A Toca




A semana passou bem devagar, nada mais aconteceu em Little Winging, e os Dursley ficaram com tanta raiva de Harry que o trancaram em seu quarto, deixando-o sair somente de manhã e à noite, mas apenas para ir ao banheiro e voltar. Ele fazia uma refeição por dia e percebeu que estava emagrecendo muito. Até que, em uma sexta-feira ele recebeu outra carta de Hermione.



Harry Potter,



Sei que você deve ter esquecido, mas se você quiser vir para A Toca, me mande uma carta dizendo que virá e Tonks e Moody irão buscá-lo aí na sua casa. Estou morta de saudades. A sra Weasley queria ir em Little Winging só para vê-lo, depois que ficou sabendo do acontecido. Espero que você esteja bem. Nós estamos te esperando.



Afetuosamente,



Hermione Granger




Harry leu esta carta diversas vezes para ter certeza do que estava escrito ali. Como ele pôde esquecer? Como ele não se lembrou d’A Toca? Harry rapidamente rabiscou um “Manda eles logo” no verso do bilhete e mandou a coruja de volta. Ele se virou e começou a colocar suas coisas no malão, quando se lembrou que Tonks havia lhe ensinado a arrumar a mala com mágica. Então Harry pegou sua varinha e disse: “Arrumar!” A mala se arrumou sozinha e Harry se deitou de costas na cama para esperar que Tonks e Lupin chegassem.

Harry acabou cochilando e quando acordou Lupin e Tonks já estavam em seu quarto. Lupin colocava Edwiges em sua gaiola e Tonks se olhava no espelho, hoje com o cabelo negro e o nariz pequeno parecendo o de um porco (Harry pensou que fosse uma versão feminina de Duda).

- Como nós vamos?

Essa pergunta assustou os dois, que se viraram rapidamente e encontraram Harry já sentado na cama.

- E aí Harry, beleza? – disse Tonks

- Olá Harry. – disse Lupin – Vamos de Flu.

Eles se viraram e saíram do quarto com Harry aos seus calcanhares. Chegaram á sala, com tio Valter bufando e tia Petúnia e Duda Dursley encolhidos a um canto da sala, aterrorizados com o que estava acontecendo.

- Então, Harry, vamos?

- Claro.

Ele entrou na lareira e disse alto e claro: “A Toca”.

Harry bateu no chão e se levantou à tempo de não se deixar colidir com Lupin. Quando olhou à sua volta, ele percebeu que estava tudo tão escuro que não enxergava um palmo à sua frente. Foi tateando a parede à procura de um acendedor, mas antes de conseguir achar um a luz de repente se acendeu e Harry ficou paralisado com o que viu.

Hermione, Rony, Gina, Sr e Sra Weasley, Gui, Carlinhos, Percy, Jorge, Lupin e Tonks estavam parados ao lado de uma grande mesa cheia de doces e refrigerante, e havia também um bolo enorme. Harry viu que haviam umas letras cravadas nele: “Feliz Aniversário Harry” e então Harry se lembrou que era seu aniversário. Todos estavam com felizes sorrisos no rosto. Hermione foi a primeira a correr para Harry e abraçá-lo. Logo depois vieram a Sra Weasley e Gina; Rony, Sr. Weasley, Lupin, Tonks, Percy e Jorge vieram depois, todos desejando um Feliz Aniversário para ele. Mas Harry não prestava atenção neles. Estava reparando o quanto Hermione era bonita. Ele sempre achava que Hermione era apenas a CDF da turma, mas nunca tinha a visto do modo que ele via agora. Ele só sabia que ela era tudo o que ele queria agora.

Então Harry tentou desviar os olhos dela e percebeu que Fred não estava ali.

- Sra Weasley – disse Harry – onde o Fred está?

- Ele está na Romênia, foi para lá comprar mais pertences para a sua loja. – disse ela com desgosto.

Nesta noite eles se divertiram bastante, e Harry pensou que esse era o melhor aniversário da sua vida.

No outro dia, Harry acordou cedo e rumou para a cozinha. Chegando lá, Harry viu Hermione e Rony cochichando alguma coisa. Quando eles o viram, pararam de cochichar e falaram:

- Bom dia, Harry!

- Bom dia – murmurou Harry sem ânimo.

O dia passou sem muitas novidades, a não ser quando Hermione puxou Harry a um canto e disse:

- Harry...

- Diga.

- O Fred.

- O que tem o Fred?

- Ele está na Romênia...

- Coisa das Gemialidades Weasley, e daí?

- Daí que Voldemort está por aí e eu estou sentindo que ele quer pegar alguém que você goste. Não tem oportunidade melhor para ele.

- Você quer dizer que...

- Voldemort está atrás do Fred.

Harry sentiu o peso no estômago e contou tudo o que ele vira enquanto dormia.

- Não acredito! – disse Hermione depois que ficou a par de tudo.

- Mas é a verdade.

Harry, você devia ter contado à alguém!

- Eu sei o que fiz Hermione. E eu não contei porque você iria dizer “Você devia estar praticando oclumência, Harry” – disse ele imitando uma voz feminina.

- Claro que devia.

- Viu? Já está começando a me incomodar com isso.

- Harry, porque você não tem praticado.

- Não começa, Mione – disse Harry, cansado.

- Eu começo sim! Você deveria estar praticando! – disse Hermione alterando a voz.

- Mione, eu não quero falar sobre isso.

- QUER SIM! – Harry se assustou com o grito de Hermione. Mas ela nem percebera isso – VOCÊ É UM IRRESPONSÁVEL, HARRY!!

- CALA A BOCA, MIONE! – ele também começara a gritar.

- SABE O QUE EU VOU FAZER? VOU ESCREVER A DUMBLEDORE CONTANDO ISSO! – ela agora estava berrando

- Hermione, calma, por favor, vamos conversar. – Harry não queria que ela contasse à Dumbledore.

-CALMA NADA!!! JÁ CANSEI, HARRY! VOCÊ NÃO PERCEBEU QUE VOCÊ ESTÁ POR UM TRIZ DE CAIR NAS GARRAS DE VOLDEMORT DE NOVO!!!

- De novo?

- VAI ME DIZER QUE VOCÊ NÃO CAIU NA DELE NO MINISTÉRIO?

- É, isso é.

- O que está acontecendo? – perguntou a Sra. Weasley, que ouvira os gritos de Hermione e viera correndo ver o que houve.
Hermione contou tudo o que Harry viu e a Sra Weasley ficou igual à Hermione.

Harry ficou com tanta raiva que resolveu sair dali o mais rápido possível. Foi ao quarto e ficou deitado lá. Por quanto tempo Harry não soube. Até que uma voz o fez assustare se virar rapidamente com a varinha na mão, mas era somente o Rony que estava sentado em sua cama.

- Não vi você entrando – disse Harry, guardando a varinha.

- Eu já estava aqui quando você chegou.

- Sério?

- O que aconteceu? Você está tão avoado.

Harry delatou para Rony o acontecido. Rony não se importou tanto quanto Mione e a Sra Weasley, e Harry disse:

- Você é um amigão, cara. O único que me entendeu.

- Obrigado.

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