimento apaixonado de Hermione, ele desceu as mãos aos seus quadris, escorregando os dedos por sua pele, brincando com seus sentidos em meio á suspiros e calafrios. De repente, eles sentiram os lábios se encaixarem com mais cuidado, e lentamente diminuírem o ritmo, quando quase imperceptivelmente, o beijo cessou. E alguns segundos ainda se passaram antes dos rostos se separarem , foi quando Ron passou as pontas de seus dedos pelo rosto aparentemente sedado de Hermione, tornando a aproximar-se, ele sussurrou em seu ouvido mais uma vez.

-Eu sempre te amei... Desculpe. – Os olhos do ruivo voltavam a ficar marejados quando Hermione levantou seu rosto delicadamente ao perguntar.

-Pelo quê?

-Por ter te feito sofrer tanto, todo esse tempo e...

-SSSShhhhhh, Ron – Ela o calou com o indicador nos lábios , seus olhos procuraram o chão, e ela lamentou – Talvez se eu não tivesse aceitado o convite de Krum... – Agora foi Ron quem a amparou com as mãos e a trouxe num abraço.

-...Talvez eu nunca tivesse realmente percebido, Hermione, o quanto eu sempre te amei. Só quando eu vi você nos braços daquele brutamontes, eu notei o quanto eu havia sido idiota durante todo o tempo. Quando você me gritou que eu não devia tratá-la como último recurso, foi como se o chão ruísse sob os meus pés, e eu percebi o quão longe eu estaria de você dali por diante, tudo por minha culpa.

-Oh, Ron... – Hermione o beijou com paixão, e foi igualmente correspondida. Parecia que os braços dos dois não dariam conta da intensidade e flexibilidade de seus carinhos. Hermione apertou os lábios com um pouco mais de força sobre os de Ron, e sentiu a respiração dele vacilar. A tensão entre os corpos era tanta que empurrou a pesada mesa de madeira da cozinha dos Black, produzindo um ruído grave que os despertou. Os dois separaram seus rostos ofegantes, suas bocas vermelhas, seus olhos febris e apaixonados.

Nenhuma palavra foi dita além dos suspiros ofegantes, a troca de olhares foi rápida, mas carregada de um sentido, que ficou explícito para os dois grifinórios. Num movimento repentino, Ron levou a mãos á coxa direita de Hermione por baixo da saia, puxando-a, fazendo o corpo da garota deslizar para trás, e ela sentou-se na mesa. Abraçou-a e beijou-a sem pudor, trazendo seus quadris para seu corpo, beijando-a com lascívia. Hermione entrelaçava suas pernas em torno do abdômen de Ron enquanto passava as mãos pelo mesmo, escorregando as costas das mãos, apreciando sua textura e sua forma. Os lábios do Weasley percorriam a extensão de seu ouvido até seu colo. Eles eram quentes, ofegantes, e exalavam paixão á cada centímetro que tocavam e beijavam, seu hálito já era dele e dela, seus poros exalavam o torpe atrito de seus corpos.

Durante todo esse tempo evitaram se tocar, se sentir, e agora tudo explodira repentinamente, bombardeando e confundindo os sentidos, arrepiando a pele, fazendo perder o ar.

O calor entre os dois já era insuportável, o desejo era de fundir-se, de entranhar na pele e no cheiro do outro, mergulhar nesse novo mundo até que não restasse o mínimo elo entre as coisas que até então os havia separado. As mãos de Ron seguiram as costas de Hermione até incliná-la para trás, deitando assim a garota sobre a mesa.

Hermione fechou os olhos enquanto suas mãos passeavam pelas mechas vermelhas e úmidas de suor do garoto, que com os lábios úmidos desceu a língua por seu pescoço ,levando-a á seu peito, que arfava sem compasso ou medida, inflando e descendo conforme os toques prosseguiam. Foi quase incrédulo que Ron assistiu as mãos de Hermione passearem por seus definidos músculos com cautela, vagarosamente até livrá-lo completamente de sua camisa.

