O ultimo jantar.

Severo passou aquela noite no sitio, no outro dia começou a organizar as coisas para partir para Oslo e depois Inglaterra, logo após o almoço saiu para ir acertar sua ida para a Inglaterra por chave de portal, não sem antes prometer a Helena que voltaria para busca-la para o jantar.

Severo voltou antes do jantar e encontrou Helena na sala esperando por ele.
- Onde você foi, esqueceu do nosso jantar ?
- Não, eu não esqueci, eu fui deixar algumas coisas no hotel.
- Então vá se arrumar. Disse Helena como se não tivesse ouvido a ultima parte.
- Me arrumar?
- Sim. Agora vá.
- Mas Helena.
- Não precisa colocar roupa de festa, mas pelo menos tome um banho. E só volte às 19 horas, para sairmos. Disse Helena a beira do riso, Severo saiu furioso da sala mas foi fazer o que a mulher mandou.

Assim que Severo saiu, Helena também se retirou para se aprontar.

Severo foi se arrumar a contra gosto, para passar o tempo ficou lendo no quarto que ocupava na casa, mas ouvia os sons que vinha dos outros cômodos, ouviu até quando Helena entrou no banho, sabia que a mulher tentava parecer feliz, mas os olhos denunciavam toda sua tristeza e sua consciência o acusava, “se ela está infeliz a culpa é sua”, “mas o que eu posso fazer”, respondia , “você sabe muito bem”, “você sabe que eu não posso, não devo”, e assim a batalha da consciência prosseguiu por algumas horas na cabeça de Severo Snape.

Helena se arrumou de forma simples, porem tudo nela ficava elegante, era o que sempre dizia a mãe, ela escolheu um vestido simples de alças com um decote discreto, azul marinho e um pouco acima do joelho, sandálias azuis, deixou os cabelos soltos e quase não se maquiou, os olhos eram realçados pelo azul do vestido, quando ficou satisfeita percebeu que já era hora de descer e assim saiu do quarto indo para a sala onde ao entrar encontrou Severo sentando em uma poltrona lendo um livro, quando percebeu a presença da mulher .
- Está atrasada dois minutos. Disse o bruxo sem encarar Helena.
- E você está de preto. Disse Helena retrucando.
- E daí? Algum problema?
- Não,mas você não tem nada mais alegre para vestir? Em todos esse anos você sempre usou roupas negras.
- Uma vez você me disse que isso era devido ao meu estado de espírito, talvez esteja certa. Disse Severo encarando Helena .
- Talvez não. Disse Helena encarando os olhos negros do bruxo.
- Vamos. Disse Severo estendendo o braço para Helena que imediatamente aceitou mas deixou escapar.
- Quanta gentileza. Disse Helena rindo, Severo nada disse, andaram poucos passos até o jardim e pararam.
- Então....
- Pronto??
- Claro. Disse Severo, eles aparataram no centro bruxo de Oslo e foram andando de braços dados até o restaurante.

Chegando ao restaurante foram recepcionados pelo maitre que os levou até a mesa, o restaurante bruxo era elegante, com cores discretas nas paredes e freqüentado por casais, as bandejas com os pedidos flutuavam até as mesas , assim como as garrafas serviam as taças assim que eram esvaziadas.

O jantar acontecia de foram animada, Helena fez Severo contar todos os planos que tinha , o que iria fazer assim que chegasse na Inglaterra, parecia mais interrogatório
- Helena, eu tenho a impressão que você me convidou para jantar para poder me interrogar. Disse Severo.
- Ah não é um interrogatório, é só curiosidade.
- Curiosidade??
- Sim, quero saber o que pretende fazer lá, como vai ser sua vida, Severo eu te considero um amigo.
- Tá Helena, eu vou fingir que acredito.
- Verdade, um amigo querido, meu salvador e sempre desconfiado, até da propria sombra. Disse Helena rindo , terminando mais uma taça de vinho.

Helena parou de interrrogar Severo, conversavam sobre diversas coisas, as horas passaram , assim como as garrafas de vinho, quando já passava das 22 horas , Severo disse.
- Acho que podemos ir. Disse Severo após o termino da sobremesa e de mais uma garrafa de vinho.
- Sim, podemos. Disse Helena.

Severo pediu a conta e a pagou, apesar de todos os protestos de Helena para dividirem, logo saíram do restaurante e o clima mais frio fez Helena recobrar um pouco da consciência.

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