Broncas, Fantasmas e Garotas!



CAP. 3 "BRONCAS, FANTASMAS E GAROTAS"


Alvo estava sentado em uma das poltronas da sala comunal folheando um livro esperando Rose e as amigas descerem. O aposento estava vazio, a não ser por James, que conversava com duas meninas, por sinal diferentes do dia anterior, mas que pareciam tão animadas quanto as outras. Alvo pensava em como seria possível que um menino bobo como seu irmão pudesse se dar tão bem com garotas, e ainda mais garotas mais velhas. Pessoas desciam dos seus dormitórios e saíam para tomar o café. James saiu acompanhado das quartanistas e logo Rose e as meninas apontaram no alto da escada. - Bom dia, Al! – Disse Rose sorrindo. -Teremos aula de História da magia agora, e logo depois de herbologia! – Disse Alana no meio de um bocejo. -Então é melhor tomarmos café, não é? Falou Mary que tinha os olhos um pouco inchados – vamos precisar nos manter acordados mesmo que pareça impossível conseguir isso quando se tem um fantasma mais sem graça que a morte tentando ensinar algo de interessante em História da magia... Eles saíram pelo retrato da mulher gorda e caminharam em direção ao salão principal. A


ssim que entraram, sentiram novamente todos os olhares em cima deles. -Como eu odeio isso! – exclamou Alvo ficando vermelho diante da situação. -Nem fala, é pra enlouquecer qualquer um! - Disse Rose, sentando-se à mesa. Antes que Rose pudesse começar a comer, Hilary, a monitora, se aproximou com um ar cansado. -A diretora está te chamando – Disse Hilary. – Ela disse para se apressar. Vamos que eu levo você lá, você não sabe onde é, sabe? -Não sei mesmo! – Disse Rose à Hilary. Instintivamente, ela olhou para a mesa da corvinal e reparou que Scorpius não estava lá. – Lá vem bronca! Desejem-me boa sorte! -Boa sorte! Disseram os outros três. Rose e Hilary saíram em direção à sala da diretora. Rose estava apreensiva, o que a diretora queria? Provavelmente era pra falar sobre o ocorrido do dia anterior. Rose estava com fome, não deu tempo de tomar nem o suco. Tentava andar o mais lento possível, mas parecia que seus pés tinham aumentado de tamanho e mais rápido do que desejava, notou que havia chegado à frente da gárgula. -Sapos de chocolate! - Disse Hilary – Eu vou voltar para tomar meu café da manhã. Boa sorte! -Valeu! – Disse Rose.


Ela sentiu uma pontinha de inveja de Hilary. Rose pisou na escada giratória que começou a subir e parou em frente à porta. Bateu uma vez. -ENTRE! – exclamou uma voz de dentro da sala. Ela entrou e viu um aposento circular, cheia de objetos metálicos, com formatos desde os mais bonitos até os mais estranhos e engraçados. Dentre os muitos quadros pelas paredes - que ela sabia ser dos antigos diretores de Hogwarts - Rose viu o quadro de Dumbledore, olhando para ela por cima dos oclinhos meia-lua com uma expressão indecifrável. Rose finalmente desgrudou os olhos do quadro e esquadrinhou a sala para ver que estava ali além dela e da diretora. O que viu não lhe agradou. Scorpius estava em um canto com seus pais, que se achavam sentados pomposamente em poltronas macias. O professor de poções, Simas, ao lado de Mcgonnagall, e Ron e Hermione sentados em cadeiras opostas às dos Malfoy. Hermione estava muito séria, mas Ron deu um sorrisinho para a filha. Mas parou assim que percebeu o olhar mortal que Mione o lançou. -Nós estávamos aguardando, senhorita Weasley. – Disse a diretora. Rose caminhou até o lado do pai, que segurou sua mão. Não achou seguro ficar ao lado da mãe, a julgar pela expressão dela no momento.

-Vocês dois sabem por que estão aqui, não é mesmo? – Perguntou Mcgonagall, séria, a Rose e Scorpius.

– Confesso – continuou - que não fiquei feliz em saber que dois alunos do primeiro ano, e, segundo os professores, dois ótimos alunos, trocassem socos na primeira aula do professor Finnigan.