Ele a mirou com medo e desejo ao mesmo tempo. Como sempre a quisera assim tão perto... Mas agora as coisas estavam fluindo tão rápido, e tudo ali parecia tão natural.. Não sentia vergonha, nada. Era como se seus corpos já se conhecessem através de seus corações que batiam em perfeita sintonia. Ele sentiu o tecido deixar sua pele e respirou pesadamente sentindo os olhos de Hermione percorrerem seus ombros, seus braços, e tudo que a camisa antes a impedia. Sentiu-se corar, podia jurar que suas bochechas ferviam, afinal, nunca antes se encontrou em tal situação.

Hermione sentiu a insegurança de Ron, e antes que isso se tornasse algum tipo de desconforto para os dois, ela o surpreendeu levando as mãos até a bainha de sua camiseta pouco abaixo da cintura. Seus olhos permaneceram fixos nos dele enquanto ela subia vagarosamente o tecido que embolava entre seus dedos,levantando a peça, despindo-se lentamente. Seu olhar era convicto, emitia um brilho fugas que transpassava a vontade de concretizar seu maior e mais secreto desejo.

Ron não esperava por isso. As mãos de Hermione ainda guiaram as suas até os seus seios, e naquele momento ela sabia que havia se entregado completamente. Ele mirou o corpo dela, sua pele, seu tom, sua textura, sua exatidão... Tudo era tão perfeito que ele mal cria, preferia sentir. Passeou com os dedos sobre os mamilos claros e enrijecidos, senti-los o fez sentir-se como se pudesse enlouquecer ali a qualquer instante. Daquele momento em diante ele sabia que Hermione o levaria a perder o controle, o senso e a direção. Aproximou-se beijando-a profundamente, em seguida parou de repente, encarando os belos olhos castanhos.

-Você tem certeza? – Ele indagou a ela, inebriando-se do perfume de seus cabelos.

Ela o encarou sorrindo e o beijou na testa, mirou-o ternamente e disse:

- Como de mais nada nessa vida.

Então os lábios voltaram a se encaixar, agora totalmente entregues, livres de qualquer medo ou incerteza, eles se misturavam, se envolviam sem impedimentos. Ron deitou-a novamente, pondo-se sobre o corpo de Hermione, ele passou os lábios sobre seus ombros nus, levando-os até seus seios, e descendo a língua por sua barriga. Ele sentiu seu corpo tremer e oscilar no ar de desejo. Torturando-a, retirou os lábios de seu ventre, levantando sua saia, ele retirou vagarosamente sua calcinha, sentindo a garota conter uma exclamação, ele tornou a beijá-la antes de tomar a parte interna de suas coxas com os lábios molhados e sedentos de prazer.

Deslizando a língua por sua pele em febre, ele sentia todo e qualquer gosto dela. Quando aproximou a língua da rosa molhada em meio às suas curvas, ele sentiu a respiração da garota se atropelar no ar, e ela tremeu, com o corpo em com a voz, encarando-o com um olhar que o desafiava a parar, e ele não o fez.

Murmúrios cortavam o silêncio que envolvia o nº 12 do Largo Grimmauld. Ron voltou com os lábios pelo mesmo caminho, e prendeu os de Hermione num beijo lento, quente, envolvente. Suas mãos se perdiam nos cachos soltos, e ele sentia-se entontecer. Segurou-a com firmeza e ela arfou, suas mechas deslizavam pelos ombros úmidos de suor enquanto os lábios se tomavam. Ela encaixou as pernas em volta de Ron com urgência, então ele sentiu que era a hora de tê-la.

Ela continuou sentada, sentindo que era o momento, desenlaçou as pernas em torno do ruivo, entreabrindo-as vagarosamente enquanto se entreolhavam apaixonados. Ron deslizou seu toque gentil por uma das pernas de Hermione enquanto ela o despia de seus shorts sem quebrar o contato visual. Se aproximaram, e suas bocas se uniram ao mesmo passo com que as mãos de Ron se apressavam, trazendo e levando os quadris de Hermione para si, num ritmo lento e hipnótico.

