A antiga casa dos Potter's





_Hermione porque você resolveu enterrar seus pais em Godric's Hollow?

_Não sei exatamente Harry, prefiro que seja aqui, talvez fique mais fácil pra quando eu vir visitar o tumulo dos meus pais, você veja o dos seus.

_Você sabe que eu não quero que você faça nada disso por causa de mim, não sabe? Eu imaginava que você iria querer os enterrar junto com seus avós...

_Sei Harry, eu sei, mas eu me sinto bem fazendo isso, essa cidade parece ter algo que me aconchega e me acalma...

_Em mim também...

_A você? – perguntou ela com cara de incrédula a ele, era ali que seus pais haviam sido mortos, e ele ainda se sentia calmo?

_Eu sei que isso parece ser loucura, mas é sério – respondeu ele com um tom de diversão na voz, ele adorava a ver confusa, uma coisa muito difícil para a grande e sábia Hermione Granger.

Eles seguiram por um caminho longo até onde seriam enterrados os pais dela, ela escolhera os enterrar ao lado dos pais de Harry. O enterro foi rápido sem delongas, Hermione já havia chorado de mais, e ninguém queria que ela ficasse ali por mais algum tempo e também raios e trovões já cortavam o céu.

_Garotos, acho que com essa chuva que esta caindo à rede de flú deve estar interditada e aparatar com raios e trovões vocês sabem que não é aconselhável, vamos ter que ficar aqui em Godric's Hollow mesmo, e amanhã todos vão voltar para a escola... – disse Sra.Weasley enquanto se protegia com sua bolsa e corria com os garotos até o lugar coberto mais próximo.

_Ai que droga eu estou toda ensopada! – resmungou Gina enquanto espremia seu cabelo ruivo com as mãos para tirar um pouco da água que nele havia sido depositado.

_Não reclama Gina, estamos todos assim... – falou Sr.Weasley – Certo agora o primeiro passo é achar um lugar pra passar a noite, tomar um banho quente e secar essas roupas.

_Papai, nós estamos debaixo de uma ponte em Godric's Hollow onde você quer achar um lugar para nós passarmos a noite? – perguntou Gina como se não fosse obvio.

_Gina abra a sua mente, use sua visão interior – começou Fred em um ar sombrio como a professora de adivinhação fazia.

_E veja atrás de você um belo prédio que tem uma placa na frente escrito – completou Jorge no mesmo tom.

_Temos vagas! – falaram os dois juntos deixando Gina da cor dos cabelos de tanta raiva.

_Parem garotos, vamos logo antes que peguemos um resfriado – falou Sra.Weasley segurando a risada e empurrando alguns garotos a sua frente.

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_Fred, Jorge, Rony e Harry vocês são no quarto de numero 564, Luna, Hermione e Gina são no quarto 565, agora todos para seus quartos que eu já vou ir arrumar seus banhos e secar suas roupas.

_Já vi que a noite vai ser longa...

_Não reclame Ronald Weasley e já para o quarto!

Risinhos foram abafados pelas portas que, depois da despedida dos casais, foi fechada.

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O dia amanheceu nublado e escuro, ele parecia sentir como certa castanha se sentia, após essa noite de tempestade o dia amanheceu nublado para todos, mas para ela esse dia seria, talvez, o mais difícil da sua vida, o primeiro de sua vida inteira sem seus pais, pelo menos tinha seus amigos, e Harry, ao lembrar do namorado um sorrisinho tímido, que há muito tempo não aparecia naquele rosto, começava a formar.

_Bom dia carinho, esta melhor? – perguntou Harry sorrindo enquanto sentia sua namorada se arrepiar com seu toque e feliz por ver um sorriso se esboçar na face dela quando ele chegou por trás e a abraçou de surpresa.

_Na medida do possível Harry...

_O que você vai comer? – perguntou ele já tendo certeza da resposta.

_Não estou com fome Harry...

_Mas você vai comer Mione, olhe – disse ele pegando com as duas mãos no rosto dela carinhosamente e a trazendo mais para perto de si a fazendo o olhar nos olhos – não existe esse não estou com fome, você vai comer e ponto, não quero meu carinho passando mal por ai – concluiu ele a trazendo mais para perto e selando com um beijo simples e terno nos lábios dela.

