As semifinais




Nos outros dias Harry foi muito cumprimentado pelo seu feito. Muitos alunos conhecidos e desconhecidos davam tapinhas em seu ombro, murmurando uns parabéns ao pé do ouvido. Rony continuou com os seus ciúmes com relação a Krum. Hermione agora já estava ficando irritada com isso. Harry não poderia ver astral pior para a aula de Duelos. Hoje ele com certeza iria ter que duelar com um dos seus amigos, por isso pensou em abandonar o torneio, mas pensou melhor e acabou indo para a sala com Rony e Hermione.
Logo que entraram, Harry leu o pergaminho e sentiu seu estômago dar revira-voltas.





Duelos:



Grifinória:



Ronald Weasley x Hermione Granger

Harry Potter x Gina Weasley



Lufa-Lufa:


Goldstein x Evandro

Udzon x Félix



Corvinal:



Marieta x Timpen

Cho Chang x Udson Walterian



Sonserina:



Draco Malfoy x Goyle

Vicente Crabbe x Pansy Parkinson




Então ele teria que lutar contra Gina. A vontade de sair dali e não duelar voltou com força total, mas antes que pudesse fazer alguma coisa, Gina lhe disse:

- Harry, eu quero que você lute comigo como se lutasse com qualquer um.

- Mas você não é qualquer um – respondeu Harry.

- Mas se você não lutar para valer comigo, você nunca mais olha na minha cara. – disse ela rispidamente. Harry ficou encarando-a. Não teria chance. A voz de Marcus inundou o salão:

- Boa tarde a todos! Vocês podem olhar ali o seu adversário e subir no tablado, por favor. – falou alegremente – ah, e só lembrando que já estamos na semifinal, e o campeão deste torneiro receberá um Kit Mil e Uma Utilizações, lembrando que é só você pedir que o Kit lhe oferece. Bom, subam no tablado e boa sorte.

Harry deu um longo e inspirado beijo em Gina e eles subiram no tablado, um de frente para o outro. Harry não sabia se teria coragem de acertá-la com algum feitiço, só tinha uma coisa na cabeça: Deixá-la ganhar. McGonagall falou:

- Boa sorte, Potter. Para você também, Weasley. Um dois três e podem começar.
Gina rapidamente gritou:

- Expelliarmus! – um raio vermelho saiu da ponta de sua varinha e veio rapidamente na direção de Harry, que se jogou de corpo inteiro no chão para evitar o feitiço. Vou fingir que estou duelando de verdade, pensou Harry, mas então vou fingir que ela me acertou em cheio e perder.

Gina continuou o duelo, gritando:

- Estupefaça! – e Harry desta vez, mergulhou para a direita e conseguiu fugir do feitiço. Gina agora avançava para ele, aparentemente não percebendo que Harry não está fazendo esforço.

- Gomensnetium! – e Harry sentiu como se uma alavanca se postasse embaixo dele e o empurrasse com violência para cima. Ele subiu dois metros e ia cair de cara no chão, a não ser por ele ter conseguido se virar rapidamente. Ele caiu de pé e, esquecendo-se que duelava contra Gina, berrou:

- Tarantallegra! – Gina imediatamente começou a dançar descontroladamente. Harry ficou olhando horrorizado com o que fez e disse:

- Finite! – o feitiço se desfez e Gina falou rudemente:

- Vamos, Harry. Você não está duelando para valer. Eu quero provar sua fúria! Rectusempra! – Harry imediatamente levou as mãos à boca. Uma louca vontade de rir tomou posse dele, mas ele sabia que teria que resistir. Juntando ar na boca, Harry sussurrou:

- Finite! – apontando a varinha para si próprio, e então a vontade de rir passou. Harry olhou diretamente nos olhos de Gina. Se ela quisesse que ele duelasse de verdade, então era isso que ela ia ter. Harry apontou sua varinha para ela e berrou:

- Expelliarmus!
- Amarre-a! – imediatamente cordas apareceram na frente de Harry e foram enrolá-la. Mas Gina agiu rápido e disse:

- Avis! – a corda se transformou em um gavião que se virou para Harry. Estava a milímetros de enterrar seu bico afiado em Harry quando este gritou:

- Evanesca! – e a ave sumiu. Harry olhou para Gina. Podia ter certeza que a vira sorrindo, mas agora ela estava séria. Gina duelava melhor que ele imaginava, mas isso não o incomodou. Ele agora apostava que iria ganhar, para mostrar à Gina que ele não era um monte de estrume de dragão que ela encontrou em seu caminho. Gritou:

- Estupefaça! – Gina desviou o feitiço e se postou novamente para a batalha. Harry e Gina disseram, em uníssono:

- ESTUPEFAÇA! – os feitiços saíram das varinhas e se encontraram no meio do caminho. Foi tudo questão de segundos. Os feitiços ficaram de uma cor laranjada, logo depois ficaram azul e a explosão que se seguiu mandou Harry do outro lado da sala. Ele bateu a cabeça na parede e caiu, luzinhas espocando diante de seus olhos. Demorou alguns minutos para voltar a enxergar normalmente, e quando o fez, deu de cara com o prof Marcus e Rony ao seu lado.

