Festas, brigas e lua cheia
Flash Back
- Se a idiota da sua irmã acha que me humilha e fica assim? Ela esta enganada, você ira pagar por isso. –dizia uma menina loira, Asheley Quinn, e pelo visto a menina não tava pra brincadeira.
- Ahhh olha só oxigenada e com a Xaveirinho que você tem problemas e não comigo. –dizia outra menina, Kir Jones.
- Ahhh onde esta ela? Ela ta com medo, só me derrubou por que eu estava distraída, ela não e nada. –dizia Asheley convencida.
- Me deixa Quinn, seu problema não e comigo, e se fosse ia perder seu tempo eu não to afim de brigas. –tentava encerrar Kir.
- Covarde? Tipico da sua família. –zombava a menina, Asheley estava acompanhada de uma gangue composta de mais quatro garotas, Elisa Belmont ruiva e olhos castanhos, baixa e ar de segurança, Karol Linz morena, alta, um pouco gordinha e olhos azuis, Tina Mars baixinha, cabelos castanhos embaçados, olhos castanho e pequenos e Vivian Pierre cabelos e olhos castanho, alta demais pra idade e um pouco desajeitada.
- Não e covardia Quinn e auto preservação você ta em grupo e eu sozinha e eu não tenho por que fazer isso. –dizia Kir um pouco alterada e foi embora, mas Asheley não ia desistir facilmente, ela ia fazer Kir pagar pelo erro da irmã, nem que fosse com a humilhação, sabia onde Kir costumava passar o tempo do almoço e ia lá fazê-la pagar. Depois do almoço Asheley encurralou Kir novamente, junto com sua gangue, Kir girou os olhos.
- Ouch, você não tem mais nada pra fazer não? Ficar me perseguindo assim, o que os outros irão pensar. –zombava Kir, ela tinha um Kiwi na mão sua intenção era come-lo, mas a presença enjoativa de Asheley não deixava.
- Ora sua...-nessa hora Asheley já tinha perdido a calma. – você a covarde da sua irmã irão me pagar, aquela fraca, ta provado que eu sou melhor guerreira que ela.
- Será mesmo Quinn? –dizia uma voz fria atrás de Asheley.
- Será não, é assim e você sabe Jones. –respondia a menina com desdém.
- Então que tal provar quem e a melhor então? –sugeriu lianne fria.
- Aceito, todos verão como você e fraca. –dizia Asheley convencida. Em questão de segundos todos no pátio do templo gritava “BRIGA, BRIGA”, tinha alguns os mais velhos para ser mais exata que já recolhiam apostas, todos conheciam a fama de durona de Lianne e alguns estavam dizendo que Asheley ia precisar sair de lá carregada em uma maca ou algum superior teria que separar Lianne dela. Lianne entrou em posição de luta e a Asheley seguiu o exemplo. Cinco minutos foi o que durou a briga, em cinco minutos asheley saiu com o nariz quebrado e varias escoriações pelo corpo.
- Quem e fraca agora Quinn? –disse Lianne em deboche.
- Olha Jones você teve foi um golpe de sorte, me pegou desprevenida. –justificava Asheley.
- Ahh não, agora essa foi demais pra mim, ta certo que comigo você tinha chance de ganhar, mas você já foi humilhada pela Lianne duas vezes Quinn, você não desiste não? –escrachava Kir.
- Cala boca que ninguém te chamou na conversa Jones. –agora quem falava era Elisa Belmont, ruiva de olhos castanhos.
- Eu não preciso ser convidada foguinho. –respondeu Kir rindo.
- Alem do mais ela ta certa, a Quinn apanha duas vezes e mesmo assim não baixa a bola, será que a Kir vai ter que aprontar com ela a noite pra ela ficar calada? E olha que a minha maninha tem umas azarações de autoria própria que são terríveis. Segue seu rumo Quinn e me deixa em paz ou serei obrigada a te dar uma lição mais seria. –Asheley e Elisa saíram de la nervosas.
- HAHAHAHAHAHA! –Kir explodira, chegava a ficar roxa de tanto ri.
- Ela e uma piada, mas ela chegou a encostar em você? –perguntou Lianne preocupada.
- Não, e se tivesse encostado eu tinha dado uma surpresinha a ela, mas eu to bem. –sorria a pequena. Para o assombro de Kir, Lianne deu um sorriso sincero, o primeiro sorriso sincero depois da morte de Richard.
- Preparem as sombrinhas de ferro, vai chover canivete minha gente, Lianne Angel Jones sorriu. –ria Kir, ela foi ate a irmã que estava um pouco corada e a abraçou. –bem vinda de volta chaveirinho.
- Não e pra tanto Kir e só um sorriso. –tentava Lianne.
- Não e só um sorriso Lianne, e o primeiro em três anos, e muita coisa, precisamos comemorar, que tal um animado duelo ate a morte? – disse Kir em tom de piada.
- O convite e bom, mas eu recuso, que tal aprontarmos com a Asheley a noite? –sorria Lianne abertamente.
- Eu tenho uma azaração nova e quero testá-la. –sorriu Kir e puxou a irmã pelo braço. –vem eu preciso pegar outra coisa pra comer. Assim as duas Jones seguiram ate dentro do templo pra mais uma travessura.
Fim do Flash Back
- Vamos Kir Acorda. –dizia Lianne preocupada com a irmã, fazia uma hora que a menina estava naquele estado. - Kir, pelo amor de Deus – Lianne já estava a beira das lagrimas quando finalmente Kir abriu os olhos fazendo a irma soltar um suspiro de alivio. – Nunca mais faça isso viu? Deixou-me preocupada – Lianne limpou as lagrimas e fungou sorrindo.
- Essa e minha especialidade. –riu Kir, ela estava pálida. –desculpe não ter falando antes, eu tava muito assustada. –tentou kir, mas não deu pra Lianne responder, Johnny apareceu e disse que precisava falar com Kir. – O que você quer? - ela perguntou fria assim que Lianne se retirou.
- Desculpar-me, acho que é isso que eu te devo, desculpas, por não ter tentado te ajudar depois da briga com Lianne, por não ter ido atrás de você quando brigou comigo logo após a mesma briga e por agora a pouco, por ter beijado a Gabrielle. –tentava o rapaz, Kir o olhou de forma magoada.
