As Descobertas



No Salões Comum (ou nobre), já estavam todos a tomar o pequeno-almoço.
- Hermione, passa-me o sumo de abóbora por favor – Joana
- O quê? – “Gritaram” Harry e Ron, apoiados por mais alguns alunos do quarto ano.
- Rapazes que se passa? – Perguntou Ginny admirada.
Estes analisavam o seu novo horário escolar tinham nada mais, nada menos: duas horas de poções com Slytherin, História da Magia e Encantamentos e tudo à segunda-feira, o que lhes valia era que não tinham aulas à tarde.
Enquanto maior parte do pessoal do 4º ano ia buscar os livros, Joana já preparada foi de caminho para as masmorras.
- Ai! – Guinchou Joana num leve tom de dor, deixando cair os livros.
- Desculpa, foi sem querer, estava distraído… ah… chamo-me Cedric Diggory – dizia o rapaz nervoso ajudando a rapariga a apanhar os livros, e no entanto reparou – ah… tens a mão magoada.
- Não – Joana olha agora para os olhos do rapaz que a tinha atropelado – não é nada já passa – sorriu – chamo-me Joana Gibson.
Joana mirava Cedric. Este era alto, bem constituído, cabelos castanhos-claros num tom quase loiro e olhos num tom claro como o do seu cabelo. O rapaz curiosamente fazia o mesmo, e esboçaram os dois, um sorriso envergonhado, até que:
- Cedric vamos para a aula? – Chamava-o uma rapariga oriental de cabelos negros.
- Já vou Cho – Cedric – ah… bem… tenho que ir.
- Sim não deixes a tua… amiga? – Sorriu – à espera, agente vê-se por ai então.
Os dois afastaram-se não escondendo a expressão confusa de quem não sabia o que tinha acontecido.
Quando finalmente entrou na sala de Poções, Joana, não tardou em perceber o porquê de os alunos não gostarem muito da disciplina. Mirou o professor do nariz adunco com as suas vestes pretas e rapidamente percebeu que se tratava de Severus Snape. A sala estava finalmente cheia. Neville fora o ultimo a entrar e o professor sem o mínimo “remorso” diminui a pontuação de Gryffinfor em 10 pontos. A aula foi dolorosa, Ron, Harry, Hermione e Joana estavam juntos num balcão e tinham toda a aula para encontrar um antídoto a uma poção de amor, para não falar das bocas constantes de Draco Malfoy cujo cabelo loiro iluminava a escuridão da sala de aula.
Como Hermione e Ron tinham ido a biblioteca buscar umas informações, Joana saía agora com Harry e Neville das masmorras, encontravam-se agora no Hall de Entrada.
Draco juntamente com Crabbe, Goyle e Pansy seguiram-nos, Pansy avançou para as escadas, porem os outros três confrontaram Harry e os restantes.
- Potter! – Malfoy
- Malfoy… – Harry permanecia calmo.
- Hum…, não me apresentas a tua amiga? Como ela é nova aqui ainda não tive oportunidade de a conhecer devidamente. – Malfoy
- Nem parece que a vás ter – Joana pôs-se agora defronte de Harry. – Sabes nunca gostei de meninos do professor.
- Não digas isso… – Malfoy sorria sarcasticamente – posso-te mostrar muita coisa.
- Temos pena, mas não estou interessada – Joana virava costas a Malfoy, agarrando o braço de Harry para que este não fizesse nada precipitado.
- Agora percebi – Malfoy – tu e o Potter, o Potter e tu… surpreendeste-me Potter pensava que só conseguias ser desprezado.
- Pois é – Joana começara a falar agarrando com força o braço de Harry – secalhar… eu e o Harry, o Harry e eu… não me parece assim tão mal, e se o Harry é desprezado é porque tem azar e não lhe dão o devido valor.
Harry apercebendo-se da situação virou costas com Joana e agarrou-lhe o braço num tom de cumplicidade.
O dia decorrera com animação, Encantamentos e História da Magia, passaram a correr, pois, além de ser o primeiro dia, Harry e Joana contaram a Ron e Hermione o que tinha acontecido, o que lhes valeu algumas gargalhadas.
