capítulo 12



- Chegamos!_ disse Draco, levantando-se e cutucando Hermione no ombro.

Ela se levantou e olhou pela janela. Eles estavam numa pequena estação, cuja placa de madeira indicava a cidade de Chipping Sodbury.

Isso não era exatamente o que ela havia imaginado. Hermione pensava que os Malfoy moravam num castelo deserto no topo de um penhasco rochoso no meio de um árido deserto onde abutres estavam sempre atacando quem não andasse rápido o suficiente. Não uma pequena e bonitinha cidade chamada Chipping Sodbury. As aparências enganam...

- Vamos!_ disse Draco, e ela o seguiu para fora do trem e desceu até a plataforma, onde ele virou para a esquerda em direção ao final da plataforma.

- Hã... Malfoy!_ ela chamou, seguindo ele, com sua mochila batendo na sua perna – A estação é por aqui!

Nesse momento, ele virou para a esquerda novamente e passou pelo muro de concreto do final da plataforma.

- Diabos!_ ela disse correndo até o muro – Como ele pôde fazer isso?

Um braço surgiu no muro. Era de Draco. Ele a puxou para o outro lado do muro, o que deu nela uma sensação de tropeçar. Ela escorregou pelo muro e estatelou-se no chão do outro lado.

- Ai!_ reclamou Draco.

A mochila dela havia atingido-o na cabeça.

- Desculpa!_ disse Hermione, levantando-se e olhando em volta com interesse.

Eles estavam do lado de um enorme portão de ferro batido no qual havia a inscrição Parque Malfoy.

- Eu suponho que não estejamos mais em Chipping Sodbury. Estamos?

- Certamente que não._ respondeu Draco, que começava a andar – Esse é o Parque Malfoy, o vilarejo na base da colina onde fica nossa casa. Você pode, todavia, chegar lá em casa vindo de Chipping Sodbury se souber como.

- Você tem um vilarejo inteiro com o nome em sua homenagem?_ perguntou Hermione horrorizada.

- Sim. É surpreendente que eu não tenha uma cabeça enorme, não é?_ disse Draco.

Hermione estava prestes um comentário ferino quando se deu conta que ele estava brincando. Devemos ter que subir isso aqui, ela disse para si mesma.

Eles saíram de uma ruela para uma rua mais larga e movimentada, onde havia lojas e bares. Parque Malfoy era em vários aspectos, uma pequena cidade mágica, assim como Hogsmead, mas havia uma diferença: tudo lá parecia ou ter a palavra “Malfoy” ou ser de algum modo relacionado à Magia Negra... era a Travessa do Tranco imaginada por Lúcio Malfoy. O Mercado Malfoy estava encaixado entre a Casa de Terríveis Feitiços de Helga, a megera, e um bar frio, chamado Estalagem Natal Gelado, que vendia um almoço Malfoy especial (sanduíche de morcego torrado).

- Eles realmente devem gostar muito de vocês aqui._ disse Hermione tentando não rir

- Há!_ riu Draco – Eles odeiam minha família, nós vimos oprimimos eles por gerações, e de vez em quando, meu pai desce ao vilarejo e faz umas coisas horríveis de Magia Negra que aterroriza a todos e os mantém na linha.

- Isso não te incomoda?_ ela perguntou.

Mas Draco balançou sua cabeça para ela e sussurrou:

- Shhh... A última coisa que queremos é que alguém me veja aqui e avise ao meu pai que Harry Potter está passeando pelo vilarejo!

- Certo!_ disse Hermione, que não estava prestando atenção.

Por alguma razão, quando ele chegou perto dela como tinha acabado de chegar, e sussurrado como ele tinha acabado de sussurrar, ela sentiu arrepios por toda sua espinha.

Draco virou-se e começou a andar até a estrada que os deixaria fora da cidade. Hermione o seguiu. Eles caminharam por um tempo em silêncio; Draco parecia perdido em seus pensamentos. Finalmente, ele virou para a direita no topo da colina, e eles saíram da estrada de três linhas para um campo vazio. Hermione não podia fazer outra coisa senão ofegar: era exatamente como ela imaginava a Mansão Malfoy. Uma cerca pontuda e alta que se estendida por todas as direções; exatamente no centro estava um portão aberto com o formato de um enorme M. Grandes colunas com estátuas de serpentes enroscadas, no topo; e pelo portão, Hermione podia ver a sombra preta com o formato de uma enorme e volumosa casa.

