O retorno á sede
Harry acordou com um berro vindo do Salão Comunal. Preocupado, se trocou e desceu, com a varinha nas mãos. Chegando lá, viu uma coisa que nunca imaginaria ver em Hogwarts. A Marca Negra. Harry ficou paralisado ao ver a Marca Negra ali, no Salão Comunal da Grifinória. Depois, se deu conta de que estava sozinho no Salão. Então, ele perguntou:
- Quem está aí?
Não houve resposta. Harry sentiu uma vibração atrás de si e se virou rapidamente, mas era apenas Rony que saía do dormitório.
- O que você está fazendo aqui a esta hora da manhã, Ha... – mas ele parou ao ver a Marca Negra. Então, ele berrou de susto e então várias portas se abriram nos dormitórios. Rostos sonolentos apareciam nos buracos na porta, e quando viam a Marca Negra, faziam um estardalhaço ou ficava um bom tempo olhando para aquilo. Então Hermione apareceu.
- O que houve, Harry? Você está pálido. E você, Rony? O que vocês estão... – ela olhou na direção onde Harry e Rony estavam olhando e ficou em estado de choque. Harry gritou:
- Rony, a segura e – disse ele aumentando a voz – Ninguém faz nada por enquanto. Vou chamar Dumbledore.
- Espera, Harry – disse Gina. – Eu vou com você. Só para você não andar sozinho no corredor.
- OK. Então vem rápido.
Eles saíram do Salão Comunal e se dirigiram à Sala dos Professores. No percurso, eles encontraram Snape.
- Eu me pergunto o que será que o Sr. Potter e a Srta. Weasley andam fazendo aqui á esta hora. – disse ele friamente.
- Queremos ver Dumbledore – disse rapidamente Gina.
- Sinto muito, Weasley. O prof. Dumbledore ainda não chegou de seu dormitório.
- Por acaso estavam falando de mim? – perguntou Dumbledore, aparecendo no final da escada.
- Prof. Dumbledore, você precisa vir conosco. – disse Harry, o puxando pela mão.
- Aonde, Harry?
- Aconteceu uma coisa que o senhor precisa ver.
Dumbledore olhou preocupado para Harry e o seguiu. Quando chegaram ao Salão Comunal, Harry mostrou à Dumbledore o que estava ali. Ele pareceu se assustar com a audácia dos Comensais. Então disse:
- Todos para o Salão Principal.
Os alunos obedeceram, enquanto Dumbledore pedia para Harry e Gina irem chamar os outros professores. Eles saíram do Salão Comunal e se dirigiram para longe do grupo que ia para o Salão Principal e seguiram para a Sala dos Professores.
- Harry – disse Gina, no meio do trajeto – eu estou com medo.
- Não se preocupe, Gina. – disse ele, muito nervoso – Eu estou com você.
Os dois se olharam e se abraçaram. Por impulso, Harry segurou a garota pelos quadris e a aproximou dele. Ele sentia a respiração rápida dela. Estavam a milímetros de distancia e se beijaram. Harry ficou bobo de ver como fora sem-vergonha com ela. Estava pensando em uma desculpa, mas viu que ela estava gostando. Então deixou para lá e a beijou calorosamente. Harry ficou extremamente sem-graça e Gina ficou super vermelha. Então ele disse:
- É... bem... eu a-acho q-que devíamos continuar nosso c-caminho, n-não?
- É – disse ela, sem jeito – Então... Vamos.
Eles foram rapidamente, sem se olharem, e chamaram a Prof ª McGonaggal, Lupin e Snape. Contou-lhes o acontecido e eles rumaram para o Salão Comunal da Grifinória. Harry achou uma bela ocasião e puxou Gina mais para perto. “Como ela é linda” pensava ele “E tem um corpo de deusa” e a beijou novamente. Gina se entregou ao seu beijo e eles ficaram ali, nos amassos, até escutarem um barulho vindo de fora da sala. Harry puxou a varinha e olhou para a porta, apreensivo. Então a porta estourou e entrou por ela um homem alto e encapuzado. Ao ver Harry ali, ele pareceu desconsertado, mas logo tomou a pose e disse:
- Olá, Potter. Vejo que tem uma namorada – disse, olhando para Gina. – você ainda não me reconheceu? – perguntou a voz de mulher. Uma voz que lhe lembrava a de um sapo. – vou refrescar sua memória, Potter. Você se lembra das frases nas costas das suas mãos? – perguntou ela e Harry ficou petrificado. Agora ele sabia quem era. Então disse:
- Você vai se arrepender do que fez ano passado, Umbridge. – ao falar o nome de Umbridge, Gina ficou paralisada com o choque da notícia, Umbridge uma Comensal... ela nunca sonhara com isso.
- Oh, Potter, estou com medo, agora – disse ela com sua voz meiga, mas perigosa, fingindo tremer.
