Uma Luz
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Pela porta agora estourada passavam Lupin, Tonks, Olho-tonto, Minerva, Gui, Fred, Jorge e mais alguns integrantes da Ordem, todos em posição de guerra, com as varinhas em punho, olhavam atentos para todos os lados da sala, viam os comensais parados, Hermione no colo da Belatriz desacordada, Harry no chão estendido respirando ofegante quase desmaiado, e Voldemort agora sério, com a varinha de azevinho e pena de Fênix em mãos, preparado para qualquer movimento brusco ou em falso de algum integrante da Ordem dentro daquela sala.
_Voldemort solte os dois e você sai com seu exercito inteiro daqui... – falou Lupin, sabia que era uma proposta tola, que com certeza iria ser recusada, mas pelo menos havia tentado.
_Lupin... Como você é tolo, acha mesmo que irei aceitar essa sua proposta idiota? – perguntou ele sarcástico.
Lupin não deu resposta, pois era exatamente isso que ele tinha certeza que iria acontecer, então, partiu direto para o combate, estava bem distribuído, alguns comensais duelavam até com dois agentes da Ordem, todos apenas ligados em seus combates, apenas Lupin e Tonks ficaram fora do combate por um tempo, Lupin atendendo Harry, que chorava e implorava a Lupin, com suas ultimas forças para retirar Hermione dali com eles, e não deixassem ela ir outra vez com Voldemort, ele não agüentando ver o sofrimento do garoto, se lançou um feitiço para ele adormecer, e logo depois aparatou na ala hospitalar de Hogwarts, onde Rony e Luna estavam, e logo em seguida voltou para “o campo de combate” e começou a duelar com o primeiro que lhe apareceu na frente.
Tonks duelava agilmente com Belatriz, o corpo estendido da castanha na escada seria o premio de quem ganhasse esse duelo, a metaformaga estava com os cabelos negros de fúria enquanto Belatriz mantinha um sorriso cínico e amigável em sua face sombria.
O duelo se passava e a sala ainda estava “intacta”, vários corpos eram vistos pelo chão, apenas comensais, era difícil ver algum integrante da ordem ali, os feridos era rapidamente levados ao St.Mungus ou a ala hospitalar de Hogwarts.
Após Lupin levar Harry para Hogwarts, todos haviam se esquecido do principal oponente ali naquela casa, Voldemort andava rasteiramente entre todos que duelavam, estava irritado, seus comensais mais bravos e “importantes” estavam feridos, Belatriz duelava com fervor, mas não duraria muito tempo, estava duelando contra Tonks e Lupin, juntos, em um raciocínio rápido, pegou o corpo da garota que estava estendido e largado na escada, aparatou em sua fortaleza, trancafiou a menina em um dos calabouços, e fez a marca negra queimar, chamando todos os comensais de volta, teria agora o que ele realmente queria a garota, a que guardava um dos medalhões, e tinha um dos maiores poderes que existia na terra.
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_Malfoy porque você faz isso? – perguntou ela suplicante, estava deitada no chão, com ele por cima que a beijava sem piedade dês do pescoço até as orelhas, passava pelo seu busto, subia para sua boca, a desejando e a provocando.
_Até um tempo atrás era de Draco que você me chamava... – disse ele em um tom triste, falsamente melancólico.
_Draco, eu tenho que ir... Por favor, sai de cima de mim! – “Pera ai! Em cima de mim? Virginia Weasley o que você pensa que fez? Eu não fiz nada... Por enquanto... Você é uma Weasley, vamos se levante daí, antes que ele pare de ti beijar e tente fazer algo a mais! Mas ele não vai fazer... Deixe de ser idiota! Você pensa que ele quer o que? Mas... Mas eu o amo... “.
_Gina! – chamava Draco pela quarta vez a garota que soltava uma lágrima pelos olhos – Eu ti machuquei?
_Não... Não pelo por enquanto... Draco tenho que ir...
_Mas agora que...
_Draco... – disse o empurrando uma ultima vez e se levantando – Outro dia nós nos vemos... Certo?
_Certo – concordou ele tristonho – Te adoro foguinho...
Gina não conseguiu evitar que um sorriso aparecesse em sua face, deu um beijo na testa do Draco e saiu apressada pela porta grossa e pesada de ferro que existia ali, ele sorrio alegremente, estava conseguindo, afinal não seria um trabalho tão difícil conquistar sua ruivinha, se virou para a janela e olhou a lua nova que brilhava fortemente do céu.
Logo em seguida pegando sua capa que estava no parapeito da janela e pegando um objeto dourado, com um pingente em formato de cobra, com os olhos em uma esmeralda esverdeada, e as listras que no decorrer do corpo desse pingente estranho, mas bem modelado também em esmeraldas, sorriu contente, o colar que sua mãe lhe dera de natal estava lhe dando sorte, e depois o colocou no pescoço, pegando a capa e abotoando alguns botões da camisa, saiu cantarolando pela porta, esses dois finais de semana seriam perfeitos.
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_Madame Pomfrey, a senhora não acha que ele esta demorando muito tempo para acordar não? – perguntou Gina nervosa, ver Harry naquela cama daquele jeito, a estava deixando aflita.
_Srta.Weasley, apenas deixei que você e seu irmão ficassem aqui com a condição de ficarem quietos em interferirem no tratamento! – bradou a mulher em resposta a ruiva que bufou e se sentou ao lado do irmão, recebendo um “eu disse pra você ficar quieta”, da parte dele.
_Lupin! – falou Minerva parecendo mais aliviada enquanto se levantada da cadeira de madeira velha - Graças à Merlim você chegou, estava tão angustiada... – continuou ela agora mais aflita, as expressões dele e de todos os seus acompanhantes não era nada boa – Alguma noticia?
_Nenhuma Minerva – disse ele com o rosto abatido se largando na cadeira que Gina lhe oferecera – Nenhum rastro de onde eles podem estar... Nem onde a esconderam – concluiu ele após tomar a sua poção mata cão, afinal aquela noite que acabara de chegar seria de lua cheia.
_Um dia já se passou Lupin! – disse Tonks aflita – Estamos tentando manter Harry desacordado, desde ontem a noite, estamos fazendo ele se recuperar desacordado, pra tentarem acha-la e nada... O que eles querem com ela?
_O QUE? Vocês estão o mantendo desacordado? – perguntou Gina irritada e perplexa, eles viam como ela estava e nem para falar nada.
_Gina estamos mais preocupados no momento com Hermione – falou Tonks tentando amenizar a situação e dando para Rony um sinal que dizia claramente para ele ou acalmasse a garota ou a tirasse dali.
Ele rapidamente puxou a garota pelos braços e falou algo em seu ouvido, em seguida Gina se largou na cadeira pesadamente e começou a olhar para a lua que estava nascendo, se lembrou da noite passada, e para a surpresa de todos ali que a viram bufando a um instante atrás agora via em seu rosto uma expressão alegre e nos lábios um singelo sorriso.
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Ao tentar abrir os olhos sentiu a claridade entrar por seus olhos e os fazer doer, parecia não ver sol a muito tempo, sua cabeça doía como se estivesse sendo martelada, seu corpo estava dormente e cansado, e também dolorido.
Ao se acostumar com a claridade do espaço em que estava, viu um lugar úmido, com pouca claridade, podia escutar alguns gritos agonizantes que vinham dos corredores que parecia ali existir, olhou de volta para onde estava e se viu deitada em cima de uma cama, nada aconchegante e gostosa, ao tentar se mexer sentiu seus punhos, presos por algemas frias e geladas, não podia ser, ela não podia estar ali novamente!