- Você não sabe o quanto eu precisei de você, eu precisava do seu abraço, das suas piadas ridículas, mas que sempre me fizeram rir, eu precisava que você soubesse do nosso filho, esse segredo tava me matando Johnny. –chorava a moça.
- Eu sei, eu sei que não sou o cara perfeito e que errei muito com você, mas por favor me perdoa eu não consigo viver sem você, e agora teremos um Filho fada, minha família vai me matar, mas eu não ligo desde que você esteja ao meu lado. –Johnny tinha lagrima nos olhos.
- Não sei, ver você beijar aquela loira aguada me machucou muito Johnny. – ela chorava muito.
- Ouvir você falar que eu era tudo pra você me fez perceber que você também e tudo pra mim, te ver desmaiar na minha frente e eu sem poder fazer nada me fez perder o chão. –Johnny não agüentou e abraçou Kir. A garota num ato de desespero e saudade beijou o namorado mordendo no final do beijo seu lábio inferior fazendo – o sangrar.
- Te faço sangrar muito mais da próxima vez que você me machucar desse jeito hein? – ela ameaçou sorrindo e voltou a beijá-lo. O rapaz sorriu.
- Você e única sabia? – disse dando um selinho na namorada.
- Claro, eu sei que eu sou linda, inteligente, poderosa. –enumerava a moça.
- E humilde ne. –zombou ele, e logo depois recebendo um tapa no ombro. Depois da reconciliação de Kir e Johnny o clima da casa ficou mais calma, a senhora. Weasley até mesmo esqueceu de ficar escandalizada com a gravidez da garota dando dicas pra menina que somente uma mãe de sete filhos poderia saber, Gabrielle pediu desculpas a Kir e disse que não faria aquilo se soubesse que eles eram namorados e que ela esperava um filho de Johnny, o mais triste da casa com certeza era Augusto e sua tristeza ficava mais evidente quando Lianne e Ricardo trocavam qualquer amostra de carinho, até mesmo se fosse uma troca de sorrisos, quando 24 de dezembro chegou a noite foi maravilhosa, todos sorrindo, cantando, as garotas lindas faziam os meninos babarem, os meninos charmosos faziam as meninas caírem em seus encantos, com fogos de artifício lançados pelos gêmeos – que foram passar o natal da Toca e imediatamente fizeram amizade com as Jones que trocavam informações sobre travessuras com ele (os gêmeos fingiram um desmaio quando elas contaram sobre quando botaram fogos de artifício nas roupas de Snape – a noite ficou mais brilhante e divertida, mas o “pequeno” feriado chegou e os adolescentes tiveram a contra-gosto voltar a estação Hogsmeade para embarcar de volta a Hogwarts.
- E de volta a prisão! –zombava Kir quando atravessaram a barreira.
- Olha pelo lado bom, podemos voltar a aprontar com o Malfoy. –sorria Lianne.
- Já estou pensando no que fazer com ele. –os olhos de Kir brilhavam de divertimento.
- Qualquer coisa desde que você não faça esforço. –dizia Johnny responsável. Todos riram do comentário protetor do rapaz.
- Johnny eu to Grávida e não doente. –disse Kir em tom de desagrado.
- E mesmo se tivesse né mana? – zombou Lianne – se há uma coisa que você não sabe fazer é ficar quieta – a risada foi geral com este comentário, ate Augusto que tinha o olhar fixo no trem riu, depois de porem seus bagagens dentro do expresso todos voltaram para se despedir, abraçando a todos as Jones sorriam com os novos companheiros para a vida toda, os pais Weasleys, os gêmeos, as irmãs Delacuor, mas quando Lianne foi se despedir de Augusto que o desagradável aconteceu, na hora que ela foi beijar a bochecha do amigo, Augusto virou-se e o que era para ser um casto beijo na bochecha virou um casto beijo na boca, Lianne se separou de Augusto vermelha e olhando pro chão, mas a cor de seu rosto não era nada comparado ao vermelho do rosto de Ricardo que fervia de raiva.
- O QUE FOI ISSO? - ele gritou no auge da sua raiva.
- Ricardo, eu... – Lianne tentou explicar mas foi em vão.
- Desculpe cara, mas o impulso foi maior – envergonhado Augusto tentou consertar as coisas.
- IMPULSO? IMPULSO?
- Ricardo, controle-se, você está chamando atenção demais – tentando amenizar as coisas Lianne falou, mas aquilo pareceu não ajudar em nada, serviu apenas para deixar Ricardo mais irado.
- ESSE CARA BEIJA MINHA GAROTA E VOCE QUER QUE EU ME CONTROLE.
- É Ricardo, é isso que eu quero – Lianne falou determinada – você tem que entender Rick que eu e o Guto já namoramos....
- E é normal que eu ainda nutra algum sentimento por ela – completou Augusto como se pudesse ler a mente da garota.
- Como assim vocês já namoraram? – embora Ricardo tenha parado de gritar seu tom de voz ainda era alto.
- Namorando, somos amigos desde sempre, apenas rolou, mas eu terminei com ele...
- Ela não gostava de mim como eu gostava dela – novamente Augusto seguiu a linha de raciocínio da amiga.
- Eu não sabia disso – a voz de Ricardo estava perigosamente calma – alias, eu não sei de nada, nada sobre você Lianne, onde você morava antes de vim pra Hogwarts, com quem foi criada, nem mesmo sua data de aniversario eu sei, somente seu sobrenome, somente isso eu sei de você, mas eu também nunca tentei descobrir não é? Que erro – friamente, era assim que Ricardo falava, friamente e a cada palavra diferente que saia de sua boca uma nova lagrima surgia nos olhos verdes de Lianne – um bobo, foi isso que eu fui, por me apaixonar perdidamente por uma garota sobre a qual não sei nada, você nem mesmo deve gostar de mim, assim como não gostava dele – apontando para Augusto, Ricardo terminou seu discurso e virou-se perdendo-se na multidão de alunos que por ali circulavam, deixando para trás amigos completamente chocados e uma Lianne arrasada. O embarque que antes estava tão animado agora tinha perdido a graça, Lianne embarcou sem nem mesmo olhar para Augusto.
- Droga, por essa eu não esperava. –disse Kir no corredor com Johnny. –Putz logo agora que tava tudo certo.
