Não era suposto acontecer
Os dias passaram, e as férias também. No último dia os amigos despediram-se dos restantes pois tinham que voltar para a escola. Depois de muita agitação, um táxi, e um comboio já tinham chegado ao seu destino. Depois do jantar estavam todos na sala comum, quando há uma pequena explosão do dormitório das raparigas. A primeira coisa que tentaram ver era se as raparigas estavam todas fora do dormitório, mas Parvati chama a atenção que Joana tinha ido buscar um livro e que ainda não tinha voltado.
- Então se ela está lá dentro estão à espera do que para entrar? Já viram o fumo? Se ela foi apanhada desprevenida por estar a ficar sem ar, eu vou lá – Harry teimoso como sempre foi entrou para o dormitório encontrando a amiga deitada no chão com algum sangue espalhado à sua volta.
Sem pensar em grande coisa foi em auxilio da amiga mas foi impedido por uma algo ao qual só conseguia ver a sombra. Tinha algo como se fossem asas… A criatura tinha imobilizado Harry e Joana meio ferida acerta a criatura com um Expelliarmus possibilitando a Harry uma oportunidade para saírem dali.
Quando saíram do dormitório Ron pegou em Joana que estava ao colo de Harry e esse sentou-se ainda a tentar respirar. Obviamente a Prof. McGonnagal já sabia do sucedido e estava já presente.
- Mr.Weasley por favor leve Miss Gibson para a enfermaria urgentemente… Mr.Potter vá também por favor, os restantes não se aproximem dos dormitórios, vão ser excepcionados e vão ser tomadas as devidas precauções toca a despachar.
Na enfermaria:
- Albus ela vai ficar bem? – Madame Pomfrey – o antídoto do Severus ajuda muito, mas as feridas ainda são um pouco profundas…
- Os cortes parecem ter sido feitas por um feitiço cortante… e segundo Harry a sombra que viu parecia ter asas… - Dumbledore
- Seria um animagos? – Madame P.
- Provavelmente… faz-me um favor? – Dumbledore
- Claro – Madame P.
- Não deixe Joana sozinha… deixe que Mr.Potter fique sempre ao lado dela pode ser? Afinal ele também tem que ficar em observação – Dumbledore
- Muito bem – Madame P.
Harry não conseguiu dormir nessa noite. Como estava na cama ao lado da de Joana ouvia os seus gemidos de dor devido ao remédio que lhe estava a limpar as feridas.
- Harry… - Joana chama amigo em voz baixa
- Shiu… não fales estás muito fraca…
- Ficas ao pé de mim – Joana não conseguia falar muito, mas com a dor derramava uma pequena lágrima que lhe escorria pela face – é muito doloroso, eu não consigo fazes isto sozinha, por favor.
Não foi preciso a rapariga dizer mais nada. Harry puxou de uma cadeira e sentou-se perto de Joana dando-lhe a mão. Ainda sem dormir, Harry viu o sol raiar com o sofrimento da amiga entrando-lhe pelos ouvidos. A enfermeira deu-lhe alta nessa manhã.
Joana ficou na enfermaria mais três dias em “coma”, e ia tendo visitas constantes dos amigos. No dia em que acordou, Hermione foi a primeira a falar com ela:
- Então como estas?
- Bem… a dor já é suportável, mas às vezes ainda me sinto um bocado zonza sabes? Acho que começo a perceber como se sente o Nick-quase-sem-cabeça.
- Joana… o que achas que aconteceu no dormitório?
- Para ser sincera não sei, fui buscar um livro e de repente foi a explosão, só me dei conta de sair ao colo de alguém, depois disso apaguei. Por falar nisso o Harry esteve por aqui?
- Porque perguntas isso? – Hermione sorriu
- Porque fiquei com a sensação de ele me ter dado a mão.
- Pois, foi ele que te tirou do dormitório e teve que ficar cá em observação também. Suponho que ele te tenha ajudado quando o chamas-te.