_A garota acordou, sinto isso, onde ela está? – escutou uma voz gélida ecoar pelos corredores gelados, sentiu um arrepio por ter sua confirmação, ela não podia ter voltado para aquele monstro! Não podia! – Bom dia garota...
Ela escutou após o rangido da porta de sua cela sendo aberta, imediatamente se sentou na “cama” e respirou fundo, seria forte, ele matara seus pais! Teria que ser forte! Ela não respondeu ao cumprimento do homem com olhos avermelhados e narina de cobra, que continuou se aproximando.
_Não se assuste garota, apenas quero saber uma coisa, se me contar, você vai embora – com o comentário do homem ela virou o rosto e encontrou os olhos avermelhados, mas logo em seguida desviou o olhar.
_O que você quer saber? – ela perguntou com a voz rouca, que parecia não ser usada a tempos.
_Assim que eu gosto. Agora me diga, onde estão os medalhões? – perguntou ele sorrindo friamente a garota e soltando a mão dela da algemas que a prendia.
_Medalhões? – perguntou ele sem entender, que medalhões ele estaria falando?
_Sim garota os medalhões da lenda dos fundadores de Hogwarts! – berrou ele andando pela cela em que ela estava.
_Como? – agora sim ele conseguira a deixar ainda mais em duvida, que lenda ele estaria falando?
Ele soltou um suspiro rápido e pesado, parecia estar se controlando para não a matar logo de uma vez, andou até ela em passos leves e rápidos e indo com a mão em direção ao busto da garota pegou uma corrente e em um puxão a arrebentou a fazendo sair do pescoço da garota – Essa corrente é um dos medalhões... – vendo o rosto de duvida dela ele suspirou e se sentou na “cama” – Me escute bem, - começou ele fazendo ela o olhar nos olhos – Você não conhece essa lenda? – perguntou ele olhando profundamente nos olhos da garota parecendo ler sua mente para ver se era realmente verdade o que a garota dizia, ela respondeu na hora não, o que fez ele se levantar ríspido de lá e sair batendo o portão da cela, esquecendo caído no chão a correntinha em formato de corvo que ele acabara de arrebentar.
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A noite chegara pesada, em ritmo melancólico, negro como a morte, parecia estar refletindo o coração e os sentimentos de todos que ali estavam, Harry já dava os primeiros sinais de que iria acordar a qualquer momento, e todos que estavam dentro da sala da enfermeira já esperavam a primeira pergunta que ele faria, e ninguém gostaria de lhe dar a resposta, o mais indicado seria Lupin, mas o mesmo estava trancado em seu quarto, mesmo com a poção mata cão ele ficava muito mal quando era noite de lua cheia.
Harry aos poucos começou a sentir seu corpo novamente, era aliviante a sensação de poder mexer todos os seus músculos, fazer voltar seu cérebro a trabalhar como antes, levou a mão a estante a procura do seu óculos e o pegou, era impressionante como sempre colocavam seu óculos naquele lugar, lentamente foi abrindo os olhos, esperava encontrar uma pessoa ao seu lado, aqueles olhos brilhantes e castanhos que tanto lhe passavam segurança.
Mas ao contrario disso quando terminou de abrir totalmente os olhos encontrou uma enfermaria vazia, igual à cadeira e todas as camas que estavam ali, piscou algumas vezes para ter certeza de que não existia nenhuma garota de cabelos com belos cachos, olhos castanhos brilhantes e um largo sorriso de recepção.
Soltou o ar pesadamente, onde ela estaria? Ela tinha que estar ali com ele! Ao prestar mais atenção ao lugar ouviu vozes dentro da saleta onde a enfermeira costumava ficar quando tentava descansar, levantou devagar, não queria que o ouvissem, e caminhou sem fazer barulho até a porta, que estava entre aberta, onde encostou seu ouvido e começou a os escutar.
_Já se passaram duas noites Sr.McOusad, vocês deveriam ter pelo menos uma pista do paradeiro deles! – falou suplicante Minerva.
“Paradeiro deles? A não isso não pode ter acontecido”, pensou Harry já revolto e preocupado.
Olhando pelo espaço que existia ali, pode ver Minerva sentada em uma cadeira com a cabeça apoiada nas mãos e muito abatida, viu Tonks jogada no sofá que lá existia, ela estava pensativa, e entre outras pessoas que ele conhecia uma pessoa se destacou ali, um velho com uma grande barba branca, óculos meia lua, olhos azuis com água, incrivelmente parecido com Dumbledor.
_O garoto já esta acordando, e teremos que dar a noticia que Voldemort levou Hermione e ainda acrescentar que não temos nenhuma pista de onde eles estejam? – perguntou agora Madame Pomfrey com as feições preocupadas.
_Me desculpe senhora, mas sim – falou ele soltando pesadamente o ar e se sentando melhor na cadeira em que estava sentado – Eles parecem ter evaporado como água, ninguém sabe onde eles estão, e me desculpem outra vez pelo que irei falar, se demorarmos muito para encontrá-los, não duvido nada de que a matem.
Harry que já estava se sentindo tonto e com um embrulho no estomago, agora sentiu perder o controle sobre suas pernas e seu mundo cair junto com seus sonhos.
_COMO VOCÊS DEIXARAM ELES LEVAREM ELA? – perguntou aos berros entrando na sala assustando todos que lá estavam.
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_Draco, pare – suplicou Gina para o garoto loiro que estava a beijar seu pescoço e subindo para sua boca.
_O que você Virginia? – perguntou ele raivoso se sentando como um chumbo na cama – Eu até consegui um lugar para nós ficarmos juntos, um lugar que ninguém vai nos achar – falou em um misto de suplica e raiva, não sabia mais o que podia fazer por ela, na noite anterior eles haviam se beijado, e depois de ser ignorado o dia inteiro por ela, resolveu mandar um bilhete marcando um encontro e depois á levando para seu próprio quarto de monitor, ela queria mais o que?
_Malfoy me escute – falou ela séria – O que você quer comigo?
_Virginia aquele beijo não lhe significou nada?
_Não foi isso que eu lhe perguntei.
_Virginia aquele beijo não mostrou pra você que eu estou gostando de você? Porque você não acredita em mim? – perguntou ele suplicante.
_Porque você é um Malfoy e eu uma Weasley, é contra tudo que já ouvimos falar! – falou ela sem saber realmente o porquê de ainda estar conversando com ele em vez de o estar beijando.
_Virginia será que você apenas vê em mim meu sobrenome? – falou ele não acreditando no que estava ouvindo.
_Você ainda não me deu motivos ou provas de que esta mudado... – falou ela virando as costas para ele, para que ele não visse a lágrima que descia dos seus olhos, “Droga como posso estar amando um Malfoy?”.
_Gina olha pra mim – pediu ele suplicante a virando pelos ombros – Eu ti amo, me escute droga! Acredite em mim! – falou ele depois aumentando o tom de sua voz, e deixando uma lágrima rolar dos seus olhos acinzentados.
_Draco isso vai contra tudo o que nós crescemos aprendendo e ouvindo – falou ela triste, olhava tão fundo dos olhos dele que podia jurar que ele falava a verdade depois naquela lágrima, ao ouvir o que ela disse Draco se virou de costas para ela, ela não o veria chorar, mas ao ouvir ela dizendo algo abriu um sorriso de orelha a orelha – Mas estou disposta a brigar por esse amor que nós dois estamos sentindo.
_Você não esta brincando não é? – perguntou sorrindo como um bobalhão.
