<i>Someone stop this…</i>

<i>Someone stop this…</i>



Stop This Song
Capitulo Único


“Tem que ser hoje! Ele vai pagar por tudo o que fez.” pensou ela.

Desde que havia sido humilhada em público por James Potter, Lily Evans não deixava de pensar em outra coisa a não ser vingança.

Mas aquele dia tudo mudaria. Aquele era o dia dela, dia de sua vingança. Dia em que tinha tudo planejado para que James pagasse por tudo que a fez passar.

James era o perfeito “garanhão”. Ficava com todas e depois as deixava sofrendo. Era um garoto muito bonito e muito popular, que para conquistar as meninas fazia uso de uma arma muito usada e aprovada por garotas. A simpatia.

Lily era uma garota ruiva de lindos olhos verdes, que tinha uma pele tão clara quanto a neve. Seu corpo, apesar de ser baixa, era perfeito. Era muito espontânea, extrovertida perto de seus amigos, que eram poucos. Já perto de sua classe, da escola onde estudava, era muito tímida. Lily era a vocalista de uma banda que, além de cantar muito bem, compunha músicas muito boas.

Sua banda não era conhecida por ninguém da escola Hogwarts College, a escola onde estudava. Mas tudo mudaria. A banda seria muito conhecida depois do que Lily planejava fazer. Sua banda e sua música ficariam conhecidas, fariam a diferença no show de talentos.

- Sirius, “lá maior”. – ela disse apontando para um garoto alto de cabelos negros repicados até mais ou menos o s ombros, e de olhos azul-acinzentados. Sua pele era tão branca como a de Lily. Esse era o baixista da banda.

O som do baixo de Sirius, da guitarra de Peter e da bateria de Remus logo invadiu o sótão da grande casa de Remus, um garoto alto, de cabelos curtos e castanho-claros que contrastavam com seus olhos cor de mel; sua pele também era branca, mas que lhe dava um ar doentio.

Lily apreciou a melodia por algum tempo somente batendo o pé no chão para saber se o tempo do ritmo estava certo. Ela logo fez um aceno com a mão, indicando que era para que eles parassem de tocar. Eles pararam e ela começou:

- Está perfeito, só que, Peter, abaixa um pouco o som da guitarra. Está muito alto, mas o resto está perfeito!

- Lily, só uma coisa – disse Sirius entrando em sua frente, segurando sua guitarra vermelha na mão -, até agora você não nos mostrou a letra da música. Será que nós podemos ver?

- Na verdade, não. Quando chegar a hora, vocês verão. Ou melhor, ouvirão. – ela sorriu de soslaio. Logo o sorriso desapareceu, cedendo lugar a uma expressão séria. – Tenho que ir. Vou pegar minha roupa em casa e vou para lá. Confiem em mim. Hoje é a nossa vez de acabar com o Potter.

Eles soltaram um muxoxo.

- Ok, vamos confiar. – disse Remus.

- Obrigado, gente! – ela foi até eles e deu um beijo na bochecha de cada um, em sinal de gratidão. – Não vou decepcioná-los!

Sirius e Peter foram ajudar Remus que desinstalava sua bateria. Depois que fizeram isso, Sirius e Peter colocaram seus instrumentos dentro das caixas pretas de transporte foram para o jardim.

Assim que encontraram a van do pai de Remus, colocaram os instrumentos lá, juntamente com o microfone laranja de Lily, sua marca registrada.

Lily os ajudou e assim que terminaram de por as coisas dentro o carro, Lily disse:

- Eu já deveria ter ido. Tenho que ir rápido. Beijo. Encontro vocês lá. – ela saiu correndo e parou no portão, que logo começou a abrir lentamente. – Boa tarde, Zac – disse ao porteiro, que fez um aceno com a cabeça.

Ela saiu pelo portão e desceu a rua correndo até chegar ao “ponto” de bonde da avenida. Logo o bonde amarelo surgiu e parou para que ela entrasse. Subiu as escadas com alguma dificuldade, e se jogou no banco de madeira assim que o bonde deu um tranco, anunciando a partida.

Alguns minutos depois, percebeu que a menininha, que estava sentada no colo de sua mãe ao lado de Lily, olhava fixamente para seu cabelo.

Lily sorriu sem graça e começou a alisar os cabelos, como se quisesse escondê-lo. Seu cabelo era bem diferente. Apesar de a maior parte dele ser ruivo, as pontas eram meio amareladas o branqueadas. Eram bem diferentes.

Assim que viu uma pequena padaria em uma esquina, Lily puxou uma corda que estava logo acima de sua cabeça. Ao puxar a corda, um pequeno sino tocou, e o bonde parou.

