Destino: Beco Diagonal



Rony não conseguia, melhor, não queria dormir.
Rony ficou com medo de dormir e perder o gosto que Mione deixara em sua boca.
Relembrou da maciez dos lábios da amada e com os dedos tocou seus lábios saudosamente.
Sua luta contra o sono foi vencida. Rony finalmente adormeceu.

Não encontrou a amada em seus sonhos. Afinal, a realidade tinha sido tão bela, que não havia a necessidade de procurá-la em uma imaginação do inconciente.


*


Pela manhã na Toca...Rony Canta:



Flú onde estás tu?
Toc-toc
Bato em sua porta, mas
Nada ouço de volta!




- Rony, você está bem?
- O quê? – disse Rony, meio aéreo.
- Peguntei se você estava bem. – disse a Sra. Weasley.
- Ótimo! Estou ótimo – disse olhando Mione nos olhos.

Mione estremeceu dos pés a cabeça.
Será que alguém tinha notado como haviam se olhado?
Talvez.
Isso não importava mais para Rony.
O acontecido fora algo mágico para o ruivo. Mágica que o fez sentir-se tão bem, como nunca havia se sentido na vida, mágica que o tranformou no homem mais apaixonado no mundo.

- Tem certeza que você está bem, meu filho? – repetiu a pergunta a mãe do garoto.

No dia anterior, Rony estava triste e agora estava estranhamente feliz.
Rony e Mione sabiam o motivo de tal felicidade muito bem. No entanto, alguns tinham suspeitas e outros estavam confusos.
Realmente era de se estranhar esse comportamento de Rony, depois de ter sido alvo da lingua ferina de Rita Skeeter.

- Mãe, tá tudo bem...Eu só andei pensando e não importa o que as pessoas acham de mim...Pra mim só importa o que as pessoas que estão do meu lado pensam de...Ai!!!

Fred não resistiu ao ver Rony falar daquele jeito. O gêmeo jogou uma pequena abóbora, do tamanho de uma laranja, que conjurou de sua varinha.

- FRED – berrou a Sr. Weasley.
- Jorge, eu sou o Jorge.
- Jorge, como você se atreve a jogar uma abóbora “criança” desse jeito!!! É um pecado fazer isso com as abóboras não defindas ainda.
- Hei! É a minha cabeça que foi atingida. Minha própria mãe...Se preocupa mais com uma abóbora do que comigo. Vejo que pensei errado... Abóbora “criança”? Desde quando abóbora é gente?

- Rony, querido. Você é forte... – disse a Sra. Weasley tentou se explicar.
- Rony, não faça drama – disse Jorge.
- É, não aconteceu nada com a sua cabeça, não tem nada dentro dela para que você possa se procupar. Ah...Eu sou o Fred mesmo. – disse Fred ao retirar-se da mesa.

O ambiente que era harmonioso agora estava um tanto quanto tenso.

- Olha – disse Mione, quebrando a tensa atmosfera.

Cinco corujas aproximavam-se do parapeito da janela da cosinha D’A Toca.
Duas das corujas eram endereçadas a Gina.
A garota abriu o primeiro rolo de pergaminho onde continha os resultados de seus N.O.N.S.



Resultados nos Níveis Ordinários em Magia.



Notas Aprovação:
Ótimo (O)
Excede Expectativas (E)
Aceitável (A)

Notas de Reprovação:
Péssimo (P)
Deplorável (D)
Trasgo (T)




Resultados obtidos por Ginevra Molly Weasley:


Adivinhação: A
Astrônomia: E
Defesa Contra as Artes das Trevas: E
Feitiços: O
Herbologia: E
Pocões: E
Tranfiguração: E
Tratamento de Criaturas Mágicas: O







- Parábens, Gina – disse a mãe da ruiva cheia de orgulho.

A outra coruja trazia a lista de material para aquele ano letivo que Gina iria cursar na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.
Mas, não só a ruiva recebera uma coruja com a lista de material, Rony, Harry e Mione também receberam.

