É tudo minha culpa.



Autora diz: Bom, obrigada zihsendin por comentar! Estou aqui atualizando como foi pedido! Hahaha..
Sirius: Duuh.. você teria que atualizar de qualquer forma!
Autora: Cala essa matraca, Sirius!
Sirius: Ta! Calma! Eu sei quando não sou bem vindo!
Autora: Ótimo... *emburrada*
*Sirius bufa e sai.*

Bem, de qualquer forma, eu aconselho os leitores a escutarem a musica “Fenix TX - All My Fault” na hora que ela começar a tocar na fan fic porque deixa tudo muito mais emocionante!
Aqui está ela no youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=AkUfbSvo12Q

ULTIMO CAPÍTULO! ACHO QUE EU VO MORRER! BUAAAA!

Brincadeira... Já estava bem querendo terminar...


***

Sozinho.

“Ia dar tudo certo né, seu anta!” – Pensou James para si mesmo. “Grande idéia essa a sua! Onde já se viu se declarar para ela num jardim, que ridículo! Não, não é sua culpa! É culpa do REMUS!”. James saiu correndo do jardim depois de tomar sua decisão. Ele não estava chorando. James Potter não chorava. Nunca chorou por nada e não ia chorar agora, não mesmo! Saiu com o peso dentro de si correndo. Entrou no dormitório masculino quebrando a porta com um feitiço. Não queria nem saber. Procurava belo amigo, lobo em pele de cordeiro, Remus Lupin. Revirou o quarto com os olhos rapidamente e não o encontrou. “Biblioteca” – pensou. Voltou a correr e entrou na grande sala da mesma forma que entrara no quarto, chamando atenção. Passou ligeiro por entre as estantes até a mesa que sabia que seu amigo maroto sempre se sentava. Lá estava ele, se despejando em cima de um livro grosso e dourado.

– É SUA CULPA, SEU IMBECIL! COMO EU FUI TE OUVIR, ME DIZ! – a biblioteca parecia correr risco de desabar a cada sílaba que Pontas gritava com vontade. Toda a sua raiva guardada pareceu explodir naquele desabafo. Seu olhar tinha algo que dava a impressão ao lobinho de ser pesado. Eram como pesos que se colocaram em seus ombros. A respiração de James era também pesada.

– James, e-eu – Era só o que Potter precisou ouvir. Ele só queria uma reação para voltar a atacar.
– “Diga a ela o que sente em um lugar especial para você!” – ele imitou irritantemente a voz de uma criancinha com um cara de quem comeu e não gostou – “Com certeza ela vai acreditar!” – Completou com sua voz normal que, comparada com a de antes, parecia mais grossa.
– Pontas, eu achei-
– Eu a levei no jardim, Aluado! NO JARDIM! – gritou a plenos pulmões. Remus sabia o quanto o jardim era importante para James.
– James-
– Eu ajoelhei, entendeu?! Eu disse que a amava! E sabe o que ela fez? SABE O QUE ELA FEZ?
– Eu, n-não eu-
– ELA FOI EMBORA! EU A BEIJEI E DISSE QUE A AMAVA E ELA FOI EMBORA!

Ele não queria chorar. Remus não agüentou. Ele sim começou a derramar lágrimas. Poucas, mas com bastante sentimento. James se sentiu mais calmo. Era como se as lágrimas do amigo estivessem o aliviando da própria dor.

– Pontas, me desculpe! E-eu realmente não sei o que d-deu errado! E-eu achei q-que ela ia entender, James! Me desculpe, por favor!
– Tubo bem, Aluado... – ele forçou um sorriso – Desculpe gritar com você, foi totalmente sem razão...

James sentou ao lado de Remus e passou o braço direito pelo ombro do amigo, como sinal de amizade. Este sorriu e se desculpou de novo.

– Sabe, vai ver ela só precisa de um tempo, não? – perguntou esperançoso.
– Talvez... – respondeu James, feliz com a nova chance – E eu sempre vou poder tentar de novo, não é? – Eles riram. Nesta hora James percebeu, entre os rostos que o fitavam atentos pro mais um escândalo, um rosto conhecido. Mais alguém passava o almoço ali além de seu parceiro, Remus. Marlene, que vestia a cara de alguém que viu um fantasma (força de expressão, claro, já que fantasmas eram anormalmente comuns), se virou e saiu dali em passos largos e rápidos.

– Ops...

