A melhor ida à Hogsmeade
*Duas horas depois*
Todos os jogadores saíam do campo de quadribol, muito suados e sujos de poeira, especialmente Tiago, que fora atingido por um balaço graças ao erro de um batedor de seu time e havia caído da vassoura, batendo de costas no chão e levantando uma grande quantidade de poeira, mas ele não se importava.
- Juntem-se aqui, pessoal - Fala o capitão, entre grandes suspiros de cansaço. Todos os jogadores e aspirantes chegaram perto do septanista, que começou: - Os novos jogadores são: Ernest Pacdive, para goleiro. - Um dos terceiranistas que tremia levantava as mãos, glorioso, em uma comemoração silenciosa. - Terry Goof, para batedor. - Um sextanista sorria confiantemente, após receber seu resultado. - e Sirius Black, para artilheiro. - Sirius, por sua vez, gritava como um louco, enquanto pulava em todos os outros jogadores.
- A todos que não passaram, minhas mais sinceras desculpas. Tentem no ano que vem. - O capitão dá os ombros, enquanto o resto dos jogadores que não passaram estavam indo. Potter bocejava de sono.
- Podemos ir, também? - Sirius também estava morrendo de sono e de cansaço, não via a hora de chegar em sua cama.
- Claro, vão lá. - Liberando-os, o capitão se despede com um cumprimento e os garotos correm para a torre leste, no sétimo andar, entrando no salão comunal. Quando eles chegam, vêem Lupin e Pedro fazendo os deveres dados pelos professores para o fim de semana.
- O que estão fazendo a essa hora da noite? - Pergunta Sirius. Ele não sabia o que um ser humano racional podia fazer quando já era madrugada.
- O tema, ou algo muito parecido com isso. - Pedro puxava alguns sanduíches e comia, deixando seu pergaminho cheio de farelo. Ele não tinha escrito muita coisa, mas em compensação, lupin terminava seu terceiro pergaminho.
- Vamos dormir? - Remo guardara os pergaminhos em sua mochila e se levantava, tocando as costas. - Já está tarde.
- E amanhã temos a primeira ida à Hogsmeade! - Fala Pedro, confiante. Até ele tinha conseguido uma garota para sair. - Não podemos nos esquecer, não é mesmo? - Ele não sabia o porquê, mas ninguém estava muito feliz com a ida.
- A corvinal desmarcou comigo. - comenta Sirius, subindo as escadas. - Acho que vou ficar a manhã inteira dormindo.
- A garota da lufa-lufa ainda quer sair comigo. - Zomba Potter, fazendo Sirius enrigecer sua expressão. - Mas vamos nos deitar logo, senão eu não me acordo.
- Okay, vamos lá. - Lupin, Sirius e Pedro começaram a subir as escadas atrás de Tiago e se deitaram, dormindo rapidamente.
* No outro dia *
- TRIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM - O tão adorado despertador de Lupin havia começado a algazarra, acordando Tiago e Sirius de susto. Bravos, cada um pegou um travesseiro e acordaram Lupin à travesseiradas. Rindo, ele apenas desligou o despertador e pegou uma maçã.
- Pra que colocar essa aberração pra despertar? - Tiago estava se sentando novamente em sua cama, consultando o relógio.
- São nove horas da manhã! - Protesta Sirius, abrindo seu malão e retirando a autorização para Hogsmeade. - E graças a você, eu vou sozinho ao passeio, já que eu ia dormir toda a manhã e você fez questão de me acordar.
- Ah, também te amo. - Lupin jogara a maçã na cama de Pedro, que acordara no ato. Dando uma abocanhada na fruta, ele se levanta.
- Vamos lá? - Pergunta Pettigrew, olhando para seus colegas. - Não posso me atrasar no encontro com Bella.
- Bellatrix? - Pergunta Tiago, incrédulo. - Não acredito que você vai sair com uma garota da sonserina!
- Ela que me convidou, eu não ia rejeitar, não é? - Ele protesta, saindo rapidamente do quarto, já vestido.
- Okay, acho que perdemos um maroto pra concorrência. - Sirius comenta, se levantando e também indo em direção à porta. - A propósito, você também vai ir, Remo?
- Acho que vou. - Fala ele, sem emoção, seguindo seu amigo Black. - vamos juntos?
- Eu tenho que ir, pessoal, até mais! - Se despede Tiago, passando pela porta e correndo em direção ao fim do salão comunal.
* Com Tiago, nas escadas *
Tiago mantinha suas duas mãos nos cabelos, tentando deixa-los o mais arrepiado possível. Quando já descia o salão comunal, ele treinava as frases feitas para se conquistar uma garota. Ele estava prestes à ter seu primeiro encontro e estava um pouco nervoso por isso, mas nada que o fizesse gaguejar ou que fizesse suas pernas começarem a tremer. Estes dois sintomas significavam diretamente ações com Lílian Evans.
- Olá, Elma! - Cumprimentou ele alegremente a garota da lufa-lufa, sem notar o quartanista ao lado da menina. - Como vai?