- Isso não vai ficar assim, nos temos que fazer os dois voltarem. –dizia o rapaz serio.
- Sim, mas antes a auto-estima da Lianne tem que estar lá encima. –dizia Kir pensativa.
- Ta pensando em algo? –disse o rapaz abraçando a namorada por traz e caminhando ate uma cabine.
- Sim, mas antes de eu contar eu tenho q resolver algumas coisas. –disse misteriosa. Kir e Johnny seguiram ate a cabine que a gangue ocupava só Rick não estava lá. Kir foi direto e abraçou a irmã, Lianne chorou em seu colo ate o final da viajem. Lianne seguiu ate o castelo abraçada a irmã.
- Você verá, vai dar tudo certo. –Kir tentava acalmar a irmã.
- Mas você sabe que o que ele disse e verdade, ninguém sabe nada sobre nos e sobre a verdade. -dizia Lianne chorosa.
- Li ninguém ta preparado pra saber do que somos capazes, mesmo assim, o que nos fazemos e pra evitar que um mal maior caia sobre o mundo, já imaginou se Voldemort descobrisse o segredo? O caos que ia ser. –dizia Kir sensata.
- Eu sei, mas pelo menos o Johnny e o Rick precisavam saber, não toda a verdade, mas o necessário. –chorava Lianne.
- Agora não e momento, a gente vai contar aos nossos amigos, mas antes temos que cumprir a missão que nos foi confiada, só assim estaremos livre. –completava Kir.
- Quando você virou a senhora responsabilidade? –lianne se permitiu zombar.
- Quando eu descobri que ia ser mãe. –os olhos da moça brilhavam.
- E estranho pensar em você como mãe. –dizia Lianne um pouco mais calma.
- Foi difícil no começo, explodi com você aquele dia por que tava com um peso por não poder contar ainda, não tinha certeza de nada. –dizia Kir seria.
- Não se preocupa, foi bom por que eu vi do que você e capaz, e também descobri quem acabou com aquele acampamento perto do templo. –disse Lianne seria.
- E fui eu, mas e o que fazemos não e mesmo? Protegemos nosso segredo. –Kir olhava nos olhos da irmã.
- Mas isso passou a ser muito pesado para carregarmos, agora que conhecemos o mundo fora do templo, percebemos que isso muito maior que antes. –dizia Lianne concentrada.
- Realmente, mas o que viemos fazer aqui será especial. –sorria Kir.
- Sim, definitivamente essa missão e a melhor de todas. –Lianne se permitia um sorriso.
- Agora sem lamurias, vamos entrar que meu bebe ta com fome. –ria Kir.
- Credu você não cansa não? Já atacou o lanche do trem e agora ainda quer mais? –dizia Lianne com uma careta.
- Ta me chamando de gulosa? –fingia Kir ofendida.
- Não, to dizendo que você come demais. –desafiou Lianne.
- Você vai ver Angel, eu vou pegar você. –Lianne e Kir entraram numa brincadeira de pega-pega, pra muitos isso era infantilidade, mas para as irmãs Jones aquele momento era único, elas estavam apenas sendo Adolescentes comuns, mesmo por um pequeno estante, esqueceram os problemas e o passado, ali estava apenas o presente.
- Te amo mana. –sorria Lianne.
- Também amo você xaveirinho. –Kir a abraçou, com apenas aquele gesto as irmãs puderam dormir em paz aquela noite, mas no dia seguinte quando elas se encontraram para tomar café do salão principal resmungando sobre a volta as aulas o humor de Lianne caiu assim que seu olhar recaiu sobre a mesa da Corvinal onde Ricardo não olhou para ela em momento algum.
- Sabe o que essa escola ta precisando? –comentou Kir enquanto passava geléia na torrada.
- Se você não falar nos não saberemos. –comentou Gina mau humorada.
- Santo humor o de vocês em, só por que me tratam assim eu não falo ate resolver as pendências, mas uma dica eu dou a você principalmente a Lianne, nossa viajem ao Brasil valera a pena. –sorria Kir.
- Espera ai vocês já foram ao Brasil? –comentou Sam.
- Sim seis meses de pura farra. –dizia Kir alegre.
- Pera lá, você não ta pensando o mesmo que eu né? – Lianne perguntou chocada.
- Se isso tiver a ver com o que mais fizemos no Brasil...
- NÃO ACREDITO – Lianne gritou chamando toda a atenção do salão pra si – NÃO ACREDITO – ela gritou novamente se jogando em cima da irmã que desatou a rir.
- Calma lá Lianne, assim eu não consigo te convencer – ela zombou e Lianne saiu de cima dela sorrindo, mas assim que seu olhar cruzou com o de Ricardo seu sorriso desapareceu.-Lianne fique avisada, quero seu melhor humor no dia se não você verá minha fúria.
- Ok Kir, eu farei o melhor, mas como planeja coloca isso em ação? –perguntou Lianne tentando não pensar em Rick.
- Aluado e o Almofadinhas vão ajudar. –sorria Kir.
- Do que vocês estão falando? Ta nos deixando curiosos. –comentou Harry azedo e os outros concordaram.
- Olha só Harry, como vocês estão muito mau humorados, esse clima pesado não faz bem a ninguém, enquanto vocês não sair dessa ressaca de chatice eu não conto, tente fazer Lianne falar, mas de mim nada irão saber, por enquanto. –dizia a moça em tom de comando. Kir levantou-se e seguiu para fora do salão, não sem antes lançar uma provocação a Draco.
- FUINHAAAA TAVA COM SAUDADES DESSA SUA CARA DE QUEM CHUPOU LIMÃO AZEDO. –e com isso saiu rindo do salão.
- Ela não muda mesmo. –disse Gina meio seria.
- NÃO ACREDITO – Lianne gritou de novo e saiu correndo atrás da irmã, ela tinha que estar por dentro de tudo.
- Alguém ai devia ensinar mais palavras a Lianne. –riu Johnny. Lianne alcançou Kir que estava perto da sala de Sirius.
- Você e um gênio Kir. –exclamou Lianne eufórica.
- Eu sei, alem do mais eu tava doida com isso, essa escola não acontece nada, sempre parada. –disse em to entediado.
