O Inicio do Fim



Segundo Ato:O Inicio do Fim

Já se passara uma semana desde que Harry chegara à Toca, ele mal vira Gina, ela sempre estava saindo de casa para ir à casa de Luna.
No almoço do dia trinta e um a Senhora Weasley chamou vários membros da Ordem e fez um almoço de comemoração ao aniversario de Harry, era algo estranho para ele ver tanta alegria ali, mas mais tarde notou que muitos disfarçavam a tristeza para esta não os dominarem. Harry conversou bastante com Lupin, ficando sabendo mais de seus pais e Sírius, os dois riam com a história dos marotos e Fred e Jorge, que eram literalmente fãs deles, também se penduravam em cada história dos feitos dos marotos.

O Casamento de Fleur e Gui seria no dia seguinte na Toca, durante aquela semana tudo era corrido para preparar o jardim, houve uma desgnomização de emergência, o moreno pode jurar que nunca viu tanto gnomo voando para longe, eles também arrumaram um pequeno altar onde os noivos subiriam. Harry ficou curioso para saber como é um casamento Bruxo, perguntou a Hermione e esta lhe falou algumas coisas, ela fora convidada por Fleur para ser dama de honra, mas recusara, então as damas seriam Gabrielle, irmã mais nova da noiva e Gina.

Todos estavam dormindo, mas Harry não conseguia tal feito, mesmo sabendo que teria de acordar cedo para acertar mais alguns detalhes para o casamento. Se levantou da cama de armar e olhou para o amigo, este já roncava provavelmente sonhava com algo bom pois resmungava algo e depois sorria. Saiu do quarto com cuidado e silenciosamente desceu os degraus com cuidado, afinal todos os irmãos de Rony estavam lá, sem contar Gabrielle que estava no quarto de Gina, a pequena francesinha tinha certa admiração pelo moreno, ela crescera bastante, estava com doze anos, mas era um pouco alta para a idade e sempre queria estar onde Harry estava, o moreno via de vez em quando Hermione bufar ou revirar os olhos com aquilo, mas não se importou, o efeito das Veelas não o afetava desde a copa mundial de quadribol.

A cozinha dos Weasley estava quieta e silenciosa, era lua crescente e, apesar de não estar cheia, ainda sim iluminava bastante o local, pensou brevemente que fora muito bom o casamento não ser em dia de Lua cheia assim Lupin poderia participar das festividades. Meio distraído pegou um copo e colocou um pouco de suco nele, foi até a sala e se sentou num sofá de onde olhou pela janela e viu a noite clara e ao longe algumas árvores, depois olhou para o alto, mas segundos depois pelo canto dos olhos, ele viu uma sombra atravessar a claridade que vinha da janela, ficou apreensivo se levantou rápido, se sentia sendo observado, então toda a luz da sala se ascendeu machucando por alguns instantes sua visão, que ficou meio embaçada, pegou a varinha no bolso da bermuda que usava e apontou rapidamente para a esquerda, onde ouvira um movimento, sua visão já estava voltando ao normal quando ele viu longos cabelos negros como a noite.

_Quem é você e o que faz aqui? -Perguntou Harry em um tom forte que demonstrava claramente que não estava brincando.

_Não importa quem eu sou. -Falou o ser e só então Harry prestou atenção nele. Era um homem de cabelos longos e negros como o ébano, olhos de um azul tão claro quanto o céu de um dia ensolarado, suas vestes eram estranhas, uma túnica vermelha e negra cobria a maior parte de seu corpo, em seu pescoço estava um colar dourado com um pingente em forma de olho muito parecido com aqueles que se vê nos hieróglifos egípcios, também era alto, pelo menos um e noventa. _E também não se trata do que eu quero e sim do que você quer. -Disse mais uma vez.

_Quem te mandou? -Perguntou Harry apertando mais a varinha entre seus dedos.

_Ninguém. -Respondeu o estranho.

_Expelliarmos. -Falou Harry, o feitiço saiu com força e atingiu o estranho no peito, mas este nem ao menos se mexeu, somente sorriu de uma forma condescendente. _Expulsorio. -Falou mais uma vez o moreno e mais uma vez o feitiço acertara o alvo, mas algo estranho aconteceu, ele se sentiu sendo arremessado para trás e ia bater na parede se o estranho não aparecesse ao seu lado e o amparasse.

_Se tentar usar magia com alguém mais poderoso que você, o dano será todo seu. -Disse o estranho soltando Harry. _Vamos direto ao assunto. -Falou mais uma vez, só que dessa vez de costas para o rapaz. _Eu vim em busca de um negócio e creio que você se sentiria muito tentado em aceitar a proposta.

_E qual seria? -Perguntou o moreno desconfiado, vira que o estranho era forte e que se quisesse matá-lo já o teria feito.

_O que diria se eu dissesse que posso lhe oferecer mais poder do que qualquer mortal poderia alcançar? -Perguntou o estranho num tom calmo de voz. _Sei que procura isso para derrotar aos seus inimigos, mas creio que nunca alcançarás, pois tens limitações quase que imutáveis.

_E o que você ganharia com isso? -Perguntou o moreno.

_Muitas coisas, entre elas sua alma humana. -Disse o estranho agora se virando mais uma vez para Harry, que viu os olhos azuis sumirem para darem lugar a olhos negros. _Sua alma humana limita muito seu poder e sua existência, eu posso simplesmente “trocar” a essência humana dela por algo mais poderoso.

_Do jeito que você fala, até parece os demônios de estórias trouxas. -Disse Harry em tom debochado.

_Eu não pareço. -Disse o ser. _Eu sou. -Harry recuou um passo ao ver que os olhos do estranho estavam totalmente negros. _Você é um fraco e não importa o quanto tente, nunca conseguirá poder o suficiente, Voldemort repartiu sua alma, desse modo ele pode alcançar um poder maior, pois abriu mão de sua parte humana. E você, uma mera criança, quer vencê-lo.

