Pessoa certa.
Severo saiu da estufa em direção a casa com Helena no seu encalço quando ele estava na cozinha à mulher o puxou pelas vestes fazendo o mesmo ficar de frente para ela.
- Severo. Disse Helena quando encarou o homem de frente.
- Helena , eu sinceramente acho que você precisa de ajuda profissional. Disse Severo.
- Eu não preciso de ajuda profissional, você é que não consegue enxergar o obvio. Disse Helena.
- Que obvio Helena? Disse Severo olhando para o chão.
- Eu gosto de você , alias eu te amo, não me pergunte porque ou como, eu só sei que eu sinto. Disse Helena a beira das lágrimas.
- Helena, eu não sei....
- O que você não sabe? Interrompeu Helena erguendo com o rosto para fazer Severo encara-la.
- Eu não sou a pessoa certa para você. Disse Severo.
- Porque não, o que tem de errado com você?
- Você sabe muito bem o que há de errado comigo. Disse Severo finalmente encarando os olhos azuis de Helena.
- Eu não vejo nada de errado em você. Disse Helena se aproximando de Severo.
- Helena , por favor, eu já disse, eu não....
- Já entendi, você não é a pessoa certa para mim, já ouvi, você não me disse o porque, se é por causa do que passou, eu não me importo nenhum pouco. Disse Helena.
- Helena...
- Severo... Disse Helena se aproximando mais e abraçando Severo, que a principio não retribuiu, porem não agüentou muito tempo correspondeu o abraço.
Helena tomou uma das atitudes mais difíceis e que geravam mais duvidas em toda sua vida, se soltou dos braços do bruxo, o olhou nos olhos e o beijou, Severo não esperava essa atitude de Helena, nunca em sua vida, na sua estada em Oslo aquilo havia lhe passado pela cabeça, sua reação foi quase instantânea, assim que ela o beijou ele se afastou.
- Helena !!!!
- Qual o problema? Disse Helena assustada com o afastamento brusco.
Severo nada respondeu saiu da cozinha o mais rápido que conseguiu, pouca vezes em sua vida teve tantas duvidas, Helena não foi atrás dele, ficou parada no mesmo lugar, ela sabia porque ele era tão fechado, mas refletia sobre o que havia dito, será que ele não gostava dela nenhum um pouco.
Severo saiu da casa o mais rápido que pode, adentrou a floresta e quando suas pernas não obedeciam sentou no chão, encostando-se em uma arvores.
Os pensamentos de Severo só foram tão confusos quanto aquele, quando Voldemort planejou matar os Potter, ele ficou tão transtornado que foi pedir ajuda a Dumbledore, mas mesmo em plena confusão, ele conseguia distinguir os sentimentos, nesse caso era diferente, ele não conseguia admitir que estava apaixonado por Helena, para ele, ela era tão inviável quanto Lílian Evans foi um dia.
Helena não voltou para a estufa não conseguia pensar em mais nada, sua cabeça latejava de tanta dor que ela tomou uma poção para tirar a dor e se retirou para seu quarto.
Severo ficou por diversas horas na floresta pensando sobre o acontecido, quando percebeu já era noite, levantou com certa dificuldade já que suas pernas quase não o obedeciam, foi caminhando lentamente para casa e percebeu que as luzes estavam acessas , entrou na casa e percebeu que estava vazia, foi se deitar , não conseguiu dormir, assim que amanheceu, saiu de casa, não queria encontrar com Helena, não achava apropriado, ainda.
Helena acordou tarde naquela manha, levantou, trocou de roupa, enfim arrumou-se e foi para a cozinha onde encontrou um bilhete de Severo, onde estava escrito o seguinte.
“Helena, me desculpe, não tive a intenção, mas imagino que você saiba meus motivos, sai para pensar melhor, volto até a noite. SS”.
Helena leu e releu o bilhete diversas vezes, sabia o que ele sentia, medo de se envolver, também sabia que ele havia saído para procurar outro lugar para ficar, não queria que ele fosse embora , mas não podia evitar, seus olhos encheram de lagrimas por mais que ela quisesse evitar, não conseguiu, as lagrimas a venceram e ela chorou quase toda a manha.
Severo foi para o centro de Oslo onde em um hotel bruxo conseguiu um quarto, pensava seriamente em voltar para a Inglaterra, teria que dar explicações do sua suposta “morte”, mas não se importava mais com isso, com tanto que pudesse esquece-la, deixou o quarto reservado e partiu de volta para o sitio, já era quase noite quando chegou ao lugar em que havia se habituado a chamar de casa.
- Severo, eu estava preocupada. Disse Helena assim que o viu entrar.
- Oi Helena, está tudo bem?
- Tudo bem e você? Onde foi?
- Fui até o centro, eu vou embora Helena.
- Porque?
- Helena, é melhor assim. Disse Severo evitando olhar diretamente para Helena.
- Não acho que seja melhor,quando você vai?
- Hoje.
- Não, vá amanha, faremos um jantar de despedida então você pode ir fazer sua nova vida longe de mim, é a única coisa que eu te peço, por favor. Disse Helena.
- Está bem, mas acho melhor irmos jantar fora. Disse Severo.
- Claro, ótima idéia, mas hoje você fica aqui. Disse Helena.
- Ta bem. Disse Severo.
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