_Eu te amo Harry...

_Eu já sabia... – falou ele no tom arrogante e prepotente do Draco Malfoy.

_Convencido!

_Orgulhosa! – retrucou ele rindo enquanto levantava e se sentava ao lado dela na mesa de madeira polida e antiga e chamava o garçom – Er... Um suco de abóbora e bacon com ovos e você Mione?

_Harry eu já...

_O que você quer Hermione? – perguntou ele novamente em um tom que ela sabia que não adiantava retrucar.

_Então eu vou querer um suco de laranja, com pouco açúcar, e umas torradas com...

_Geléia de frutas vermelhas? – perguntou o garçom.

_Isso pode ser...

_Então é um suco de laranja e outro de abóbora e um pouco de torrada com geléia de frutas vermelhas e um prato de ovos com bacon?

_Exatamente.

_Já vou trazer.

_Agora me diga por que nós ficamos em um hotel trouxa?

_Porque foi o único que nós achamos Rony! E não reclama a noite foi boa...

_E a manhã parece estar muito melhor também não Harry? – Harry acabara de engasgar com o beijo que Hermione estava lhe dando, por que Rony teve que interromper esse momento? “Marcar na agenda, se lembrar de matar o Rony por isso!”

_Bom... Er... Bom dia... – falou Hermione gaguejando totalmente vermelha pela situação.

_Calma gente, é apenas eu e o Rony... – falou Gina entre risadas, deixando Hermione mais vermelha e Harry com um sorrisinho no rosto.

Após alguns minutos Jorge, Fred, Senhor e Sra.Weasley e a Luna, o café foi seguido por vários foras que a Sra.Weasley dava, por mais que ela quisesse consolar a Hermione mais ela dava nota fora, sempre deixava escapar algo que no final fazia Hermione perder o sorriso tímido que, antes, tivera.

********************

No quarto Harry estava deitado no colo de sua namorada e ela sentada na cama com as costas apoiadas na mesma, ela fazia cafuné nos cabelos negros rebeldes de seu namorado, e esse estava com as mãos debaixo de sua cabeça.

_Mi?

_Hm?

_Hermione?

_O que Harry? – perguntou ela impaciente.

_Eu tive um sonho, bem eu acho que foi um sonho, meio estranho essa noite – ela começou a se arrumar na cama enquanto ele levantava e se sentava a sua frente.

_Que sonho Harry?

_Bem, foi com a casa dos meus pais, uma grande e enorme lua cheia cor de sangue...

_Fala coisa com coisa Harry, assim eu não entendo!

_Bem... Ta... Eu dormi e a principio estava tudo escuro – continuou ele após ter fingido não escutar um “é lógico” da parte da Hermione – mas depois apareceu uma grande lua cheia vermelho sangue no céu, com muitas estrelas, logo em seguida como se fosse eu olhando essa cena, meus olhos abaixaram e eu vi a casa dos meus pais e em seguida eu entrei na casa e vi meus pais guardando algo dentro de uma caixinha e essa caixinha colocaram na parede da cozinha e com um feitiço a fizeram voltar ao normal...

_O que você acha que é isso?

_Não faço a mínima Hermione...

_Harry, sabe, eu estou precisando de ação, quem sabe nós podíamos ir lá ver se essa caixinha ainda esta nessa parede?

_Eu estava pensando a mesma coisa que você, ainda temos até à hora do almoço, que é a hora que nós vamos voltar para o castelo, vamos então?

_O que estamos esperando?

_Luna, Gina e Rony?

_Você quer chamar eles?

_Eu queria, por que, você não quer Hermione?

_Eu... Er... Deixa eles aqui, por favor?

_Hermione por que você quer...

_Harry? – perguntou ela com uma carinha de cãozinho sem dono.

_O que você não me pede sorrindo, com essa carinha, que eu não faço chorando?

_Vamos então?

_O que estamos esperando?

_Hey! Essa fala é minha!

_Era... – e saíram os dois devagar, para não serem pegos, mas não adiantou muita coisa, Sr.Weasley os encontrou na saída do hotel e os obrigou a voltar para os quartos.

Sra.Weasley avisada da tentativa de fulga de Harry e Hermione resolveu adiantar a volta para Hogwarts.