_Não preciso de sua ajuda. -Diz Harry sem se importar com aquilo. _Não perderei minha alma só para conseguir poder, não farei o mesmo que Voldemort.

-“Nem que eu me torne um demônio, matarei aquele maldito e toda a sua corja de seguidores” -Falou o estranho. _Foram essas suas palavras e isso que me atraiu até você. -Falou mais uma vez, sua voz estava mais grossa. _Você terá muito tempo para ver que não tem e não vai conseguir poder para vencer essa guerra humana e quando admitir isso, lá estarei eu e veremos se você ainda terá essa ideologia patética.

_Não é ideologia patética, irei acabar com os malditos comensais com minhas mãos, com o meu poder, não preciso de ninguém para me dar mais poder, pois eu o alcançarei sozinho. -Disse Harry, seu tom era sombrio e quase sem vida.

_Sacrifícios tem de ser feitos em guerra. -Disse o demônio. _Só falta saber se você está disposto a fazer o sacrifício que está destinado em seu futuro.

Quando essas palavras foram ditas, Harry viu uma luz intensa e fechou os olhos com força, quando os abriu novamente, Harry estava mais uma vez no escuro, sentado no sofá e olhando para o alto, era como se tudo aquilo fosse um sonho, mas as últimas palavras do demônio ainda ecoaram pela sua mente até mesmo depois dele dormir.

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O casamento do mais velho dos Weasley fora uma bela cerimônia, a primeira da qual Harry e Hermione participaram. Eles estranharam ao verem que quem realizava a cerimônia eram os pais e não um juiz de paz ou qualquer coisa semelhante, mas também ficaram sabendo que isso era uma tradição na família Weasley. Depois da cerimônia teve uma grande festa nos jardins, para todo lado que se olhava era visível a superioridade ruiva e loira, esta mais por parte dos Delacour.

A festa estava lotada, as duas famílias eram grandes e também havia outros convidados conhecidos das famílias. Harry não tinha um momento de sossego, por mais que ele quisesse passar por despercebido, a cada dois passos ele era abordado se não por Molly apresentando diversas pessoas de sua família, era abordado por Fleur que queria apresentar, ou melhor, empurrar ele para alguma amiga, metade do tempo ele não entendia o que as francesas estavam falando e para completar Gabrielle estava pendurada em seu braço há quase uma hora, aparentemente tentando fazê-lo olhá-la de outra forma, ou seja, tentando enfeitiçá-lo com seu encanto de Veela.

Hermione só observava o amigo ser parado a cada trinta segundos, era claro que ele não estava gostando de tanta atenção, afinal ele sempre gostara de ser discreto, mesmo nunca tendo conseguido isso direito. Ela lançou um olhar mortal a Gabrielle e mais algumas francesas, provavelmente amigas da noiva, que tentavam a todo custo fazer Harry olhar mais para elas do que para os outros. A música corria solta, muitos casais dançavam e ela pôde ver que Harry tentava fugir ao máximo desse destino, sorriu ao lembrar que ele não gostava de dançar, então resolveu dar uma ajuda a ele.

Foi caminhando até o amigo sem notar que um loiro se aproximava dela e nem parou quando lhe ouviu chamar, com um pouco de calma ela conseguiu chagar até Harry, que ao olhá-la nos olhos pediu um socorro silencioso e que fora prontamente atendido.

_ Harry, vamos dançar um pouco? -Falou Hermione sobrepondo a voz das garotas que o cercavam, ele se desvencilhou delas e tirou gentilmente Gabrielle de perto, sorrindo para a amiga.

_Vamos. -Foi a única coisa que falou e os dois se afastaram, Hermione ainda pôde sentir diversos pares de olhos queimarem com fúria suas costas. _Te devo uma. -Falou Harry bem próximo de sua orelha, a fazendo se arrepiar levemente, principalmente quando sentiu os braços dele lhe envolverem a cintura, o olhou surpresa. _Agora vamos dançar se não eu to perdido.

_Ah ta. -Aquilo não era a coisa mais esperta de se dizer, pensou Hermione. Mas por alguma razão sua mente não funcionava direito com a proximidade do corpo do melhor amigo. Ela enlaçou o pescoço dele com as mãos e os dois começaram a dançar levemente, Harry estava meio que desajeitado, mas se saía bem. _Você não dança tão mal.

_Ah, deve ser a companhia que é muito boa ou muito gentil para não falar que eu sou um desastre. -Falou o moreno em um tom amigo, mas ainda olhava a amiga bem dentro dos olhos, tudo ao redor deles parecia não importar.

Harry inclinou um pouco mais o rosto e quando estava a centímetros do da amiga uma forte explosão é ouvida, fora muito forte os dois se separaram rapidamente ficando no mínimo três passos longe do outro, como se essa distancia fosse segura, mas logo sua atenção é voltada para mais uma explosão. Os dois olham para a direção de onde ela viera e puderam ver comensais da morte, a correria ao redor era tremenda, o pânico se espalhara como uma peste, Harry sentiu todo o seu sangue congelar nas veias e um ódio profundo, que nem mesmo ele sabia de onde vinha, invadiu seu coração, até parecia que o ódio substituíra o sangue.

_Mione, vá ver as crianças. -Falou Harry e sem esperar a amiga confirmar, saiu correndo contra o fluxo de gente, alguns pararam de correr ao vê-lo indo em direção aos comensais, tremeram ao ouvir a voz do rapaz em um tom tão gélido que fez até o comensal mais perto tremer. _Flipendo. -O comensal que tremera fora atingido no meio do peito por um raio azul claro, ele sentiu como se um forte murro o tivesse atingido e voou quase dois metros para trás e caiu inconsciente no chão.

A atenção dos comensais fora atraída para o moreno, vários Weasley e Delacour começaram a lutar contra os comensais seguindo o exemplo do Potter, logo um grupo da Ordem estava lá também. Os comensais apareciam de todos os lados, muitos convidado já caíam, Harry não soube se estavam mortos ou inconscientes, ele estava preocupado de mais duelando com um comensal, olhou pelo canto dos olhos e viu Lupin duelar com três ao mesmo tempo com facilidade.