_Lógico que não! Isso pode parecer repentino, e rápido demais, aliás nós apenas nos beijamos ontem e hoje já estamos aqui nos declarando, mas preste bem a atenção no que vou ti dizer... Eu ti amo Draco Malfoy! – dizendo isso deu um pulo em cima do seu amor e o abraçou forte deixando suas lágrimas rolar por sua face.
_E você me escute – disse sedutor falando em seu ouvido – Eu também te amo – após se declarar sedutoramente em estilo Malfoy, a puxou pela cintura e a olhou nos olhos profundamente, os dois estavam com os olhos marejados de felicidade, transbordavam de amor paixão e alegria, a puxou devagar e o primeiro beijo deles em que nenhum dos dois haviam sido pegos de surpresa acontecia.
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_Harry escute, nós não deixamos eles a levarem... – começou Minerva preocupada e aflita.
_Não? A sim com certeza não! – falou ele com sarcasmo na voz – Se não deixaram onde ela esta agora? Me respondam! Porque aqui ela não esta! – disse olhando ainda com sarcasmo dentro do bolso de sua calça.
_Desculpa Harry não teve como impedir – falou Tonks com uma lágrima rolando por sua face.
Harry depois da frase dita pela mulher que estava com os cabelos negros, ele se encostou na parede e escorregou por ela até o chão onde ficou sentado com a cabeça em meio as pernas e suas mãos apoiadas na mesma, sentia uma dor muito grande passar por seu sangue e ferver seu coração, não tinha como brigar com eles, não tinha forças.
_Harry nós não queríamos que você ficasse sabendo dessa maneira... – falou Tonks se sentando ao lado do garoto no chão e lhe deu um simples abraço de conforto, o garoto não agüentando mais a dor que sentia se jogou nos braços da “morena” e chorou como um bebê, e soluçava, todos naquela sala estavam penalizados podiam sentir a dor que o menino estava sentindo, agarrado aquela mulher e chorando por sua namorada.
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Os dias iam se passando nada agradável, as detenções haviam sido cumpridas, e já havia se passado um mês, o mundo bruxo retomava a crise, com a noticia do rapto da namorada do menino que sobreviveu, todos entraram em desespero, se ela pode ser seqüestrada com todos os aurores que tinham em volta de si, como eles não podiam ser raptados e mortos.
Na escola o clima na Grifinória era de enterro, assim como na Corvenal, e Lufa-Lufa, apenas os alunos da Sonserina pareciam felizes e contentes com a noticia.
Harry não saia mais do seu quarto, trancado, não saia pras aulas, e quando queria algo para comer pedia a Dobby que ia sempre lá o visitar e o servir, bolava um plano para achar sua amada, e ao mesmo tempo pensava qual seria o segredo daquele medalhão.
Gina e Draco se encontravam as escondidas todas as noites, mais precisamente na hora do por do sol, e ficavam lá até anoitecer sentindo um ao outro, provando do toque e dos lábios de cada um, apenas de Gina estar feliz com Draco, não conseguia ficar calma ali com ele, o seqüestro de Hermione, [i] “outra vez ela, porque sempre tem que ser ela?” [i] a garota ruiva perguntava a si mesma em meio aos braços do amado, que todas as tarde ou manhãs faziam brigas imaginarias em meio aos salões e corredores.
Rony e Luna estavam namorando firme, antes de Hermione ter sido pega eles estavam pensando em até marcar a data do casamento, mas agora eles não podiam fazer isso, em respeito a tristeza do Harry e deles mesmos.
Hermione não agüentava mais ficar trancafiada lá, Voldemort ia todas as tardes lá, a torturava, alem da tortura física, existia a psicológica também, porque todas as coisas que ele falava a deixava em estado deplorável, a deixando fora de si, sem poder raciocinar e pensar, e fazia tudo isso porque ela não sabia a resposta para a sua pergunta, ele queria saber sobre os medalhões de uma tal lenda ou coisa do tipo sobre os fundadores de Hogwarts, o que ele estaria armando dessa vez? Engraçado com ela tinha certeza que o medalhão dela, a tão “nobre” aparição e transformação do cordão do Harry e o roubo da correntinha da Gina estava tudo entre ligado, afinal se tinha a ver com os fundadores de Hogwarts, teria as formas dos animais que cada casa tinha. Isso era óbvio! Mas mesmo assim ela não suportava mais ficar trancafiada ali naquela cela, iria sair dali, e seria naquele dia mesmo.
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Hermione após ver que o comensal que guardava sua porta estava dormindo, com uma vareta que estava dentro de sua cela pegou o bolo de chaves do comensal, abriu a porta lentamente para que não rangesse, e pegou a varinha dele que estava no bolso do seu casaco. Após fazer um feitiço para deixar o comensal desacordado, saiu devagar pelos corredores, estava tudo praticamente deserto, a não ser por alguns comensais que perambulavam pelos corredores.
Ela podia jurar que não tinha mais pernas, e que sua cabeça iria explodir, mas mesmo com as dores das torturas não iria desistir, agora seria apenas encontrar a porta e sair. Pouco tempo depois havia encontrado uma porta, sem quase nenhuma dificuldade, a maioria dos comensais que encontrava ou ela o desmaiava, ou passava despercebida por eles, atrasando assim a descoberta de sua fuga.
Girou a maçaneta e devagar abriu a porta de ferro enferrujada que havia encontrado, viu um grande corredor iluminado por varias tochas com fogo esverdeado, não existia portas, e mesmo com as luzes não deixava de ser sombrio.
Com a varinha do comensal em punho andou cautelosamente por ele sem encontrar vestígios de nenhuma pessoa viva por ali.
_Onde o mestre foi essa noite? – ela ouviu passos pelo corredor e vozes pelo caminho, se escondeu em uma das partes mais escuras que existiam ali pelo corredor, rezava pata que os possíveis comensais não estivessem com a varinha iluminando o caminho, e que não a vissem.
Para sua sorte eles era muito tapados, como ela mesma pensou, e não a viram, mas ela ainda pode ouvir a resposta da pergunta que o homem de vestes negras e com o capuz que andava ao seu lado havia feito - Ele foi fazer uma visitinha ao Mago... – e gargalhou antes de virar o corredor e suas vozes se perderem pelo labirinto que lá existia.
_Mago? – perguntou para si curiosa, que Mago seria esse? Quando escutou um novo barulho achou melhor deixar para pensar naquilo depois, e desatou a correr.
Ao chegar a primeira e única porta que o corredor possuía, a abriu cautelosamente e viu a luz forte do sol chegar aos seus olhos e sua pele, respirou fundo, podia sentir o ar fresco e limpo da rua entrar por suas narinas fazendo seu pulmão arder um pouco com a chegada desse “novo” ar, saiu o mais rápido que pode, olhou um lindo por do sol no céu e sorriu, em seguida posse a olhar onde ela estava.
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O sol estava se pondo esplendidamente lindo Draco e Gina curtiam esse momento juntos, apreciando quase os seus últimos, faltava pouco tempo para Draco terminar o sétimo ano, e daí eles se veriam apenas nas visitas a Hogsmead.
Rony andava distraído pelos corredores, estava indo onde seus pés o levavam, não estava para conversas hoje, queria passear um pouco pelo castelo, ele queria esquecer tudo de ruim que estava acontecendo, até que passando por uma larga porta de ferro, vê um casal se beijando apaixonadamente a pouca luz que ainda restava do sol, a menina tinha os cabelos longos e vermelhos e o menino de cabelos loiros e batidos.