-Na verdade, diretora, foi ela quem me bateu! – Disse Scorpius apontando a garota – Eu não revidei, até porque ela é uma menina, e não seria justo, sabe? Por isso não sei por que eu tenho que levar bronca também. – finalizou escandalizado.

-Não se faça de vítima, Malfoy. Você tomou o pó de losna da minha mão! Queria que eu fizesse o quê? - Perguntou Rose começando a se alterar, no que Ron apertou sua mão, pensando – ai ai, igualzinha à mãe, faz de tudo para não manchar a reputação na presença de professores, mas não perde a oportunidade de avançar em um Malfoy, tsc, tsc.

-Você ainda nem tinha encostado nele! – Scorpius agora se esforçava para manter a calma. – E isso não era motivo para me atacar, eu não tenho culpa de que você seja descontrolada! – soltou de uma vez.

-Ei! Vê lá como você fala com minha filha, seu moleque! – Disse Ron dando um passo a frente.

-Ron, não! - Disse Mione, segurando seu braço.

-Vê lá como VOcÊ fala com meu filho, Weasley! – Disse Draco dando um passo à frente também.

-Querido, por favor, você viu o que essa menina fez com Scorpius! Você não vai querer brigar com esse tipo de gente. - Disse Astória, segurando Draco pelo braço.

-O que você quer dizer com EssE tipo de gente? – Perguntou Mione, agora soltando Ron e dando um passo a frente.
-Já basta! – Falou Mcgonagall, saindo de trás de sua mesa, quando Astória abriu a boca para começar a revidar. - Os dois estão errados. Você senhorita, porque atacou um colega enquanto deveria ter comunicado ao professor o que estava errado, nada justifica uma briga. E o senhor, senhor Malfoy, porque viu que sua colega ia pegar o ingrediente e resolveu pegá-lo antes sem demonstrar companheirismo dividindo. Era só pedir ao professor Finnigan que ele pegaria mais em seu estoque, caso faltasse. E vocês. – Disse olhando para os quatro adultos. – Achei que depois de tanto tempo essas rixas escolares tinham acabado. Que exemplo para seus filhos! Todos, que ainda estavam de pé ofegantes, abaixaram a cabeça sem graça. A diretora continuou.
- Chamei vocês aqui porque o professor Finnigan insistiu em não dar detenções a eles, pois ele, apesar do ocorrido, adorou o desempenho de seus filhos no primeiro dia de aula. – Mione esboçou um sorriso de orgulho, mas ficou séria novamente quando lembrou que estava brava com Rose. – Então preferi que fossem punidos assim, chamando vocês aqui. Eu sei que eles preferem ficar o ano inteiro em detenção a ter os pais chamados! – Disse rindo. - Então, apertem as mão e estão dispensados.

Rose e Sorpius se olharam com cara de nojo. Não fizeram nenhuma menção de se apertarem as mãos até que Mione, disfarçadamente, deu um cutucão nas costelas de Rose que a fizeram pular tão alto que acabou, finalmente, por aproximar-se de Scorpius.

- Amor – cochichou Ron – esses seu cutucões são de matar – e fez uma careta recordando das incontáveis cutucadas que recebera durante as aulas de História da magia numa vã tentativa de Mione de fazê-lo prestar atenção na aula. As crianças andaram devagar em direção um ao outro, apertaram as mãos um pouco mais forte que o normal e rapidamente se soltaram.

-Vocês também! - Falou olhando para os adultos, que fizeram cara de confusão.

-Andem logo! E não fiquem me olhando desse jeito, eu não tenho o dia todo! Ron, Mione, Draco e Astória reviraram os olhos e apertaram as mãos uns dos outros, contrariados, e se afastaram.

-Bem, é só isso, professora? – Disse Draco. – Tenho que trabalhar ainda. -É só isso, sim, senhor Malfoy. Pode ir se quiser. -Então, um bom dia para todos! E saiu com sua esposa e Scorpius sem olhar para os Weasleys

-Então estamos indo, professora. – Disse Ron – Até mais! Ah, Simas, aparece lá em casa qualquer dia desses.