_Crucio. -Gritou o comensal que lutava com Harry, este pulou para o lado girou no chão e gritou.

_Expelliarmos. -O comensal fora jogado para trás e bateu em outro, os dois caíram inconscientes, mas o moreno não teve tempo de comemorar, estava cercado por cinco comensais que não hesitaram em gritar ao mesmo tempo a maldição da dor.

Harry caiu no chão, não gritava, mas a dor era imensa e os comensais pareciam se divertir. A dor estava aumentando, sentia que ia ceder, mas mesmo assim não gritava, então um grito foi ouvido na balburdia e ele abriu os olhos, fracamente ele viu Hermione caída a frente de umas cinco crianças, ela estava sendo torturada por três comensais, um deles parou e avançou para ela, ia tocá-la e ele não podia permitir isso.
Ouviu seu coração bater com tal força que parecia que ia sair pelo peito. O ódio incendiou ainda mais o seu corpo e, para o total terror dos comensais que o torturava, ele se levantou, seus olhos tinham um lampejo negro que assustou a todos que o viam. Ele ia gritar a maldição da dor quando tudo ao seu redor ficou silencioso e ele pôde ouvir a voz de Belatrix “Para usar uma imperdoável não basta ódio justificado você tem de querer machucar, tem de querer que a pessoa sofra e nada mais” depois de ouvir essa voz ele solta um sorriso gélido e ignora se está cercado ou não, aponta a varinha para o comensal que estava a centímetros de Hermione, a uns quinze metros de si, e então grita.

_Crucio. -O Comensal fora atingido e jogado para trás caindo rapidamente e urrando de dor, seus companheiros que torturavam a sangue ruim olharam para o amigo e depois para de onde viera a maldição. Viram que fora o Potter que lançara a imperdoável.

Os comensais que cercavam Harry viram que já não adiantava usar a cruciatus sobre ele, pois este estava extremamente concentrado em algo para ligar para dor, então tentaram acertá-lo com outros feitiços, mas ele fora mais rápido e se abaixara, deixando que os feitiços batessem nos próprios comensais, realmente aquele não era o Potter de sempre.

Os comensais estavam em desvantagem visto que a maioria dos convidados, vendo a coragem do jovem Harry, avançou com tudo para sobre seus atacantes, já o Potter não mais ligava para isso, ele corria em direção de sua amiga e dos dois comensais que ainda estavam ali.

_Desk. -Falou um dos comensais apontando a varinha para Harry, que sentiu o feitiço lhe acertar o braço. A dor do ferimento era alucinante e o fez cair, rolou um pouco, mas logo tratou de se levantar e correr. _Mate a garota e vamos. -Harry ouvira aquilo e o sangue correu com força, ele olhou para um lado e viu se amigo Rony, ele estava apontando a varinha para um daqueles comensais e então não pensou duas vezes.

_Dufk. -Antes que o comensal falasse a maldição da morte, Harry gritara o feitiço. O comensal se viu de repente sem conseguir respirar, estava sufocando, ele começou a se debater numa vã tentativa de se libertar, estava desesperado, mas tudo o que conseguiu fora ficar sem ar mais rapidamente, caindo inconsciente no chão, quando o ar voltou aos seus pulmões.

_Estupefaça. -Gritou Rony e o segundo comensal caiu estuporado sem saber de onde veio o feitiço.

Os comensais começaram a debandar, um ou outro era capturado, mas a maioria fugiu. Harry já estava ao lado de Hermione, que parecia inconsciente, sua respiração estava pesada, chamou seu nome algumas vezes e ela abriu os olhos.

_Você está bem? -Perguntou Hermione com ar cansado.

_Não era eu que deveria perguntar isso? -Falou o moreno a abraçando. _Venha, vamos entrar.

_E os comensais? -Perguntou Hermione, que aparentemente estava normal, só um pouco fraca.

_Estão debandando. -Disse Harry a ajudando levantar, a fazendo se apoiar em seu ombro e a agarrando ela cintura, ambos sentiram uma pequena eletricidade atravessar seus corpos, mas fingiram que nada aconteceu.

A caminho da casa, Rony logo os alcançou e os três começaram a conversar baixinho, viram que alguns comensais foram capturados, mas o resto conseguiu fugir. Havia muitos corpos no chão, Weasley’s, Delacour’s ou outros convidados, alguns mortos outros seriamente feridos, também havia comensais feridos e possivelmente mortos, mas os três não ligaram apenas avançavam para dentro da Toca.

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Passaram duas horas desde o ataque, Hermione estava descansando um pouco, recebera um poção fortificante da senhora Weasley, já Rony estava aproveitando que ninguém prestava atenção nele para arrumar sua mochila para viagem, os três resolveram partir ao anoitecer para ninguém perceber, mais por insistência de Harry que teimava em dizer que o ataque fora para pegá-lo e possivelmente acabar com os Weasley. Achava que se fosse embora provavelmente os comensais não fariam mais nada, também sentira através de sua ligação com Voldemort que este estava furioso com a falha no ataque.

Mesmo com um turbilhão de pensamentos em sua mente, Harry pode se lembrar daquelas palavras ditas no que parecia um sonho “Sacrifícios tem de ser feitos numa Guerra”. Essa frase lhe martelava a cabeça juntamente a pergunta que vinha a seguir “Só falta saber se você estará preparado para os sacrifícios que virão”. Será mesmo que ele estava preparado?

_Harry. -O rapaz se assustou a se ver tirado de seus pensamentos e olhou na direção da voz, viu Hermione, ela estava bem e o olhava com preocupação, então ele notou uma mochila em suas costas. _Você está bem?

_Estou. -Falou o rapaz ainda em tom vago, mas mesmo assim sorriu. _Está melhor?

_Você já me perguntou isso umas quinze vezes. -Falou Hermione sorrindo com o jeito vago do amigo, algo estava preocupando-o, ela sabia disso, mas esperaria até ele se abrir. _Estou ótima e preparada para outra.