- Mas como você ta planejando fazer? –perguntou Lianne curiosa.
- Vou falar com o Aluado e Almofadinhas, eles vão ficar responsáveis pelas coisas que vamos precisar de fora e vou pedir permissão ao Tio Dumb.-comentou convicta.
- Desde quando você ta pensando nisso? –comentou Lianne.
- Desde ontem, eu tive a idéia em uma conversa com o Johnny. –sorria a moça, Lianne estava eufórica, ela sabia o que a irmã estava aprontando e adoraria, sabia que ia se divertir muito, mas sem Ricardo...bom, isso não importava, ela sabia que a irmã ia conseguir, ela sempre conseguia, viu que a irmã havia entrado na sala de Sirius mas resolveu não acompanhá-la, queria pensar um pouco, resplandecer, e por esse motivo se dirigiu aos jardins.
- Six eu preciso da sua ajuda. –disse Kir com cara inocente. A conversa levou dez minutos e no final tudo estava resolvido.
- Mas como você senhorita Jones pretende convencer nosso amado diretor? –perguntou sirius interessado.
- Tenho os meus métodos cachorro, mas fica avisado de a noite que eu estou planejado vai ser inesquecível. Nos jardins Lianne andava perdida em pensamentos, sua situação com Rick estava horrível, ela sentou-se perto do lago e ficou pensando.
- Céus como eu amo esse lugar é um lugar puro, onde todas as duvidas e desesperanças são levadas embora, onde ao observar o movimento do lago e o brilho das estrelas eu sinto uma liberdade que sempre fez parte de mim, mas que era aprisionada, um lugar perfeito para parar e refletir. –dizia Lianne ao vento.
- Nossa Lianne desde quando você fala tão bonito assim? –disse Kir que acabara de chegar.
- Não sei. –disse dando os ombros.
- Animo vai, já ta tudo combinado com o Six. – Lianne sorriu triste e voltou a observar o lago, mas isso não durou muito tempo.
- Acho que devemos ir pra aula certo? – ela perguntou já se levantando, não podia ficar assim para sempre, tinha que erguer a cabeça e seguir em frente, mas isso estava ficando realmente difícil. O dia passou rápido, logo estavam todos jantando, Lianne continuava com o pensamento em rick e Kir q havia demorado um pouco para aparecer chegou radiante.
- E VIVAAAAAAAAAA. –gritou atraindo a atenção de todos pra ela, ela seguiu ate a mesa da Grifinoria. –Uhuuu meu plano deu certo Lianne.
- Serio? –disse despertando de seus pensamentos.
- Seriíssimo, tio Dumb vai anuncia depois do Jantar. –sorria mais a moça. O Jantar seguiu calmo depois do escândalo de Kir.
- Bom alunos. –iniciou Dumbledore. –hoje mais cedo eu tive uma conversinha com a senhorita Kir Jones, ela fez uma sugestão um tanto interessante, depois de muito pensar eu decidi aceita-la, em 10 de janeiro teremos uma festa em Hogwarts, nada de especial, mas que a senhorita Jones concordou prontamente em organizar. –murmúrios correu pelo salão principal, agora todo entendia a alegria da moça. – a festa não vai ser convencional no entanto, o tema da festa vai ser....
- DANÇAS BRASILEIRAS – gritaram as irmãs Jones sorrindo, num gesto que alguns acharam estranho elas se abraçaram e começaram a dançar uma dança estranha enquanto cantarolavam uma musica em língua que eles não conseguiam entender, depois disso elas se olharam e caíram na risada. – DA-LHE – elas gritaram novamente juntas e uma no ombro da outra puseram-se a rir.
- Senhoritas por favor eu quero terminar esse recado antes das duas da manha. –comentou Dumbledore risonho.
- Sem problemas. –disseram as duas ao mesmo tempo, mas ainda continuavam a cantar a musica na língua que ninguém entendia.
- Bom, então terminando meu comunicado...Boa noite – ele disse e voltou a sentar, fazendo todos no salão principal rir, menos as irmãs Jones que não paravam de cantar naquela língua identificável enquanto dançavam. Isso já tinha virado um showzinho, por que ambas levantaram-se e começaram a dançar no meio do salão!
- “Você não vale nada, mas eu gosto de você! Você não vale nada, mas eu gosto de você! Tudo que eu queria era saber por quê?!? Tudo que eu queria era saber por que?!? –cantava as duas na maior animação
- Afinal, o que elas estão cantando? – perguntou Sam com cara de tacho.
- Não sei, mas deve ser em português – Mione respondeu – a língua que os brasileiros falam - olhando a irmã que finalmente pararam de cantar Hermione falou.
- É, deve ser – concordou Harry. As irmãs Jones voltaram a cair na gargalhada, a festa estava longe de começar, mas a animação delas com isso era contagiante.
- Parece que as duas tomaram alguma poção pra animação. –comentou Rony.
- Tão e parecendo drogadas isso sim. –zombou Gina.
- Que nada, você vão ver, eu já vi a Kir dançar e acredite eu pretendo colar na minha namorada, as danças que elas estão falando, são digamos, sensuais demais pros meus padrões. – Johnny falou cauteloso.
- Ah que ótimo, logo porque eu não sei dançar – resmungou Rony.
- Acredite Ron, mesmo quem sabe vai ter que ralar pra dançar no ritmo das danças – afirmou John, ele sabia que estava certo, a sua afirmação era verdade, verdade essa que correu em Hogwarts até o dia do baile chegar....
- Cadê elas? Estão demorando demais. –resmungava Harry enfrente ao quadro da mulher gorda.
- Nem adianta reclamar Harry, mulher e assim mesmo. –ria Johnny em um canto.
- Coisa complicada. –resmungava Rony junto.