- O Harry entrou no dormitório sozinho? É louco. Podia ser perigoso, se lhe acontecia alguma coisa nem sei – Joana
Hermione limitou-se a sorrir. Madame Pomfrey chegou: deu alta a Joana com a condição de ela vir à enfermaria uma vez por semana até os ferimentos estarem totalmente curados.
Passou, entretanto uma semana:
- RONALD WEASLEY!!! – Hermione gritava no salão comum obrigando Ron a sair do dormitório (para não falar dos restantes Gryffindor’s) – quero uma explicação para isto já – tinha um bilhete na mão.
Ron desceu as escadas ao encontro de Hermione e tomou-lhe o bilhete lendo-o. Ao que parece Emily tinha enviado um bilhetinho a Hermione exigindo-lhe que ela não se aproxima-se sequer de Ron porque ele era “seu”.
- Hermione desculpa! – Ron estava embaraçado e baixava um pouco a cabeça para que Hermione não notasse – eu não sei o que deu à Emily…
- Não me interessa – Hermione continuava a protestar mas entretanto Joana entrou na sala comum…
- Vocês os dois param com isso? – E ao mesmo tempo que Joana falava Harry e os restantes desceram ao seu encontro – Hermione… o Ron de certeza que não queria que isto se passasse.
- E como tens tanta a certeza? Ele até deve gostar – Hermione
- Que se passa? – Fred e George tinham chegado e depararam-se com aquela situação – e vocês podem ir tomar o pequeno-almoço, não têm nada a ver com isto – com a saída dos restantes espectadores ficaram só Joana, Hermione, Harry, Ron e os Gémeos na sala comum.
- Obrigado a vocês os dois – Joana – Eu não me vou meter no que seja que existe entre vocês os dois – apontou para Hermione e Ron – mas sinceramente… acho que está na altura de pararem de negar o óbvio, vocês tem uma ligação para lá da amizade e ou fazem alguma coisa em relação a isso ou vão passar a vida chateados.
A sala estava em silêncio.
Harry pegou na mão de Joana e levou-a para fora da sala comum, Fred e George aproveitaram a deixa e acompanharam-nos. Os quatro foram a conversar até ao Salão Nobre sobre o que se tinha passado, perguntando-se qual seria a decisão de Hermione e Ron.
- Acham que é desta que eles se entendem? – Fred
- Não sei… se pelo menos chegassem a uma conclusão já não era mau – disse Joana comendo o seu habitual queque de amêndoa.
- Joana, já agora uma curiosidade… – Harry tinha agora um olhar pensativo.
- Harry… queres saber onde estava ah pouco não é? – Joana
- Como sabes? – Perguntou
- Calculei – Joana sorriu e respondeu tranquilamente – fui à enfermaria para ser analisada, ainda tenho algumas dores e os meus cortes não parecem melhorar.
- Mas tens de confessar, que por um lado até gostas… – Fred meteu o braço de volta de amiga – dá-te um ar assim… rebelde!
- Ela não precisa dos cortes para isso mano – Ginny sentara-se perto deles.
- Muito obrigado, muito obrigado, mas isso é mentira… - Joana sorriu.
Ficaram a conversar até ser horas de ir para as aulas. Era sexta-feira e era o melhor dia da semana para os dias do quarto ano, tinham pois só duas disciplinas nesse dia: Defesa Contra as Artes das Trevas e Adivinhação.
Fred e George entraram na sala comum, onde estava apenas Joana que estava a ler um livro para poder fazer o relatório sobre a poção dos Incríveis. Ela reparou na sua chegada:
- Vocês por aqui?
- Sim… não nos apeteceu ir à última hora – George instalou-se no sofá onde estava Joana e deitou-se com a cabeça apoiada no colo da amiga, o irmão sentou-se no sofá ao lado.
- Oh, oh… isso é assim? – Joana puxava o cabelo ruivo a George fazendo-o olhar para cima – Isto não é de Merlin para tu te instalares assim como te apetece.