- Beco Diagonal – disse a Sra. Weasley.
- Er... Eu não vou – disse Harry.
- Como? – perguntou a bruxa.
- Eu não vou para Hogwarts.
- Nem eu – Rony intrometeu-se na conversa.
- Eu também não vou – disse Mione.
- O QUÊ? – berrou a Sra. Weasley.
- Isso mesmo, não iremos para Hogwarts, este ano – repetiu Rony.
- Merlim! O que vocês pensam em fazer? Posso saber?
- Desculpa, mas...
- Tudo bem, não conte se não confia em mim – disse a bruxa ressentida.
- Não é isso! É algo que só eu tenho que fazer – explicou Harry.
- Sozinho? Quanto a Rony e Hermine?
- Eu quero ir mãe.
- Temos que ir. – disse Mione, com um tom importante.
- Falamos disso depois...Vamos todos para o Beco Dagonal.
- Não importa o que vocês têm de fazer, nada é mas importante que a educação de vocês. É uma ordem. O que vocês tem de enfretar, façam isso durante as férias. Não quero mais nenhum filho meu largando os estudos. Assunto encerrado.
- Mas eu não sou seu f...
- É como se fosse Harry. E sinto no dever de cuidar de você – interrompeu a Sra. Weasley.
- Eu também vou – disse Fred enquanto descia as escadas junto com seu gêmeo: Jorge.
- Já que Hogwarts vai reabrir, vai começar a temporada de vendas – continuou Fred.
- Fiquei de me encontrar com Anette e o Allan no Caldeirão Furado. Então eu vou indo – disse Jorge segundos antes de aparatar.
- Vamos então. Eu vou primeiro depois Fred, Harry, Gina, Rony e Mione.

A Sra. Weasley e Fred aparataram para o Beco Diagonal.
Mas Harry, Gina e Rony teriam de usar a rede de pó de flú.
Harry, na época dos exames para tirar a licença, não possuía a idade adequada. Gina, por ser menor de idade e Rony por não ter passado no exame por não ter feito a aparatação com sucesso. O ruivo deixou para trás meia sombrancelha, apenas por uma simples metade da sombrancelha ele não passara no teste. Na época, Rony ficara muito chateado por ter sido reprovado.

Chegou a vez de Harry. Ele pegou um punhado de pó de flú, que estava dentro de um recipiente de porcelana com detalhes em fio de ouro. Uma jóia rara e cara, mas, deveria ser uma jóia de família, isso explicaria a aquisição de tal objeto na família de Rony.

Harry já estava dentro da lareira. Ele respirou fundo.

- Calma Harry. Lembre onde você quer ir, você já fez isso antes. Diga: Beco Diagonal e não Biboca Diagonal.

Harry riu ao lembrar a primeira vez que viajou de pó de flú.

- Beco Diagonal – disse Harry, com convicção.

Gina foi logo depois.
Agora Rony e Mione estavam sozinhos. A última vez que eles ficaram sozinhos um beijo tinha acontecido.




Flú onde estás tu?
Toc-toc
Bato em sua porta, mas
Nada ouço de volta!





Rony não conseguia parar de cantar essa canção.
Mione olhou pra ele e sorriu. Rony retribuiu.
Rony aproximou-se de Mione, segurou sua mão e disse:

- O que a gente faz agora?

Rony não sabia como agir depois do que acontecera na noite passada enter Mione e ele.
Foram amigos durante anos e um dia, um beijo acontece.

- Nada – disse Mione.


“Como assim nada? Quer dizer que o beijo não significou nada pra ela?”


Mione parecia que tinha entendido o que Rony estava pensando. Provavelmente a careta que o ruivo fizera deixou as suas dúvidas estampadas em sua rosto.
Ela não disse nada simplemente o beijou.
O primeiro beijo tinha sido bom, mas tinham dúvidas se o beijo seria sensato, afinal, eles eram amigos de longa data.
Agora sabia muito bem o que queria. Rony queria que muitos outros beijos acontecessem entre sua querida amiga e ele.
Continuavam deliciando-se um com o gosto do outro.
Rony segurava a cintura de Mione com firmeza, enquanto ela, se mantinha nas ponta dos pés acariciando-o na nuca.

“Merlim! Como os lábios dela são incrivelmente macios e doces... Nada comparado com os da Lilá....Lilá? Eca!!! Vai embora Lilá, esses são meus pensamentos. Concentre-se Rony. Mione....Mione AH....Sim...”

O beijo cessara.

- Nada? – disse Rony, recuperando-se do beijo.

Mione sorriu e disse: “- Rony, deixa que o tempo se encarregue de nós... Agora você deve ir, a sua mãe já deve estar te esperando.

- Primeiro, as damas – disse Rony ainda ecstasiado com o beijo que Mione lhe aplicou.
- Obrigada.
- Você vai aparatar?
- Vou – disse.

Rony estava só agora, ou melhor, Mione lhe deixara um beijo de companhia.

- Nada.... O tempo... Esperta essa Mione. Uma sabe-tudo. O tempo!!! Ainda bem que o tempo passa rápido!

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.