- Tudo bem, Harry? – perguntou Rony.

- Estou, estou bem. – respondeu Harry. – o que aconteceu.

- Quando o seu feitiço e o da Weasley cruzaram no ar, o choque foi intenso porque nenhum de vocês queria realmente acertar o outro. Se um de vocês quisesse mesmo acertar o outro, os dois feitiços iriam acertar um de vocês – falou o prof Marcus.

- E Gina? – perguntou Harry, levantando um pouco a cabeça e ficando um pouco tonto pela recente pancada. – Ela está bem?

- Ah, está sim, Potter. Ela, por azar, bateu em um espelho, e o quebrou, mas devo dizer que não houve cortes fundos nela.

Harry se sentiu imensamente aliviado pela explicação do professor. Tentou se levantar, mas sua cabeça latejava muito, e, quando Harry pôs a mão na cabeça, ela voltou totalmente molhada de sangue.

- Deixe que eu cuido disso para você, Potter – falou McGonagall. – Férula! – falou, apontando a varinha para a cabeça de Harry, que sentiu algumas ataduras se enrolando no topo da sua cabeça.

- Obrigado.

- De nada. Agora você e ela vão para a ala hospitalar, ok? – falou Marcus. – A Madame Pomfrey vai ter muito prazer em cuidar de vocês. McGonagall vai levá-los.



*****



- Vamos lá! – falou Rony para Harry, três dias depois do ocorrido. – nós temos que pensar no animal e depois dizer “Dueroid!” Para virar o animal. Depois que conseguir se transformar, não será preciso mais falar nada. – completou Rony, lendo um grande livro no dormitório. – Pronto?

- Sim.

Harry imediatamente pensou em um leão, mas pensou melhor e escolheu um leopardo. Pensou na cara de um leopardo e murmurou:

- Dueroid! – sentiu um frio percorrer sua espinha e olhou para os pés. Não conseguira. Tentou novamente. Pensou em um grande e forte leopardo e disse:

- Dueroid! – novamente sentiu o friozinho na espinha, mas fora somente isso. Não conseguira novamente. Tentou se lembrar o mais nitidamente possível de um leopardo adulto que vira no zoológico quando atiçara a cobra brasileira contra Duda e falou:

- Dueroid! – no mesmo instante sentiu algo muito pesado nas suas costas e caiu de quatro no chão. Olhou para as suas mãos. Em questão de segundos estas viraram duas patas de leopardo com unhas incrivelmente grandes. Harry tentou se levantar, mas não conseguiu. Olhou para Rony. O amigo estava com os olhos fechados e parecia muito concentrado. Harry disse:

- Então, veja se consegui.

Rony abriu os olhos e olhou Harry por um momento antes de sentir seu queixo cair. Harry havia conseguido. Virara um grande e forte leopardo marrom.

- Você está bem, Harry? – perguntou ele, inseguro.

- Claro que sim – respondeu Harry.

- Isso quer dizer que sim? – perguntou Rony, parecendo confuso.

- Rony, você está me ouvindo? – perguntou Harry, sentindo que Rony não o entendera.
Falou com todas as letras que estava bem e Rony perguntou novamente. Porquê?

- Harry, se isso quiser dizer que sim, volte à sua forma normal. Eu só estou ouvindo você rugindo.

Então era isso. Seres Humanos não entendem os animais. Harry hesitou.

- Ah, claro – falou Rony, pegando o livro. – aqui diz que você só precisa pensar em seu corpo que você voltará a sua forma normal.

Harry imediatamente pensou em seu corpo e sua cicatriz. Segundos depois, Rony disse:

- Que demais, Harry. Faz de novo?

- Claro – disse Harry, animado.

Harry pensou no leopardo que acabara de ser e novamente se curvou para frente e se viu de quatro outra vez. Rony soltou uma exclamação de excitação e Neville entrou no dormitório.

- O q-que é i-isso? – gaguejou ele.

- Shhh! – falou Rony. – É o Harry. – sussurrou.

- Sério? – perguntou Neville, um tanto interessado.

- Claro. – respondeu Rony – vamos, Harry, volte ao normal.

Harry levou menos de cinco segundos para voltar ao seu corpo. Neville ficou pasmo e quis a todo custo ser um animago também, mas fora em vão.

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