_Coitado do bastardo que te torturar novamente. –Gélido, esse foi o tom de voz do moreno, seus olhos brilharam em sinal de ódio profundo, aquilo fez Hermione tremer levemente. _Mas não nos preocupemos com isso. -Harry ouviu o som de algo caindo pela escada, olhou para baixo onde uma massa ruiva se encontrava e suprimiu uma risada ao perceber que era Rony, provavelmente ele rolara o último lance da escada. _Sabe, eu acho que para descer escada é melhor andar, apesar de esse jeito poder ser bem rápido.

_Engraçadinho. -Resmungou Rony se levantando, em suas costas uma mochila azul escura. Ele olhou com raiva para Hermione. _Aquele seu gato besta apareceu de repente na minha frente.

_Você machucou o Bichento? -Perguntou Hermione preocupada e a cara de indignação de Rony era cômica.

_Eu estou bem, não se preocupe. -Ironizou o ruivo.

_Quietos. -Falou Harry em tom cortante. _Vamos logo antes que alguém venha ver o porquê do barulho.

_Para onde vamos? -Perguntou Rony.

_Segurem em minhas roupas. -Falou Harry, assim que seus amigos fizeram isso um estalo como o de um chicote foi ouvido e eles desapareceram sem perceber um par de olhos amarelos os observando.

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Três jovens apareceram do nada bem perto da saída de Hyde Park, um dos maiores parques reais de Londres, eles discutiram algo e depois saíram andando do parque, pegaram um táxi e andaram quase duas quadras até o imenso Hotel de luxo.

_Por que estamos aqui mesmo? -Perguntou Hermione.

_Por que um lugar trouxa seria o último lugar que Voldemort ou o Ministério nos procurariam.

_E por que não iríamos querer que o ministério nos achasse? -Perguntou Rony.

_Para aqueles patetas não me encherem. -Respondeu Harry descendo do Táxi e andando até a portaria do Hotel. Era bem bonita, o porteiro olhou de relance para ele e para os seus acompanhantes, torceu o nariz, realmente os três não eram pessoas que se possa dizer adequadas para o Golden Hotel, um dos melhores senão o melhor hotel da cidade, e meio relutante abriu a porta.

_Como você pretende pagar isso aqui? -Perguntou Hermione.

_É mesmo, isso aqui deve se muito caro. -Falou Rony maravilhado com o salão de entrada do Hotel, detalhes em ouro se viam do teto até o chão, lustres belíssimos e pessoas que andavam por lá sempre com vestes trouxas das mais caras.

_Falei com o Gringotes nesse verão, para falar a verdade eu só mandei uma carta para eles perguntando em como eu poderia usar meu dinheiro no mundo trouxa sem precisar ficar trocando diretamente no banco. -Falou Harry distraidamente. _Então um duende aparatou no meu quarto, quase que eu o estuporo sem querer, mas depois do ocorrido ele me explicou várias coisas simples e me deu isso. -Ao terminar de dizer Harry tirou um cartão de credito do bolso, era dourado e tinha um grande G gravado por baixo dos relevos do número. _Somente nós bruxos podemos ver a letra G, já os trouxas vêem a marca de um grande banco.

_Interessante. -Falou Hermione que olhou para Rony. _Você sabia que se podia fazer isso?

_Bom, nós bruxos dificilmente usamos dinheiro trouxa, então não sei muito sobre isso, mas papai deve saber. -Falou o ruivo que aparentemente estava perdido no assunto.

Assim que eles chegaram à recepção, uma mulher loira de olhos claros e sorriso forçado olhava para os três com certo desdém

_Desejam alguma coisa? -Perguntou a recepcionista em tom de falsa cortesia, Hermione olhou para ela com desagrado, já Harry abriu um sorriso de desdém e com um tom de profunda superioridade aristocrática falou.

_Queremos a cobertura por seis meses. -A recepcionista parecia querer segurar o riso assim como outro recepcionista que atendia uma velha de cara amarrada e olhar esnobe, que parecia dizer “Sou melhor do que você”.

_E como vocês planejam pagar? -Perguntou a recepcionista sem disfarçar o desdém na voz, ela analisou mais uma vez os três. O moreno vestia uma calça jeans preta surrada e com algumas remendas, uma camisa azul desbotada e um tênis gasto, os cabelos rebeldes dava uma imagem meio punk a ele, já o ruivo tinha a combinação mais estranha que ela vira, uma bermuda roxa berrante com uma camisa social verde limão e um sapato social marrom e tudo parecia bem velho, já a garota parecia alguém até normal, uma calça jeans azul um pouco justa, uma camisa vermelha que deixava uma parte da barriga aparecer, os cabelos longos e cheios e o olhar de desagrado fez a recepcionista pensar que já a vira em algum lugar.

_Com isso. -Disse Harry colocando o cartão de credito em cima do balcão de mármore rosado, a recepcionista olhou estranho para o cartão de credito, pensou que ele era roubado já que o estilo do rapaz não era de alguém que tinha um cartão dourado.

_Sua identidade, por favor. -Pediu desconfiada e, assim que o moreno lhe mostrou a carteira de identidade, ela passou o cartão de credito e ficou surpresa ao ver que ele não era roubado nem falso, o rapaz digitou sua senha e o total da quantia apareceu na tela do computador. O sorriso dela desapareceu, aquele valor não era coisa que qualquer trombadinha conseguiria. _Robert irá acompanhá-los até seu aposento. -Falou mais uma vez e fez sinal com a mão, um homem alto de cabelos escuros e olhos castanhos logo estava ao lado deles, Harry tirou sua mochila das costas e deu para o carregador, Hermione e Rony fizeram o mesmo, e os quatro foram até os elevadores, quando entraram Robert pareceu soltar o ar. Ao mesmo tempo a recepcionista folheava uma revista por baixo do balcão e encontra uma foto que a fez ficar pálida, ali estava a mesma menina de cabelos cheios com um olhar de desagrado, lado dela estava um homem alto de cabelos castanhos e uma mulher quase que idêntica a garota se não fossem os cabelos menos cheios.