Chegaram Gina, Rony, Harry e Hermione na hora que o almoço estava sendo servido, foram recebidos com abraços e beijos de todos ali presentes na mesa.

Os dias passaram tranqüilos, pelo menos para os outros, porque Harry estava tendo todas as noites sonhos com a casa dos seus pais, Voldemort, luas, casas, luzes e cores, e muitas formas estranhas sem conexão. E ultimamente andava preocupado com Hermione, sempre com cara de abatida, olheiras, mas a garota nunca dizia o que ela tinha, sempre lhe dava um sorriso grande e largo, mas Harry via nos fundo daqueles olhos castanhos que tinha algo a incomodando, e para ser mais exato até tinha uma idéia.

Hermione tentava passar aos outros que estava feliz andava pelos corredores do castelo sorrindo e rindo, quando na verdade toda a noite quando fechava a porta do seu quarto e se enfunava lá dentro, pegava uma foto sua de quando tinha seus quatorze anos e de seus pais que ficava dentro de sua cômoda e chorava como um bebê, pouco ela estava dormindo, muito estava sofrendo, não queria que Harry soubesse disso, não queria que ninguém ficasse com pena dela, e alem de tudo a vida pacata de estudos agora não lhe satisfazia mais, ela nunca parou de estudar por nada do que aconteceu, pelo contrario os livros eram seu refugio, mas ela não podia mais ficar parada sem fazer nada se não se pegava pensando em seus pais novamente.

Rony e Luna estavam como sempre no maior amor, de manhã quando acordavam ficavam grudados no café, brigavam quase toda à tarde por motivos corriqueiros e sem nenhuma gravidade, e a noite voltavam a se agarrar por algum canto do castelo.

Gina fugia e se perdia por todos os corredores do castelo, mudava seu caminho, e se enfiava nos lugares menos povoados e quase sempre chegava atrasada nas aulas, o motivo dessa mudança tinha nome, sobrenome, belo corpo, olhos acinzentados e um belo cabelo loiro.

Draco tentava ao Maximo passar pelos caminhos corriqueiros que sua amada ruiva costumava passar, por mais que doesse admitir a si mesmo que era apaixonado por aquela cabeça de fósforo ambulante nunca admitiria isso a mais ninguém, ele apenas a perseguia porque era uma ordem de Voldemort, e se ele pudesse o matava, pois foi por culpa dele que ele se apaixonou pela ruiva. Mas mesmo mudando sua rota nunca conseguiu a achar pelos corredores.

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_Gina estamos atrasadas como você quer ir pelo caminho mais longo até as masmorras?

_Por que sim!

_Gina você esta muito estranha ultimamente.

_Não estou não, e vamos logo por esse caminho...

_Não vamos não! Já estamos atrasadas, não tomamos café por causa disso e você inda quer ir pelo caminho mais longo!

_É – falou tranqüila fazendo a garota loira que andava rápido pelos corredores a puxar mais rápido.

_Gina quem você não esta querendo encontrar?

_Ninguém...

_Então vamos pelo de sempre! E PONTO! – falou antes que a ruiva retrucasse.

Gina saiu emburrada sendo puxada por Clarisse, uma garota da Grifinória também, do sexto ano, loira de olhos azuis, um corpo até bem modelado pela sua idade, era uma das meninas que dividiam o quarto com a Gina.

Viraram o corredor que dava para a longa descida das escadas para elas chegarem às masmorras, Gina estava com o seu interior pulando de alegria por não ter encontrado Draco pelos corredores, agora era só ela descer a grande escadaria e pronto estaria salva! Pelo menos era isso que ela pensava.

Após pisar no terceiro degrau da escada vê uma mecha de cabelo loiro virando a escada a baixo, subindo de encontro com ela, o que iria fazer agora? Fugir? Não e dar na telha que estava louquinha por ele? Nem que um hipogrifo espirrasse. Levantou a cabeça e agiu como se nada ou ninguém estivesse ali, Draco quando seus olhos viram aquele chumaço de cabelo ruivo parou e olhou para confirmar se era ela mesmo que estava descendo.

_Draco, Draco!

_Hm, o que?

_Cara te chamei um monte de vezes e você nem me respondeu, nem sei se me escutou.