-Pode deixar! - disse Simas rindo! Ron, Mione e Rose deixaram a sala da diretora. Rose tinha medo de falar qualquer coisa, não sabia o que eles tinham achado dessa história, ela sabia que tinha extrapolado e queria pedir desculpa. Ela olhou para Mione, que permanecia séria. Eles foram andando pelos corredores em silêncio. Rose se sentia extremamente desconfortável.

-Rose o que deu em você? – Perguntou Mione sem olhar para ela. – Me responda o que te deu para bater em um colega no primeiro dia de aula? Você nunca bateu nem no seu irmão!

-Eu sei mamãe, eu não queria fazer isso. – Disse em voz baixa - Mas ele debochou de mim e...

-ISSO NÃO É DESCULPA! – Gritou Hermione, fazendo Ron dar um pulo de susto e os olhos de Rose lacrimejarem. – NÃO JUSTIFICA SUA REAÇÃO!

-Mione, por favor! – Disse Ron, tentando conter a esposa. -Ron, dá pra você dizer a sua filha que estamos decepcionados com ela? Ron abriu a boca mas foi interrompido.

-Desculpa mãe. – Disse Rose chorando – Eu não vou fazer mais isso, prometo.

-Ron, dá pra dizer a sua filha que ela está de castigo? – disse Mione, que andava de um lado para o outro. – Não sei que castigo, já que ela está aqui, mas na primeira oportunidade ela vai ficar! Ron abriu a boca de novo, mas novamente foi interrompido.

-Eu mereço castigo, eu sei! – Disse Rose ainda chorando. -

Ron... – Começou Mione, mas Ron a interrompeu. -Amor, por que você mesma não fala pra ela? – Perguntou carrancudo. Eles ficaram calados um momento. Rose ainda chorava muito, estava com vergonha do que fez. De repente, num ímpeto, Mione andou até ela e a abraçou.

-Desculpa mãe. – Disse Rose enterrando o rosto do pescoço de Hermione.


-Claro, filha, me desculpe também. Mas da próxima vez se controle, por favor!

-Eu já disse que estou com ciúmes? - Disse Ron fazendo bico, no que elas riram. Rose sorriu e correu para Ron, que a levantou do chão.

-Estou orgulhoso de você, princesa! – Disse Ron baixinho no ouvido dela – Agora só falta o Hugo e a família toda vai Ter agredido um Malfoy.

-Você bateu no senhor Malfoy? – perguntou Rose surpresa - Espera! – exclamou com um sorriso imenso se formando nos lábios - Minha mãe bateu no pai do Malfoy? – ela ria abertamente. - Ron, vamos embora! – cortou Mione rapidamente corando.

-Te conto essa história outro dia. – sussurrou Ron dando um beijo em Rose.

-Filha, nada de socos por aí! Promete? -Prometido! – abraçou a mãe e lhe deu um beijo.

-Ah, Rose! – Chamou Ron – Entrega isso para Vicky, é do Teddy. – Disse dando uma carta meio amarrotada para ela. Mione lançou um olhar para a carta e de repente percebeu.

– RONALD WEASLEY O Q... Mas Ron não a deixou terminar. Corando violentamente, ele amarrou a cara e gaguejou uma resposta. - E-ele é meu irmão, ta? Se ele quer saber o que se passa, quem sou eu pra impedir, Mione? Parecia que Hermione não tinha engolido aquela desculpa esfarrapada e estava prestes a argumentar quando Rose pegou a carta e saiu correndo para a aula, decidindo que não queria presenciar a tempestade que sua mãe ia fazer.




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Quando chegou à sala, a aula já tinha começado. Foi difícil convencer o professor a deixá-la entrar. Depois de um tempo explicando que ela estava com a diretora, ele permitiu a entrada. A aula era com a sonserina. Alvo estava sentado ao lado de Alana e parecia não prestar muita atenção na matéria. Mary sentava com um menino gordinho que parecia ter um problema alérgico que o fazia espirrar a cada cinco segundos quando estava segurando a pena. Só havia um lugar vago ao lado de alguém conhecido.

-Ephram! – Disse Rose sentando-se ao lado do garoto de cabelos negros que lhe caíam sobre a face – Não te vi ontem. O que achou as aulas?