Ela andou na frente; havia dado apenas alguns passos quando Draco a agarrou pelo braço.

- Não!_ ele disse severamente – O que eu te disse?

- Ah!_ ela exclamou – Dezessete feitiços. Certo!

- Meu pai inventou o feitiço desse portão._ disse Draco parecendo orgulhoso – É chamado o feitiço do quebra-cabeça, porque se você tentar passar por esse portão sem ter sido convidado, ele te retalha em pedacinhos.

- Seu pai parece se divertir muito nas festas_ disse Hermione ironicamente.

Em resposta, Draco tirou uma caneta de seu bolso e fê-la rolar pelo chão até a passagem do portão. Como a caneta passou debaixo da grade, houve um clarão de luz verde muito forte e um agudo som metálico. Houve uma pausa, e então, a caneta rolou de volta para Draco cortada caprichosamente em duas metades.

- Então é esse o feitiço do quebra-cabeça..._ disse Hermione indistintamente – Um desses quebra-cabeças simples de duas peças!

- Isso não é engraçado!_ ele disse severamente sacando sua varinha do bolso. Ele a apontou para o portão – Raptus Regaliter!_ ele disse.

Houve um novo clarão de luz, dessa vez azul, e Draco passou pela entrada do portão.esperou Hermione passar, e como ela permaneceu ilesa, seguiu.

Eles estavam agora na propriedade dos Malfoy. A terra era muito escura e se estendia por todos os lados, e ela pôde ver ao longe, a luminosidade da casa.

- Nós podemos evitar a maioria dos feitiços só contornando eles._ disse Draco – Pegue! Minha mão!

Ela pegou a mão dele.

Eles seguiram a cerca por um tempo, então Draco puxou Hermione para atrás dele para que andassem por uma estreita trilha escondida pelas árvores. Ocasionalmente, eles ouviam barulhos altos de pancadas e estalos como se algo estivesse quebrando em um dos arbustos perto deles. Hermione não queria pensar sobre isso, então ela se concentrou em não fazer barulho.

Eles estavam exatamente no sentido oposto ao da casa. Não haviam mais arbustos e uma estreita trilha branca seguia até a mansão e depois pelos seus lados. A trilha brilhava fracamente sob a luz da lua. Uma alta torre preta estava acima de suas cabeças, iluminada por algumas janelas que acabavam com a escuridão. Draco apontou para cima, para uma fileira de janelas brilhando com bastante luz.

- Aquele é o meu quarto!_ ele sussurrou.

- Harry está lá?_ ela perguntou ansiosamente.

Draco afirmou com a cabeça. Foi um erro Hermione imediatamente se mover até a trilha iluminada. Ele estendeu a mão para agarrar o braço dela e puxá-la de volta, mas sua mão foi impedida. Ele ouviu melhor do que viu, o pequeno portão de metal abrindo na base da torre, ele sabia o que iria acontecer, é claro ele devia saber, já que ele mesmo pôs em prática o mecanismo de ataque.

Ele praguejou, correu, e empurrou Hermione para o lado com força.

Houve um zumbido que terminou num barulho de pancada bem alto, e Hermione ouviu Draco cair no chão do lado dela.

Ela olhou em volta; a trilha estava vazia exceto pelos dois. Draco, que estava sentado no chão, olhando para si mesmo com uma expressão de surpresa. O cabo de uma, de cerca de quatro polegadas, era a única parte que estava para fora de uma flecha brilhante, que estava encravada na parte superior da coxa de Draco. Havia sangue que escurecia sua calça jeans.

- Diabos!_ falou Draco, e depois várias outras palavras, a maioria delas grosseiras.

Contudo, Hermione não o censurava: havia realmente muito sangue e parecia doer muito.

Ela se ajoelhou perto dele e pôs a mão no cabo da flecha. Estava extremamente gelado. Ela sentiu lágrimas idiotas escorrendo de seus olhos.

- É tudo culpa minha!_ ela gaguejou – E eu não tenho nenhuma atadura aqui... se bem que eu posso rasgar um pedaço da mochila de Harry... talvez você precise de um torniquete... e, ah, Draco, tire suas calças, por favor!

Draco olhou para ela incrédulo.