_Cala a boca – respondeu Draco mal humorado depois de Gina ter passado por ele como se nem o odiasse, agora isso o incomodava, queria que pelo menos ela o odiasse tanto quanto antes, pois como um velho ditado trouxa diz “De um grande ódio pode nascer um grande amor”, será que era isso que havia acontecido com ele? E com ela será que não? Depois daquele beijo tudo parecia diferente para ele – Idiota – disse mal humorado.

_Calma Draco, eu não fiz nada pra você me chamar de idiota!

_Eu não chamei você de idiota, idiota! – o amigo o olhou incrédulo [i] Draco esta ficando louco [/i], pensou ele, olhou para frente e viu Draco já no pé da escada, subiu rápido para alcançar o loiro.

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_Droga de corrente! – berrou Voldemort tacando a corrente ao chão, e assoprando a mão - Belatriz?

_Sim Lord? – perguntou uma mulher alta de cabelos extremamente negros e bagunçados, aparência abatida e olhos meio esbugalhados.

_Coloque essa corrente dentro de alguma coisa!

_O que exatamente Senhor?

_Uma caixa, algo do tipo! Pense de vez em quando Belatriz!

_Desculpe Lord.

_Faça logo o que eu mandei Bela...

A mulher pegou a varinha que estava do lado direito dentro de sua capa negra e conjurou um tipo de caixa de vidro, com uma almofada dentro, apropriada para colares pingentes e anéis – Se o Senhor me permitir, poderia lhe fazer uma pergunta?

_Faça – respondeu de mau humor olhando Nagini rastejando e saindo pela porta.

_Nós já sabemos quais são os três herdeiros não? – o homem a sua frente apenas assentiu entediado – Mas quem é o quarto? O herdeiro de Salazar Sonserina?

_Que pergunta mais idiota Bela... Lógico que sou eu! Por que você imagina outra pessoa? – perguntou ranzinza.

_Não My Lord, mas de acordo com a idade de todos os herdeiros, não deveria ser alguém da idade deles?

_Alguém já predestinado... – continuou ele acompanhando o raciocino da mulher a sua frente.

_Nascido junto com os outros... Se me permite dizer, há anos atrás, mais ou menos na época que o senhor nasceu, e que a lenda ainda era comentada, também correu boatos que haviam nascido os herdeiros, mas o encanto foi desfeito porque um desses herdeiros matou os outros três... Uma coisa parecida My Lord.

_Bobagens Bela, bobagens de cidades pequenas e pacatas...

_Será?

_Isso é algo a si pensar, mas uma coisa eu tenho certeza, algum herdeiro esta perto do seu símbolo.

_Como o Senhor sabe?

_Porque este que esta comigo, que você acabou de guardar, esta brilhando muito, tem algum símbolo se encontrando com o herdeiro e formando o medalhão, tenho certeza.

_Bom para o Senhor não?

_Ótimo Bela, ótimo! – e soltou uma risada maldosa, cheia de rancor e desprezo, sendo acompanhado por outra mais fina, mas mesmo assim fria.


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Era sexta à noite, há primeira semana que passaram em Hogwarts depois de todos os acontecimentos, esse resto de ano deveria ser bom, para todos, mas parecia estar pior que o primeiro semestre.

Hermione estava no quarto de Harry, ela sentada com a coluna apoiada na cama e ele deitado em suas pernas.

_Hermione tenho que lhe falar algumas coisas.

_Pode falar meu amor – falou ela acariciando sua cabeça.

_Eu sei que você não esta dormindo, pouco come, eu sei que você atrasa todo dia na hora do café de propósito, e que chora a noite inteira, eu sei que você não vai superar tão rápido, - respondeu ele vendo a cara de suplica de sua namorada, agora ele já estava sentado à frente dela – Mas você tem que se cuidar e viver em nome deles, não esqueça que eu só tenho você...

_Harry eu...

_Não tente se explicar Hermione, não quero explicações, só quero que pense um pouco em mim – ficou um momento em silencio, depois a olhou suplicante - por favor? Por nós, você faria isso? – ela assentiu tristemente – Não quero também ti ver triste, quero seu sorriso de volta! Eu sei que você ira chorar, mas ria mais do que chore certo? – novamente ela assentiu, mas quando ele ia começar a falar novamente ela deu um impulso para frente e lhe deu um beijo começando calmo e lento, mas passando rapidamente para um beijo caloroso, rápido e quente.