-Até agora está tudo tranqüilo! Os professores são ótimos. Tirando esse, ter aulas com um fantasma é estranho. E seu primo que pega no meu pé às vezes. Não sei o que fiz para ele, ele fica me olhando com cara feia e me mandando sair do caminho. Mas acho que deve ser para chamar atenção de garotas. – finalizou com um sorriso triste.

-Não liga para ele, James só quer aparecer mesmo! Ele diz que não, mas ele ama ser o centro das atenções! – Disse Rose consoladora. -Fiquei sabendo do incidente com o Malfoy – Disse ele mudando o assunto – Não imagino você nervosa e espancando alguém. – disse divertido.

-Isso é uma coisa que eu não quero lembrar! – Disse Rose, ficando séria – Foi um erro. Apesar de que foi muito bom socar aquele nariz em pé. -A senhorita chega atrasada e fica conversando? – Falou o professor Binns sem alterar o tom de voz.

– Se continuar assim vou pedir que se retire.

-Desculpa professor. - Disse Rose e completou mais baixo – não pensei que ele soubesse que não fala pras paredes, que têm alunos aqui. – Ephram sorriu para a menina.

A Aula seguiu chata como qualquer aula de história da magia. Só Rose prestava atenção. Alvo cochilou três vezes, em uma delas tombou a cabeça no ombro de Alana, que, sem graça, não sabia como acordá-lo. Mary parecia estar desenhando, mas toda hora tinha que se esquivar dos espirros do companheiro de banco e Ephram estava completamente ausente, lendo um livro de poções. Assim que a aula acabou, eles foram correndo para as estufas.

Distante, eles viram James e seus amigos rindo de um menino que estava caído no chão. Ephram pareceu ficar indignado com a cena. Quando chegaram à estufa o 4° ano da Lufa lufa e da Grifinória ainda estavam em aula. Poucos minutos depois as turmas saíram. Victoire passou por eles com duas amigas.

-VICKY! – Chamou Rose e Victoire voltou sorrindo graciosamente e fazendo metade dos meninos tropeçarem nos próprios pés. – Papai mandou entregar a você, é do Teddy. – Disse tirando a carta da mochila.

-Valeu prima! – Disse Vicky com um sorriso enorme sacudindo a cabeleira dourada, o que fez um primeiranista bater com a cara na porta de entrada da estufa e cair de traseiro no chão úmido.

Assim que entraram na estufa, eles viram Neville guardando algumas coisas que foram usadas na aula anterior. Havia um certo cheiro no ar, um cheiro esquisito. Eles sentaram e Neville se virou para eles.

-Rose! Alvo! Que legal! Eu estava doido para ver vocês. Dei aula para James ontem, ele está terrível! Acho incrível como ele conseguiu passar com a melhor nota da turma.

-Oi Neville! Quer dizer, professor Longbotton. James não tem noção da inteligência que tem. Ainda bem, porque quando tiver vai derrubar a escola! – Disse Alvo e todos riram. A aula correu muito bem. Neville era realmente um ótimo professor e muito divertido. Toda hora ele derrubava alguma coisa, arrancando risadas de todos. Eles nem sentiram o tempo passar. Quando acabou a aula, eles se dirigiram para o campo de quadribol.

-Pra onde você vai, Ephram? – Perguntou Alvo -Para a aula de feitiços! A sonserina já teve aula de vôo. – Respondeu, tomando um caminho diferente. -Espero que a aula seja com a Lufa-Lufa – Disse Rose. – Não to a fim de olhar para a cara do... – Mas Ela nem precisou terminar de falar, Scorpius passou por eles entretido ao lado de um amigo.

-É só não ligar para ele, Rose. – Disse Alvo. – James disse que as vassouras daqui são horríveis. Ele está de olho em uma das vassouras da mamãe, mas ela só vai dar se ele entrar para o time de quadribol, tenho certeza!

-Se tem uma coisa que eu não ligo é isso, entrar para o time. – Disse Rose, e Alana concordou.