- Primeiramente, Potter, meu nome pe Helga. - Ela se livra do abraço, segurando a mão do quartanista, que fica muito vermelho. - Em segundo lugar, imprevistos aconteceram e agora estou namorando, então encontro cancelado.
Com um muxoxo, o garoto apenas abana a lufana, se dirigindo ao salão principal. Quase não havia professores ou alunos lá, todos já estavam entregando seus bilhetes para o Zelador e saindo rumo ao pequeno povoado pertencente ao território da escola. Quando percebeu, seus dois amigos o esperavam na porta do castelo, o olhando fixamente.
- Ei, Tiago! - Sirius olha para o garoto, que estava cabisbaixo. - Você não ia sair com a Helga da lufa-lufa?
- Ia, mas ela arranjou um namorado. - Comenta ele, sem emoção. - Ou seja, teremos um final de semana de solteirões?
- Muita cerveja amanteigada, conversas e tudo mais. - Fala Lupin. Os dois olham para ele, como se ele estivesse louco. - Peraí, pessoal. Eu sou responsável, mas isso não quer dizer que eu não goste de cerveja.
- Tudo bem, vamos lá. - Potter se levanta do banco e vai até a frente do castelo, entregando sua permissão ao Zelador, que com um resmungo, avisou que eles teriam de retornar até as dezoito horas.
- Ei, Tiago! - Sirius toca o amigo, que olhava para o campo de quadribol. Tinha começado a esfriar naqueles primeiros dias de outubro, um aviso de que o inverno já estava chegando. - Sabe o problema peludo do Remo?
- O que vocês já estão falando de mim? - Pergunta Lupin, que se concentrava nas plantas rasteiras dos jardins da escola, murmurando o nome de cada uma.
- Sim, eu sei do problema do nosso amigo. - Tiago chutava uma pedra, que estava no caminho, mas se vira para seu amigo, interessado. - E daí?
- Descobri um modo de ajudarmos ele. - Sirius puxava um livro do bolso, muito pequeno, mas com um toque da varinha, ele voltou ao seu tamanho normal e o garoto começa a folheá-lo. - Aqui. Pág. Trinta e seis: O lobisomem é um bruxo como qualquer outro e tem os poderes semelhantes ao de um animago, mas não pode controlar o momento ao qual se transformará. Métodos de Animagia, pág sessenta e cinco. - Termina ele, fechando o mesmo. Tiago não parecia ter entendido nada, mas Lupin tinha uma expressão pensativa.
- Entendi! - Remo fazia cara de rato que descobria um queijo. - Você quer se transformar em animago? Mas para que?
- Elementar, meu caro Remo. - Sirius abre o livro, na página sessenta e cinco, que tinha com letras grandes a palavra Animagia. - Viraremos animagos para diminuir sua fúria em noites de lua cheia.
- Ah, entendi. - Finalmente tinha caído a ficha do Potter. Eles estavam agora passando o campo de quadribol e tinham mais uma longa caminhada pela frente. - Então, desenvolva sua idéia, meu caro amigo. - Lupin voltou a olhar as plantas dos jardins, sem dar muita atenção. Era meio impossível garotos do terceiro ano virarem animagos.
- Bem, nós teremos de achar um modo de levar nosso amigo para um lugar fechado nos dias de TPM dele. - Tiago não se agüenta e dá uma grande gargalhada. Lupin ignora a piadinha de Sirius. - Um lugar fora de Hogwarts, de algum modo que não chame muita atenção.
- E como vocês, grandes seres da natureza irão virar animagos com esse baixo índice de controle de magias? - Pergunta Lupin, incrédulo.
- É fácil! - Sirius aponta para o livro, que dizia: - Como descobrir que animal você virará.
- Olha, que legal! - Grita Tiago, prestando atenção no livro. - Só é preciso apontar a varinha para a cabeça e dizer: Animagus Morfus!
- Vamos tentar, então. - Sirius pega sua varinha e a aponta para a cabeça. - Animagus Morfus! - A cabeça do garoto se transforma na cabeça de um cachorro. Sirius começa a latir, alegremente, olhando para o livro, que dizia: O contra-feitiço se chama Animagos Chancellus. Com um latido, a cabeça de Sirius volta ao normal.
- UAU! - Tiago aponta a varinha para sua cabeça, repetindo o ato de seu amigo. Sua cabeça toma o formato de um Veado, arrancando risadas de Sirius e Lupin, que voltara a prestar atenção na conversa. Com a expressão de raiva, Tiago volta para sua forma original. - Um veado?! - Protesta ele, colocando sua varinha no cós das calças. - Não acredito nisso!
- Pelo menos minha forma animaga não é gay. - Sirius se desata rindo, quando Tiago se vira ameaçador para ele. - Calma, Viadinho.
- Vamos arrumar apelidos para as nossas formas. - Potter se lembra de sua forma animaga e fica pensativo. Os outros dois igualmente.
- Você será o Pontas, Tiago. - Fala Lupin, apontando para o garoto, que faz cara de que gostou do apelido. - E você, Sirius, será o Almofadinhas.
- Almofadinhas? Poxa. - Sirius dá um riso frouxo, apontando para Remo. - Então você será apelidado de Aluado!
