Grifinória versus Sonserina
Todos saíram da sala, deixando um Harry feliz por agora ter algo a fazer todas as semanas. Agora ele tinha que pensar no jogo contra a Sonserina, na próxima quinta-feira.
Na volta para o dormitório, Harry ficou pensando o quanto a AD iria fazer bem á ele. Na terça-feira ele voltou ao campo de quadribol para os treinos. Estava obcecado por esta vitória. Ele não sabia o que ia fazer se perdesse. “Mas”, disse uma voz em sua mente “você tem a nova Nimbus 2008, Gina estaria com a sua Firebolt, Rony com uma Nimbus 2005. O que pode dar errado?” O time da Sonserina jogava com Nimbus 2004, mas isso não era problema. A pior vassoura do Time da Grifinória era uma Nimbus 2002. Faltavam apenas dois dias para o jogo, mas a tensão já estava demais. Pessoas da Cornival e da Lufa-Lufa diziam “Boa sorte no jogo” ou “Contamos com vocês na quinta” todas as vezes que encontravam jogadores da Grifinória. Jogadores e membros de Grifinória e Sonserina não podiam se encontrar nos corredores, ou uns enfeitiçariam os outros. A ala hospitalar estava muito movimentada. Membros de Grifinória e Sonserina era o que mais tinha lá.
A nuvem de tensão se intensificou na quarta. Logo de manhã, a Prof. ª McGonaggal apareceu ao lado de Harry e disse:
- Potter e Weasley, me sigam.
Os dois seguiram silenciosamente e ela os levou à ala hospitalar.
- Vejam – disse ela, apontando para um dos leitos.
Era Hermione.
Mas estava muito esquisita. Tinha tentáculos saindo de suas orelhas e curiosamente ela estava dentro de uma casca de tartaruga-gigante.
- Ela foi atingida pelos feitiços: “Tentaculum!” e “CascHart”. Sinto muito. – disse McGonaggal.
- Ela vai ficar bem? – perguntou imediatamente Harry, se esquecendo que estava brigado com a ex-namorada, tocando-a.
- Vai. Ela ficará bem antes do jogo.
Harry não soube quanto tempo ficara ali, mas sabia que fora muito tempo. Então voltou para as aulas e depois foi dormir. Na quinta-feira, dia do jogo, Harry percebeu que não seria fácil. O tempo estava péssimo. Estava nevando, e isso é muito ruim para apanhadores. Chegando a hora do jogo, Harry se encontrou com o resto do time da grifinória no vestiários e disse:
- Ok, pessoal, nós precisamos dessa vitória. Não é só a honra do nosso nome e da nossa casa que está em jogo aqui. Está em jogo talvez a Taça das Casas. Quem ganhar fica com a Taça na mão. Então, dêem tudo o que vocês têm, ok? Vamos lá!
Saíram do vestiário. Ouve um estardalhaço nas arquibancadas. Madame Hooch, que estava no meio do campo, chamou os times para perto.
- Quero um jogo limpo, ouviram? – disse ela. – Os capitães apertem as mãos.
Harry e Draco apertaram as mãos.
- Que vença o melhor, Potter.
- O mesmo digo à você, Malfoy.
Ouviram um apito. O jogo estava para começar. Harry e o time da Grifinória subiram ao ar ao mesmo tempo que Malfoy e o time da Sonserina. Madame Hooch mandou a goles para o alto e o jogo começou. Rapidamente Harry se pôs a procurar o pomo. Dez segundos de jogo a Grifinória fez dez á zero. Com menos de três minutos, a Grifinória, que vinha jogando excepcionalmente, já estava ganhando de cinqüenta a zero. Então Harry viu o pomo pairando um pouco abaixo de Rony. Tomado de excitação, Harry mergulhou. Malfoy veio logo atrás dele. Ele estava chegando a uns dois metros do pomo e ouviu Lino Jordan berrar: “Os apanhadores viram o pomo, e Harry Potter está na frente de Malfoy. Estão descendo velozmente, Harry Potter estica o braço e... CUIDADO!!!” e depois desta frase Harry olhou para o lado, e um balaço acertou em cheio no seu braço. Harry se desequilibrou e acabou batendo em Malfoy, que perdera o pomo de vista. Harry se recuperou do mergulho e olhou para seu braço. Estava inchando rapidamente. Harry, os olhos marejados de dor, olhou novamente para baixo e viu novamente o pomo, flutuando a menos de cinco metros do chão. Ele disparou para baixo novamente e, faltando uns cinco metros para ele pegar o pomo... POW! O outro balaço acertou sua barriga. Harry se desequilibrou novamente, e se endireitou, ofegando. A dor no braço era insuportável. Resolveu pedir tempo, mas antes que pudesse fazer isso, Crabbe mandou um balaço que bateu com força na nuca de Harry. Ele sentiu o ar passando rapidamente. Estava caindo. Então, ele perdeu os sentidos.
