You know that, don't you?
Capítulo 1: “You know that, don't you?”
A imagem de castelo de Hogwarts já havia sumido das visões dos alunos e o trem saíra da estação de Hogsmead a toda velocidade. O clima estava frio, nem parecia que o verão estava a tona e todos naquele trem (não só eles, mas no mundo todo) estavam tensos, aflitos e ao se encontrarem com outras pessoas só viam olhares sombrios. Uma hora atrás estavam todos nos jardins de Hogwarts, com o coração na mão e partido, no funeral de Dumbledore. Ninguém se atrevia, sequer, mencionar esta cena afinal, era muito doloroso ficar relembrando do falecido e querido diretor, muito pelo contrário. Os alunos no trem de volta para casa faziam questão de tentar se divertir, pois aquele era um dos poucos momentos de verão que podiam conseguir se distrair entre amigos antes de se preocupar com a grande guerra que viria no futuro próximo. E isso, todos estavam ciente de que viria acontecer.
- Não que eu esteja achando ruim, uma festa de casamento nesse tempo de pura tensão e perto de uma nova guerra, - disse Rony em um dos vagões para os amigos enquanto jogavam Snap Explosivos – mas não sei de onde vem tanta disposição da parte de Gui, Fleur e mamãe (não podemos esquecer dela) em arrumar uma festa.
- Ah, Rony! Nem nesse tempo de “pura tensão” você consegui deixar de ser um insensível! – rebateu Hermione com um ar de meiguice, fazendo-o expor uma careta para ela. Os demais sorriram. – Aposto que não é apenas o Gui e a Fleuma que estão correndo atrás da felicidade antes de que... o pior aconteça. – ela baixou os olhos e fitou a sua mão suja do Snap Explosivo fingindo estar interessada evitando o olhar do ruivo, que este, evitou o olhar divertido dos ouros garotos.
- Nos vemos daqui a alguns dias, cara! – Rony se despediu do amigo com aperto de mão e palmadinhas nas costas depois de atravessarem a parede de volta para o mundo trouxa – e... boa sorte com os Durleys.
- Pode deixar.
- Harry! Nos vemos na A’Toca em poucos dias – Hermione abraçou-o amigavelmente – tome cuidado!
- Harry!
Harry gelou. Conhecia aquela voz doce que sempre adorava ouvir, mas naquele momento desejaria não ouvir. Já podia ver os seus tios e seu primo do lado oposto da estação de King’s Cross. Tendo idéia de fingir não ouvir quem o chamava, deu um passo pra frente, mas tarde de mais. Uma mão segurou seu braço fazendo virar e ver o que temia.
- Gina!
- Harry, só queria... me despedir de você – disse a ruiva dando um sorriso, que foi retribuído pelo moreno – então... agente se vê!
- Breve! – trocaram olhares e só interromperam quando seu tio Valter lhe chamou com o mesmo humor de sempre. Deu um último sorriso e se foi, deixando sua ruiva para trás.
****************
- Bem, Mione! Nos veremos em poucos dias. – disse Rony sorrindo para a amiga – tenha cuidado!
- Ah... claro! – respondeu. Olhou para trás e viu seus pais chegando e lhe acenando. – Tchau Rony.
Ela não entendeu a vontade súbita que teve, mas assim o fez. Rony ficou satisfeito com o abraço da amiga e respondeu com um beijinho na bochecha. A morena ficou rosada e foi embora com os pais.
****************
- Hermione! O Jantar está pronto querida!
- Já vou mãe!
Hermione estava em seu quarto fazendo as malas, com lágrimas nos olhos. Tentou o máximo possível aproveitar as férias de verão com seus pais. E até uns primos foram passar uns dias em sua casa. Se divertiu bastante. Mas, agora era tempo de se despedir. Amanhã ela estaria voltando para A’Toca, onde aconteceria a festa de casamento de Gui e Fleur. Minutos depois foi para a sala de jantar.
- O que estava fazendo, querida? – seu pai a abraçou e lhe deu um beijo nos cabelos – A porta estava trancada!
- Ah, nada de mais, pai! Depois eu conto... mas agora estou faminta!
Depois de um belo e agradável “jantar de despedida” Hermione começou a falar.
- Mãe, Pai... queria falar com vocês um assunto meio delicado. – disse a morena com as mão frias e suadas.
