De novo não



Bianca continuava a ir ver Draco em Azkaban todo mês, e desde que David nascera Draco a fizera prometer que ela nunca levaria o filho naquele lugar, que não era a imagem que ele queria que seu filho tivesse dele.
David era muito parecido com o pai, porém tinha a serenidade muito parecida com da tia Vanda, irmã de Bianca, no resto era uma criança normal, gostava de brincar, de ouvir historias, e sempre tinha perguntas para fazer, e agora suas perguntas geravam em torno do pai.

- Mãe, cadê meu pai?
- David, seu pai mora em outro país, ele tem um trabalho importante e não pode vir nos visitar, agora vá brincar.
- Mas, mãe porque você sai de vez em quando e demora para voltar ?
- Já disse David vá brincar.

David saiu para o quintal para brincar, e Bianca começou a chorar e foi assim que sua irmã a encontrou.

- Bianca, o que foi?
- Ah Vanda, eu acho que vou enlouquecer, não consigo mentir para o David sobre o Draco, todo dia ele me pergunta sobre o pai, ele não se contenta com a minha resposta e agora pergunta aonde eu vou todo mês. O que eu devo fazer?
- Não sei, sinceramente não sei. Mas porque você não explica a situação para o Draco, diga que você não agüenta mais mentir para o garoto, que ele quer vê-lo.
- Ele não vai aceitar, ele acha muito humilhante o filho vê-lo naquele estado.
- Mas não custa tentar!!
- Vou pensar nisso.

Azkaban tinha se tornado uma tortura para Draco após o nascimento do seu filho, desde que David nascera e ele passara aquela semana fora, casara-se com Bianca, não tinha imaginado que ainda tinha longos anos pela frente, mas não queria que o filho o visse preso, que fosse essa imagem que teria dele.

Draco tinha se tornado um dos prisioneiros exemplares de Azkaban, participava de qualquer evento que tivesse no presídio como trabalhos comunitários para bruxos sem casa, ajuda aos famintos, enfim trabalhos sociais para de alguma forma tentar fazer o tempo passar mais rápido.

Era uma quinta feira e Draco não tinha absolutamente nada para fazer em Azkaban, estava pensando que ia enlouquecer, Bianca tinha lhe enviado uma carta contando varias coisas e uma foto do aniversario de 4 anos de David, na verdade era uma pequena comemoração na casa dos pais de Bianca, e Draco viu um menino muito parecido com ele mesmo quando pequeno acenando abraçado junto com a mãe, ao ver a foto sentiu uma lágrima escorrer.

Na manha seguinte pediu para falar com o diretor, e foi atendido.
- Draco, em que posso ajuda-lo?
- Diretor , preciso ver meu filho, de perto, por um dia que seja.
- Não sei se isso será possível Draco.
- Mas , eu nunca mais aprontei nada, quando o David nasceu e obedeci todas as regras, e desde de então eu não o vi mais.
- Vou ver o que eu posso fazer, mas não prometo nada, ok?

Draco não foi levado a sua cela, ele foi levado para a sala onde encontrava Bianca, tinha esquecido completamente que era dia de visita.

- Bianca, meu bem, como você está?
- Draco, eu estou bem e você?
- Eu não estou nada bem. E dizendo isso se sentou no sofá.
- O que aconteceu Draco?
- Ah Bianca como assim o que aconteceu, eu estou preso lembra, não posso fazer exatamente nada, não vejo meu filho crescer, não vejo o que acontece lá fora, enfim nada entendeu?
- Sim eu entendi. Bianca não sabia o que fazer, Draco estava pagando pelo que fizera, mas ela nunca o tinha visto tão triste, tinha medo que ele fizesse alguma coisa que pioraria a sua situação.
- Eu não vou fazer nada estúpido. Disse como se pudesse ler os pensamentos da mulher.

Bianca foi embora sem ter muita certeza de que Draco realmente não iria fazer algo estúpido, mas tinha uma idéia que talvez pudesse ajuda-lo.

Draco foi levado de volta a sua cela, e parecia bastante deprimido, os guardas haviam notado a mudança de comportamento, que agora refletia em sua falta de apetite, insônia entre outras coisas.

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