Ao sentir Ron dentro de si Hermione deixou escapar um gemido. Cerrou os olhos e os dentes antes de tornar a olhá-lo. Sua pele emitia um brilho perolar, seus cabelos cor de fogo se deixavam moldar pelo suor e deslizavam por seu rosto em êxtase. Ela sentia que não agüentaria mais por muito tempo, e a fisionomia lúbrica de Ron a fazia crer que ele também estava em igual situação.

Sentiu uma pontada atravessar seu ventre, e com ela, uma onda de lancinante prazer transbordou sobre os corpos exaustos, prazer que Hermione ainda sentia formigar da ponta de seus dedos até seus tornozelos. Ron desabou sobre ela como um delicioso cobertor, e ela o abraçou recostando o rosto sardento em seu pescoço, sentindo as respirações e os corações de ambos desacelerarem, pouco a pouco enquanto suas mãos passeavam pelas costas suadas de Ron.

Ele respirou fundo e ergueu o olhar de encontro ao dela. Levando uma das mãos ao rosto da garota, ele a acariciava lentamente, olhando-a fundo nos olhos. Hermione levantou também uma mão para acariciá-lo, enquanto a outra percorria lentamente a extensão dos lábios entreabertos de Ron, o olhar entre os dois seguia profundo e inabalável.

Não seriam necessários ‘eu te amos’, ou beijos, ou quaisquer outras coisas naquele momento. Até as mais belas palavras de amor perderiam o sentido diante do olhar que trocavam, ele exprimia da forma mais sincera, verdadeira e apaixonada, a força e o tamanho do sentimento que os havia levado até ali. Até o sentimento mais forte que poderiam sentir em suas vidas.

Uma lágrima silenciosa rolou pelo rosto de Hermione. Ron sabia que aquela era uma lágrima de felicidade. Felicidade esta, pela qual ele juraria protege-la, pela qual ele enfrentaria qualquer guerra ou mal. Naquele momento ele sentiu as forças que lhe faltavam para lutar, e ele sabia que esta força vinha de Hermione ao seu lado.

Se abraçaram ternamente, trocando um beijo suave. Contemplando um ao outro docemente até que a gargalhada cortou inesperadamente o ar.

-KKKKKK....

-O que foi, Mione? – Ele também riu mesmo sem saber do que se tratava.

-A Srª Black... kkkkkk

-O que tem a Srª Black??

-Imagina os palavrões que a Srª Black diria ao saber o que uma Sangue Ruim acaba de fazer em sua mesa de jantar...

-kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk – Os dois riam gostosamente juntos, e ao recuperar o fôlego, entrelaçaram as mãos e os olhares.

-Me promete uma coisa? – Ron indagou

-O quê?

-Que vai seguir a tradição... – Ele sorriu meio torto tentando esconder um sorriso - ... Sabe como são os Weasley né?

-Não, não sei Ron.

-Bem, eu quero ter pelo menos uns 4... Ou 5, o que você acha?

Ela deu um largo sorriso e rebateu:

-Eu acho que se forem tão apressados quanto o pai está sendo, eles mesmos planejarão o próprio nascimento!

Ron riu, mas ao ver o sorriso sumir do rosto de Hermione, também ficou sério.

-Mas Ron, falo sério.

-Sobre os filhos?

-Não, sobre sermos apressados... Não podemos esquecer que estamos no meio de uma guerra, então, esta não é a melhor hora para se fazer planos... – A feição de Ron mudou de séria para triste.

-Mas...