- Obrigado, senhor. – Lily pagou um homem de cabelos grisalhos e olhou novamente para a garotinha loira que ainda olhava para ela.

Desceu do bonde e correu até um antigo edifício de porta branca, onde abriu a porta e entrou. Subiu alguns lances de escada e entrou num apartamento de porta marrom.

- Olá, mamãe. – disse, passando rapidamente pela sala, onde sua mãe, deitada no sofá, fazia um caça-palavras.

- Olá, linda. Você não tem que chegar pelo menos uma hora antes?

- Sim. Eu tenho. Por isso que estou correndo. – disse ela. Estava em seu quarto pegando uma roupa apropriada. Pegou uma calça jeans, uma camiseta branca manchada com os escritos “riot”, e uma tênis baixo e prata.

- Ah, um menino ligou procurando por você. Arrumou namorado é? E não era nem o Peter, nem o Sirius, nem o Remus. – Lily congelou. De repende um frio na barriga a invadiu. Seus olhos ficaram arregalados e ela disse:

- Qual era o nome dele?

- Era... Hum... J-j... Começa com ‘j’. Espera, eu vou lembrar. J... – ela abriu a boca.

- James? James Potter?

- ISSO! – exclamou a mãe.

Suas mãos ficaram tremulas.

- Ele queria falar com você e eu disse que você não estava, então ele pediu para que eu falasse para você ligar para ele e que você tinha o telefone dele, então eu disse... – Lily correu até o criado-mudo e pegou seu celular.

- Que merda! Ela não achava o telefone. – O que será que ele quer? Achei.

Então apertou o botão “send” e o telefone imediatamente começou a chamar. Após alguns segundos, que mais pareceram horas para Lily, uma voz grossa atendeu o telefone.

- Alô?

- Potter? É a Lily. O que você quer comigo?

- Calma, amor. Eu descobri o que você vai tentar fazer hoje naquele idiotice de show de talentos.

- Quem te disse? Eu não disse nada a ninguém!

- Marlene. Marlene viu um pedaço da letra de uma música e supôs que fosse sua. Então ligou toda a história.

- Mas saiba. Eu não vou deixar de dizer o que tenho a dizer!

- Eu não vim pedir para você não cantar uma droga de uma música com seus amiguinhos idiotas. Eu só quero dizer que você foi a única menina com quem eu realmente gostei de ficar.

Um frio na espinha percorreu as costas de Lily. Será que era verdade, ou queria somente fazer com que ela amolecesse?

- Verdade? Que bom para você. A minha música está pronta. Quer você queira, quer você não queira, eu vou cantá-la! Eu a fiz especialmente para você e todos vão entender o que eu quero dizer com ela.

- Ok, Lily. Você é quem sabe.

- Eu já fui muito longe para voltar atrás. Os meus amigos já sabem que aquela vai ser a música, não vai dar tempo de ensaiar outra, ok?

- Lily, você mexe comigo com esse seu jeito decidido de ser. Nem a Marlene faz isso comigo. A Marlene é só mais uma garota fútil. Você não. Você é diferente.

Ela estremeceu. Seria aquela uma verdadeira declaração?

- Você só quer me enrolar! Você sabe muito bem o que eu sinto por você! PARE! VOCÊ NÃO VAI ME FAZER MUDAR DE IDÉIA!

E desligou o telefone.

- Lily, tudo bem? – perguntou a mãe, agora parada à porta. – Ouvi você gritando.

- Tudo bem. – Lily agora estava mais pálida que o normal. – Eu... Estou atrasada! – disse olhando no relógio.

Vestiu-se rapidamente e foi até o banheiro. Escovou os dentes e depois penteou o cabelo.

- Tchau, mãe. – e saiu correndo porta afora.




“Eu estou calma. Calmíssima!” dizia para si mesma. Estava preste a entrar no palco. Seria a primeira vez de verdade. Num palco de verdade.

- Lily? – chamou Peter – Tudo bem? Você parece uma pilha de nervos!

- EU ESTOU CALMA, PETER! – gritou ela, assustando o garoto baixo, gordinho, de cabelos loiros e olhos castanhos claros.

- Ok, Lily. – e saiu para se juntar aos outros meninos.

- Lily Evans. Que bonitinha. Maquiada... – aquela era Marlene. – Que impressionante, você consegue ficar pior.

Lily ficou vermelha de raiva. Parecia soltar fumaça pelos ouvidos.

- Mckinnon. Me deixe em paz, ok? – disse entre dentes.