***

Ela chorava forte e andava depressa. Assim que resolveu que já estava afastada o suficiente, se apoiou numa parede para respirar. Ela escorregou devagar até o chão onde permaneceu por alguns minutos. Por que tinha inventado de fazer ciúmes? Ele não precisava de ciúmes nenhum! Agora ela se sentia mal pelo Potter (nunca pensou que isso aconteceria) e também pelo Amos. Ela já tinha resolvido. Ia terminar com Diggory no jantar e conversar com James. Se ele a amava mesmo, ia lhe dar uma segunda chance, não? Abriu um xoxo sorriso e se levantou decidida. Ainda se sentia razoavelmente mal quando se dirigiu ao retrato da mulher gorda e foi surpreendida por Marlene Mckinnon.

– LILY! FINALMENTE!
– Nossa, Lene! Deixa de ser histérica! Eu tenho novidades!
– EU TAMBÉM. SEJA QUAL FOR A SUA, QUE EU SUSPEITO JÁ SABER, - disse provocando uma cara de desentendida em Lily – PODE ESPERAR!

Bem quando ia contar, se apoiou na parede para respirar.

– Conta logo, sua doente!
– O Potter! – Ela disse ainda bastante cansada.
– O POTTER O QUE?!
– Nossa! Que ânimo, Lily... – disse mudando TOTALMENTE E ABSOLUTAMENTE a voz para uma voz calma, descansada e suspeita.
– FALA LOGO, SUA JOÇA!
– Ok, ok! Eu digo – falou risonha, o que fez Lily revirar os olhos apesar de ainda pulando de ansiedade. – O James acabou de entrar aos berros na biblioteca e gritar com o Remus de tudo que era capaz. Disse que tinha te levado NO JARDIM - sublinhou as palavras – e que tinha te beijado – abriu um sorriso maroto – e dito que te amava! E que mesmo assim você tinha ido embora. Olha, ele fez o Remus chorar de tanta tristeza.

Lily fez cara de choro e por pouco não chorou de verdade.

– Lene, eu fiz algo horrível!
– O que?
– Eu nunca devia ter voltado com o Amos! Foi totalmente insensato e irracional!
– É, foi mesmo... – Lily fuzilou a amiga
– Já me decidi. Vou terminar no jantar e depois falar com o James, digo, Potter.
– Entendido... Que desculpa vai dar ao Diggory?
– Sei lá! Eu invento qualquer coisa na hora mesmo...
– Posso ficar com ele quando tudo acabar?
– Você não está com o Sirius? – a ruiva se virou surpresa para Marlene.
– Foi só uma ficada, só isso! – disse corando e coçando a cabeça envergonhada.
– To sabendo... – “Não convenceu, Lene...”

As duas entraram no salão comunal (“Vão ficar aqui na frente paradas o dia todo? Digam logo a senha, horas!”) rindo de se acabarem e esperaram ansiosas para a hora do jantar. As aulas não ajudavam. As meninas, que já estavam todas por dentro do assunto depois de uma sessão fofoca na aula de história da magia, ficaram de mal com o relógio de tanto que ele custava a se mover.

***

James sentiu que não conseguia encarar aulas até a hora do jantar, hora na qual ela já tinha resolvido que ia tentar conversar com Lily. Várias razões suportavam a sua decisão de não comparecer.

1° - Ele não queria esbarrar com lily antes da hora resolvida por ele anteriormente. Ou seja, jantar.

2° - Ele não estava preparado psicologicamente para uma S.D.T.C.U.V.D.D.S. (sessão de tédio com uma voz de dar sono).

3º - Mesmo se estivesse de fato preparado, ele não prestaria a menor atenção na aula de qualquer forma.

Ele entrou devagar no quarto e deu de cara com Sirius Black.

– Ah, ola Pontas! Pode desembuchar!
– Ah, claro... – falou entediado – eu levei a Lily pro JARDIM como Remus tinha dito e a beijei e disse que a amava mas ela foi embora, foi isso.
– Nossa, como ela é fria!
– Pois é...
– O que vai fazer?
– Conversar com ela no jantar.
– Só?
– Como assim “só”?
– Não vai fazer nada de especial?
– Não ouviu o que aconteceu quando fiz algo diferente?
– Hum... – disse pensativo – Ok então...
– Será que devo levar uma flor? – tentou James, depois de alguns segundos de silêncio.
– É, pode ser! – concordou Sirius.

James foi tirar um cochilo para relaxar antes da hora critica. Era incrível seu dom para conseguir dormir mesmo cheio de problemas. Quando acordou, lhe restava exatamente o tempo que ele estimava que seria necessário para se arrumar. Vestiu o uniforme de Hogwarts (uma calça, um sapato, uma camisa branca com uma gravata listrada de dourado e vermelho, um colete cinza e o casaco da Grifinória) e colheu um lírio do seu jardim tão especial. Depois, andou razoavelmente devagar até o jantar. Sentia que o máximo que ele demorasse, melhor seria.