*****
Harry abriu os olhos e viu vultos perto de si, mas estava tudo embaçado. Ele pegou o óculos na mesa-cabeceira e olhou novamente. Estava na ala hospitalar. Ao seu lado estava Dumbledore, com Rony, Hermione, que estava chorando, e todo o time da Grifinória.
- Oh, Harry, graças a Deus. – disse Hermione, e jogou os braços num abraço apertado em Harry.
- Hermione, você vai estrangulá-lo – disse Dumbledore e ela ficou muito vermelha, mas isso era verdade. Ele já estava sentindo falta de ar.
- Desculpe – disse ela, ficando mais vermelha.
- Como você está, Harry? – perguntou Dumbledore.
- Estou bem – disse ele. – Mas... O que aconteceu mesmo?
- Você caiu de uma altura de... quinze metros, talvez? – disse Rony
Então Harry se lembrou de tudo o que acontecera.
- Rony, nós não perdemos, perdemos?
- Não, Harry, esta foi a melhor parte. Você pegou o pomo mesmo depois de desmaiado.
- Como assim?
- Simplesmente o pomo passou na hora certa e no lugar certo. Você estava caindo e então ele passou e você o preensou com o peito no chão. E não tem regra que diz que não pode pegar o pomo com o peito, então...
- Nós ganhamos de 200 à 0 – disse Sett.
- Uau... – disse Harry – que sorte.
- Pois é.
- Madame Pomfrey – chamou Harry – até quando eu tenho que ficar aqui?
- Daqui a pouco você já vai poder ir, Potter.
- Ok. Obrigado. – disse ele.
Os dias se passaram com muito divertimento para Harry. Ele resolveu esquecer a briga que tivera com Rony e Hermione, e agora o que eles mais gostavam de fazer era gozar com a cara dos sonserinos pela humilhante derrota. Harry continuava a ir às reuniões da AD, sempre supervisionada por Dumbledore, é claro. Então, em uma segunda-feira, Snape pegou Harry, Rony e Hermione conversando durante a aula e deu uma detenção a cada um deles. Harry teria que lavar o banheiro masculino durante dois dias, Rony teria que arrumar o armário das vassouras durante três dias e Hermione teria que limpar a masmorra depois das aulas durante uma semana. Harry e Rony já estavam acostumados com isso, mas Hermione não. “Ela está muito preocupada a toa”, dizia sempre Rony.
Então chegou o último dia de detenção de Hermione. Mas ela não esperava que fosse o pior.
No dia da detenção, Hermione desceu as escadarias eram oito horas da noite. Ela se sentia cansada, mas, por outro lado, aquele era o último dia. Enquanto arrumava a sala, pensou: “Poxa, eu tenho que decidir minha vida... Eu adoro o Harry, mas eu gosto também do Rony. E tem também o Vítor... Por que será que é tão difícil escolher um deles?” e foi pensando nisso que Hermione acabou seu serviço. Olhou o relógio: onze e meia. Estava subindo para chegar ao salão principal e seu coração deu um pulo: Ela acabara de ouvir passos logo atrás de si. Virou-se rapidamente e olhou. Não havia ninguém. Ela pensou que era Harry fazendo graça, escondido sob sua capa da invisibilidade. Então tirou a varinha e murmurou:
- Aparecium!
Nada aconteceu. Então Hermione sentiu um calafrio na espinha. Não era Harry! Ela se virou e começou a andar rapidamente. Ao chegar à porta do salão principal, ouviu passos novamente. Congelou. Se virou bem devagar e olhou à sua volta. Não havia ninguém ali. Será que estava delirando? Agora ela começou a correr com toda a velocidade que suas pernas agüentavam, suando frio. Ela estava muito apavorada. Então, chegando ao terceiro andar, ela ouviu pela terceira vez. Virou-se rapidamente e se deu de cara com uma varinha, que apontava diretamente para sua testa. Apavorada, ela olhou para o dono daquela varinha. Ele estava de capa. Era um Comensal da Morte.
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