_Gina? – perguntou confuso para si – VIRGINIA WEASLEY O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTA FAZENDO? – berrou ele vendo nitidamente a imagem de sua irmã se largando do loiro e o olhando assustado.
_Er... Rony eu posso explicar... – ela até tentou falar algo, mas quem disse que o rapaz ruivo de orelhas extremamente vermelhas e rosto com uma pimenta a ouvia.
_GINA O QUE VOCÊ ESTA FAZENDO COM O MALFOY? – berrou ele novamente passando a mãos pelos cabelos, ela achava que o malfoy era quem, um príncipe encantado? Pois estava enganada ele estava mais para a bruxa dos contos de fadas!
_Não esta vendo? – perguntou Draco mesmo com a ruiva implorando para que ele calasse a boca – Eu e a Gina estamos namorando.
Pronto agora estava tudo perdido, se existia uma maneira dela consertar a situação agora já não dava mais, agora sim era impossível. [i] “Porque Draco tinha que abrir a boca pra falar isso?! Droga agora como eu vou me explicar para os meus pais, é claro porque Rony não vai deixar passar isso despercebido, acho que até o presidente da republica da China trouxa iria saber que Gina Weasley estava aos “amassos” na torre de astronomia de Hogwarts com Draco Malfoy!” [i] A garota bufava de raiva.
_VOCÊS O QUE? – berrou ele mais ainda, Gina achava que o irmão iria ter um treco.
_Rony, por favor, não diga nada a mamãe e o papai do que você viu ok? Daí eu vou te explicar a história inteira – suplicou a irmã ao garoto vermelho a sua frente.
_Não Gina, eu quero ouvir você explicando pra eles! Como você pode fazer isso?! Gina eu não posso omitir isso deles... – cuspiu Rony as palavras para a irmã e logo em seguida deu as costas e foi bufando para algum lugar, certamente mandar uma carta para seus pais.
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[i] “Harry podia ver uma cela escura e úmida, ouvia gritos por todas as partes, gritos agonizantes, e de vem em quando risadas.Se assustou quando ouviu um grito fino e agudo de dor, seu coração partiu, sabia que aquele grito era de Hermione. Ao se “virar” pode ver Hermione estendida no chão, sangrando e com vários cortes pelo corpo, sua roupa não era mais do que farrapos e sua respiração estava afobada, ouviu um risada malvada e em seguida uma voz gélida lançando a lançando a maldição da tortura instantaneamente pode ouviu outro grito agudo de dor e desespero, mas dessa vez estava chamando por seu nome” [/i]
Harry acordou assustado, com a camisa molhada de suor, não agüentava mais aquilo, todas as vezes que ele conseguia dormir vinham esses sonhos, não suportava ver aquilo, era Hermione que estava sofrendo, mas quem deveria estar ali era ele! Droga como eles puderam leva-lo primeiro e a deixar lá.
Se sentou na cama soltando um suspiro cansado enquanto passava a mão pelos cabelos negros e molhados, com a outra mão pegava um copo com água que estava no criado-mudo ao lado da cama, olhou pela janela do quarto de Hermione, viu o sol se pondo, constatou que essa noite seria longa, quase nunca dormia durante a tarde, alguém deveria ter posto algo no suco que Gina o obrigou beber na hora do almoço.
Olhou para a cama e colocou a sua mão que estava no cabelo no lado frio e vazio da cama, estaria quente se ela estivesse ali, alias todo aquele quarto que hoje estava frio, quando ela estava ali era quente e aconchegante, respirou fundo, percebeu que o seu perfume ainda estava no ar, o quarto tinha o cheiro dela. Não teria como mudar.
[b]Eu sempre precisei de um tempo comigo mesma
Mas nunca imaginei que eu precisaria de você
Quando eu chorei
E os dias parecem como anos
Quando eu estou sozinha
E a cama onde você deita
Está arrumada do seu lado[/b]
Hermione viu uma pequena cidade pacata e calma, olhou para trás e pode ver que onde ela estava, agora não se passava de uma casa velha, aos “destroços”, andou até o centro da praça que havia na frente da casa e viu seu reflexo na água limpa e pura da fonte, pode perceber o estado em que estava, as suas roupas não eram mais do que farrapos, seus cabelos bagunçados, sua pele suja e com vários ferimentos, não parecia ser ela mesma. Fez uma careta ao tocar no ferimento de seu joelho, como queria Harry ali com ela, agora, como ela precisava dele ali com ela...
[b]Quando você vai embora
Eu conto os passos que você dá
Você vê o quanto eu preciso de você agora?[/b]
Harry soltou outro suspiro depois de beber mais um gole da sua água e devolvia o copo para o criado-mudo, sabia plenamente que não adiantava culpar os outros por terem deixado Hermione lá, e também não os podia culpar de querer que ele se reanimasse, os entendia perfeitamente, mas será que eles não podiam o entender?
Hermione era a única pessoa que sobrara para ele, ela era a pessoa que ele mais amava em todo mundo bruxo e trouxa.
Ele se sentia incompleto sem Hermione ali com ele, o seu coração parecia implorar para que ela voltasse, a dor que ele estava sentindo nesse mês que estava se passando tinha certeza que era muito pior do que qualquer outro tipo de dor se ela estivesse ali consigo.
Quase que em um movimento rotineiro, abriu a gaveta da garota e pegou suas fotos, aquele rosto de menina e aquela mente de mulher que ela tinha o cativou dês da primeira vez que ele a vira, o grande sorriso que contagiava todos, os seus braços ternos que lhe dava carinho e segurança e aquele beijo que ela tinha que o deixava completamente nas nuvens. Sem perceber uma lágrima que rolava a pouco pela face de Harry agora caia e manchava a foto em que ela o estava beijando ternamente.
[b]Quando você está longe
Os pedaços do meu coração sentem falta de você
Quando você esta longe
O rosto que eu conhecia se perdeu também
Quando você está longe
Todas as palavras que preciso ouvir
Para conseguir ir adiante com meu dia
E fazer ficar bem
Eu sinto sua falta[/b]
Limpou uma ultima lágrima salgada que rolava por seu rosto e fazia seus ferimentos arder, ela iria se levantar dali e fugir. Tinha certeza que não iriam demorar a perceber que ela fugira da cela e sairiam à procura dela determinados a levar de volta para lá, ela não iria ser pega tão facilmente depois de sair daquele labirinto que era o esconderijo de Voldemort.
Levantou e começou andar sem destino, como ela iria se esconder se não sabia nem onde estava? Pelo menos tinha “sua” varinha. Por não saber onde ir, andou por pelo menos vinte minutos praticamente em círculos, até avistar ao longe uma floresta, não era a coisa mais sensata a fazer no estado em que ela estava, mas era onde existia mais opções de esconderijos, e teria que achar algo ou alguém que a levasse a Hogwarts, ou uma carta quem sabe.
Adentrou a floresta com a varinha em mãos, não sabia dizer se era uma floresta bruxa ou apenas trouxa, mas sempre era melhor prevenir do que remediar. Suas pernas não estavam mais agüentando a sustentar, ela sentia que antes de escurecer totalmente, suas pernas iriam a deixar na mão.
Era uma linda noite de lua cheia ela estava no alto do céu redonda e grande, iluminava tudo muito bem, as estrelas amenizavam a escuridão do manto negro que era o céu durante a noite.
Hermione estava sentada no tronco de uma grandiosa arvore, a brisa suave e gélida a noite passava pelo seu rosto o deixando rosado, prendera seu cabelo em um coque com um graveto que achara pelo caminho, suas pernas estavam cansadas não agüentava mais o peso do próprio corpo.