Harry lentamente foi levando sua mão aos peitos de Hermione e desabotoando o sutiã da garota, ela por sua vez já havia retirado à camisa dele e agora passava suas mãos e unhas pelas costas do garoto, esse movimento continuou até Hermione perceber o que estava acontecendo, rapidamente retirou as mãos das costas dele, foi desacelerando o beijo e se afastando.

_Acho que por hoje esta bom não é? – falou ela sorrindo para ele totalmente envergonhada, mas rindo da cara que ele fez.

_Desculpe – falou ele envergonhado indo pegar a sua camisa que estava perto da porta do banheiro.

Hermione apenas sorriso, o silencio desagradável permaneceu até Hermione se encher daquilo, eles eram namorados aquilo um dia iria acontecer, mas não agora, não se sentia preparada para isso.

_Harry...

_Hm?

_Você falou que tinha algumas coisas para mi falar, então diga, eu sei que não era só aquilo, porque eu percebi que você esta estranho ultimamente.

_Eu consigo mentir para você?

_Não – ele sorriu - Eu percebi que você anda tenso meu amor – respondeu ela se posicionando atrás do moreno e começando a lhe fazer uma massagem em suas costas.

_Lembra aquele sonho que eu tive antes de voltar para Hogwarts?

_Sim...

_Eu estou tendo ele todas as noites, não o mesmo, mas todos com a casa dos meus pais – respondeu ele preocupado.

_Eu já disse que deveríamos ir lá.

_Mas...

_Harry você quer ir?

_Quero, mas não posso colocar você em risco, deve ser uma armadilha, quem sabe não é Voldemort invadindo minha mente e colocando esses sonhos apenas para eu ir lá, e... – respirou fundo – E ele me matar.

_Não pense nisso Harry... Por favor?

_Eu tento, mas é difícil...

_Vamos lá manhã de manhã.

_Hermione eu já disse que...

_Nós vamos e pronto! Já disse que estou precisando de ação...

_Hermione, só você mesmo em garota!

_Harry! Amanhã pega sua capa, depois do café nós vamos, é sábado ninguém vai perceber nossa ausência, é só nós falarmos que vamos estudar em algum lugar, e pronto, tenho certeza que não iremos demorar muito – e deu um largo sorriso junto a ele.

_Eu te amo!

_Também! Mas agora vou dormir pra estar preparada pra amanhã ok?

_Ok Carinho! – ela levantou e lhe deu um beijo rápido nos lábios e saiu batendo a porta.

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_Harry onde foi que você viu essas pessoas?

_Dentro da casa, eu já ti falei...

_Nós vamos mesmo ter que entrar lá? – perguntou ela apontando para uma casa em ruínas, totalmente destruída, a não ser por algumas paredes que ainda estavam em pé, a maioria delas tinha buracos, não havia mais pintura, o jardim estava mais parecendo uma floresta e aranhas e teias tomavam conta do lugar.

_O que você tem medo Hermione? – perguntou ele não querendo olhar para a casa, apenas de pensar sem seus pais lá dentro, sendo mortos e torturados, o seu coração apertava e seus olhos marejavam, mas ele não poderia chorar, sua namorada havia perdido os pais dela um dia antes desse, e não queria a lembrar disso, ta certo seria impossível esquecer, mas como quase o ano inteiro ficava enfurnada em Hogwarts não ficava muito com seus pais, mas mesmo assim sabia que eles, quando estavam juntos, eram muito próximos e felizes.

_Harry, eu sei que você esta se segurando por causa de mim, isso não vai diminuir minha dor e somente vai aumentar a sua...

_Como você...

_Eu te amo Harry, e alem disso, nós nos conhecemos há muito tempo, não preciso entrar em sua mente pra saber isso – respondeu ela em voz chorosa, porém com um sorriso nos lábios.

_Eu também ti amo – concluiu ele a olhando no fundo daqueles olhos castanhos, ele se perdendo no dela e ela mergulhando naquele mar verde que conhecia tão bem, como a amava, muitas pessoas poderiam falar que isso era apenas uma paixonite de adolescente como ele tinha pela Gina, mas ele tinha certeza que não, isso era amor.