- Serpensortia! – disse Harry, e uma cobra saiu da ponta de sua varinha. Então ele disse: - Sahsishiresh! (Ataque-a) – e a cobra se virou para Umbridge, sibilando. Então ela deu o bote, mas Umbridge conseguiu sair dela por pouco. A cobra deu outro bote e raspou a boca na camisa de Umbridge. Então, Umbridge gritou:
- Vibera Evanesca! – e a cobra pegou fogo. – Então, você quer ação, não, Potter?
Harry tateou as suas costas procurando por Gina, mas não conseguiu tocá-la. Virou-se para olhar se estava tudo bem. Ela estava de olhos fixos em Umbridge. Harry entendeu que ela estava pronta para atacar, e estava certo.
- Crucio! – disse ela, e Harry caiu no chão, uivando de dor. Ela começou a rir. Então Harry ouviu Gina gritar:
- Impedimenta!– e Umbridge foi jogada contra a parede.
Harry, ainda arfando, se levantou aliviado pelo dor ter parado e disse:
- Vamos jogar na mesma moeda, Dolores. Crucio! – Harry já usara aquele feitiço uma vez antes, em Belatriz Lestrange, quando ela matou Sirius, mas ele não produzira efeito. Ele esperava que agora desse.
O feitiço acertou Umbridge e ela gritou de dor. A varinha de Harry começou a tremer, mas ele a segurou firme para ela não cair. Ele havia conseguido. Usara um Crucio em Umbridge. Ela estava berrando de dor, e Harry se surpreendeu que ninguém havia os escutado. Passados uns três minutos de gritos dela, Gina gritou para Harry ouvir:
- Acho que já está bom, Harry. Se não você mata a coitada. – Harry acenou com a cabeça e levantou a varinha, fazendo assim que o feitiço parasse. Umbridge estava de quatro, arquejando e bufando.
- SEU IDIOTA! – berrou ela. – Vai se ver comigo.
Harry não agüentou e gritou:
- Tarantallegra! – e Umbridge começou a dançar sistematicamente, fazendo caretas de dor. Então Gina gritou:
- Desaungeo! – e os dentes da frente de Umbridge começaram a crescer rapidamente.
Harry desatou a rir ao ver aquela cena. Aquela cara de sapa fazendo caretas de dor com os dentes gigantes, enquanto dançava. Harry gritou para Gina:
- Estou gostando disso! Observe! – se virou para Umbridge e gritou: - Furúnculus! – e o rosto de Umbridge ficou inchado de furúnculos. Harry caiu no chão de tanto rir enquanto Gina gritava:
- Conjutivictus Curse! – e Umbridge rapidamente levou as mãos aos olhos, os esfregando e gritando de dor.
Então, Harry gritou:
- Finite Incantatem! Acho que já está bom. – e todos os feitiços se anularam. – Então, Umbridge? Pronta para os aurores? – e riu.
- Que vergonha, Umbridge. Não consegue cuidar de dois garotos sozinha. – disse alguém atrás de Harry. O sorriso se desfez rapidamente de seu rosto. Ele se virou e reconheceu o rosto que via através da capa. Era Macnair. – Observe como se faz, Umbridge. Crucio! – disse, apontando para Harry, que caiu no chão berrando de dor novamente. Então ele se virou para Gina e disse: - Amarre-a! – cordas saíram da varinha dele e Gina, de momento, teve uma idéia. Antes que as cordas a prendessem, ela berrou:
- Sonorus! – apontando para Harry. Então a Sala se encheu com o som dos berros de Harry. “Isto deve chamar atenção”, pensou Harry, berrando com todas as suas forças. Então Macnair berrou:
- Silencio! – e Harry ficou mudo. – Sua atrevida – gritou ele – vai se arrepender. AVADA KED...- Mas nessa hora chegou Dumbledore, gritando:
- Petrificus Totalus! – e Macnair caiu com um baque no chão.
Dumbledore olhou para Harry – Finite Incantatem! – e as agulhas pararam de machucá-lo por todo o corpo, ele se levantou, ainda sentindo dores por causa do feitiço. Harry chegou perto de Gina e disse: - Solte-a! – e as cordas afrouxaram. Harry a abraçou e lhe deu um beijo, esquecendo que Dumbledore estava ali. Logo que se lembrou, Harry a soltou. – Desculpe – disse para Dumbledore.
- Sem problemas – disse ele, rindo – agora, por favor, me conte o que aconteceu. – disse, ficando sério novamente.
Harry contou tudo e, quando acabou, Dumbledore disse:
- Voltem para o Salão Principal. Lá estarão seguros.
- Mas... – começou Harry.
- Harry, volte para lá e depois eu te explico.
Harry, mesmo contrariado, disse que estava tudo bem e foi levado por Gina para o Salão.
- Gina, me desculpe por isso.
- Desculpar o que?
- Pelo o que aconteceu.
- A culpa não foi sua, Harry.
- Se eu não tivesse te segurado lá, você não teria visto isso.
- Ora, Harry – a disse, dando um beijo nele – você nunca teria adivinhado que eles entrariam ali, não é?