- Ficou estressada, foi? Ah, que cuti-cuti! Você ficou assim porque o Jay te humilhou, foi? Mas, saiba que não foi culpa dele. Eu pedi. E o que eu peço, ele faz. É uma espécie de cachorrinho na minha mão. E você, é uma idiota, caiu como uma patinha.

Lily não conseguiu pensar, apenas deu um tapa na cara de Marlene, que imediatamente levou a mão no rosto, tampando o lugar onde a marca dos dedos de Lily haviam ficado.

- Estou muito mais leve agora, McKinnon. Valeu por “dar sua cara a tapa”, literalmente. – soltou uma risada. – Está na minha hora. Pode assistir de... Camarote!

Marlene estava sem ação, apenas seguiu Lily com o olhar.

- E agora, com vocês, a banda dos alunos do 3° ano B. Lily Evans, Remus Lupin, Sirius Black e Peter Pettigrew. – os quatro entraram e tomaram seus lugares. Lily logo tomou seu lugar e começou a falar.

- Bem, primeiramente gostaria de falar que a música que iremos tocar é especialmente feita para alguém. Esse alguém saberá quem é. Agora, chega de papo. Um, dois... Um, dois, três!

O som dos instrumentos logo tomaram conta do anfiteatro.

- You say the sweetest things, and I can’t keep my heart from singing, along to the sound of your song, my stupid feet keep moving... – Lily começou.

Assim que olhou para a entrada do salão, viu a silhueta de um garoto alto de braços cruzados. O garoto veio se aproximando, e Lily pode ver que aquele era James. Ele sorria para ela.

- With this 4/4 beat I’m in time with you, with this 4/4 beat I would die for you. Someone stop this…- ele podia perceber que a música caia perfeitamente sobre a situação dos dois.

Ele olhava fixamente para ela, sorrindo.

- I’ve gone too far to come back from here, but you don’t have a clue, you don’t know what you do… to me, won't someone stop this song, so I wont sing along, someone stop this song, so I won’t sing... – agora ela cantava de olhos fechados.

Alguns podiam dizer que cantava com o coração. Os garotos atrás dela tocavam animados. Adoravam a letra.

Mas pelo que Lily podia ver, a letra dela não surtia efeito algum sobre James.

- I never let love in so I can keep my heart from hurting, but the longer that I live with this idea, the more I sink in, with this 4/4 beat I’m in time with you, with this 4/4 beat I would die for you. – as pessoas da plateia pareciam adorar a música. O ritmo, a letra e a voz dela.

- Let's stop this song – agora foi a vez dos garotos cantarem. Ela olhou para trás, surpresa com a atitude deles, já que não sabiam a letra da música. Foi até Peter a começou a jogar o cabelo para os lados.

Na platéia era possível ouvir comentários como “Certeza que aquela é a Evans?”, ou “Nossa, nunca imaginei que a voz dela fosse tão perfeita.”.

- I’ve gone too far to come back from here, but you don’t have a clue, you don’t know what you do… to me, I’ve gone too far to get over you, and you don’t have a clue, you don’t know what you do… to me.

Marlene espiava atrás das cortinas vermelhas, borbulhando de raiva.

- Aquela idiota.

- Won't someone stop this song, so I wont sing along, someone stop this song, so I wont sing, lovesick melody, I gonna get the best of me tonight, but you wont get to me, if I don’t sing, you creped in like a spider, can’t be killed, although I’ve tried and tried too, well don’t you see I’m falling, don’t want to love you but I do. – James ainda estava com os braços cruzados e o sorriso em seu rosto só aumentara.

E cada vez que Lily olhava para ele e via aquele sorriso ‘idiota’ segundo ela só aumentava.

“O que é que eu estou fazendo de errado! Por que não está surtindo efeito algum?!” pensou com raiva de si mesma por ter pensado que aquilo o humilharia.

Foi então que viu Marlene sair de trás do palco e ir em direção a James. Chegava cada vez mais perto e mais perto. Assim que ficou frente a frente com James, pôs suas mãos frias, umas em cada extremo, do rosto pálido do rapaz e o beijou. Beijou demoradamente.

O sangue de Lily ferveu. Ela ficou vermelha e começou a cantar cada vez com mais força:

- Wont someone stop this song, so I wont sing along, someone stop this song, so I wont sing, lovesick melody, is gonna get the best of me tonight, but you won't get to me, no you won't get to me, because I won’t sing. – as batidas da bateria pararam. E alguns segundos depois começaram novamente, somente bateria e baixo. Enquanto isso Lily estava abaixada em cima do palco esterando a música acabar de vez.