_Vamos? - ele respirou fundo ela pegou em sua mão e apertou forte – Você vai conseguir você consegue tudo, alias você é um grifinório não é? Então honre a sua casa!

Ele deu um sorriso e depois de respirar fundo outra vez começou a andar em direção a antiga casa dos seus pais.

Após Hermione abrir o portão de ferro enferrujado pelo tempo, desviaram dos primeiros carrapichos e depois adentraram dentro da “selva”, depois de uma pequena, mas cansativa, caminhada adentraram a casa, estava literalmente em ruínas, Hermione rodou a maçaneta e a porta abriu rangendo, a primeira coisa que viram foi à antiga sala dos Potter, dava para perceber um sofá ali, destroços de uma antiga estante em um canto, a casa não estava completamente destruída como todos haviam lhe falado, pensou Harry.

Passaram por ali e entraram em um pequeno cômodo que dividia a casa, para um lado a escada que levava, supostamente, aos quartos, e do outro lado uma porta levava a cozinha, Hermione até tentou ir para a cozinha, mas Harry a puxou para a escada, subiram pulando alguns degraus que não tinha onde pisar, as tabuas rangiam e quebravam apenas em eles pisarem nelas, ao terminarem de pular o ultimo degrau empoeirado da escada se depararam com um pequeno corredor, nele tinha cinco entradas, a primeira ao entrarem estava apenas com as paredes esburacadas sem a tintura e um espelho quebrado, era o banheiro.

A segunda porta que eles entraram encontraram destroços de madeira, alguns pedaços de tecido que possivelmente há dezessete anos atrás eram as colchas e cortinas, Harry se sentia triste, mas mesmo assim um sorriso permanecia em seu rosto a cada cômodo que entravam, ficava imaginando como seria esse cômodo inteiro, na época em que seus pais eram vivos e viviam ali felizes, pensava como seria a sala e nos abraços ternos e carinhosos que eles se davam quando estavam lá, os banhos tomados juntos no banheiro, as noites felizes que tiveram no quarto, nas noites em claro vividas por eles quando ele nasceu, ficava imaginando um passado feliz, sem se importar que talvez não fosse verdade, brigas eles tiveram? Muitas poucas? Mas com certeza tiveram, momentos de felicidades com certeza muitos e de tristeza também, mas apenas o que importava era os felizes, eles deviam se amar muito, talvez assim como ele ama Hermione.

Enquanto os olhos de Harry brilhavam naquele cômodo, Hermione saiu rasteiramente e voltou para o corredor, nele havia mais três portas, não conseguia imaginar todos eles sendo quartos, mas um desses teria que ser o do Harry quando garoto.

Entrou no cômodo ao lado, apenas destroços de algo que já esteve lá há muitos anos atrás, lembranças, fantasmas, sentiu um arrepio passar por sua espinha descer aos pés e voltar ao seu cérebro ao entrar naquele cômodo, uma sensação ruim de que alguém estava ali com ela, olhou rapidamente pela janela e viu um vulto no “jardim”, sua terra começou a tremer por debaixo dos seus pés, fechou seus olhos fortemente e se abraçou quando sentiu o tremor ficar mais forte, respirou fundo e começou a abrir os olhos a terra diminuía o ritmo e ela andava até a janela e observava o jardim mais atentamente, não viu nada, talvez tivera sido sua imaginação, assim como o tremor e a presença sentida por ela, estava ficando maluca? Talvez quem sabe...

Virou as costas e olhou para a porta, esta estava fechada, mas por quê? Foi em passos rápidos até a porta, ao pegar na maçaneta e a girar viu que estava trancada, uma coisa impossível, ali não havia fechadura, e muito menos chave para que alguém conseguisse a trancar lá dentro, essa casa tinha muitos mais mistérios do que há dezessete anos atrás ou esses eram mistérios nunca percebidos por ninguém, somente agora por ela, que estava trancada em um quarto, sendo que a porta não tinha chave e muito menos fechadura, com algo ou alguém lá dentro com ela, não sabia dizer exatamente o que seria esse algo ou alguém, mas sentia que alguém estava ali com ela.

