Gritos e Urros
Aquele dia não estava sendo dos melhores: a carta cínica dos gêmeos, o problema com Edwiges, a impertinência de Murta e agora; as perguntas incessantes de Hermione Granger.
- O que vocês foram falar com a McGonagall?
- Quem disse que fomos falar com ela?
- Ninguém me disse. Eu vi!
O coração de Rony deu um salto. Batia freneticamente, pareciam sinos escandalosos de missas de domingos chamando o pecador, denunciando seu dono com seus tum-tuns característicos. E, agora o que faria? Sua boca ficou seca, engasgou-se mesmo quando saliva lhe faltava.
- Então? – impacientou-se a garota, batia freneticamente um dos pés. Esperando Rony se explicar.
Rony procurava por Harry, porque precisava de alguém para auxiliá-lo com a desculpa que iria dar à Hermione. Rony não sabia o quê fazer e dizer; no entanto, surpreendeu-se ao notar que Harry, a quem Rony procurava, não estava ali na sala comunal da Grifinória. De certo o moreno aproveitou-se do engasgo do amigo para sair pela tangente.
- Seu amigo não ta aqui pra te ajudar. - Hermione percebeu irritada. Os pés dela ainda batiam, só que agora mais rápidos e fortes dando a entender que era o que faria com Rony.
2 a 0 pra você Harry. Pensou Rony aflito.
- Sabe Rony, – continuou Hermione. – seria mais fácil dizer que não quer me contar o motivo, seria mais nobre da sua parte... Estou farta de suas mentiras.
Ah! Hermione se você soubesse de tudo.
- Não vai dizer nada? Não vai se defender? Vamos! Fala alguma coisa! – desesperou-se. Queria ouvir Rony lhe dizer algo cabível, queria a verdade! Seria tão difícil dizer a verdade? Hermione respirou fundo tentando se acalmar, mas nem por isso deixou de fuzilar Rony com os olhos.
As palavras faltaram a Rony, estava ali inerte e abstrato. O que dizer? Como me defender... Ah Mione... – Er... Er... Mione...
- Diga alguma coisa! - Ordenou ela.
Rony começara a se irritar. Estava em um conflito: não sabia se contava a verdade e assim magoaria a garota ou, inventava outra desculpa qualquer. Estava aflito. Não sabia realmente o que fazer. Contar ou não contar? Deixá-la cheia de ódio ou machucá-la?
- Não!
- Não?!
- Não posso... Eu queria, mas... Não!
- Eu queria, eu dizia... Tudo “ia”. Sempre a mesma coisa Rony! Fale a verdade uma vez na sua vida! – Hermione caiu aos prantos. Um aperto atingiu o coração de Rony, não queria magoá-la, mas já era tarde. Seus sentimentos começaram a se misturar e a ficar indefinidos: sentia angústia, raiva, decepção. Odiava o fato de não poder contar. Agora só a verdade acalmaria Hermione, já que antes havia mentido à garota. Mesmo que contasse, será que ela acreditaria nele? Quando Rony contou que a amava, ela não reagira muito bem, deu lhe um tapa na face. Rony chacoalhou a cabeça pra afastar antigas recordações e mirou Hermione, optando assim, pelo caminho mais fácil, a mentira.
- Er... Er...
- Hermione! – Debochou dos engasgos do ruivo.
- Eu... Er... Não é nada demais. Fomos só... Reclamar da Neusttat. É, foi isso! – disse querendo convencer a si mesmo do que a própria amiga.
- Você acha que sou burra?
Rony começara a rir, se alguma coisa que Hermione não seria é burra.
- VOCÊ RI?! – Hermione perdeu a paciência que ainda lhe restava. Apontou sua varinha para tudo que conseguiu encontrar: livros, tinteiros, cadeiras e tudo mais!
- AI! Hermione... Para!
- PARAR?
Paciência perdida? Agora, já não era isso. Era uma questão de fúria. Hermione apontou sua varinha para as almofadas da sala comunal da Grifinória e em instantes, as almofadas cederam lugar para balaços!
Rony corria, tropeçava nas poltronas e mesas. Caia no chão de vez em quando, mas acabava escapando dos balaços. Correu em direção à porta do dormitório dos meninos; porém Hermione percebeu e astutamente bloqueou a entrada com uma mesa.
Estou perdido! Pensou o ruivo enquanto corria.
O barulho dos objetos que não alcançavam o alvo, Rony, se espatifando no chão e na parede eram tão fortes que acordaram os grifinórios que já tinham se recolhido. Não era só Rony que se esquivava dos objetos ali enfeitiçados. Urros de dor, gritos eufóricos incentivando Hermione, risos. Uma algazarra só!
- Xeromorfas Plantarum – Gritou Rony e naquele momento Mulher Gorda permitiu sua passagem para o corredor.
O ruivo não estava sozinho. Todos que acordaram para ver o que estava acontecendo, seguiram Rony para ver o desfecho da história, como se não poderiam perder a cena de uma novela muitíssimo interessante.
“Pegua ele!”
“Isso.”
“Uh! Passou perto.”
“Essa doeu e MUITO”
- Para, Mione! – Rony implorou a ela.
- Pensasse nisso antes de mentir e rir de min!
“Ah! É por isso que tem isso escrito na testa”.
“Rony mentiroso”
Estava ruim agora? Iria ficar ainda mais. Os gritos despertaram alguém que não perderia uma cena daquelas, este alguém era Pirraça. O fantasma animou-se e começou a cantar:
“Weasley nosso rei! Mente igual a ninguém! Weasley nosso rei! Mente igual a ninguém! Weasley nosso rei! Mente igual a ninguém! Weasley nosso rei! Mente igual a ninguém!” – Pirraça estava infernal, jogava coisas nas pessoas, vasos e tudo o que encontrava, tentava arrancar quadros das paredes enquanto gritava cada vez mais alto.
E, Rony ainda sendo perseguido pelos balaços.
As gritarias eram tão altas que ninguém tinha percebido que alguém se aproximava.
“Weasley nosso rei! Mente igual a ninguém!” – Os outros se juntaram a Pirraça.
“Weasley nosso rei! Mente igual a ninguém! Weasley nosso rei! Mente igual a ninguém! Weasley nosso rei! Mente igual a ninguém!
Passos... Passos, cada vez mais próximos.
“Weasley nosso rei! Mente igual a nin...
- CHEGA!
Silêncio.
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ngm tem comentários pra mim?
Sniff :p
Espero q enham gostado desse aqui
bjus^^
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