- Olha pelo lado bom Rony, pelo menos não é um baile, você não precisa convidar ninguém. –zombava Johnny. O ruivo num ato totalmente infantil deu língua, John riu – alem disso as meninas vão aparecer saindo dali – John apontou pro quadro da mulher gorda – a minha linda namorada vem dali – apontando para o corredor leste John falou – as Jones estão de arrumando no quarto da Kir. – foi depois dessa fala que o quadro se abriu e por ele saiu tres das meninas que eles esperavam, Mione estava usando um short branca que acabava antes que chegasse o meio da coxa e uma bata rosa que ia ate onde o short terminava, seus cachos soltos até o ombro e uma sapatilha branca, aquela arrumação simples foi o suficiente pra deixar Rony correr o risco de se afogar com a própria baba, Samantha também deixara seus cabelos soltos caindo em um liso perfeito sobre o vestido bege que terminava pouco antes do joelho que ela usava, um sapato com um saltinho conservador, dessa vez que boquiabriu-se foi Harry, a ultima era Gina, ela usava uma sai jeans escura e uma frente única vermelha que contrastava com seus cabelos que era o único que vinha preso em um folgado rabo de cavalo.
- Então? Como estamos? – perguntou Sam dando uma viradinha
- Lindas – responderam os meninos juntos, as garotas sorriram, já sabiam que a resposta seria essa, foi então que o ressonar de sapatos contra o chão duro de mármore fez se ouvir e todos se viraram para ver as pessoas que chegavam...
As Jones estavam simplesmente magníficas, cada uma com seu estilo as garotas conseguiram iluminar o corredor, Kir vinha com um vestido preto de amarrar no pescoço e nas costas, com a barra em detalhes brancos que acabava um pouco acima do joelho, uma sandália também preta, mas não muito alta, o cabelo que estava solto tinha em varias partes de sua extensão trancinhas que balançavam com os movimentos suaves da garota, Lianne por sua vez tinha uma aparência um pouco mais fatal, selvagem, sensual, seus olhos eram circulados com a tradicional camada de lápis negro que dava o ar malvado a ela, junto disso vinha as roupas ousadas, um top preto que formava um “X” em suas costas e deixava toda a sua barriga moldada com curvas magníficas a mostra, uma calça jeans clara que era colada ao seu corpo era segura por um grande cinto negro, assim como as botas que usava por cima da calça e ia até próximo ao joelho, uma corrente com um enorme “J” pendurada em seu pescoço terminava o visual da garota que tinha os cabelos em cachos perfeitos que desciam até um pouco abaixo da cintura.
- Merlin! –Foi a única coisa que Johnny conseguiu pronunciar.
- Como estamos? –Sorria Kir.
- Lindas. –Resumiu Harry.
- Concordo com Harry, todas estão linda. –disse Rony meio bobo. Johnny foi ate a namorada e a abraçou por traz e deu um beijo no rosto dela.
- Ta perfeita fada. –sorriu ele. Lianne desviou o olhar, adorava John, mas quando ele e Kir demonstravam o quando se amavam ela repudiava, não porque aquilo não lhe agradava, mas sim porque não tinha com quem fazer aquilo, sem nem mesmo esperar por ninguém ela virou-se e foi em direção ao salão principal onde a festa aconteceria, seus passos que não fizeram barulho não atraíram a atenção para ela fazendo assim que ninguém percebesse a sua ausência. Por onde passava atraia olhares, femininos e masculinos, estes últimos faltavam arrancar-lhe um pedaço seu só com o olhar, os femininos eram mais invejosos e escandalizados, ela sabia o porque, é claro, as suas roupas ousadas que amostravam grande parte do seu corpo não era muito usado por elas, e as mesmas roupas faziam com que ela recebesse olhares que muitas ali jamais receberão, mas ela realmente não se importava com isso, ela não queria isso, ela queria uma pessoa que naquele momento não estava mais ao seu alcance, ao chegar ao saguão de entrada onde se encontrava a maioria dos estudantes foi o lugar onde sem sombras de duvidas ainda mais olhares eram lhes mandados, novamente ela não ligou, apenas empurrou as portas do salão principal e entrou, sorriu ao ver a decoração, estava exatamente como a sua irmã queria, sabia que quando Kir visse o resultado de seu trabalho seu peito se inflaria de orgulho, em toda a extensão do salão principal havia mesinhas brancas com cadeiras da mesma cor, extremamente delicadas, onde normalmente deveria estar a mesa dos professores havia um grande palco, onde no fundo havia um cartão postal do Cristo Redentor, enormes postais muito parecidos com aquele estavam espalhados pelas paredes do grande salão, cada um mostrando um lindo ponto turístico de diferentes estados do Brasil, do outro lado do salão havia a mesa com iguarias brasileiras e no meio uma enorme pista de dança iluminada com velas que projetaram diferentes cores, sim o salão principal estava lindo, mas não tão belo como um rapaz que bebia descontraidamente o ponche encostado na mesa das comidas, Ricardo estava maravilhoso, usava uma jeans com um rasgo no joelho, um All Star meio sujo, uma camiseta azul que definia seus músculos e um casaco preto por cima, seus cabelos molhados caiam charmosamente sobre seus olhos que brilhavam mais azuis do que nunca ao admirar todo o salão, sim aquela visão fez o mundo de Lianne parar e seu coração bater mais rápido, mas logo sua atenção foi desviada quando uma musica animada começou a tocar, sorrindo ela se dirigiu ao meio da pista de dança e girou antes de lentamente começar a se movimentar no ritmo daquela musica, os olhos fechados, a respiração controlada, o mundo fora da pista pra ela havia sumido, naquele instante era ela e ela mesma, uma fazendo companhia a outra, porque a única coisa que precisava era isso mesmo, sua própria consciência. Seus movimentos eram lentos, mas sensuais, era como se a musica fizesse parte dela, Rick a viu dançar e como não podia mais negar admitiu a si mesmo que ela fazia falta, seu humor, seu cabelo, seu cheiro, o modo como ela falava, sua voz suave quando cantava, o modo tão especial que ela tratava ele, Rick percebeu da maneira mais dura que Lianne era seu grande amor, mas o orgulho não o deixava enxergar que ele fazia mal a si mesmo e a Lianne. Lianne continuava na pista dançando, muito olhares caíram sobre ela.
- Não disse que a dança era sensual! –comentou Johnny com Rony quando chegaram ao salão e viram Lianne dança alheia ao mundo.
- Não e sensual, e dançada com a alma, os latinos tem o sangue quente, deixa eu explicar melhor, são um povo de contato, eles na maioria das vezes se cumprimentam com beijos no rosto, abraços muito apertados, como vivem em um lugar quente isso ajuda na cultura. Depois que fomos ao Brasil eu e Lianne aprendemos muito, não só com a magia deles que e fantástica, mas também com os costumes. –dizia Kir com brilho nos olhos.