***

– LILYY!
– QUE É?
– SAI LOGO DESTE BANHEIRO, MINHA FILHA! VOCÊ VAI SE ATRASAR!
– Não vou me atrasar! – disse Lily abrindo a porta.
– Se pretende terminar com o Diggory antes do Potter chegar, sim, você vai se atrasar. – argumentou Hannah.
– Além do mais, existem OUTRAS pessoas que TAMBÉM querem tomar banho, Lílian! – reclamou rafa emburrada.
– Nossa, que stress! To indo!

Lily vestiu apenas o que julgava necessário com o objetivo de dar a impressão de que aquilo era uma situação com a qual ela estava acostumada. Sabe, o velho truque do “Ah, é você? Você me ama? Entendo...”. Ela estava usando também o uniforme (saia preta, sapatos, camisa branca com a gravata de sempre e o colete com o casaco por cima), como James fazia, mas com um pouquinho de maquiagem. Seguindo o seu plano, nada fora do normal. Deu uma ultima olhada no espelho do banheiro (“Ta gatinha em meu bem! Se arrumando para alguém?”) e suspirou. Fechou os olhos por alguns momentos e depois saiu rumo à refeição.

***

“Ah, olha ela lá!” – pensou James nervoso. – “O que eu posso dizer para ela? ‘Lily, você por aqui? Sabe, queria saber porque fugiu de mim quando me declarei...’ Não, muito ridículo. ‘Oi Lily! Você pode me explicar uma coisinha? Sabe, eu realmente queria que você me desse uma chance, entende? Eu quero só você na minha vida!’ Não, muito meloso.” Resolveu decidir na hora mesmo. Foi andando até ela, que conversava com Diggory, quando ele a beijou.

***

“Ai meu deus! Lá vou eu!”. Lily andou decidida até Amos e interrompeu uma conversa que parecia estar bastante interessante com Susan Mullan, batedora do time de quadribol da Corvinal.

– Amos?
– Ah, oi Lilyzinha do meu coração! Como você está? – Amos Diggory parecia um pouco corado e segurava um papelzinho lilás na mão direita enquanto Susan saia sorrindo.
– Estou bem, é que... – começou nervosa... Ou TENTOU começar - Acontece que... Eu sei que acabamos de voltar, mas... Eu preciso dizer que...
– Ah, eu também, Lils! – ele sorriu e depois disso a beijou. Lily ficou pasma. Ela não conseguia se mexer. Amos a beijava ardentemente.

***

“O Remus não disse que eles tinham terminado?”. Se Amos a tivesse beijado a força, ela não estaria o beijando ainda. Alguns minutos já haviam se passado. James ainda se encontrava parado no pé da escada segurando um lírio. Seu coração despencou. “Ela prefere ele a mim? ELE? A MIM?”. Se sentia tremendamente horrível. Quando a tristeza cessou, deu lugar à raiva. Andou, sem pensar, diretamente até Marlene, amiga de Lily e ex ficante de Sirius. Ela conversava alegremente com Hannah e Rafa. Sem nem ao menos perguntar ou se fazer presente, James agarrou-a e a beijou. Beijou com vontade, jogando toda a raiva que há pouco tempo sentia por Lílian e por Remus e até mesmo por Amos Diggory pelo simples fato de existir. Beijava e a segurava pela cintura e pela nuca, que agora estava arrepiada. Não queria parar de beijá-la e correr o risco de ver Lily ainda beijando outro. Se segurou em Marlene McKinnon.

***

Empurrou Amos para trás. O que ele estava pensando? Ah sim, eles ainda namoravam a final. Rezava para que James não tivesse visto aquilo.

– Eu também te amo. – completou Amos, ainda sem ar.
– A-Amos... N-não é bem o q-que você... É que... – criou coragem e terminou – Amos, estou gostando de outro.
– M-mas... Foi você que voltou comigo! A pouco tempo, lembra? – disse surpreso e sem conseguir esconder o desapontamento.
– E-eu sei mas... Eu meio que descobri agora, entende? Eu achei que não mas... – não suportaria contar a ele que o tinha feito de isca... De objeto... De cobaia. Uma lágrima escorreu pelo rosto do ex.

Lily rapidamente deixou Amos para lá e rodou o salão com o olhar a procura de Potter. Foi quando o viu beijando Marlene.

***

Parou de beijá-la e olhou para o lado. Viu que Lily o encarava. Ele pensou que conseguiria, mas não deu. Não deu para ver Lily com uma expressão tão triste. Mas ele era muito cabeça dura. Não ia dar a Lily o gostinho de vê-lo correr atrás dela depois disso. Limitou-se a se virar e sair do salão em direção ao jardim. Deitou-se na beira do lago na sombra de uma arvore. Ele não ia chorar. Não mesmo. Nunca havia chorado, muito menos por garotas ou qualquer coisa relacionada. Lily não tinha este poder sobre ele, não tinha! Uma lágrima escorreu dos seus olhos. Foi como se ela fosse o ultimo empurrãozinho para abrir uma torneira. Ela começou a chorar silenciosamente, porém muito tristemente também. Estava deitado em posição de anjo, com os braços esticados para os lados e as pernas, do joelho para baixo, caindo no lago de sapato e tudo. As lágrimas escorriam para a grama.