- Não que eu não goste de que uma garota me peça para que eu tire as calças, Hermione!_ ele disse – Quero dizer, em outra hora, claro, mas porque agora você não pára para pensar por um minuto?_ ele sibilou a última parte – Quem é a bruxa mais inteligente de nossa classe? Quem está tendo aulas em nível avançado de Mágica Medicinal? Quem aqui pode curar minha perna em cinco segundos, num piscar de olhos?

- Ah!_ ela disse – Claro! Desculpa!_ ela procurou, desajeitada, por sua varinha, tirou do bolso e apontou-a para o ferimento sangrento na calça dele – Asclepio! _ ela disse suavemente, e viu a tensão do corpo dele desaparecer quando o ferimento cicatrizou empurrando a flecha que caiu para o lado. Ela pegou-a com cuidado: a flecha estava pegajosa, cheia de sangue e uma espécie de cola, uma substância brilhante. Hermione jogou a flecha nos arbustos.

- Obrigado!_ disse Draco, sentindo sua perna cautelosamente. Parecia estar curada.

- Você está bem?_ ela perguntou, olhando para ele ansiosamente.

- Positivamente alegre._ ele disse alcançando a mão dela para ajudá-lo a se levantar – Agora eu terei uma adorável cicatriz para mostrar para os meus netos.

- Seis polegadas para a esquerda e os netos estariam fora de questão._ disse Hermione – Agora você tem algo para estar realmente alegre!




**



Harry estava no quarto de Draco; na verdade ele não tinha muita escolha, já que ele estava amarrado na cama.

Por um lado, foi muita sorte dele Narcisa ter desmaiado, porque o desespero de Harry de correr até Sirius foram interpretados por Lúcio e pelos outros como esforços desesperados de correr até ela. De outro modo, Lúcio teria ficado ainda mais furioso quando ele o tentou impedir de passar por ele e , perdendo totalmente a cabeça, Harry o socou. Furioso, Lúcio jogou em Harry o feitiço do Amarramento, que envolveu seus punhos, e prendendo-os no pilar da cama. Depois, Lúcio fez uma mágica do levantamento para Narcisa e saiu do quarto com ela, latindo para Rabicho e Macnair que eles deviam levar Sirius logo para o calabouço e trancá-lo lá.

Harry estava tentando se soltar do Feitiço do Amarramento por várias horas, mas tudo o que ele conseguiu foi tirar a parte de cima de seu pijama, então ele estava agora tanto com muito frio quanto inconfortável e extremamente infeliz pensando no quê deveria estar acontecendo a Sirius no calabouço naquele momento. Isso, ele pensou, não pode ficar pior.

Então a janela quebrou.




**



Depois de uma reunião sussurrada, Draco e Hermione decidiram usar o Feitiço do Içamento, para chegarem até a janela de Harry. Draco iria primeiro e Hermione executaria a mágica; se tudo corresse bem, ele a traria para cima depois dele.

- Certo!_ disse Hermione – Aqui vamos nós. Wingardium Leviosa!_ disse apontando a varinha para draco.

Ele se sentiu subindo ar afora, girando e balançando como se estivesse subindo por uma corda. Viu Hermione enrugando a testa, concentrada, e mostrou para ela o polegar virado para cima, querendo dizer que tudo estava bem. Ela fez um gesto dizendo que ele podia fazê-la subir também, então apontou sua varinha para ela e sussurrou as palavras mágicas.

Ele não era tão bom nesse feitiço quanto Hermione. Ao invés de fazê-la subir vagarosamente pelo ar, ela subiu como se tivesse sido atirada de um canhão. Estava muito assustada para gritar, e colidiu em Draco. Com nada para se segurar, ele voou para trás, batendo no muro da mansão. Hermione, aterrorizada, tinha suas mãos em volta do pescoço de Draco e suas pernas enroscadas na sua cintura, quando rodopiavam violentamente no ar.

- Faça isso parar!_ ela disse no ouvido dele.

Draco apenas balançou sua cabeça;ele estava tentando equilibrar sua varinha. O feitiço parecia ainda estar impelindo Hermione para cima; até o cabelo dela estava voando para cima quando ela se segurou em Draco desesperadamente (ela tinha suas mãos onde nenhuma garota havia segurado ele antes, mas ele não estava com muito bom humor pra aproveitar).