- Nossa, realmente parece que a Li ta dançando com a alma. –dizia Sam sorrindo.
- Isso por que a musica não e tão caliente assim. –ria Kir.
- Isso fica mais, bem como posso dizer, quente? –perguntou mione incrédula.
- Claro, no Brasil temos o forro que se dança bem junto, na argentina temos o tango que acima de tudo usa a emoção, temos a salsa que usa a sensualidade, eu disse que os latinos dançam e vivem com a alma, e é claro o segredo ta no rebolado. –explicava kir.
- Rebolado? –perguntou Gina um pouco insegura.
- Sim rebolado. –Kir soltou-se de Johnny e afastou-se um pouco. –mais ou menos assim. – a moça começou a mexer os quadris no ritimo da musica, assim como Lianne, muito olhares caíram sobre ela, para desespero de Johnny.
- Nossa eu nunca vou conseguir fazer isso. –desabafou mione.
- Depois de duas caipirinhas você ate samba mione. –riu kir.
- Eu não bebo Kir. –retrucou ela.
- Mas hoje vai provar da caipirinha, tanto da tradicional quanto da de Kiwi. –intimou kir.
- Mulher grávida a gente não contraria Mione. –comentou Sam.
- Falando em beber eu quero suco de manga. –Kir puxou Johnny pelo braço e foi a mesa das bebidas.
- Quem ai aposta que essa festa ainda vai dar muito o que falar? –riu Harry, todos levantaram a mão. Lianne continuava dançando, não se importava com os olhares sobre ela, nem com nada, era apenas ela e a musica, e que musica, cada uma mais única que a outra, muitos ali gostaram, não conseguiam ficar parados, em poucos minutos de festa muitos arriscavam passos desajeitados na pista de dança.
- Vai Johnny pode falar, eu sou um gênio. –sorria kir metida.
- Realmente morena você e um gênio, mas e um gênio só meu. –disse Johnny de forma um pouco possessiva.
- Hum, senhor pai de família assim eu não te largo mais. –sorriu a moça.
- Mas não e para largar, eu sei que esse não é o momento, e que ainda minha mãe não respondeu minha carta, mas Kir você que se casar comigo? –perguntou o rapaz meio inseguro.
- Casar? –Kir foi pega de surpresa. -E serio isso?- o rapaz confirmou com um aceno de cabeça. –Nossa claro que quero. –ela o puxou pela cintura e o beijou. Novamente o mundo havia parado, mas dessa vez eram pra aqueles dois, aqueles que com todo o amor que nutriam um pelo outro haviam gerado um filho, um filho que cresceria com todo o amor que podia ser-lhe atribuído, porque esse filho nasceria, nem que o mundo inteiro fosse contra.
Na pista de dança o mundo não havia voltado a rodar, não para Lianne, se fosse por seu desejo o mundo seria sempre assim, dentro de uma pista de dança, ela sabia que se os outros pudessem ver seus olhos notariam o brilho que provavelmente havia tomado conta deles, um brilho de dor, saudade, alegria, divertimento, emoção e amor, esse brilho vinha da sua alma e coração, um brilho que nunca a abandonaria, mesmo nos momentos mais sombrios esse brilho estaria com ela, mesmo que escondido no mais fundo da sua existência, porque ela não mais deixaria de viver sua vida por momento nenhum, uma promessa que decidira fazer quando seus pés pisaram naquele chão iluminado, naquele chão que começara a tremer em um ritmo diferente, um ritmo chamado funk.
Lianne abriu os olhos só para ver a reação de todos com aquela musica diferente e como ela imaginara todos haviam parado, olhando um para o outro como se perguntando silenciosamente o que eles iriam fazer, mas um sorriso ainda maior do que havia tomado seu rosto surgiu quando viu sua irmã correndo na sua direção, um sorriso idêntico ao seu, um brilho que vinha de suas mãos que Lianne não ia ignorar, mas que havia preferido fingir não ver.
- OLHA O PANCADÃO – Kir gritou animada finalmente alcançando a irmã, Lianne sorriu e pôs se a acompanhar a irmã na dança que ela havia começado, todos haviam parado para observar não somente elas, mas também o jeito que se mexiam, os meninos simplesmente babavam com seus movimentos, movimentos esses que eram rápidos e provocantes, o modo como mexiam suas pernas eram algo que até então era desconhecidos por todos os alunos que agora a observavam, alunos com inveja, admiração, surpresa, indignação com o que eles julgavam ser “falta de vergonha” e acima de tudo alunos com ciúmes, ciúmes esses que tinha até nome: Ricardo Mattke e Johnny Holmes. As duas não ligavam, seus corpos se moviam com a musica, o sorriso das duas deixava transparecer a felicidade.
- Cara isso e muito bom! –sorria Kir.
- E O FUNK MANINHA. –Lianne ria junto. As duas dançaram mais duas musicas sem cansar, parecia que a animação delas não acabavam.
- Elas se acham. –comentava Caroline Wenz 5° ano da corvinal, Caroline era a típica patricinha, Loira, olhos claros, estatura mediana, magra e com postura firme, desde o dia que percebeu que Johnny não queria nada com ela, passou a odiar Kir Jones com toda sua alma.
- Realmente Carol, que coisa mais ridícula. –concordava Vanessa Gordon também 5° ano da corvinal, Morena, olhos negros, magra, e um pouco alta, mas em deixar se ser bonita. As duas ficaram falando mal das irmãs Jones.
- Meu que invejosas. –comentou Sam com Gina. Ela havia escutado a conversa das duas de relance enquanto pegava algumas bebidas, e assim que chegou a mesa contou a Gina.
- Eu to de olha na Wenz e na Gordon, elas não são flor que se cheire, Luna disse que são duas malas, mas tem contatos. –disse Gina seria.
- Se ela tentar qualquer coisa, Kir da um fatality nela e pronto. –riu Sam.
- Acho melhor a Kir por enquanto não entrar em brigas, no estado dela e muito perigoso. –disse mione responsável.
- Não sei, mas eu tenho um pressentimento ruim com essas garotas – seriamente Harry falou isso, olhando significantemente das Jones para Górdon e Wenz.