_Angeline é uma chata. -Murmurou Robert e assim que notou que falara alto olhou de relance para os hospedes. _Me desculpem...

_Você estava falando da recepcionista? -Perguntou Harry em um tom mais amigável do que usara na recepção.

_Sim.

_Mulher antipática. -Falou Hermione. _Ela olhava para nós como se fossemos intrusos ou algo pior.

_Bom, convenhamos que vocês não estão trajados do modo como estamos acostumados aqui, a não ser a senhorita. -Falou o carregador, aliviado ao perceber que aqueles três jovens não eram nem de longe parecidos com os boyzinhos que apareceriam por ali.

_O que tem de errado com minhas roupas? -Perguntou Rony curiosos e Harry riu com a pergunta.

_Digamos que sua família não tem um senso comum de como se vestir fora de sua propriedade. -Falou Harry deixando claro ao enfatizar o “comum” que não era bom falar sobre aquilo perto do tal Robert. Logo eles ouvem um barulho de sininho e o elevador pára, a porta abre e eles saem. O corredor daquele lugar era pequeno, a frente do elevador estava uma enorme porta de madeira de lei com detalhes em ouro, Harry achou meio extravagante, Robert abriu a porta e esperou eles entrarem. _Obrigado Robert. Falou Harry tirando uma nota de cinqüenta libras da carteira e entregando para o homem que aceitou.

_Quando precisar senhor. -Falou Robert se curvando levemente.

_Primeiro meu nome é Harry, nada de senhor, ou seja, lá o que for. -Disse o moreno que definitivamente não estava acostumado com aquelas coisas. _E nada de se curvar, ao menos não quando estamos só nós por perto, já quando tiver outro hospede faça só para eles não reclamarem. -Depois dessas palavras Robert afirmou com um aceno da cabeça e saiu do aposento, ele realmente gostara dos novos hospedes.

_Isso é enorme. -Falou Rony chocado e maravilhado. _Aquilo é uma escada? Perguntou apontando para uma escada que provavelmente dava a um segundo andar.

_Antes de qualquer coisa, temos de restringir o máximo possível o uso de magia, ou seja, faremos tudo o mais absolutamente trouxa para que o ministério não nos encontre, feitiços básicos e sem importância podem ser usados, pois não são rastreados. -Começou a falar Harry _Isso valerá até acharmos um jeito de tornar esse andar do prédio imune ao rastreamento mágico do ministério e de qualquer outra organização, eu vi algo parecido em um dos livros que eu peguei na casa de Sirius. -O moreno parou por um instante e deu uma olhada em volta, viu uma porta um pouco grande num dos cantos e imaginou ser um escritório ou algo parecido. _Hermione cuidará disso, veja nos livros de artes das trevas.

_Gostaria de não mexer com artes das trevas se não for preciso. -Falou Hermione em tom de desagrado.

_Mais cedo ou mais tarde precisaremos utilizar artes das trevas, pois há feitiços que só são rebatidos com artes das trevas, e se quisermos continuar com essa missão provavelmente nos depararemos com inimigos e o teremos que derrotar da maneira possível, isso até poderia ser fácil, mas também teríamos de capturar e interrogar algum comensal e até mesmo matar. -O tom sério de Harry e o lampejo de ódio nos olhos verdes fizeram os dois amigos não contrariarem o rapaz. Ele andou até a porta onde achou que era o escritório e confirmou ao abrir e ver paredes forradas de livros e uma escrivaninha executiva com um computador.

_Quando agiremos? -Perguntou Rony.

_Assim que pudermos usar magia aqui dentro. -Falou Harry distraidamente, mas depois voltou a olhar para os amigos. _Não se preocupem com as despesas do hotel, se precisarem de algo peçam ao serviço de quarto, eu herdei uma parte da fortuna Black e é com ela que estou financiando nossa jornada, esse dinheiro foi conseguido na prática de artes escusas, através de artes das trevas e roubos e será com esse dinheiro que derrubaremos Voldemort e seus seguidores.

_O que é serviço de quarto? -Perguntou Rony meio perdido.

_Explique para ele, Mione. -Pediu Harry entrando no escritório e fechando a porta logo atrás de si enquanto Hermione explicava para o ruivo o significado de Serviço de Quarto, entre outros termos trouxas que possivelmente seriam usados na estadia deles ali. O Wesley aparentemente ficou maravilhado com o tal Serviço de Quarto e em dez minutos pediu comida suficiente para cinco pessoas e, para o horror de Hermione, ele comeu tudo como se nunca tivesse comido algo na vida.

Em quanto isso Harry estava ligando o computador, deu graças a deus de ter aprendido a usar aquilo no primário, já que sua escola ensinava a todos os alunos e ele também mexia de vez em quando nos computadores de Duda, quando este não estava em casa ou quando se enjoava do computador e o queria jogar fora. O rapaz acessou a internet e foi em um site de busca bem famoso, ele tinha pensado em algo quando vira o computador, mas não tinha certeza, então resolveu testar ele primeiro. Colocou “Hogwarts” para procurar e para sua surpresa uns cinqüenta sites apareceram, mas a maioria era de sites de folclores e lendas, ficou surpreso quando viu um desenho bem antigo da locomotiva de Hogwarts, provavelmente algum aluno de família trouxa o tinha feito ou contado histórias para amigos que consideraram velhas lendas, mas havia muita coisa ali, desde histórias dizendo que o castelo era uma terra sagrada onde seres míticos de poderes inimagináveis viviam, até dizer que ali era um local para se aprender feitiçaria, o que era de certa forma verdade. Ele também viu o que parecia ser um documento de um Arqueólogo datado de 1903 que sentia-se frustrado em não encontrar nada relacionado ao castelo em suas escavações pela Europa. Depois de ver alguns sites ele colocou outro nome para pesquisar. Depois de ver alguns sites que tratavam a escola como mera lenda fictícia, ele resolveu procurar por outro nome, a primeira coisa que lhe veio a mente fora “Godric Gryffindor” achou dois sites, um dizia somente respeito a um tal Godric chefe de uma importante indústria do século passado, o outro era mais um site de lendas e falava sobre um Griffindor, dizia que ele fora um grande guerreiro e que ele não se curvara a nada, dizia também que ele instruiu o rei Arthur na arte da espada, algo que o moreno julgou lenda.