- É – disse Harry, ainda sem graça.
- Então esqueça.
Eles chegaram ao Salão Principal e se encontraram com Rony e Hermione. Harry contou o que havia acontecido para eles, menos os beijos dele com Gina. Eles ficaram boquiabertos quando Harry acabou de falar. Então, Hermione disse:
- Harry, Gina, vocês estão bem?
- Estou – responderam Harry e Gina em uníssono.
Dumbledore chegou e todos os alunos ficaram quietos para escutá-lo.
- Bem... – começou ele – Vocês todos já devem estar sabendo o que aconteceu, não? – ouve muitos murmúrios. – Eu vou lhes dizer. Na madrugada de ontem para hoje dois Comensais da Morte invadiram a escola e entraram no Salão Comunal da Grifinória e fizeram a Marca Negra. – Vários alunos trocaram sussurros. – E nós pensávamos que eles haviam ido embora. Mas não foram. – os alunos trocaram olhares assombrados – Eles estão aqui ainda, mas, graças á Harry Potter e à Gina Weasley, estão desacordados. – Vários rostos se viraram para os dois. Gina corou. – Por isso, eu concedo cem pontos para a Grifinória. – os alunos da grifinória bateram palmas. – é isso aí. Então, podem voltar aos seus dormitórios. Mas... Cuidado, ouviram? Ok. Vão.
As aulas do dia foram canceladas. Os alunos foram impedidos de saírem do Salão Comunal. Então, no outro dia, Dumbledore apareceu à porta. Parecia prestes á chorar. Todos os olhos se viraram para ele. Então, ele disse:
- Hoje, ouve uma fuga em massa de Azkaban. Todos os presos fugiram. E a Marca Negra apareceu no Salão Comunal da Lufa-Lufa hoje à noite. Sinto muito, mas vocês têm de arrumar as malas. Hogwarts não irá mais funcionar. – Ouve muitos murmúrios de reprovação. – Isto é a única solução. – continuou ele, tomando ar. – Hogwarts não é mais segura.
Era a primeira vez na vida que Harry via o prof. Dumbledore triste.
- O trem passa daqui á duas horas, levando vocês para casa. Tenham um bom dia e, se um dia Hogwarts voltar a funcionar, pode ter certeza que receberão nossas cartas avisando. Até mais. – e saiu do Salão. O silêncio reinou sobre o Salão. Harry sabia que ninguém queria voltar para a casa. Aos poucos todos foram para seus dormitórios, arrasados. Então Harry subiu com Rony e arrumou seu malão. E, ás uma e meia, Harry, Rony, Gina e Hermione desceram para o Salão Principal. Foram para o trem e separaram uma cabine só para eles. Então se despediram dos professores e entraram na cabine. O trem começou a andar e Hermione lembrou que ela e Rony deveriam ir á cabine destinada aos monitores. Então eles se foram e Harry ficou sozinho com Gina.
- Bem, somos só nos dois. – disse ele.
- É – disse ela, olhando para ele – só nós. – disse provocando-o.
Harry sorriu e chegou mais perto. Eles se beijaram e ficaram ali, nos amassos. Poderiam estar felizes, mas não estavam muito depois do que acontecera em Hogwarts. Mas eles se esqueceram que Hermione voltaria. Não queriam ser vistos, por enquanto. Então, a porta da cabine se abriu. Harry puxou o rosto rapidamente e olhou. Rony e Hermione, de boca aberta, olhavam para eles. Gina ficou totalmente vermelha e Harry abaixou os olhos para o chão, se afastando dela. Hermione disse:
- Por que não me contou, Gina?
- Não deu tempo – disse ela, envergonhada.
- Harry... que demais – disse Rony, e Harry levantou a cabeça
- Não vai brigar comigo? – perguntou Harry, indeciso.
- Claro que não. O que eu queria era que isso acontecesse. – disse ele enquanto entrava com Hermione e se sentavam.
Harry e Gina não trocaram olhares pelo resto da viagem, e quando chegaram á plataforma nove e meia. Harry então pensou se teria que voltar para a casa dos Dursley, mas recebeu a resposta assim que desceu do trem. Lupin os esperava ali, e disse que iriam para a sede da Ordem da Fênix. Isto deixou Harry muito aliviado, pois o garoto estava pensando no que os tios iriam dizer se Harry voltasse para lá seis meses antes do esperado. Lupin disse:
- Nós vamos com uma chave de portal – tirou uma blusa de dentro da capa. – peguem, pois falta pouco para ativar. Faltam cinco, quatro, três, dois, e... – mas não acabou de dizer. Harry sentiu o agora conhecido solavanco e começou a girar. Sentia Gina batendo nele em um lado e Rony do outro. Pouco depois, Eles caíram no piso da cozinha da casa dos Black. Harry sentiu um aperto no estômago. Estivera com Sirius há exatamente um ano e seis meses ali, e agora se sentia triste por não o ver ali novamente.
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