Mal sabendo que eram observadas as Jones continuavam a dançar, embora começassem a mostrar sinal de cansaço, Kir até havia abandonado seus saltos em algum canto do salão, dessa vez as irmãs estavam sambando no ritmo originário da Bahia, enquanto eram observadas de longe por seus amores e aquelas que gostavam dos mesmos, sabendo que uma delas tinha algo em mente...
Vanessa de aproximou lentamente de Ricardo que não tirava o olhar de Lianne, aquilo fez seu corpo pulsar de raiva, mas alem disso serviu para lhe dar ainda mais certeza do que iria fazer, não precisava da Jones por perto porque ela sabia que depois dessa noite finalmente conquistaria Ricardo e então Lianne Jones seria forçada a ver todos os dias como eles se amavam, ela e Ricardo...
- Rick...? – ela perguntou meio que timidamente, Ricardo virou-se para olha-la.
- Sim? – ele perguntou tentando ser educado, conhecia aquela garota, sabia que ela gostava dele, mas isso não importava naquele momento, se fosse em outra hora a teria atendido com a maior educação possível, mas naquela hora ele não queria que nada o atrapalhasse, só queria continuar a admirar Lianne.
- Será que eu posso falar com você? – ela perguntou, o plano dando voltas em sua mente.
- Claro...diga – ele falou e virou-se novamente para a pista de dança onde pode voltar a observar aquele sorriso que tanto o encantara.
- Pode ser lá fora? Ta bastante barulho aqui – um brilho de raiva passara pelo olho negro de Vanessa quando Ricardo voltara a observar Lianne, mas ela não iria desistir, teria Ricardo pra ela e seria essa noite,
- Tudo bem – soltando um suspiro Ricardo se desencostou da parede que até então estava e seguiu Vanessa para fora da enorme festa sobre os olhares atentos de Harry e Cia.
Lianne estava ofegante de tanto dançar, ao fim daquela musica decidira que iria pegar um vento e descansar por poucos instantes e ela sabia o lugar ideal onde podia fazer isso, os jardins.
Sorriu pra irmã e com as mãos atrás da cabeça saiu da pista de dança e do salão principal, sua única intenção era se abaixar a beira do lago, molhar o rosto e olhar as estrelas, mas isso sumiu de sua cabeça quando viu uma porta de uma sala de aula próxima as escadas se fecharam, deu de ombros e calmamente seguiu até lá, não queria ser intrometida, mas aquilo realmente havia lhe chamado atenção, principalmente quando sentiu um aperto lhe tomar o coração sem nem mesmo saber porque quando a porta se fechou.
Depois de certo tempo alcançou o seu destino e cautelosamente abriu a porta que tanto lhe chamara atenção quando fechara, mas o que encontrou lá dentro fez seu coração gelar e seu corpo parar em choque....
Vanessa sorriu internamente quando Ricardo pôs a acompanhá-la assim que saíram do grande salão, não se importando pra que direção seguiam. Apontou pra uma sala qualquer e seguiu com Ricardo até lá, o menino não falara nada, apenas concordara com a cabeça quando ela mostrou a direção, quando finalmente chegaram, o que não demorou muito, entraram naquela sala abandonada sem perceber que uma pessoa notara seus movimentos...
- Então? O que queria comigo? – Ricardo perguntou se encostando na mesa do professor, desde que terminara com Lianne tomara esse habito, se encostar nas coisas, como se nela pudesse ficar todo seu sofrimento.
- Sabe Rick – Vanessa começou, não precisava falar, ele já sabia do que sentira, mas era como se julgasse necessário – desde que eu entrei nessa escola eu me encantei com você, charmoso e inteligente, tinha todas as meninas nas suas mãos, mas parecia que nunca me notou – quando mais ela falava mais Ricardo a olhava interessado, começara a achar que ela não tinha boas intenções quando lhe trouxe ali – então eu lhe trouxe aqui para fazer o que mais desejei.
- E o que seria? – mesmo não sabendo porque Ricardo se arrependeu de fazer essa pergunta antes mesmo da garota lhe responder.
- Isso – ela falou e se jogou em seus braços, beijando-lhe quando ele ainda estava confuso, Ricardo ficou sem ação por um tempo, mas fechou os olhos por um instante, como se tivesse se controlando antes de empurra-la, infelizmente ele não conseguiu fazer isso antes de alguém entrar na sala.
Ricardo estava beijando Vanessa Górdon, beijando outra, com os olhos fechados o que mostrava que ele não havia sido surpreendido, era isso que os olhos de Lianne detectavam, era isso que tinha feito que ela parasse chocada no mesmo lugar, mas aquele choque foi varrido de sua mente quando ela decidiu tomar uma atitude...
- ALGUEM PODE ME EXPLICAR O QUE TÁ ACONTECENDO AQUI? – ela gritou lívida de raiva, imediatamente o casal de separou surpreso, Ricardo arregalou-se, Vanessa sorriu, afinal seu plano havia saído melhor que a encomenda.
- Acho que vocês precisam conversar – ela falou cínica – vou deixa-lo a sós – dito isso Vanessa saiu e passou por Lianne que nem se importou em impedi-la já que o alvo de sua raiva ainda permanecia a sua frente.
- Lianne eu posso explicar – Ricardo começou, finalmente havia percebido que no que todo o seu orgulho havia gerado, mas ele ainda permanecia ali, sempre estaria consigo.
- Você pode explicar? – Lianne estava tremendo de raiva – PODE EXPLICAR? Não você não pode, eu sei o que eu vi, VOCE TA BEIJANDO A GORDON – agora o sentimento que conduzia seu tremor não era raiva, e sim magoa.
- DO JEITO QUE VOCE BEIJOU O DAVIS? – Ricardo gritou de volta, o orgulho tomando conta de seu ser como veneno.
- FOI DIFERENTE, FOI ACIDENTAL – Lianne estava lívida, a questão ali não foi seu beijo com Augusto e sim o beijo dele com Vanessa – MAS EU APOSTO QUE ESSE BEIJO NÃO FOI NÃO É? APOSTO QUE VOCÊ GOSTOU!
- VOCE TÁ MUITO ESQUENTADINHA PRA QUEM QUERIA UM CASO SEM COMPROMISSOS, PRA QUEM NEM GOSTA DAQUELE QUE A AMA! – aquela afirmação de Ricardo foi a gota d’água pra Lianne.