De olhos fechado pode ouvir a uma explosão do seu lado, e logo em seguida uma chuva de raios de varias cores.
[b]Eu nunca tinha me sentido dessa forma antes
Tudo o que eu faço
Me lembra você
E as roupas que você deixou
Elas estão pelo chão
E elas cheiram exatamente como você
Eu amo as coisas que você faz[/b]
Harry resmungou algo incompreensível a qualquer ouvido humano, tentou concertar a foto mais foi em vão, então as colocou de volta na gaveta e a fechou com mais força que necessitava.
Levantou da cama bruscamente, aquela espera o estava deixando louco, suspirou cansado e se sentou novamente na beirada da cama começou a abrir as gavetas e olhar as roupas da menina, o cheiro que elas tinham era exatamente o cheiro de Hermione, o tão doce e puro aroma de lírio agora tinha tomado conta do quarto da garota, que era todo decorado ao estilo de garota adolescente, apenas com exceção de um canto empoeirado onde estava muitos livros.
Começou a se lembrar de todos os momentos que passaram juntos dês de quando se conheceram, como ela podia ser tão perfeita, o jeito delicado como ela fazia as coisas, o modo como ela mordia o lábio inferior quando estava nervosa ou preocupada o deixava maravilhado e bobo.
[b]Nós fomos feitos um pro outro
Eu vou guardar isso pra sempre
Eu sei que fomos
Sim, sim[/b]
_Droga! Me acharam! – reclamou a garota tentando se por em pé, ao conseguir se pos a correr, o mais rápido que seus joelhos conseguiam, sentia que os feitiços passavam a um triz dela.
Como corria muito não olhava o que tinha pelo seu caminho, acabou então por tropeçar em um pedra e cair em um grande barranco que estava perto, muitos diriam que isso era um azar, mas com certeza pra ela, isso era uma grande sorte.
_Onde ela esta? – perguntou uma voz aguda para as pessoas que estavam apostas a ela.
_Caiu nesse barranco... – comentou vagamente um dos comensais.
_O que estão esperando? A peguem! – ordenou a mulher quase histérica.
_Mas ela deve estar morta, esse barranco é muito fundo – retrucou o comensal que respondera a pouco para a mulher.
_O mestre a quer! Você ouviu isso! – respondeu ela como se fosse obvio.
_Não tem como o achar, ele esta perdido entre as pedras Belatriz... – respondeu uma voz gélida para a mulher.
_Mas Lucius você ouviu o que o Mestre falou...
_Nós não temos como achar esse corpo, deve estar mutilado, e ele a queria viva não morta – disse ele simplesmente – Agora venha, vamos embora daqui antes que apareça algum curioso...
_Apenas me deixe fazer uma coisa... – comentou Belatriz andando até a beira do barrando – Avada Kedavra! – rugiu a mulher barranco abaixo, acertando um monte de pedras que desbarrancaram – Apenas para garantir Lucius – se explicou vendo as expressões do homem, em seguida aparataram não deixando rastros.
Hermione não sentia seu corpo, podia ouvir vozes ao longe, mas apenas murmúrios para ela, seu corpo doía por inteiro – Harry eu preciso de você – sussurrou ela com as suas ultimas forças, logo depois desmaiou.
[b]Tudo que eu sempre quis foi para você saber
Tudo que eu faço eu dou meu coração e alma
Eu mal posso respirar
Eu preciso sentir você aqui comigo
Sim[/b]
Sentiu uma forte dor no peito quando achou em meio as roupas o cordão que ele lhe dera no começo do ano, sua garganta tremeu tentando conter o choro que estava por vir quando ele pegou o anel que ele daria para ela a pedindo oficialmente em noivado, seria no dia do seu aniversário, dali a quatro dias, uma lágrima silenciosa desceu por sua face sendo seguida por varias outras.
Ela teria que passar seu aniversário com Voldemort? Não era isso que ele sonhava para ela, ou melhor para eles. Imediatamente guardou o anel dentro de suas vestes e as roupas de Hermione e o cordão dentro da gaveta. Soltou o ar cansado, se levantou e andou calmamente em direção a porta, ao abri-la deu uma ultima olhada para o quarto e fechou a porta.
Chegando ao seu quarto limpou uma ultima lágrima solitária que existia no seu rosto e rumou ao banheiro para tomar seu banho.
[b]Quando você está longe
Os pedaços do meu coração sentem falta de você
Quando você esta longe
O rosto que eu conhecia se perdeu também
Quando você está longe
Todas as palavras que preciso ouvir
Para conseguir ir adiante com meu dia
E fazer ficar bem
Eu sinto sua falta[/b]
Gina andava solitária pelos corredores, estava nervosa, Rony iria contar não tinha como o faze mudar de idéia. Draco até havia tentado amenizar a situação a dizendo que enfrentaria seus pais junto com ela, mas isso não adiantaria.
Ao virar o corredor em direção ao salão comunal da Grifinória esbarrou em um garotinha loiro, deveria ser seu primeiro ano em Hogwarts.
_Er... Desculpe – pediu o menino enquanto Gina arrumava suas vestes, percebeu que o menino lhe encarava profundamente e a observava nos mínimos detalhes.
_Que foi? – sabia que tinha sido mal educada, mas não estava nem de bom humor e muito menos com vontade que algum anãozinho, como ela mesma pensou, a ficasse secando.
_Você é Virginia Weasley? – perguntou ele com a voz alta e ardida, Gina chegou a se perguntar se ele era surdo ou se achava que ela era surda.
_Sou por quê?
_A Diretora McGonagall esta ti chamando na diretoria.
_Pra que? – suspirou pesado, ela tinha uma idéia do que seria, mas era melhor às vezes se fingir de idiota.
_Não sei... – cantarolou ele com a voz ainda mais ardida.
_Obrigada por me avisar... – disse já mudando o caminho que iria fazer e vendo a mão do garoto estendida parou.
_Sou Hobby Williams prazer – disse após ela ter aceitado a mão dele.
_Er... E eu Virginia Weasley, mas me chame de Gina ok? – disse divertida, esse Hobby era engraçado, claro retirando a voz irritante – Mas agora eu tenho que ver o que a diretora quer comigo, agente se cruza por ai, tchau – concluiu ela andando rápido até o grande salão a procura de Draco, mas antes de virar o corredor parou e se virou para trás olhando para o garotinho – Você me faria um favor?
_Claro! – respondeu ele altamente irritante.
_Procure o Draco Malfoy, sabe quem é ele não é? – recebendo um sim do garoto continuou – Ache ele e diga, LONGE DE TODOS, que eu foi para diretoria e talvez é sobre aquele assunto.
_Aquele assunto? – perturbou-se o garoto.
_Diga isso a ele que ele vai saber do que eu estou falando. Muito obrigada Hobby! – dizendo isso virou as costas e saiu em direção a sua crucificação.
Gina já estava cansada, andara quase o castelo todo, foi até a sala da diretora, não conseguiria entrar por não ter a senha, então saiu procurando alguém que pudesse lhe dizer ou a levar até onde a diretora estava.
_Professora Minerva! – louvou Gina ao ver a velha vindo em sua direção.
_Srta.Weasley, já faz algum tempo que pedi que fosse a minha sala, mas vejo que esta andando pelos corredores em vez de fazer o que eu mandei – falou e mulher severa levando Gina até a frente da grande gárgula de pedra.
_Mas eu estava procurando alguém que me trouxesse até aqui! Eu já havia vindo aqui, mas não tenho a senha pra entrar! – retrucou a garota já subindo a grande escada em espiral chegando a porta que foi aperta – Er... A senhora não vai entrar? – perguntou ela com receio.