***

Ela chorava. Em um minuto, tinha mudado de esperançosa e razoavelmente feliz para extremamente deprimida. Não tinha o menor respeito, aquele imbecil. Como ele pode? Ela não tinha para onde ir. Poderia correr, mas para onde? O Potter estava no jardim e o resto do castelo estava provavelmente cheio já que o jantar mal começara. De repente, lhe ocorreu o melhor lugar para ir. Subiu as escadas correndo até chegar em uma pequena sacada. Uma varandinha que dava para o jardim, para o lago e quase todo o terreno. Era um lugar onde batia um ar fresco, em cima da porta de entrada do castelo. (Autora diz: Para quem viu o quinto filme de Harry Potter, é onde Umbridge fica espiando os jardins em uma cena que Harry, Ron e Hermione, se não me engano, estão entrando e conversando sobre a A.D.). Se debruçou no muro da varanda e deitou a cabeça nos braços, virada em direção ao lago. Agora chorava descontroladamente e se sentia uma estúpida. Foi aí que ela avistou James lá em baixo. Mesmo desta altura, percebeu que o rosto mais indesejado se encontrava encharcado de lágrimas. Foi quando ela percebeu que ela chorava no lugar errado.

***

Ele não podia se sentir pior. Agora ele estava tão acostumado a pensar numa música e ouvi-la (como fazia com seus fones enfeitiçados) que praticamente conseguia ouvir a voz do cantor no qual ele pensava. Começou a cantar com sua garganta rouca para si mesmo uma musica.

“I guess we've had our fun but it seems the fun is over
Now”


Se sentiu ainda pior ao cantar a próxima parte. Ela era a única parte da musica que, no momento, não parecia encaixar.

“And that's all right
It's all right

“Time for me to move along and after all is said and
Done”


De novo a parte errada. Sua garganta de novo se secou.

“I'll be all right
and it's all right

Tell me something that's sure to break my heart
'cause everything's my fault
And I know I deserve to be alone
'cause everything's my fault”


Desculpe Lily! – ele pensava ainda chorando – Eu sei que mereço estar sozinho então pode dizer que me odeia. É tudo minha culpa, me desculpe!

“Here we go again unsuccessful to make amends
and that's all right
and it's all right
I've tried as hard as I can
but I can't seem to understand
and it's all right
it's all right

Tell me something that's sure to break my heart
'cause everything's my fault
And I know I deserve to be alone
'cause everything's my fault"


O solo de guitarra da musica ecoava em sua cabeça. Era sim tudo culpa dele.

"I guess it's over now your honesty has all run out”

Não conseguia mais cantar a parte que não encaixava. Só o fazia desejar que ela o desculpasse. Não adiantava mais tentar cantar de tanto que sua garganta doía e sua voz era fraca, assim como seu corpo todo se sentia. Se surpreendeu ao escutar uma voz feminina, também um pouco afetada, cantar as palavras que ele não era capaz.

“but that's all right
and it's all right”


Era Lily. Ele se sentou e virou o rosto para o lado que Lily NÃO estava para esconder as lágrimas. James Potter não chorava.

“I just can't seem to see how the hell you can make
Believe”


Ele voltou a cantar. “Não consigo ver como você consegue achar que... ” – ele traduzia a musica em sua cabeça. De novo Lily cantou, agora se sentando ao seu lado da exata mesma maneira que ele o fazia.

“that it's all right
and it's all right”


E os dois cantaram juntos. James agora se virava para Lily com os olhos marejados.

“Tell me something that's sure to break my heart
'cause everything's my fault
And I know I deserve to be alone
'cause everything's my fault
everythings my fault
and everythings my fault
and everythings my fault
and everythings my fault
and everythings my fault”


Lilian Evans sorriu para James Potter. Os dois se encararam por alguns instantes até que James sorriu também. Ela o estava desculpando.

— Também te amo, James Potter. – Lily não podia ter mais certeza do que dizia. Nunca, em toda a sua existência, sua mente havia estado tão clara.

Os dois se beijaram. Não foi James que beijou Lily, nem Lily que beijou James. Os dois simplesmente se beijaram agora deitados na grama. Um beijo apaixonado, cheio de amor e emoção. Mal eles sabiam o que o futuro lhes guardava.

— AVADA KEDAVRA!

Uma luz verde se apossou do local. O único som que se ouvia naquela casa semi-destruída era um bebê chorando.

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