Assim que a música parou, Lily se levantou e viu que James não estava mais ali, e Marlene estava parada ali, olhando para a ruiva com um olhar de desprezo. Como se ela fosse muito melhor que Lily.

As pessoas que estavam na platéia aplaudiam, felizes. Era possivel ouvir, em alguns cantos do salão algumas vozes dizendo “será que essa música foi dedicada ao Potter?”.

A vocalista agradeceu, um pouco decepcionada e foi para o “camarim”.

Ao chegar lá viu que James a esperava. Olhou para ele e depois para os amigos. Então resolveu falar.

- Bom show. – disse sem graça com a situação. Eles arquearam as sobrancelhas e Sirius disse:

- Ahn,.. Vamos deixar vocês conversarem. Depois a gente se fala Lils.

Ela murmurou algo como “ok” e eles saíram.

- O que você quer comigo? Já não basta o que você fez antes? Você merece a Marlene, ok? – ela disse olhando profundamente nos olhos castanho-esverdeados dele.

- Olha só, Lily. Você deve ter visto que ela foi e me beijou. Você viu!

- NÃO INTERESSA! – gritou – Você cedeu!

- Lily, eu gosto de você! Pode parecer que não, sei lá. Eu sei que muitas pessoas me julgam pela minha aparência, pelos meus atos! MAS EU NÃO SOU ISSO!

- James, eu não te julgo pelos seus atos. Você sabe muito bem que eu não te julgo pelos seus atos, mas pelo que você fez comigo. Sabe, eu realmente não sei se foi a Marlene que mandou você fazer aquilo comigo ou se foi sua vontade própria, assim como você fez com muitas outras garotas, mas você fez porque você quis. Se você não quisesse, você não teria feito. – ela disse enquanto ele apenas se contentava em escutar

“Você pode dizer que conseguiu fazer com que a Evans se apaixonasse. Porque é muito difícil eu me apaixonar, disso você pode ter certeza. Quando a gente ‘namorava’ você me dizia coisas tão doces, me levava a lugares lindos, era tão romântico. Era o cara perfeito. Mas quando você fez aquilo... Você verdadeiramente acabou comigo, me deixou em pedaços. Mas acredite, eu me ergui, e estou aqui te contando tudo isso. Se eu fosse a mesma pessoa de antes e não estaria aqui para contar isso a você. A única coisa que eu posso dizer que foi bom de tudo isso que você fez comigo, foi me tornar uma pessoa mais realista. Uma pessoa que enxerga menos suas fantasias. Mas, eu quero que você saiba, você ainda mexe comigo. Você foi o único cara que eu realmente gostei. Mas você é... Sei lá, você é como um ser imune a qualquer tipo de defesa da parte de suas ‘vitimas’. Você é desprezível.”

Ao dizer tudo isso, pegou seu microfone que havia posto sobre uma mesinha que ali estava e saiu pelas portas dos fundos. Ele correu atrás dela e quando consegui alcançá-la a segurou pelo braço.

- Gostei da música.




Pare Essa Música

Você fala as coisas mais doces
E eu não posso evitar que meu coração cante
Junto com o som da sua música
Meus pés idiotas continuam se movendo

Com essa batida 4/4 estou sincronizada com você
Com essa batida 4/4 eu morreria por você.

Alguém pare essa…

Eu fui muito longe pra voltar aqui
Mas você não tem nem idéia
Você não sabe o que você faz…comigo

Alguém não vai parar essa música
Para eu não cantar junto
Alguém pare essa música
Para eu não cantar

Eu nunca deixei o amor entrar pra evitar que meu coração sofra
Mas com quanto mais tempo eu vivo com essa idéia
Mais eu me afundo

Com essa batida 4/4 estou sincronizada com você
Com essa batida 4/4 eu morreria por você.

(Vamos parar essa música)

Eu fui muito longe pra voltar aqui
Mas você não tem nem idéia
Você não sabe o que você faz…comigo

Alguém não vai parar essa música
Para eu não cantar junto
Alguém pare essa música
Para eu não cantar

Melodia melosa
Vai conseguir o melhor de mim essa noite
Mas você não vai me atingir
Se eu não cantar

Você rasteja como uma aranha
Não pode ser morto
Mesmo que eu já tenha tentado
Bom, você não vê que eu estou me apaixonando
Não quero te amar mas eu amo.

Alguém não vai parar essa música
Para eu não cantar junto
Alguém pare essa música
Para eu não cantar

Melodia melosa
Vai conseguir o melhor de mim essa noite
Mas você não vai me atingir
Se eu não cantar

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