Pensou em colocar o nome do fundador da Sonserina, mas achou pouco provável que tivesse algum registro dele, então resolveu pular e colocou o nome “Rowena Ravenclaw” para enorme espanto do rapaz, centenas de sites apareceram, eram bem mais de quinhentos, alguns em um idioma desconhecido para ele e na maioria o nome da fundadora da Corvinal era mencionando como uma grande e sabia sacerdotisa celta que vivia nas ravinas, outros a tratavam como uma adivinha e mais alguns como uma bruxa que reverenciava uma deusa celta, foi quando Harry abriu uma página de um site que ele julgou incerto, que ele viu um desenho de um lindo arco, era grande e azul, runas em dourado estavam gravadas em todo o arco e a linha era branca, achou aquilo fascinante.

“Rowena Ravenclaw segundo as lendas antigas era uma eximia caçadora, tendo sua preferência por arco e flecha, diziam que ela nunca carregava flechas consigo, mas o arco sempre estava pendurado em suas costas, com ele a sacerdotisa da deusa era capaz de abater os mais diversos animais. Dizem que ela tinha olhos de águia e conseguia enxergar perfeitamente sua presa mesmo que e o alvo estivesse a 100 Hectares, ou seja, um quilometro, mas por alguma razão o arco desaparecera após a morte da Sacerdotisa...”

O texto ia por mais algumas páginas e dava algumas descrições sobre tal artefato Harry achou aquilo detalhado e fascinante demais para ser um mero conto, mas para confirmar só bastava perguntar a Hermione. Ao pensar nisso que o moreno sentiu um aperto no estômago, olhou para um relógio na escrivaninha e viu que já se passara umas duas horas desde que ele entrara ali, ouviu uma batida na porta.

_Entre. -Falou já se levantando da cadeira executiva e então viu Hermione entrar no local com uma bandeja com comida, ele sorriu ao ver a coincidência das coisas. _Ainda bem que você trouxe comida, eu estava indo chamar o serviço de quarto para trazer algo.

_Imaginei que você estaria com fome. -Falou Hermione colocando a bandeja na escrivaninha e se sentou um uma cadeira a frente desta. _Você até parece um homem de negócios ai desse lado.

_Hunpf, pesqicha . -Falou Harry com a boca cheia, depois que percebeu isso ele engoliu a comida de uma vez. _Eu estava pesquisando algumas coisas na internet.

_E o que seria? -Perguntou Hermione sorrindo com a visão do amigo comendo tão feliz.

_Primeiro eu pesquisei algo relacionado à Hogwarts e para minha surpresa havia uns cinqüenta sites falando de lá, todos eram sites de folclore e lendas. -Falou Harry parando de comer. _Depois eu resolvi ver um site sobre o fundador da Grifinória achei apenas dois sites, um não tinha nada a ver o outro só dizia a lenda de um guerreiro que ensinou o rei Arthur a manejar a espada e tal, não sei se é verdade, acho que não, depois eu pensei em pesquisar algo relacionado a Salazar, mas logo deixei a idéia de lado até por que é pouco provável que tenha alguma coisa dele.

_E se tiver provavelmente vão falar que ele era um demônio ou mexia com isso. -Falou Hermione seguindo a linha de raciocínio do amigo. _E qual foi o outro fundador que você pesquisou?

_Ravenclaw. -Agora o tom de voz dele era mais profundo e os olhos verdes a fitavam com tanta intensidade que por um instante Hermione pensou que ele podia ver através dela ou algo pior, o que a fez corar levemente. _Eram centenas de sites falando sobre ela, muitos mesmo, a maioria sobre lendas, mas somente um me chamou mais a atenção. -Harry fez sinal para que Hermione fosse até ele e ela assim o fez, ele abriu espaço e ela se curvou levemente para ler o que estava escrito na tela e a cada palavra ela parecia tão fascinada quanto Harry. _Ela tinha algum arco?

_Cada fundador de Hogwarts tinha uma qualidade única. Griffindor era corajoso e exímio espadachim, Salazar era ótimo em lutas, mas sua arma era um cajado, Helga usava uma lança que só feria pessoas que estavam cometendo ou cometeram algum ato maldoso de propósito e Rowena tinha um arco mágico de um azul claro e límpido tão bonito que maravilhava quem o via, ele era protegido por runas antigas e já quase desconhecidas na época, as flechas dela eram moldadas conforme sua magia por isso precisava ter grande poder mágico para manipulá-lo, ela também tinha a característica dos olhos de águia, ou seja, ela realmente tinha uma visão superior a comum é um dom raro e só tem uma pessoa que o possui hoje em dia.

_Madame Hooch. -Falou Harry se lembrando dos olhos amarelados da professora e como tinha a impressão de que ela era capaz de observá-lo mesmo quando ele estivesse muito alto em sua vassoura. _O que aconteceu com o arco?

_Não sei ao certo. -Falou Hermione. _Tenho de pes... Hermione foi interrompida com a entrada de Rony no escritório.

_Ei, Rony você sabe alguma coisa sobre o arco de Rewena Revenclaw? -Perguntou Harry num tom de voz tão simples que assustou Hermione, que provavelmente pensara que aquilo não era uma coisa que o ruivo saberia como geralmente é o comum.

_Está em exposição na ala bruxa do museu que vocês chamam de Louvre. -Falou Rony meio perdido com a pergunta e ainda mais ao ver a cara descrente de Hermione. _Acharam uma horcrux?

_Talvez. -Falou Harry.

_Não faz muito sentido. -Falou Hermione. _Se esse artefato está no museu não tem como ele ser uma horcrux.

_Como ele foi parar no museu? -Perguntou Harry ao ruivo que pareceu puxar algo pela memória.