-Ron... Temos uma Importante Missão, lembra? Não seria prudente assumirmos um relacionamento á essa altura, já corremos bastante perigo apenas como amigos do Harry Potter. E você, um sangue puro... com uma sangue ruim... – Ela levou a mão ao rosto de Ron – Amor, teremos que esperar. Nada podemos fazer até acabarmos com tudo isso. – Ron mirava o chão.- Precisamos ajudar o Harry – Ela levantou o olhar dele – Pra que tenhamos um futuro juntos.

Ele a encarou por alguns segundos e a beijou.

-Ficaremos juntos – Ela prosseguiu – Mas teremos que esperar...

Ele a beijou novamente e deu um sorriso forçado.

-É... Como sempre, você está certa. – Ele a mirou admirado – Mas não vai ser nada fácil – Roçou as costas das mãos no rosto de Hermione, olhando-a como se despedisse – Te ver todo dia e não te beijar. – Seus lábios de contorceram numa tentativa de sorrir, e ela riu e o beijou.

-Ah, não deve ser tanto, afinal, você tem feito isso nos últimos sete anos! – Os dois riram e se entreolhavam como se nunca tivessem feito isso antes na vida, era como se a cada nova vez que se olhassem, encontrassem um novo traço, um novo detalhe no outro, pelo qual eles se apaixonavam mais, e mais uma vez.

Hermione afundava os dedos nas mechas vermelhas de Ron, seus olhos se perdiam nele, mas de repente ela se sobressaltou arregalando os olhos com uma feição preocupada.

-Ron! Você não dormiu!

-E?

-Amor, é bom descansar, falo sério. Você sabe que amanhã não teremos descanso. Deve ser muito tarde!

Ele respirou fundo, sentando na cadeira e recostando os braços atrás da cabeça, seu olhar perdido na confusão de panelas penduradas acima de suas cabeças.

-Quando isso vai acabar, Mione?

-Dependerá de nós, e é por isso que devemos descansar – Ela levantou-se e ergueu-o da cadeira com um abraço, ele a beijou suavemente , depois fixando o olhar no dele – Lembre-se que Harry não deve desconfiar de nada. – Ele girou as órbitas como se acabasse de receber um conselho de sua mãe.

-Tá bom, meu amor, eu sei. – E deu-a um selinho. Selinho que se transformou num tórrido beijo, os dois sabiam que dali pra frente, na frente de Harry, teriam que agir como se nada tivesse acontecido. Ele a abraçou por trás e os dois caminharam lentamente até a porta da cozinha, passando pelo corredor, ele a beijou ligeiramente antes que pudessem ficar às vistas de Harry.

Dirigiram-se ás suas camas com os olhares perdidos, se cobriram e se olharam, os corações ainda batiam apressados e confusos, mas com a força de esperanças renovadas, esperanças que os guiaria á vitória, vitória que os uniria de uma vez por todas, para que nunca ninguém mais fosse os separar.

Se entreolharam e sorriram, Ron acendeu a varinha para verificar se Harry estava mesmo dormindo, e então, estendeu sua mão para a de Hermione. A morena retribui o gesto, estendendo também a sua, e oferecendo o seu melhor sorriso.

Eles fecharam os olhos enquanto suas mãos unidas
se acariciavam lentamente, embalando-os num sono leve e ao mesmo tempo profundo, em sonhos que os fariam ter forças para cumprir o que o destino os reservara.

Hermione não sabia, mas desde aquele momento, uma outra vida já os acompanharia, em seu ventre se aconchegaria o primeiro fruto de seu amor. Rose Weasley já estava á caminho.



FIM...

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Aaaai gente! Desculpem a demora! De coração! Espero não ter decepcionado depois de tanta espera, mas é que é sempre um processo triste terminar uma fic, afinal, nos apegamos muito á história!

Fiquei MUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUITO feliz com todos os coments recebidos, e espero receber mais me dizendo se gostaram ou não do desfecho da história!!! Agradeço MUITO a todos que leram!!!!!!!!!!! e a os que comentaram MAIS AINDA!!!!




Bjs a todos!

Muita Paz, Amor, Empatia e Bruxaria!

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