-Eu gostaria – Disse Mary. – Mas não sou tão boa assim. Mamãe também não entrou para o time, mas ela disse que adorava assistir aos treinos e jogos, acho que por causa de um goleiro a quem todos chamavam de ‘rei’... – disse pensativa, coçando o queixo. - rei?? - admirou-se Alana. - ela gostava dele, penso... mas não deve ter dado certo... não sei por quê...

E Rose subitamente abafou uma risada com as mãos. Ela bem conhecia a história de seu pai como rei do quadribol e sua mãe como rainha dos passarinhos.

-Eu não sei. – continuou Alvo. – Até gostaria, mas como artilheiro. Não quero ser apanhador, nem James, ele diz que prefere ser batedor. Mas tenho certeza de que ele quer isso só porque pode acertar alguém sem culpa. Uma mulher com olhos puxados e cabelos muito negros e longos assoprou um apito e todos se calaram. Ela fez um aceno com a varinha e várias vassouras voaram e foram colocadas ao chão, lado a lado.

-Bom dia, pessoal! – Disse ela – Sou a professora Chang. Gostaria que Cada um de vocês ficasse ao lado de uma vassoura. – Todos se posicionaram e ela continuou. – Agora quero que vocês estendam suas mãos acima das vassouras e gritem com convicção “SUBA”. Assim. – e demonstrou fazendo com que a vassoura que estava na direção de sua mão subisse direto para ela.
Todos imitaram a professora. As únicas vassouras que subiram de primeira foram as de Alvo e Scorpius. Alana e Mary tiveram que gritar duas vezes para ela subir. Rose ordenava e ordenava, mas a vassoura só se remexia. E com um grito histérico mais forte, a vassoura subiu com força total e bateu em sua testa, arrancando risadas de todos.
- Ótimo! – Disse Cho. – Agora que a vassoura obedeceu a vocês, quero que montem nela. Quando todos montaram, ela continuou. – Quero que vocês fiquem com o corpo reto e dêem um pequeno impulso com o pé no chão. Assim: - Ela deu um pequeno impulso e a vassoura levantou poucos metros do solo. Ela voltou ao chão e continuou. – Quero que vocês fiquem um pouco no ar sem se mexer. Quem sair para dar uma voltinha voando vai perder cinquenta pontos! Ano passado tive problemas com um certo aluno – Disse olhando para Alvo. – Não quero ter problemas com vocês também. Vamos! Rapidamente ela conjurou vários colchões e os colocou abaixo de cada aluno. Alguns alunos não conseguiram ficar muito tempo na vassoura e caíram, mas a maioria conseguiu ficar o tempo todo. Logo que acabou a aula, eles foram correndo almoçar. Rose estava simplesmente morrendo de fome, já que estava sem café da manhã.





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O salão comunal da grifinória estava cheio. Todos falavam ao mesmo tempo. Rose, Alana, Alvo e Mary comentavam as aulas do dia quando James chegou, sentando-se ao lado deles.

-Como vai minha boxeadora favorita? – Disse olhando para Rose, que mostrou a língua para ele. – Vocês estão prontos?
-Pra quê? – Perguntou Alvo confuso.
-Como pra quê, Al? – exclamou James – Papai falou com você. Temos que ir tomar chá com o Hagrid.
-Caramba, esqueci completamente! – Disse Alvo levantando. Vamos todos!
-Não Al, obrigada. – Disse Alana, no que Alvo sorriu sem perceber. - Ele não convidou a gente, só vocês!
-Hagrid é do tipo “quanto mais melhor”! – Disse James. – Ele vai amar Ter a casa cheia.
-Você não vai chamar o John e o Devon? – Perguntou Alvo.
-Não sei onde eles estão – Disse James olhando o salão comunal. – Vamos logo! Os quatro saíram em direção à cabana de Hagrid. Era uma tarde chuvosa e não tinha ninguém nos jardins. Eles chegaram à frente do casebre.
Quando bateram na porta ouviram latidos.