_Não Gina – falou carinhosamente a mulher para a garota – Isso é assunto de família.
A garota engoliu a seco quando ouviu a palavra “família”, agora havia se confirmado, Rony contou para todos.
Gina respirou fundo, tentou pensar em tudo de bom que já passou ao lado de
Draco, mesmo sendo poucas, tentou pensar em todos os argumentos possíveis e impossíveis para se explicar e acima de tudo tentou
pensar em um jeito de fazer a escolha certa. Soltando um suspiro pesado colocou a mão na maçaneta e a virou, pode ver Minerva descendo a escadaria de pedra, ai sim resolveu entrar.
Não adiantou muito ter respirado fundo, pois a imagem que ela viu ao entrar ali não foi das melhores. Seu pai de cabeça baixa abraçando sua
mãe que também de cabeça baixa balançava os ombros freneticamente como se estivesse tendo uma crise de choro. Rony, Fred, Jorge e Carlinhos estavam sentados um ao lado do outro,com os braços cruzados e as varinhas bem visíveis, a fúria neles era vista na forma como estavam sentados, de como seus olhos flamejavam de ódio, e Gui estava encostado em uma
parede do canto da sala, parecia imparcial, talvez pensando como seria essa conversa, no que iria favorecer, ou destruir as coisas.
Parecia que haviam sincronizado o momento exato, pois todos levantaram a
cabeça ao primeiro ranger que a porta fez, poderia parecer ridículo naquela hora, mas Gina nunca sentiu tanta raiva de uma porta como agora sentia.
Se dirigiu a uma cadeira vazia que existia no meio da grande e decorada sala, quem a visse acreditaria que aquela era uma tora de madeira onde ela, a bruxa, seria queimada pelos trouxas como nas épocas passadas.
Após se sentar um silêncio mortal tomou conta do lugar, ninguém parecia querer ser o primeiro a tomar a palavra, ou pelo menos, ninguém parecia ter coragem para tanto.
_Você não vai falar nada Gina?! - começou Rony raivoso, estava quase que soltando espuma pela boca – Vai assumir ou vai apenas dizer que foi alucinação da minha cabeça? Que a convivência com a Luna me deixou louco?
_Você fala como se eu tivesse cometido um crime imperdoável, como se tivesse matado alguém! - respondeu ela convicta, sem transparecer que suava frio.
_Foi pior Gina!Muito pior! – falo Carlinhos quase em um sussurro.
_Você traiu sua própria família! – disse Jorge se levantando do sofá onde estava sentado com os outros três irmãos.
_Você traiu a nossa confiança Virginia - Fred praticamente cuspiu isso no rosto da garota ruiva.
_Nunca pensei ou melhor nunca pensamos que você, logo você poderi...- Fred não terminou de dizer a sua frase pois a porta abriu novamente com um rangido.
Por ela entrava um loiro alto, com o nariz empinado e ar soberbo. O queixo de Gina foi caindo rapidamente e sua cor de pálida passara para o vermelho, porque mandara o avisar? Perguntava ela a si mesma enquanto os três irmãos se levantavam com as varinhas em punho.
_O que você esta fazendo aqui? – perguntou Gina entrando em desespero, ver o seu namorado na mira de três varinhas, que no caso era de seus próprios irmãos, aquela não era uma situação muito aconchegante.
_Calma aí ô cabeças de fogo, não precisa essa recepção tão calorosa - disse enquanto conjurava uma cadeira ao lado de Gina e se sentava ao nela. Virou-se para ela que ainda o olhava sem entender nada, lhe deu um breve selinho e disse rapidamente ao seu ouvido:
_Seu herói chegou foguinho - se afastando pegou em sua mão, piscou o olho e somente mexendo os lábios mostrou um “Eu te amo”, recebendo um olhar reprovador de ruiva, que mesmo não acreditando que Draco estava ali querendo que ele fosse embora, não podia negar que ele lhe trouxera uma força que antes ela não tinha talvez a hora que ela entrara havia fechado a porta não deixando com a sua coragem entrasse e daí Draco a deixou entrar elaxando no ar o seu perfume.
-Estupefa... - os quatro irmãos foram parados por Gui, que os olhou repreendedor.
-Parem vocês três agora! - eles continuaram com as varinhas em punho olhando firmemente de Gui para Draco - E isso não foi uma opção ou algum pedido inútil e sim uma ordem!
Eles abaixaram as varinhas bastante contrariados e jogaram no sofá, fazendo o mesmo arrastar um pouco pelo chão, mas mesmo assim não desviando o olhar mortífero do loiro que estava segurando a mão da “criança” da família.
_O que você pensa que está fazendo aqui rapaz?! - dessa vez a voz grave de Sr.Weasley soou pela sala.
_Ora, o assunto não é sobre mim? – sem deixar que o homem a sua frente respondesse continuou – Então eu tenho pleno direito de permanecer nessa sala.
_Você não se enxerga mesmo em Malfoy... – comentou Carlinhos sério - Além de seduzir a idiota da Gina, tem a ousadia de vir aqui...
_Você não tem o direito de me acusar assim! – retrucou Draco indignado, ela não havia seduzido Gina, sim antes era esse o plano, mas agora era diferente, ele a amava - Eu não seduzi ninguém!
_MENTIROSO! – bradou Fred, Jorge e Rony em uníssono.
_Você três! Se sentem agora mesmo! – se escutou a voz da Sra.Weasley ecoar pela primeira vez naquele cômodo.
_Mas mãe... – protestaram os três.
_Nem mais nem meio mais... - ela então se virou para o casal a sua frente ainda com os olhos avermelhados - Creio que eles devem ter uma
boa explicação para todo esse transtorno. Não?
_Deve ter é uma boa mentira,isso sim...- resmungo os dois gêmeos juntos quase em um sussurro.
_Vocês dois quietos! – disse agora o patriarca da família tentando deixar com que a mulher falasse.
_Malfoy - começou ela coma voz tremida - Eu estou aqui, reunindo a maior paciência do mundo para ouvir você se explicar! Por mais que isso me doa, por dentro, por mais que isso seja uma total contradição ao que se passa em nossa família, e eu quero deixar isso bem claro – comentou ela pausadamente – Nós nunca gostamos da sua família como vocês também nunca gostaram da nossa, estou fazendo isso por amor a minha filha, que infelizmente parece estar apaixonada por você.
_Isso é mentira! Ele apenas quer se aproveitar da Gina e tirar informações para Voldemort! – falou Rony sem demonstrar querer camuflar o ódio que sentia.
_ISSO É MENTIRA! EU.NÃO.ESTOU.DO.LADO.DE.VOLDEMORT! – Draco berrou para todos naquela sala, isso já estava indo longe demais.
Aquela briga estava agindo como punhais que perfuravam o coração de Gina. Ela não suportava mais aquilo tudo, queria voltar no tempo, voltar no dia em que encontrou Malfoy em Hogsmead, muda\r totalmente a história e ter sua vida e sua família de volta.
_Vai mentir para outro Malfoy! Quando seqüestraram a Mione você estava no meio, e não duvido nada de que Gina esteja também! – Rony cuspiu as palavras na cara da Gina, que estava a ponto de desatar a chorar, falar que ela havia programado o seqüestro de Hermione! Isso era uma coisa totalmente absurda.