- Não… mas basta ser teu para eu me querer instalar – George levantou-se e sentou-se perto da rapariga. Fred murmurou algo como: “ah bem… vou dormir uma sesta, até logo”.
George procurou a mão da rapariga agarrando-a.
- Joana… - ela começou-se a aperceber da situação e tentou falar, mas George pediu-lhe para não interromper e continuou – eu… espera que não é fácil – sorriu ele – mas eu…
- Tu gostas de mim George? – Joana perguntou isto mas no fundo sentia um desassossego que não sabia como iria dar a volta à situação – eu não… desculpa, não era isso que eu queria dizer… Bem, por acaso era só que…
- Não estás na “minha onda” não é? – George deu um suspiro de lamento, mas sorriu delicadamente – não há problema eu já devia calcular, promete-me só uma coisa
- O quê?
- Que não muda nada, que tudo isto que se passou agora fica esquecido.
- Fica prometido.
- Mas antes tenho que fazer uma coisa.
- Tu vê lá – Joana sorria quando de repente:
Não tinha hipótese, George adiantou-se. Chegou-se mais para perto dela e agarrando-lhe a face beijou-a de um modo agressivo mas não violento. Por mais que tentasse controlar o momento, Joana não tinha movimento de manobra e respondeu ao beijo. As coisas não pareciam fazer sentido. George empurrava suavemente a rapariga para o sofá e os dois acabaram deitados beijando-se de um modo apaixonado – ou por outras palavras com desejo – não conseguindo parar. Aquilo supostamente não devia acontecer.
Aquele momento só parou quando os dois ouviram a porta da sala comum abrir-se e afastaram-se. Joana pegou num pergaminho e George num livro, estavam agora cada um na ponta de um sofá.
Os amigos tinham chegado para pousar os livros, era agora fim da tarde. Joana desceu, depois, para jantar juntamente com Hermione enquanto George, Fred, Harry e Ron as seguiam. Joana sentou-se numa ponta da mesa com Hermione, Harry e Ron, não queria estar com George naquele momento, não sabia o que dizer, ficara totalmente embaraçada.
Joana passou todo o serão penetrada no seu empadão com um ar “aborrecido”. Mal comeu a sobremesa saiu do salão nobre, para ir para a sala comum.
Quando estava a subir as escadas, ouviu um ruído. Empunhou a sua varinha em sinal de alerta quando de repente ouviu:
- Mobiliabus! – E ao virar-se, deparou-se com uma das enormes pedras espalhadas por Hogwarts ir direita a si.
- Bombarda – Joana fez explodir a pedra, mas infelizmente levou com uma pedra na cabeça deixando-a tonta.
Olhou em volta. Não conseguia ver de onde tinha sido lançada a pedra. Ouviu passos. Com a infeliz sorte tinha aparecido o professor Snape com o seu habitual ar carrancudo e mal disposto.
- Que se passou aqui? Sabe que vai ser castigada não sabe?
- Professor não fiz nada. Ia a subir as escadas quando ouvi alguém lançar um feitiço e quando reparei a pedra vinha contra mim.
- Duvido, vamos! – Snape agarrou a rapariga pelo braço e arrastou-a, literalmente, até ao salão nobre ficando sob mira de todos os seus colegas. Tentando-se soltar do professor que lhe apertava o braço, Joana só conseguia dizer:
- Professor Dumbledore por favor eu não fiz nada, ai – debatia-se com Snape que a começava a magoar – eu ouvi alguém lançar o feitiço e tinha que me defender, porque ia eu rebentar com uma pedra?
Dumbledore deu um leve suspiro:
- Eu acredito, o professor Snape com certeza também irá concordar que nada disto faria sentido, correcto Severus? – E com isto Snape largou-lhe o braço – mas… Ms. Gibson gostaria que depois passasse pelo meu gabinete para conversarmos.
Joana acenou com a cabeça e virou-se, estava a ser observada por todos os presentes. Limitou-se a seguir em frente e a ir para o dormitório de onde não saiu até o dia seguinte.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!