-Já chega Almofadinhas! – Disse Hagrid antes de abrir a porta – fique quieto e não pule nas crianças. Hagrid abriu a porta, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa um cão branco, peludo e muito grande saiu correndo e pulou em cima de Mary, que caiu no chão.
-Tira ele de cima de mim! – Gritou Mary, desesperada. – Ele está me babando! -Almofadinhas, saia de cima dela agora! – Gritou Hagrid, mas o cão parecia estar gostando da brincadeira e continuou lambendo Mary. Eles levaram longos minutos tentando convencer o alegre Almofadinhas a largar Mary – seu melhor brinquedo até o momento. Assim que eles entraram viram que a cabana era exatamente como seus pais haviam relatado, aconchegante, com cadeiras e estantes gigantes, uma cama mais gigantesca ainda e uma mesa de madeira que continha um prato que mais parecia uma tampa de latão de lixo, com biscoitos feitos por Hagrid mesmo. Eles sentaram, as cadeiras eram tão enormes que eles ficavam com os pés balançando no alto.

Hagrid serviu chá e biscoitos. O biscoito estava tão duro que eles não conseguiram tirar um pedaço e aquilo parecia ser tudo menos chá, estava com uma cor estranha e cheirava mal. Eles disfarçaram e guardaram os biscoitos dentro da mochila, mas quando Hagrid percebeu que os biscoitos tinham acabado serviu mais com um sorriso orgulhoso.

-Hagrid. – Falou Alvo – Papai me falou sobre um cachorro que você tinha. Não é esse, é? -Ah, claro que não! Ele ainda não conheceu esse aqui. Esse eu achei em Londres. Estava morrendo de frio, o coitadinho. Então resolvi pegá-lo, me sentia sozinho desde que Canino... - Os olhos de Hagrid marejaram.

-Papai contou algumas coisas sobre ele. – Falou James – Contou que ele e o tio Ron foram para a floresta proibida com ele para procurar uma aranha!

-Ah! Essa história foi engraçada. Eu tinha ido para Azkaban e... Hagrid passou o resto da tarde contando as aventuras de Harry, Ron e Mione aos quatro.

Antes de escurecer eles voltaram ao castelo. Estavam passando por um dos corredores quando ouviram um barulho, como se alguém estivesse rindo. De repente alguma coisa passou voando por cima deles e eles puderam ver o pequeno poltergaist olhando para eles com um olhar malicioso. -Vejam só, uma nova remessa de Potters e Weasleys em Hogwarts.
-Ah não! Pirraça! – Disse Alvo – Estamos ferrados!
-E aí, pirraça! – Disse James. – Pronto pra aprontar mais um ano? -Pera aí, você é amigo do pirraça? – Perguntou Rose incrédula.
-Sou, por quê? – Falou James com naturalidade. -Então ele não vai fazer nada com a gente! – Disse Alana aliviada. Alvo instintivamente se aproximou da garota, que ao perceber, corou. -E por que não faria nada a vocês? – Perguntou pirraça, que parecia estar com tinta nas mãos. – Eu não vou atacar o James, mas eu não sou amigo de vocês. Algo contra, James?
-Nada Pirraça! Fique a vontade! – e fez uma reverência atrapalhada para o fantasma.
-JAMES! - Gritaram todos. -Se você atacar a gente eu conto para o meu amigo. – Disse Rose. – Você conhece o Barão Sangrento? - Pirraça ficou calado olhando para Rose, que tinha um olhar malicioso. Olhou para o lado e falou: -Eu vou dar uma trégua a vocês. Podem ir se quiserem, mas da próxima vez eu não vou perdoar!
Os cinco foram andando seguiram o caminho para o salão comunal.
-Como você sabia disso, Rose? – Perguntou James.
-Eu também sou sobrinha de Fred e Jorge Weasley! – Disse simplesmente.