_Eu tinha uns seis anos quando meu pai disse algo sobre esse arco para minha mãe, aparentemente eles tinham capturado um antigo comensal muito perigoso e fiel a Voldemort e em seu esconderijo estava o artefato, pelo que me lembro o comensal tentou matar qualquer um que tentava pegar o arco. -Falou Rony como se tentasse lembrar de algo. _O Comensal foi para Azkaban onde recebeu o beijo do dementador.

_Por que um comensal estaria com um pertence de Revenclaw? -Perguntou Harry em tom de quem já sabia a resposta.

_Então só pode ser. -Disse Hermione agora convencida. _Mas por que ele deixaria tal artefato num local tão público.

_Exatamente por isso. -Falou Rony agora seus olhos estavam diferentes, mais aguçados como em uma partida de xadrez. _Se Você-Sabe-Quem não foi atrás do arco logo depois de ressurgir é por que achou o lugar perfeito para esconder o arco, um lugar que está bem à vista de todos e que ninguém suspeitaria.

_Um lugar a vista é obvio. -Falou Harry. _Mione, você achou alguma coisa para tornar toda magia praticada nesse local não ser identificada ou percebida? -Perguntou o moreno mudando de assunto.

_Achei uma poção, a fumaça dela deve tomar todo o local desejado e depois toda a magia que for feita dentro do local não poderá ser detectada por nenhum feitiço ou poção de localização. -Falou Hermione, uma sombra passou por seus olhos castanhos. _Precisaremos de ingredientes ilegais.

_Rony entre em contato com Mudungo, não se identifique apenas mande uma coruja qualquer com ordens de nunca revelar nossa localização, marque um encontro com ele falando que estamos interessados em fazer negócios bem lucrativos e marque um encontro na entrada sul do Hyde Park às dez da noite de amanhã, faça isso discretamente. -Falou Harry.

_Onde eu conseguirei uma coruja por aqui? -Perguntou Rony já que ele não trouxera Pich e nem mesmo Harry levara Edwiges, pois ela era facilmente identificada.

_Tem uma loja de animais mágicos por esses lados. -Falou Hermione fazendo os dois rapazes olharem para ela com um quê de curiosidade. _Já vim por esses lados e também vi o endereço no catálogo.

_Mione, acompanhe o Rony até a loja, compre uma coruja discreta, mas que seja rápida e eficiente, pegue alguns galeões na minha mala, voltem em trinta minutos, se não retornarem nesse tempo abandonarei esse local e ficarei perto da entrada sul do Hyde Park. -Falou Harry que estava pensando em caso de alguma coisa acontecer.

_Certo. -Falou Hermione olhando para o relógio. _Vamos Rony. -Falou a garota puxando o ruivo pelo braço, um minuto depois Harry ouve a porta bater. Saiu do escritório, estava cansado, foi tomar um bom banho e depois ficou esperando a volta dos amigos na sala.

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Eram quase dez da noite e Mudungo estava esperando os estranhos compradores, não sabia quem eram, mas devia ser alguém com muito dinheiro, aquela parte de Londres era de certa forma privilegiada e qualquer bruxo que marcasse um encontro ali deveria ter alguma grana. Ele estava quebrando pelo menos uma dúzia de regras da Ordem, mas não ligava muito.

_Fletcher. -Falou alguém perto de umas árvores fazendo Mudungo se sobressaltar levemente. _Venha até aqui. -Falou o estranho, ele não conseguia ver o rosto, pois estava encoberto pelas sombras das árvores quando estava a cinco passos do estranho este fez sinal para que parasse. _Soube que você pode conseguir várias coisas que não são muito convencionais.

_Desde que você não seja um comensal. -Falou Mudungo estranhando aquilo.

_O grupo a que pertenço não é os comensais. -Falou Harry pensando alto, viu pelo canto dos olhos Hermione e Rony se mexendo estranhamente, então uma idéia lhe veio à mente.

_A que grupo você pertence? -Perguntou Mudungo.

_Ragnarok. -Falou Harry em um tom mais duro e seco de voz, o que fez Fletcher tremer levemente. _Traga esses ingredientes. -Disse tachando uma folha de pergaminho onde havia dezenas de ingredientes alguns nem eram para a poção, mas para reserva.

_Será muito arriscado trazer a maioria disso. -Falou Mudungo vendo que aqueles ingredientes em 99% eram ilegais. _O preço será alto.

_Lhe pagarei muito bem pelos seus serviços. -Falou Harry.

_Dez mil galeões. -Falou Mudungo com pensamentos ambiciosos.

_Te darei seis mil e será mais que o suficiente. -Falou Harry em tom duro e frio Fletcher tremeu fortemente. _Ou será que você tem alguma objeção?

_Não senhor. -Falou Mudungo, por alguma razão ele sentiu que não era bom contrariar aquele estranho.

_Quero tudo para amanhã, deixe tudo que eu pedi debaixo dessas árvores no mesmo horário e vá para a entrada leste do parque, lá terá uma lixeira logo em frente, o dinheiro estará lá, mas nem tente pegá-lo antes das dez e cinco.

_O que aconteceria se eu fizesse isso? -Perguntou Fletcher.

_Se tiver faltando algum ingrediente ou você tiver feito algo que não nos agrade. -Aquele tom arrastado e coberto de frieza assustara até mesmo Rony e Hermione que estavam escondidos atrás das árvores. _Sabemos onde você mora, onde são os seus esconderijos, onde seus amigos estão e nem adianta se esconder com da Ordem da Fênix, pois nem lá você estará seguro. -Harry parou e riu baixinho causando um arrepio em Mudungo. _Estamos entendidos?

_Sim senhor. -Falou Fletcher em tom amedrontado.

_Vá. -Ordenou Harry e em seguida Mudungo desaparatou, não sem antes tentar enxergar quem era, mas como não conseguiu sumiu.

_Cara você me deu medo. ,Falou Rony apesar de exibir um sorriso nos lábios. _Pelo menos nós teremos certeza que ele nem vai tentar nos enganar.