- Leviosa!_ ele gritou histericamente, perdendo completamente a cabeça.

e eles mergulharam para o lado, como uma asa-delta fora de controle, então voaram para cima de novo, rolaram outra vez, e foram lançados até a mansão com a força de uma bola de canhão. Hermione gritou quando eles irromperam na janela, espalhando vidro por todos os lados, e caíram no chão num emaranhado de pernas e braços.


Por um momento, eles ficaram deitados lá, sem se mover. Hermione tinha o rosto enterrado no pescoço de Draco, e estava respirando fundo, ofegando. Por um segundo, eu realmente pensei que fôssemos morrer, ele pensou, Acho que ela também pensou que morreríamos.

Nesse momento, uma voz falou acima da cabeça deles, uma voz muito familiar.

- O quê...?_ a voz dizia – Como...?

Draco tinha seus olhos fechados, então ele mais sentia do que via Hermione se soltando de seu agarramento de morte no seu pescoço. Depois ela sentou-se.

- Oh!_ ele ouviu ela exclamar – Harry!




**



- O-o quê?_ perguntou Harry – Como?

Harry sabia que devia manter a boca fechada, mas ele não parecia capaz de tanto. Hermione, cujos cabelos estavam cheios de pedaços de vidro, olhava para ele do chão, e ao mesmo tempo que ele estava inacreditavelmente feliz de revê-la, ele estava terrivelmente chocado de ver que ela não tinha somente os braços, mas também as pernas enroscadas em... Draco Malfoy? Um Draco Malfoy fisicamente igual a Harry em cada detalhe, mas ainda Draco Malfoy.

- Oh!_ ela exclamou, e Harry pensou que havia um tom de culpa na voz dela – Harry!

Draco tinha seus braços em volta de Hermione também. Seus olhos estavam abertos, agora, e ele estava olhando para Harry com uma tênue expressão de divertimento que Harry queria desesperadamente bater.

- Olá, Harry!_ Draco disse – Pelo que vejo você achou meu pijama. Se bem que eu normalmente uso a parte de cima.

Hermione desfez-se em lágrimas.

- Harry!_ ela disse de novo, mancando até onde ele estava sentado – Você está vivo!

- Eu te disse que ele estava vivo!_ disse Draco parecendo irritado.

Hermione parecia que queria abraçar Harry, mas não o fez pelo fato de que ele estava sem camisa e amarrado à cama.

- Isso é...?_ ela perguntou apontando para os punhos dele.

- Feitiço do Amarramento_ disse Harry rapidamente.

Hermione pegou sua varinha e apontou para ele.

- Finite Incantatum!

Os punhos de Harry caíram em seu colo, e um segundo depois, Hermione estava abraçando-o e chorando no seu cabelo. Pelo ombro dela, Harry podia ver Draco se levantando e tirando o vidro de sua roupa. Ele estava olhando para os dois. Seus olhos estavam frios.

Harry pôs seus braços pesadamente em volta de Hermione. Por alguma razão que ele não podia entender, ele estava extremamente furioso com ela.

- Cadê o Ron?_ ele perguntou de modo agudo.

- Ron?_ Hermione se soltou de Harry e esfregou seus olhos – Ele está... Ele está na escola!_ ela disse, assustada – Eu deixei um bilhete para ele.

- Você deixou para ele um bilhete?_ Harry perguntou, incrédulo.

Hermione abriu sua boca, e então fechou-a de novo. Ela não podia acreditar que Harry estava sendo tão insensível; ela também não podia acreditar que as primeiras palavras da boca dele tinham sido “Cadê o Ron?”. Ele não estava feliz o suficiente em vê-la?

- Ron estava numa detenção. E além disso, ele odeia o Draco._ ela disse numa voz tremida – Ele não concordaria em vir.

- Ele concordaria!_ disse Harry.

Isso, Hermione tinha de admitir que era verdade.

- Certo, ele concordaria, já que era por você._ ela disse – Mas eu teria que esperar ele chegar da detenção, com Snape, o que demoraria explicar tudo para ele, e ele demoraria uma eternidade até aceitar a idéia de ir com Draco, e isso levaria horas, e de qualquer forma, temos de estar de volta até amanhã de manhã, e Harry...” Ela parou de falar – Quando eu descobri tudo... tudo que eu queria era ir até você e ver se você estava bem.