_VOCÊ NÃO FALE ASSIM DELA! COMO PODEM SER TÃO IDIOTAS? ARMAR O SEQUESTRO DA MELHOR AMIGA? SE JUNTAR COM VOLDEMORT? - Draco agiu por impulso ao que Rony havia dito, como ele podia insinuar uma coisa dessas - VOCÊ É IRMÃO DELA E NÃO ESTÁ AO SEU LADO? EU QUE VOCÊS DIZEM QUE A ODEIO QUE ESTOU AQUI
A APOIANDO - abaixou o seu tom e disse aos olhos semi-cerrados e voz rouca de rancor - E mesmo depois disso, vocês ainda duvidarem que eu não amo a Gina, não sei o que realmente pode provar... – concluiu ele com a voz cansada – Se vocês acham que [i]isso[/i] que estão fazendo é uma forma de amor, eu não sei realmente qual é o verdadeiro conceito de amar pra vocês.
Todos os pensamentos de desistir de Draco que estavam em sua mente sumiram junto com os barulhos daquela sala. O silêncio permanecia deixando o clima mais tenso do que antes.
-Gina,você realmente gosta dele? – perguntou Gui calmamente, nem preciso falar mais alto que um simples sussurro.
Ela respirou fundo e concordou com a cabeça - Eu amo o Draco e pretendo ficar com ele, independente do que vocês irão achar. Eu irei ficar com ele porque sei que ele me ama, e quero que saibam, que vocês não
conhecem o Draco que eu irei ficar, esse que [i]eu[/i]amo, e também não me importa as besteiras que ele cometeu no passado.
-Se é assim... – antecipou-se Arthur, antes que os quatro irmãos se levantassem do sofá e começassem novamente uma discussão, se levantando calmamente da cadeira fofa que ficou sentado durante todo o tempo concluiu - não irei proibir o namoro, por menos que ele me agrade.
Gina sorriu e soltou o ar pesadamente junto com o corpo, sentindo os braços quentes de Draco a envolver.
_Gina – a garota se virou cansada para ouviu mais um sermão dos quatro irmãos ainda sentados no sofá – Queremos ti pedir desculpas, é que...
_Você é a nossa irmãzinha, e nunca imaginamos ver um Malfoy se juntar com você...
_É absurdo demais... – concluiu Carlinhos após Fred e Jorge terem falado e apoiados por Rony, era visível na voz deles o ódio e o rancor que ainda tinham, e também a força que usavam para se controlar ao verem o sorriso vitorioso de Draco.
_Mas eu sei que você vai ver a verdade sobre ele, e vai se ligar! Mas enquanto isso nós tomamos conta de você claro se você nos perdoar – concluiu Rony envergonhado.
Gina deu largo sorriso de felicidade, sua vida parecia estar voltando ao normal, andando até os quatro irmão de braços abertos fez um grande abraço coletivo recebendo depois um beijo de cada um – Preciso dizer mais alguma coisa? – perguntou divertida.
_Não! – responderam os quatro juntos.
_Mas ele ta ferrado se ficar de gracinha com você! - disse Rony sério - São sete contra um, ou você acha que o Harry vai gostar de saber que você anda por aí passando dos limites com a nossa irmãzinha – explicou Rony após ver a expressão de pergunta ao ouvir o numero sete.
Draco engoliu em seco e respirou profundo, eles sozinhos poderia até não ser problema, mas os sete juntos, ele estaria perdido, teria muita sorte se vivesse até os trinta anos e conseguisse continuar a ninhagem nos Malfoy.
_Vamos embora garotos – ordenou Molly com a voz um pouco mais aliviada e embargada - Vocês dois podem ficar aqui sozinhos um pouco.
_Mas só um pouco! - disseram os gêmeos juntos - E é bom não demorar muito Malfoy!
Aos poucos cada um foi saindo, Sr.Weasley não disse nada, mas só o olhar ainda demonstrava certo aborrecimento, Sra.Weasley passou chorando falando algo como "Minha menininha já namorando!" e quando passou por Draco sem aviso prévio o abraçou dizendo que ele era bem-vindo na família enquanto não fizesse besteira. Os gêmeos quando passaram olharam Draco e apontaram o dedo para o mesmo em forma de ameaça, Rony quando passou por ele lhe
mandou um olhar assassino e saiu batendo o punho fechado na outra mão aberta como se fosse um aviso do que ele faria se Malfoy passasse da linha. Gui foi o último a passar por eles, parecia querer ficar sozinho com o novo casal.
_Espero que você tenha feito a escolha certa Gina – disse ele em um tom cansado - Eu confio em você, só não confio nele – terminou a frase apontando com o dedo para o loiro.
_Pode ficar tranqüilo Weasley! E obrigado por não ter me ameaçado também, é um a menos não é? – Draco perguntou com um fio de esperança na voz. Gui era um homem muito grande, com muitos músculos, o irmão preferido de Gina, pois era Gui em batia nos rapazinhos chatos que ela não queria “pegar”, engoliu em seco ao imaginar o soco daquele brutamonte, enquanto Gina aproveitava os últimos momentos com o irmão agarrado ao pescoço do mesmo.
_Não te ameacei aqui por causa de Gina, e também para não colocar mais fogo na fogueira, mas só pra avisar se você passar um milímetro que seja da linha, você não verá o sol amanhecer no dia seguinte Malfoy. Tchau... E não demorem! -Avisou Gui enquanto saia.
_Conseguimos Draco! – comemorou Gina pulando no pescoço do namorado.
_Cara, eles juntos assim me dão medo sabia? Acho que se eu te beijar três vezes seguidas vou ser estuporado – disse ele pensativo, imaginando se poderia considerar realmente essa posição ou não.
_Calma, você acha que não valeu a pena? – ela fez bico e o olhou nos olhos.
_Claro que valeu a pena! – ele respondeu enquanto a abraçava pela cintura e dava um sorriso sacana.
_Estão – disse se virando de frente para ele, ainda abraçados – Você terá sua recompensa – disse dando um sorriso pervertido, logo em seguida lhe beijando calmamente, não podiam passar da conta, Draco sabia que estavam sendo vigiados.
Os dois ouviram alguém pigarrear atrás da porta da sala e sorriram ainda se beijando – Vamos logo Gina, é melhor vir se despedir de sua família – falou Fred fazendo os dois se separarem e ela dando um ultimo selinho saiu.
Draco apenas se jogou em uma poltrona qualquer ali da sala – É espero realmente que tenha valido a pena...
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Hermione sentiu debaixo de si um objeto macio, e confortável, respirou fundo, onde estaria? Começou a se mexer lentamente apenas para sentir seus músculos que pareciam estar dormindo.
Balançou o pescoço de um lado para o outro os fazendo estralar, apenas depois de sentir todos seus ossos e músculos, com a língua umedeceu os lábios e começou a abrir os olhos castanhos.
Sentiu sua vista doer por causa de alguns raios de sol que chegaram até eles, e uma dor aguda passar por sua espinha e parar latejando em sua cabeça, ergueu as mãos pesadas até seus olhos e seguiu para os cabelos os arrumando.
Sentou-se na confortável cama e ai sim abriu totalmente os olhos, sua vista estava embaçada como se não fosse usada há muito tempo e também pela chegada de alguns raios solares do amanhecer. Sabia que não estava com os comensais, pois nunca eles a tratariam assim.
Ao se encostar-se aos fofos travesseiros que estavam atrás de si, olhou para o cômodo que estava, parecia ser um belo quarto, as paredes brancas como neve e apenas com uma faixa no meio com desenhos de folhas secas, davam um contraste bonito ao quarto.