- Aconteceu alguma coisa, filha? – Sua mãe começara a ficar preocupada. Seu pai, por outro lado, tinha um olhar que nunca vira antes. Um olhar que parecia do que ela falaria.
- Ainda não, mãe. Mas, não se preocupe! Vai ficar tudo bem...
- É melhor ir direto ao assunto, Hermione. – Hermione por um segundo se assustou, realmente parecia que seu pai sabia de alguma coisa.
-Ah... okay! Er... o mundo bruxo está na beira de uma nova guerra. – sua mãe deu um gritinho, seu pai ficou instável – quero dizer, desde do ano retrasado que essa guerra estar para acontecer. Como V-Voldemort não conseguiu o que queria (contei essa história a vocês) ele tem passado o ano seguinte todo, tramando para tomar o poder do mundo todo e... para fazer isso, ele tem tentado matar o Harry, o Harry Potter.
- Oh, coitado do seu amigo!
- É... mas, o que vem ao acaso é que... eu tenho que ajuda-lo a destruir o Voldemort. Para isso... – Hermione olhou para o seu colo e respirou, continuou sem perceber que sua mão trocara um olhar apavorada com seu pai – eu tenho que ir para onde ele for. Com certeza, Harry não vai voltar para Hogwarts, e nem se sabe se voltará a abrir novamente. O que eu quero que saibam...
- ... é que você vai ter que deixar a escola e viver uma aventura?
- Exatamente, pai.
- Mas... isso é loucura! Você não vai, Senhorita Granger. – sua mãe, além de estar nervosa, estava furiosa.
- Mas...
- Não ligue para o que a sua mãe diz, pode contar conosco filha!
- O que?
- Obrigada, pai! – Hermione estava tão pasma como sua mãe, mas feliz o que acabou de ouvir.
- Você não vai dizer que...
- ...Concordo? Não, é claro que não concordo... mas a nossa filha tem o direito ou até é o destino dela em ajudar tanto nós, quando os bruxos. Eu sempre soube que você faria um bem na sociedade... mas não sabia que seria em uma sociedade tão diferente do que estávamos acostumados. – ele riu pra filha que riu também.
- Mas ela é tão nova... – tentou a mãe.
- Ela já é de maioridade! Sabe muito bem o que tem de fazer. Se esse é o seu desejo, Hermione, pode contar com o seu pai, viu?
- Te amo, pai! – Hermione emocionada abraçou o pai.
- Eu ainda não concordo com isso, dona Hermione. Mas... seu pai está certo! Pode ir, filha.
- Te amo, mãe! – abraçando-a também.
- Eu vou ter que partir amanhã, pela manhã, antes do sol nascer... é mais seguro. – percebendo o olhar preocupado da mãe, novamente continuou – alguns membros da ordem virão me buscar... não se preocupe. E eles vão falar com vocês, também.
- Falar o que?
- Não sei exatamente... mas pelo óbvio, eles vão fazer algo para proteger vocês dois. – os pais fizeram uma cara de espanto ao ouvir isso – Afinal, sou um dos melhores amigos do Harry, com certeza, Voldemort virá e vir procurar o Harry aqui ou até me procurar pra saber do paradeiro dele. Não se preocupem... a Ordem vai cuidar de vocês!
E com um abraço em família, Hermione se sentira mais aliviada.
****************
- Rony! Abra a porta pra mim, por favor, querido!
Rony com luvas nas mãos e segurando um gnomo mal criado pelos tornozelos, girou-o bem rápido e o lançou para longe dos jardins dA’Toca. Ele e os gêmeos estavam fazendo apostas para quem lançaria mais longe. Rony ganhou dessa vez. Mas ouviu a voz de sua mãe, vindo da cozinha, e largou suas luvas em cima de uma mesinha deixando os gêmeos terminarem a desgnomização e foi correndo abrir a porta. Passou pela cozinha onde estavam a sua mãe e a Fleur preparando o cardápio do casamento, que seria daqui a dois dias (as duas estavam na flor da pele).
Ao abrir a porta, um sorriso invadiu seu rosto e abraçou a amiga que estava do outro lado da porta.
- Mione!
- Oh, oi Rony! – retribuiu o abraço carinhoso do amigo – o que houve com você?