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O salão comunal continuava cheio. Eles sentaram em uma poltrona vazia, menos Mary, que foi tomar banho, afinal ela tinha baba de Almofadinhas por todo o corpo e James que encontrou John e Devon e parou para falar com eles.
Rose observava todos na sala comunal. Viu alguns garotos olhando curiosos Victoire, que lia com um olhar sonhador a carta de Teddy para suas amigas. Fez uma notal mental para se lembrar de perguntar ao seu pai da próxima vez que o visse o por quê de sua mãe ter se zangado ao reparar que a carta de Teddy estava amassada. Viu James e seus amigos conversando com algumas meninas, que riam do que eles falavam. Viu que Alvo olhava disfarçadamente para Alana, que olhava distraidamente a janela, mas a julgar pelo vermelho de suas bochechas, estava totalmente consciente de que o garoto a observava. Nem parecia que estava ali a apenas dois dias. Rose pegou um livro que estava caído no chão e começou a ler. Nem viu o tempo passar e pouco a pouco todos foram subindo.
-Rose, eu já vou subir – Disse Alana. – Você vem?
-Vou mais tarde, quero terminar esse capitulo. Alana subiu e Rose viu que havia poucas pessoas na sala. Ela se voltou para o livro e ficou lendo até tarde. Logo pegou no sono no salão comunal mesmo.




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Rose acordou assustada, o livro de feitiços estava jogado no chão. “Peguei no sono de novo” pensou. Era tarde e o salão comunal estava vazio. A neve estava caindo lá fora. Estava virando rotina o hábito de ficar lendo até tarde na poltrona perto da lareira. Era tão confortável que a cada noite Rose caía no sono mais rápido. Principalmente no frio que fazia anunciando o feriado de natal que se aproximava. A menina pegou o livro e quando ia subir viu o retrato da mulher gorda abrindo.
-James?! – Perguntou – Onde você estava essa hora?
-Detenção! – Respondeu calmamente como se isso fosse tão normal quanto bocejar pela manhã. – E o que você faz aqui até essa hora, mocinha?
-Estava estudando. – Respondeu – As provas estão chegando e uma semana passa muito rápido. Se eu fosse você estudaria também, sabe.
-Eu não preciso – Falou passando as mãos pelo cabelo, que voltou graciosamente para o lugar. – Sempre me saio bem.
-Como você é convencido, Jimmy! – Disse Rose rindo.
– Vou dormir, Boa noite! -Boa noite, Rosinha! – Disse James subindo também.
Rose deitou-se na cama quentinha e desejou que ainda tivesse mais que poucas horas de sono. Mas a ansiedade que sobrevinha à semana de avaliação não a deixava dormir bem.


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Alvo olhava o teto de seu dormitório e podia sentir os minutos passando sem que ele conseguisse dormir também. Avaliações, matérias, trabalhos e... Alana. Cada dia pensava mais na amiga. Não entendia muito bem. Mas com o natal se aproximando, conversaria com seu pai sobre isso. Ele tinha certeza que seria de muita ajuda um papo sincero com seu pai. Antes com ele do que com James - pensou. Sabia que o irmão era bom com garotas, mas não... não com todas. James não gostava muito de falar sobre o assunto e nem demonstrava contrariedade, mas ele sabia que o que o irmão mais queria era conseguir a atenção de uma certa menina, uma bem delicada e bonita, Bianca, se não estava enganado. Mas com aquela garota ruiva ele não era bem sucedido. Quantas vezes abordou-a nos corredores, no salão principal e no campo de quadribol, mas Alvo achava que Bianca não dava bola para seu irmão porque, apesar de serem do mesmo ano, James era muito bobo, e ela não... ela não parecia ser uma dessas meninas bobas que riem de tudo... Alvo sorriu ao lembrar da vez que James tentou abordá-la nas arquibancadas e de tão afoito que estava, tropeçou nas vestes e despencou quatro filas de banco, tendo que passar a noite toda na enfermaria cuidando dos ferimentos. Nunca viu o irmão mais carrancudo... Com esse pensamento e sorrindo, sentiu o sono chegando e pesando sobre seus olhos. Fechou-os. Amanhã seria um novo dia.