Os móveis era todos em cor de palha, existia um grande guarda-roupas embutido em um cato do cômodo, uma estante toda detalhada fazendo par com uma grande cadeira almofadada, no outro canto do quarto quase perto da cama em que estava existia um grande e belo urso de pelúcia branco, e do lado da cama em que estava existia um criado mudo com um abajur.
Olhou para o espelho que existia na porta do guarda-roupa que estava na frente de “sua” cama, viu que não estava mais com tantos machucados, seu joelho já estava com um película de seu pele que se reconstruía sozinha, viu seu braço enfaixado e em sua cabeça uma grande faixa a envolvendo.
Passou a mão ternamente pelo seu rosto sentindo a pele macia que agora existia ali, estava quase perfeito, apenas com dois pequenos esparadrapos do canto do olho, sorriu quem deveria estar com ela deveria estar cuidando muito bem dela, pois nem dor não sentia mais.
_Bom dia menina! – a saudou uma mulher que aparentava ter os seus trinta anos de idade, tinha o corpo definido e cabelos muito lisos na cor castanha, sorriso doce e terno, aparentava ser gentil e educada – Estava ficando preocupada com você – comentou ela amorosamente enquanto trocava a jarra de água que estava no criado mudo.
_Me desculpe, mas posso saber quem é a senhora? – sabia que parecia meio ingrato de sua parte perguntar assim, sem nem antes lhe dizer bom dia, mas a sua curiosidade estava mais forte do que formalidades.
_Senhorita, por favor... – começou gentil saindo do quarto e deixando Hermione ali olhando a porta por onde ela havia passado, não deu nem dois minutos a mulher voltou com um largo sorriso já sem a jarra vazia –Fui levar a jarra – comentou ao ver a expressão da garota sentada na cama – Mas me desculpe, meu nome é Melissa Wankston – disse lhe estendendo a mão e apertando a da garota que estava com um sorriso e dizia um doce “é um prazer conhece-la” – Mas você estava me preocupando garotinha...
_Ha... Er... Srta.Wankston meu nome é Hermione Jane Granger, mas pode me chamar de Hermione – interveio Hermione na fala da mulher, ela odiava que a chamasse de garota ou garotinha, ela tinha dezessete anos.
_Me chame de Melissa ou Mel – disse sorrindo e se sentando na ponta do colchão.
_Obrigada por ter cuidado de mim Melissa...
_Que isso Hermione, não foi nada, e quando eu ti achei você estava mal, pra não dizer quase morta.
_É... Aconteceram coisas que não gostaria de lembrar...
_Mas enfim você acordou depois de dois dias e meio – a mulher parou de falar pois foi interrompida por uma Hermione pasma.
_O QUE? DOIS DIAS E MEIO? Há! Meu Merlim... - comentou Hermione se jogando na cama atras de si.
_Sim, eu sinceramente achei que não iria acordar... – disse a mulher vagamente.
_Eu tenho que ir pra minha casa, eu tenho que sair dessa cidade o mais rápido possível... – comentou Hermione com a cabeça apoiada nas mãos mais para si mesma do que para a mulher.
_De onde você é?
_Eu... Antes de eu responder me diga que cidade é esta?
A mulher mesmo intrigada respondeu a Hermione – Miters Fathner.
_Nunca ouvi falar dessa cidade... – respondeu Hermione tentando se lembrar de algo que a revelasse se aquela cidade era trouxa ou bruxa – Eu moro em Londres.
_Londres? – a mulher fez uma expressão de espanto no rosto.
_Sim Londres... Que estado é esse? – perguntou a garota a mulher intrigada.
_Nós estamos do interior do Canadá.
_Canadá? Mas o Canadá fica no...
_Outro continente... – terminou a mulher abobalhada.
_Eu preciso de uma coruja! – falou Hermione sem pensar, precisava sair dali o mais rápido possível, ou... Nem gostaria de pensar...
_Coruja? – não adiantou a mulher perguntar, pois a garota já havia saído do quarto, seguido por entre os corredores e chegado até a varanda e avistou uma corujinha que caçava no terreiro algumas minhocas para comer de café.
Correu até dentro da casa e pegou o primeiro papel e caneta que viu na frente correu até o terreiro e apoiando o papel na perna escreveu:
[i]”Harry...
Sou eu Hermione,
Por favor venha me buscar, preciso fugir daqui o mais rápido possível,
Estou com medo, não diga isso para ninguém, mas eu realmente estou com medo.
Me ajude,
Estou em uma cidade chamada Miters Fathner, fica no interior do Canadá...
a casa é bonita e o numero é quarenta [/i](constatou após olhar o numero na frente da casa)[i]
Estou bem por enquanto,
Mas venha rápido,
Por Merlim,
Beijos
Com amor
Hermione.”[/i]
Após dobrar o pedaço de papel entregou a coruja que sussurrou Hogwarts, não sabia se iria dar certo, pois não era toda coruja que entregava cartas, e nem toda coruja que sabia onde era Hogwarts.
Mas não custava tentar.
Logo depois a mulher saiu de dentro da casa e mandou que ela entrasse e se deitasse, pois estava na hora de tomar seu remédio.
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Harry estava deitado em sua cama olhando o teto, era irritante e agonizante saber que no próximo dia seria aniversario de sua menina, e ela não estaria ali com ele.
Harry não chorava mais, não tinha mais lágrimas. Alem de tudo a escola estava muito agitada, afinal era a semana dos NIEM’S, mais essa Hermione iria querer morrer por ter perdido os exames finais.
Estava perdido em seus pensamentos quando ouviu barulho de bicadas em sua janela, apenas virou o rosto para ver se era Edwiges, mas no lugar viu uma pequena coruja parda que parecia cansada.
Se levantou e abriu a janela para a pequenina que estou voando rasteiro, pousou na cama cheia de cobertores, e jogou uma carta em cima da mesma.
Abriu a carta e viu uma letra tremida na mesma, um sorriso de felicidade brotou em seu rosto, mas que logo desapareceu, começou a se apavorar ao terminar de ler a carta, para Hermione estar com medo, a situação estava feia. Levantou e passando pela porta do quarto como um furacão correu a procura da diretora.
Harry corria como um louco pelos corredores de Hogwarts, levando tudo e todos que entravam em sua frente. Tinha que achar a diretora o mais rápido possível, Hermione podia estar correndo mais risco agora do que antes.
_Potter! Potter! – escutou a voz autoritária e rouca da diretora o chamar atrás de si. Com o pouco ar e força que restava correu até ela e se apoiando na parede ainda com a carta na mão respirou fundo para começar a falar para a diretora o que acontecera o mais rápido que conseguisse.
_Professora McGonagall, é a Hermione... – buscou fortemente mais uma vez o ar que lhe faltava – ela me mandou essa carta – concluiu estendendo o papel amassado e com uma letra tremida na mesma.
A velha pegou o papel e após alguns segundos, que na opinião de Harry foram muito longos para o tamanho da carta, o olhou assustada, sentiu suas pernas fraquejarem, logo em seguida deu as costas para o garoto que a olhava curioso, e saiu em passos largos pelos corredores, tendo um garoto exaltado em seus calcanhares.
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Reta finallll!!!!
Issu mesmo!
Faltam exatamente 30 paginas pra fic acabaaaa!!!
E eu noon tenhu nem dez da segunda temporada...
To tão empenhada em termina minha outra fic,
que ta pra ser postada...
Hoje especificamente..
Chama "Marcas da Alma"
leiam gente!
E comentemmmm nessa!!!
POxa...
Dois comentizinhus?
><'
Magua né,
até partece que ninguem gosta,
que ninguem lê...
Bejão!
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