- Nada! – disse depois de se separar da amiga – Não posso abraçar minha amiga? – questionou abismado.
- Não... quero dizer... claro que pode, Rony... mas... – Hermione se enrolou fazendo Rony satisfeito do efeito que fez aquelas palavras, mas disfarçou – deixa pra lá!
- Você veio sozinha? Você não ia vir com o Lupin e a Tonks? – disse Rony pegando suas malas e dando espaço pra ela entrar.
- E eu vim. Mas, eles me deixaram na porta e não puderam esperar até que eu entrasse... você sabe, amanhã o Harry vem pra cá e eles precisam por o plano nas ordens. – Hermione respondeu ajudando-o com as malas e as levando para a sala.
- Ah é...
- Quem é Rony...? Oh, Hermione, querida! Que bom que chegou. Ué... onde estão o Lupin e a Tonks?
- Olá Sra. Weasley... Eles tiveram que ir. Colocar o plano de trazer o Harry seguro amanhã.
- Oh, entendo! Como você está? Bom verão com seus pais? Com fome?
- Foram ótimas o começo de férias. Não, não estou com fome! Obrigada.
- Qualquer coisa, é só me chamar, querida... estou ajudando a Fleur no cardápio da festa! Pode subir e se juntar no quarto da Gina, ela está dormindo ainda.
- Sorte dela – sussurrou para que somente Hermione pudesse ouvir. Ela riu.
- Me ajuda com as malas?
- Qual é Hermione! Já somos maiores de idade, lembra? – disse Rony pegando sua varinha e disse [i]Locomotor malas[/i] – deixa eu que levo pra você.
- Obrigada, Rony. – rosada, depois que recebeu um beijo na bochecha do ruivo, acompanhou-o.
- Você estar bem mesmo, Mione?
- Claro Rony... Por que a pergunta?
- Bem, você esta um pouco abatida... o que houve? – agora ele tinha certeza de ela escondia algo. Deixou as malas dar um leve baque no corredor do primeiro andar para que ninguém ouvisse que eles estavam parados ali, e esperou a morena responder.
- Por que parou?
- Porque quero saber o que houve com você! Sei que fui um legume insensível nesses anos... enfim – Rony cortou a frase quando percebeu um sorriso surgir na face de Hermione – o que houve?
Hermione percebeu um tom diferente na voz de Rony na última pergunta. Era um tom de preocupado, doce. Ela se deixou cair e sentar em uma mala mais próxima. Coma as mãos no rosto e os cotovelos apoiados no joelho. Contou tudo que lhe deixara angustiada, a despedida de seus pais. Rony ouviu tudo com atenção e não interferiu até ter certeza que ela terminasse.
- Hermione, - ele a chamou e pegou suas mãos se sentando em uma mala na sua frente. – eu entendo o que você está sentindo... afinal... vou ter que me despedir dos maus pais também um dias desses. E estou desejando que demore bastante. – o ruivo disse olhando nos olhos da morena, e isso a admirou muito. Porque ele estava, pela primeira vez, desabafando um sentimento com ela.
Ficaram ali trocando olhares por uma hora, ou parecia isso. Ela baixou os olhos para as mãos dadas. [i]Como imaginei essa cena![/i] Rony soltou uma de suas mãos e pegou no queixo dela fazendo-a olhá-lo como segundos antes.
- Eu estou com você para o que der e vier. Sabe disso, não sabe?
- Sei! – Pela primeira vez em minutos ela riu, e Rony fez o mesmo. – Obrigada, Rony!
Dando-lhe um beijo na bochecha, em seguida o abraçou. Para um abraço mais confortável, Rony a levantou com um impulso e girando-a, os dois riram. Era um abraço diferente, não amigável e sim apaixonado. Depois de um tempo se separaram. Estavam tão perto agora, que dava para ver cada detalhe do rosto de ambos. E a respiração dos dois parecia ter se transformado em um só.
****************
OBS: 1º cap ON! \o/
enfim fiz uma fic que (se pode dizer) descente! era pra ser uma short fic, mas fui aumentando, aumentando.... vai dar mais do que eu esperava! Espero que vcs curtam a leitura! xD
Ah, repetindo, quem desejar betar minha simples fic... será bem-vindo! \o/
Até o próx CAP! ;*
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