Harry olhava pra ela com uma expressão bastante esquisita.

- Eu escutei direito?_ Harry perguntou - É impressão minha ou você acabou de chamar o Malfoy de Draco?

Draco deu um passo à frente, ficando no meio de Harry e Hermione.

- Olhe, Potter!_ Draco disse agudamente – Eu sei que você não gosta de mim. Eu também não gosto de você. Se dependesse de mim, eu deixaria meu pai te jogar no calabouço para morrer. Mas não depende. E acredite ou não, você deveria no mínimo acreditar em Hermione que estamos aqui para SALVAR SUA VIDA, SEU INGRATO! – ele disse – Então, vamos embora!

Harry piscou. Então ele disse numa voz totalmente controlada:

- Eu não vou com vocês!

Hermione e Draco embasbacaram-se com ele. Até mesmo Draco parecia não ter nada para dizer. Finalmente, Hermione perguntou, com uma voz bem baixa e entrecortada:

- Por quê não?

Harry suspirou. Então ele explicou sobre Sirius, sobre o plano de Macnair de preparar uma armadilha para Harry na mansão, e entregá-lo para Voldemort, e sobre Rabicho. Finalmente ele adicionou:

- E eu acho que tem algo de errado com a sua mãe, Malfoy!

-Não fale mal da minha mãe, potter!

- Não!_ disse Harry – Eu quero dizer que realmente tem algo de errado com ela. Ela parece bastante infeliz e ela desmaiou essa tarde quando trouxeram Sirius.

Isso calou Draco.

Os lábios de Hermione estavam tremendo, mas seu queixo estava determinado.

- É isso!_ ela disse – Estamos em missão de resgate. Nós temos de pegar Sirius também.

- Isso não vai ser fácil._ disse Harry – Eu tentei entrar no calabouço hoje e parece que lá tem todo o tipo de alarmes...

- Há feitiços em todas as entradas para os aposentos debaixo da casa._ disse Draco – Você precisa ter o sangue Malfoy em você até para abrir as portas. Nós... não gostamos de estranhos.

- Nem de ninguém mais!_ disse Harry – Não há muita energia positiva nesta casa, você sabia disso, Malfoy? Isso é quase tudo que eu aprendi aqui. Isso, e você realmente precisa de um sistema de calefação central melhor.

- Harry, aposto que você aprendeu muitas coisas úteis._ disse Hermione, tentando apaziguar – Tenho certeza que...

- Tudo é dever de casa para você, não é, Hermione?_ interrompeu Harry gravemente – Muito bem, então. Eu descobri que os Malfoy tem loucos na família, o que faz sentido, já que todos nessa casa são completamente malucos; descobri que louros não se divertem mais; ah! E eu descobri que Draco tem uma marca de nascença com o formato exato do Reino Unido na bunda!

- Eu não tenho!_ disse Draco.

- Você tem, sim!

- AH! Deixe-me ver!_ disse Hermione.

- NÃO!_ gritaram Harry e Draco juntos.

- Por que se importa, Harry? Não é nem o seu corpo!_ Hermione salientou sensatamente.

- Bem, se você se comportar direito, eu te deixo ver a Escócia!

- É o meu corpo!_ disse Draco agudamente – E eu não vou deixar você tirar proveito disso. Olhe para você!_ ele adicionou – Desfilando sem camisa! Você mal podia esperar para tirar minhas roupas, não é? É bom ter músculos para variar, não é, Potter?

- Não seja idiota!_ disse Harry – Você tem braços de encanador, Malfoy, e você sabe disso!_ ele mostrou o braço para dar mais ênfase – Olhem! É só osso!

- CALEM A BOCA VOCÊS DOIS!_ gritou Hermione definitivamente – Nós deveríamos estar falando sobre Sirius!

- Ah!_ exclamou Harry sentindo-se extremamente culpado – Certo!

E então quando aquilo aconteceu. Alguém bateu na porta do quarto. Eles todos gelaram, olhando uns para os outros com os olhos bem abertos, esperando que quem quer que seja que estivesse atrás da porta fosse simplesmente embora. Mas as batidas ficaram mais insistentes e altas e a porta começou a tremer.

Harry apontou para Hermione e Draco.

- Vocês dois!_ ele disse – Para o armário! Agora!

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