Era hora de jantar e todas as equipas comiam e conversavam animadamente. A mesa de Gryffindor ria sem mais não. Ron acabara de levar com puré de batata na cara – delicadeza da parte de Hermione que o fez no sentido do irritar ainda mais, pois estavam a discutir o facto de Parvati estar sempre colada a Ron. O professor Dumbledore em pessoa aproxima-se do grupo de amigos, sorriu e comentou:
- Definitivamente amarelo não é a sua cor Mr. Weasley – Ron envergonhado limpava o puré de batata da cara – Miss Gibson importa-se de se dirigir comigo ao meu gabinete?
- Não professor – Joana parecia nervosa – mas… eu não fiz nada incorrecto pois não? Desta vez juro que não fiz nada.
Harry, Hermione e Ron soltaram uma pequena gargalhada.
- Não esteja descansada – Dumbleore – bem vamos?
Joana levantou-se e acompanhou o director até à porta do salão reparando que estava a ser alvo de olhares da parte de Cedric. Estavam agora perto da gárgula que levava ao gabinete do director, este pronunciou: Gelado de Framboesa, e a gárgula gentilmente se afastou.
- Joana por favor senta-te, posso tratar-te por tu? – Dumbledore.
- Claro professor – Joana sorria – como quiser.
- Bem eu chamei-te aqui porque tenho umas perguntas para te fazer.
- Pois então faça-as, responderei tudo o que souber e estiver a meu alcance.
- Pois bem… Joana foste criada e ainda o és por pais adoptivos, Muggles não é verdade?
- Sim adoptaram-me com 2 anos segundo me dizem.
- E nunca soubes-te nada sobre os teus pais verdadeiros? Nunca tiveste-te nenhuma pista?
- Não – Joana parecia confusa – mas o Dumbledore sabe alguma coisa?
- Sim – Dumbledore esboçou um sorriso que transmitia calma – Joana… os teus pais tratam-se de Holly e Jack Gibson dois feiticeiros sábios e poderosos que hoje não se encontram entre nós – antes de o poder interromper ele continuou – eles não era só feiticeiros Joana e com os poderes que tinham Lord Voldmort matou-os friamente antes que se tornassem num perigo para ele.
Joana engoliu a seco, mas pediu-lhe para continuar.
- Eles eram de uma linhagem de feiticeiros com um poder invulgar, eram de um tipo feiticeiros que se encarregam do ambiente mágico, tal como conseguir mudar a temperatura, falar com animais e entre outros… os chamados Encantem, sinceramente nunca percebi bem qual era o nome mas percebes o que te quero dizer? – A rapariga acenou firmemente com a cabeça e este continuou – pois bem eram extremamente poderosos pois feiticeiros que controlem este tipo de poder podem ser bastante perigosos tanto para o bem ou mal. De maneira que eles para te protegerem, acharam melhor entregar-te a um orfanato muggle onde estarias mais segura, nesse mesmo dia Voldmort matou-os mas já não encontrou uma das poucas feiticeiras que iria herdar este poder.
- Eu? – Joana agora parecia compreender muita coisa – então o facto de eu falar com animais até mesmo serpentes tem tudo a ver com estes poderes que me foram passados?
- Precisamente – Dumbledore sorriu levantou-se na sua cadeira e pôs a sua mão direita sobre o ombro da aluna – não quis perturbar-te mas achei que gostavas de saber o porquê de teres crescido num orfanato, vá agora vai-te deitar.
- Professor? – Joana
- Sim – Dumbledore.
- A pequena tatuagem em forma de “E” atrás da orelha está relacionada com os meus poderes?
- Sim… – Dumbledore – essa marca funciona um pouco como a cicatriz do teu amigo Harry, mas no teu caso é mais uma identificação do tipo de feiticeira que és.
Joana agradeceu e dirigia-se para a porta do gabinete quando:
- Joana? – Dumbledore chamou-a – podes contar isto aos teus novos amigos. Acho que seria bom teres alguém que te controle os impulsos e com quem desabafar obviamente.
Joana sorriu e saiu do gabinete. Quando chegou à torre só estava Harry no sofá perto da lareira a ler um livro sobre Quidditch, esta sentou-se e contou-lhe tudo o que soubera momentos atrás. Ficaram ainda algum tempo a conversar mas depois acabaram por ir para os dormitórios descansar.

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