- NÃO É PORQUE EU SOU UMA ASSASSINA TREINADA QUE EU NÃO TENHO SENTIMENTOS RICARDO – ela gritou, Ricardo arregalou-se, que nem um grupo de adolescentes que nesse momento estava do outro lado da porta.
Harry olhou para os outros que imediatamente sinalizaram positivamente com a cabeça, a poucos minutos atrás viram Ricardo sair junto a Vanessa e logo em seguida Lianne abandonar o salão principal, estava claro pelo frio que percorreu suas espinhas que dali vinha problema, por isso seguiram atrás deles, num acordo silencioso de que tinham de evitar qualquer baque emocional.
Infelizmente para eles assim que chegaram no saguão principal ouviram gritos, o que mostrava que chegaram tarde demais, correram até a origem do som tentando evitar maiores problemas, mas o grito que veio a seguir fez com que seu sangue congelasse...
- NÃO É PORQUE EU SOU UMA ASSASSINA TREINADA QUE EU NÃO TENHO SENTIMENTOS RICARDO. –tos que a escutaram ficaram em choque. Rony em um momento impensado entrou de supetão na sala.
- E mesmo verdade o que a gente escutou Lianne? –perguntou ele incrédulo.
- Por favor não mente. –disse Mione em apoio a ele, Lianne que estava em choque pelo fato dos amigos terem escutado ela falar, não sabia como agir.
- Fala Lianne. –pediu Ricardo.
- Sim, eu e a Kir desde pequenas fomos treinadas para matar. –disse ela em tom baixo.
- Por que não nos contou? Isso e grave. –disse Rony Insensível Weasley.
- Por que sabia que você ia reagir assim. –retrucou ela.
- Lianne você mata, e uma assassina, nos merecíamos saber. –dizia Mione seria.
- SABER PRA QUE? PRA FICAR ME OLHANDO ASSIM DO JEITO QUE VOCES ESTÃO ME OLHANDO AGORA? NÃO OBRIGADO. –explodiu Lianne.
- JONES NOS MERECIAMOS SABER COM QUEM ESTAVAMOS LIDADO. –gritou mione.
- AGORA VOCES JÁ SABEM O QUE NOS JONES SOMOS. –dizendo isso saiu nervosa, tão nervosa que nem sequer notou aonde ia, principalmente por causa das lagrimas de ódio e decepção que tomavam os olhos dela. Vários minutos de caminhada e Lianne se viu no meio da floresta negra e para piorara era lua cheia.
- Merda. - ela xingou nervosa, foi então que ouviu, um uivo seguido de outro, e mais outro e mais outro, Lianne arregalou os olhos, tateou as costas como se quisesse achar alguma coisa, mas suas espadas não estavam ali, procurou por sua varinha, ela também não estava em lugar nenhum, provavelmente deixara cair na mata, então num ato de puro desespero ela correu, correu pra longe dos uivos que ficavam cada vez mais audível e correu para longe da presença daquelas terríveis criaturas, correu se espreitando ainda mais na floresta não se importando com quantas vezes já havia caído, com quantos rasgões haviam surgido nas suas roupas caras ou com quantos ferimentos já haviam aparecido em todo o seu corpo, ela apenas correu pra se salvar, salvar de uma morte igual ao daquele que um dia fora seu pai.
Mas ela sabia que não podia lutar contra a velocidade daqueles seres, sabia que eles o alcançariam e foi isso que aconteceu, Lianne foi alcançada depois de uma verdadeira maratona, ofegante e em um estado deplorável Lianne tentou lutar, em posição de defesa ela esperou a aproximação dos lobisomens, cinco ao total, então o primeiro avançou, ela deu um mortal pra trás e chutou o focinho do lobisomem durante o salto, ele recuou ganindo, Lianne sorriu, mas seu sorriso desapareceu quando sentiu sua perna ser perfurada pelas garras de um outro lobisomem, ela caiu segurando a coxa ofegante, se manteve em pé com dificuldade e com um movimento das mãos raios roxos atingirem aquele que havia lhe ferido, o feitiço fez surgir em todo o corpo do lobisomem cortes profundos, com aquilo ela precisou de apoiar na arvore mais próxima, o feitiço havia lhe tirado bastante energia, mas segundos depois ela teve que abrir mão do apoio para de desviar do ataque do terceiro lobisomem, aproveitando que estava embaixo de enormes arvores que “suavam” ela fez com uma seqüência de gestos com as mãos, a água que pintava das arvores mudar de cor e de consistência, imediatamente quando aquele liquido tocou a pele do lobisomem que a havia atacado esta queimou, o que caia da arvore não era mais água e sim um acido negro, acido esse que atingiu outro lobisomem que estava por perto, ganindo esses lobisomens correram junto com os outros que Lianne havia atacado no inicio para longe dela, sobrando assim apenas mais um, que logo a atacou mais raivoso que os outros, provavelmente por notar que havia sido abandonado pelos companheiros, Lianne recuou um passo quando viu a pata do enorme lobisomem vindo em sua direção, infelizmente para ela acabou tropeçando em uma enorme raiz que tinha ali, mas antes que alcançasse o chão foi segura pelo lobisomem, com uma força bruta o lobisomem foi lhe apertando o pescoço, num ato desesperado Lianne tentou segurar o lobisomem com as mãos, tentando em vão faze-lo afrouxar o aperto, mas lentamente os últimos vestígios de força que tinha foi desaparecendo a medida que o oxigênio ia parando de circular em suas veias, como num flash todas as memórias de sua vida foi passando por entre seus olhos, as recentes as mais marcantes, a ultima a mais dolorosa.
- Kir...Rick...pessoal....me perdoem – com suas ultimas forças Lianne falou aquilo antes do resto de sua cor desaparecer e sua cabeça tombar....
N/K: Ahhhhhhhh cap sinistro, uuuu ate eu fiquei na expectativa, sera q somos crueis? ou sera q sonos desocupadas??
N/L; provavelmente desocupadas maninha, mas isso sao detalhes, meros detalhes, a verdadeira pergunta é...O QUE ACONTECERÁ A LIANNE? eu sei e vc? Deixe seu comentario e responda...
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