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AGRADECIMENTOS (Por Bia, Lana agradece conforme os coments chegam hehe.. :D). :)LANA:) diz: Hehehe... eu realmente adoro responder coments lá na pagina do menu da fic mesmo! Rsrs é q eu não tenhu paciência de esperar o próximo capitulo pra responder geral! ^^ gentem, valeu mesmo pela resposta de vcs!!! Importante pacas!! Espero que curtam o capitulo!! Agora a BIA... Mariana Vieira – Pod dxar q a “dona da fic” vai continuar... kkkkk. Te amo irmãã!! :D Richard A. Black - loiko maroto – Que bom q vc gostou!! Realmente, num é facil fazer uma fic, q dirá duas!! Kkk. E na verdade são duas mesmo! :)uma dá as idéias, ***outra desenvolve muito bem, :)uma beta e complementa! um trabalho em parceria q mostra resultado! Bjus e continue vindo aki!! Julinha Potter - Gostou msmo? Kkkk. Tem mais agora.. :D:D. Bjuss Stela Potter – Pois é, a Rose surpreendeu até a mim! (: .. Continue acompanhando, tá? Bjuuu Ana Potter - Maravilhosa? Assim vc me deixa metida.. :D.. bjuuu Chris Black - Seu nome é Alana, né? Hehehe.. Continue acompanhando! Bjuss *TaTaH PoTtEr* - Demorei? Hehee. Obrigada por acompanhar!! Luisa Brito – Postei o mais rápido que pude!! Continue acompanhando!! Bjuss J.M. Vaillant – Num é? Eu tive a ilusão que não teriam muitas fics assim.. hehe. Pod dxar q u vou passar lá na sua. Bjusss *Lari Forrester Black* - Oii!! Ta aí o cap 3!! Obrigada pelos elogios!! A capa ficou show msmo, créditos a Lana.. :D.. Continue vindo aki!! :D:D bjuss ***Milah*** - Perfeita? Mas eu vou acabar metida! Kkkk. Tá aí o cap novo. Continue vindo! Bjusss Luisa k. Malfoy {N} – kkkkk.. Eu faço muito isso também! Ainda digo que amei a fic... Mas continua vindo. Bjusss Daniela Paiva – Obrigada! Amou msmo? Hehehe!! Continue acompanhando! Bjusss ~thata almofadinhas~ - Hausuasuahsuashaush.. Pode mudar de posição q o cap novo tá ae.. jshausha. Q bom q vc adorou a fic, é importante saber!! Continue acompanhando! Pod dxar q darei uma passadinha na sua fic. A capa fiko show msmo, Lana acertou! Hehe. bjuss Jaqueline Santos Do Nascimento – Obrigada! Continue acompanhando! São lindos msmo! Créditos da Lana!! heheh Nat Weasley – Q bom q vc ta adorando! Tá ae o cap novo! Bjuss e continue vindo!! :D J. M. Flamel – Pois é, era a intenção deixar essa impressão! Continue vindo por favor, é importante sua opinião!! E pod dxar q lerei sua fic tb!! :D:D Angélica Balzan – Cap 3 Ae!! Bjuss e continue acompanhando. Mione Malfoy – Q bom q vc gostou!! Poxa, num tem nada d D/Hr na fic.. =/.. Eh q tipo, tanto eu (Bia) qnt Lana somos R/Hr, daí não consigo separá-los! Mas continua vindo msmo assim, é importante!! :D.. Bjuss Doug Potter – Tá postado!! Hehe. Pode dxar q darei uma passada na sua fic. Bjussss


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BJAO PRA TODO POVAO!! :)LANA:) E ***BIA

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Comentários (3)

  • Clara_Malfoy

    detestei o fato do Scorpius ir pra Corvinal, sei lá...ta no sangue, é sonserina! O James não sei pq acho ele um fofo. Não entendi a historia do papel amassado....mas beleza! Gostei da Alana, muito. Você colocou que tinha 2 dias que eles estavam em Hogwarts. Não sei se vc sabe mas há uma grande diferença de numeros entre setembro e dezembro! E pf, mal começou o ano letivo, e ja tem provas?

    2015-06-15
  • Ofidioglotas-hp

    "Disse Pansy, segurando Draco pelo braço." --' cara.. ele é casado com a Ast .. to adorando a fic mas isso e estranho

    2012-10-17
  • meroku

    COMO ASSIM???????????????????????A PANSY ESPOSA DO DRACO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!VOCE E LOCA GARROTAAAAAAAA!!!!!!!!!!!!!!!!!ISSO NAO ESTA CERTO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!MAS TIRANDO ISSO TO ADORANDO A FIC!!!!!!!!!!!!!O ATAQUE ADA ROSE NO SCORPIUS FOI MUITO ENGRAÇADO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    2012-06-21
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