_Mas o preço está muito alto. -Falou Hermione pensativa. _Mesmo você baixando ele.

_Estamos tratando de coisas ilegais o preço não seria baixo de qualquer jeito. -Falou Harry.

_O que faremos agora? -Perguntou Hermione.

_Primeiro devo ter seis mil galeões na bolsa, afinal eu tirei uma boa quantia do Gringotes, eles me deram uma bolsa de moedas magicamente ampliada em seu interior. -Falou Harry olhando as luzes da cidade. _Vamos voltar para o Hotel, descansaremos bem essa noite, é impossível alguém nos encontrar por aqui, então poderemos ter uma boa noite de sono.

_Agora que eu pensei numa coisa. -Falou Rony começando a andar com os amigos. _O que faremos se alguém tentar mandar uma carta via coruja para nós?

_Depois da poção nenhuma coruja poderá chegar até nós sem nossa permissão. Falou Hermione em um tom mais baixo, tinha um grupo de adolescentes se aproximando deles. _Ela é uma forma antiga de Fidelius, mas diferente do feitiço não se precisa de guardião e é possível localizar a casa ou o local se for por meios não mágicos.

_E aí princesa! -Falou um rapaz do grupo de adolescentes ao passar perto dos três.

_Você quer morrer agora ou mais tarde? -Perguntou Harry parando e virando apenas o rosto para o rapaz, que estava a uns três passos atrás dele olhando para Hermione, que corou levemente.

_Potter é você? -Perguntou uma voz feminina saindo do meio do grupo de adolescentes, só então ele notou que havia algumas garotas, eram em torno de dez adolescentes sendo que no meio tinha umas quatro garotas.

O moreno se virou por completo e olhou para cada uma das garotas tentando saber quem fora que dissera o seu nome, então ele parou os olhos em uma um palmo mais baixa que ele, loira com uma pele muito branca, os olhos eram azuis claros o nariz meio arrebitado, era bonita de certa forma, principalmente com aquelas roupas, uma saia que ia até o meio das coxas e uma camisa preta apertada no corpo mostrando as curvas.

_Quem é você? -Perguntou Harry já achando ruim que alguém o conhecesse.

_ Cindy você conhece esse Punk? -Perguntou o rapaz a quem Harry havia ameaçado, que apenas olhou para o moreno e viu as roupas velhas e largas com alguns remendos, nem se preocupou em olhar o rosto.

_Estudamos na escola primária juntos. -Respondeu a garota.

_Smithers. -Falou Harry como se lembrasse de algo um tanto desagradável, o que não foi notado pelos outros, apenas por Hermione.

A loira observou bem a Harry e viu que apesar das roupas um tanto velhas e daquele cabelo um pouco grande e bagunçado que lhe davam uma aparência Punk, ele estava muito bonito. Aquele ar de perigo que ele sempre tivera na escola primária ainda persistia, só que aparentemente mais forte, olhou para quem o acompanhava um rapaz ruivo e alto de olhos azuis que se vestia bem estranhamente e uma garota de cabelos castanhos assim como os olhos, ela era familiar.

_Vejo que se lembrou de mim. -Falou a loira abrindo um enorme sorriso, sem notar o olhar de desagrado de Hermione, já Rony parecia achar interessante, já que o amigo nunca falara muito sobre sua vida antes de Hogwarts e quando falava era dos tios. _O que faz por esses lados?

_Estamos em um hotel aqui perto. -Respondeu Rony, recebendo um olhar mortal de Harry.

_Então seus tios também estão por aqui? -Perguntou Cindy.

_Deixei a casa de meus tios a mais de uma semana. -Falou Harry em tom de quem queria terminar a conversa logo, mas a loira não parecia ter os mesmos planos, pois se aproximou muito dele, um tanto perto de mais na opinião de Hermione.

_Um cara como você não deve ter dinheiro nem pra se hospedar num prédio de quinta. -Falou um dos rapazes do grupo de Cindy.

_Não vai me apresentar aos seus amigos? -Perguntou Cindy, ignorando o comentário do amigo.

_Esse é Rony. -Falou Harry apontando para o ruivo, uma morena de olhos verdes olhou com muita intensidade para o ruivo, que apenas sorriu. _E esse é Hermione.

_Oi Hermione. -Falou o mesmo rapaz de antes, Harry olhou para ele. Alto, devia ter sua altura se não uns dois centímetros maior, cabelos negros, mas a franja era loira, olhos também negros.

_Temos que ir. -Falou Harry pronto para se virar e ir embora, quando Cindy lhe segura pelo braço. _Devíamos nos encontrar mais vezes.

_Quem sabe um dia. -Falou Hermione em um tom um tanto hostil para a loira, em seguida puxou a Harry fazendo Cindy o soltar e lhe segurou pela mão.

_Tome. -Disse a loira entregando um papel a Harry, que o pegou sem entender muito bem. _Aí esta o número do meu celular, me ligue.

_Tanto faz. -Disse Harry saindo andando sem olhar para trás, ainda com Hermione lhe segurando pela mão e Rony dando risadinha ao seu lado.

_Parece que você se interessou pelo Potter. -Falou o moreno de franja loira.

_Ele mudou nesse tempo, mas aquele ar de rebelde e perigoso que ele tinha quando pequeno ainda continua e um pouco mais forte. -Falou Cindy sorrindo abertamente. _Se fosse você, eu tomaria cuidado com ele, afinal ele não tinha uma boa fama quando pequeno e pelo que sei ele ainda não a tem.

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N/A: Aqui esta mais o inicio de uma jornada que podera mudar o mundo..........espero que vcs acompanhem ela e comentem bastante e votem tb...................t+............fui

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Comentários (1)

  • rosana franco

    O Rony deve realmente estar encantado com tudo,parece q mais uma horcrux foi encontrada mais vai dar trabalho entrar no museu e pegar a horcrux,o Harry realmente esta bem mais confiante em si mesmo e o clima entre ele e a Hermione esta cada vez mais quente.

    2011-03-23
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