- Certo, pode ser. - Ele confirma com a cabeça. O trio finalmente tinha chegado a Hogsmeade. Aquela rua parecia um pedaço do mundo bruxo sem compromissos, o lugar que qualquer bruxo pedira a Merlim. Na frente da vila, muitas casas iguais. Em algumas delas, pequenas placas anunciando os nomes das lojas. Uma das primeiras lojas da vila era um bar: O Três vassouras. À sua frente, ficava a loja de penas escriba. Ao seu lado, a Zonko's e a Trapobelo. Quase no fim, ficavam a Dedosdemel, o Dervixes e Bangüês a Loja de Café da Madame Puddifoot e no fim, o Cabeça de javali.
- Por onde começaremos? - Pergunta Sirius, olhando para os lados. Aquele era um lugar magnífico.
- Olhem aquela casa velha! - Lupin aponta para uma casa abandonada, no fim da rua. - Que lugar deve ser aquele?
- Oras, é só um lugar inabitado há dezenas de anos! - Fala Tiago. Nem ele nem Sirius tinham se dado conta, mas Lupin relembrava as palavras de Sirius.
- Ta aí! Esse é o lugar seguro e fechado em que eu posso ficar nos meus dias de lobo.
- É mesmo! - Sirius não sabia como ele não tinha se dado conta, era uma ótima idéia. - Mas como te traremos até aqui sem deixar rastros?
- Aparatar não dá... - Lupin voltou a pensar, enquanto Tiago e Sirius tentavam resolver em que loja estreariam, mas foram parados por um grupo de alunos que saia do três vassouras. Lily Evans e Amos Diggory saíam do bar de mãos dadas, um sorrindo para o outro, se dirigindo até o chá da madame Puddifoot. Aquilo foi o suficiente para estragar a tarde de Tiago, que saiu correndo para qualquer lado, enquanto os outros ficaram parados, sem reação.
- Para aonde você vai, Almofadinhas? - Lupin resolve quebrar o silêncio, para que não ficasse muito contrangedor.
- Vou na Zonko's, eu acho. - Remo fez cara de desaprovação e o abanou, em despedida, se dirigindo até o três vassouras. Sirius resolveu ir ver o que a loja de logros e brincadeiras tinha para ele.
* Duas horas depois *
Lupin e Sirius já estavam reunidos novamente, quando Tiago voltara. Ele parecia ainda estar normal. Remo mostrava uma expressão de triunfo no rosto, mas decidira que só contaria quando os quatro estivessem reunidos. Pedro podia ser visto com Bellatrix de relance. Parecia que eram apenas amigos. Quando os três já iam voltar ao assunto de Lupin, viram Mégara Dódson, a amiga de Lílian Evans, cuja qual Sirius gostava, sair do cabeça-de-javali, sozinha.
- É a minha chance. - Sussurra Black para si mesmo, se despedindo de seus amigos. - Até mais, pessoal, tenho que fazer uma coisa. - Ele foi até o final da rua e tocou no ombro da garota, que olhava fixamente para a vitrine da dedosdemel, ansiando a um doce daqueles. - Está sozinha, Dodson? - Pergunta Sirius, chegando do lado da garota, que sorria.
- Mais do que você pensa, meu bem. - Fala ela, sorrindo e abraçando o garoto. - Como vai, Black?
- Tudo nos seus devidos conformes. - Ela termina o abraço, andando em direção à casa abandonada. - queria alguma coisa?
- Queria e quero. - Sirius resolve avançar, enquanto a garota fazia pose de santa. - Eu quero você, Dódson. - Ele abraça firmemente a garota, que coloca a mão sobre seu peito. Confiante, ele tenta beija-la, mas ela o empurra.
- Você acha que eu sou fácil assim, Black? - Fala ela, sorrindo maliciosamente. - Eu só saio com garotos mais velhos, eu nunca daria bola para você, um terceiranista. - Mégara continuava lá. Ela acabara de descobrir que gostava de mexer com os sentimentos de Sirius.
- Eei... - Sirius agarra a garota novamente, a dando um beijo, que ela não consegue se desvencilhar. Após o beijo, ele a solta. - Vou te mostrar como os terceiranistas também tem seu valor.
- Só depois, beibe. Tenho que me encontrar com a Lorelai. - Ela se despede do garoto, ainda tonta com o beijo tão súbito. Sirius havia ganhado o dia, ele tinha beijado Mégara Dódson.
Sirius, Tiago e Lupin haviam se cansado de ficar sem fazer nada em Hogsmeade e resolveram voltar para o castelo, a passos lentos, conversando. No meio do caminho, Lupin havia notado uma planta em especial, que não parava de se mexer. Ele não se lembrava de seu nome, então a retirou da terra e a colocou em um vaso recém conjurado, para estuda-la com a professora Fridget, de Herbologia. Finalmente, aquele dia estava acabando. Pedro havia se juntado ao grupo. Ele parecia ter adorado a saída e estava muito afoito. Quando já anoitecia, eles resolveram dormir. Ainda teriam um longo domingo de farras e não queriam estar cansados ao ponto de não conseguirem aproveita-lo.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!