Respirou fundo e rodou mais uma vez a fechadura, sentiu um redemoinho passar por seu corpo e a porta vagarosamente abrir rangendo, empalideceu na hora, se Harry estivesse fazendo isso com ela ele iria pagar caro, novamente respirou algumas vezes fundo e logo depois saiu e entrou no cômodo da frente.

Passou por onde deveria estar à porta e logo a viu do outro lado do quarto, como todos os outros cômodos estava tudo em destroços, mas esse tinha algo a mais, no centro deste quarto um berço de madeira antiga trabalhada com detalhes perfeitos e gasta pelo tempo, com um véu em cima cobrindo o berço por inteiro até o chão, na cabeceira desse berço em grandes letras e com traços em um ouro velho estava escrito “Harry”, o mais intrigante era que o berço estava intacto, apenas demonstrava o tempo que tinha de velhice, mas em todo o resto estava intacto, não se adequava ao resto da casa, o véu ainda permanecia branco como neve.

_Hermione você esta... – ele parou sem fôlego quando viu a garota andando em volta desse berço e olhando atentamente todos os detalhes que nele existia – Esse é...

_O seu berço Harry – respondeu ela calmamente ainda caminhando em volta do mesmo sem o tocar.

_Isso não é possível – falou ele pasmo ainda parado como uma estatua no lugar onde deveria estar uma porta.

_Não é o que esta parecendo Harry... – respondeu ela parando e o olhando nos olhos enquanto ele se aproximava do berço ao lado contrario ao dela – Ai!

Ele que olhava o berço atentamente ao escutar Hermione dar um gritinho de dor a olhou espantado – O que aconteceu Hermione?

_Ele me queimou...

_Ele quem?

_O berço Harry – respondeu como se não fosse obvio.

_Mas o que eu você fez?

_Eu apenas relei a mão nele, e daí me queimou – respondeu ela em um tom estranho – Olhe – falou ela enquanto ele terminava de dar a volta no berço.

_Hm, foi feio em – falou ele fazendo uma careta – Me deixa arrumar isso – dizendo isso pegou a varinha que estava dentro do seu casaco preto de nylon e conjurou uma atadura, fita para prende – lá e um vidrinho com um remédio para queimaduras, após a fazer sentar no quanto do quarto e colocar as ataduras fitas e remédio em cima de um pano também conjurado para que os mesmos não se infectassem com a sujeira que estava ali, sentou-se e pegou a mão dela com o máximo de cuidado, mesmo assim não conseguindo impedir que um gemido de dor saísse da boca da garota, conjurou uma bacia com água morna e colocou a mão da garota dentro, começou a esfregar devagar e lentamente como se fosse uma massagem, tirando aos poucos e com cuidado as peles que haviam “desgrudado” da mão.

Aos poucos a careta de dor foi desaparecendo do rosto da garota, mesmo com Harry mexendo em sua mão ela não sentia mais dor – Onde você aprendeu isso?

_Em uma das minhas férias, teve um curso de primeiros socorros perto da casa dos meus tios, e pra eu não ficar em casa fui fazer esse curso, posso dizer que foi muito produtivo.

_Minha mão também – disse sorrindo para ele que retribuiu – Harry já que você vai fazer o curativo, podia ti pedir um favor?

_Todos – respondeu ele ainda concentrado em secar a mão de sua amada lhe causando menos dor possível.

_Eu não queria ficar com minha mão manchada, então você podia fazer um feitiço para a pele se reconstruir sem manchas e mais rapidamente?

_Com certeza, se eu soubesse que feitiço é.

_Ha! Eu ti falo qual daí você faz ok?

_Lógico!

_Recontrum, enquanto você diz o feitiço movimente a varinha de cima para baixo delicadamente certo?

_Certo, entendi.

Ela deu um grande e largo sorriso após ver que da varinha do garoto saiu exatamente à cor que estava escrito no livro, azul marinho, sua mão foi envolvida pela mesma luz que antes saiu da varinha dele e logo depois voltou ao normal.

_Pronto?

_Sim – respondeu sacudindo a cabeça de baixo para cima.

_Não acontece nada mais alem disso?

_Estava escrito no livro que apenas iria ocorrer isso.

_E agora?

_E agora o que Harry?

_O que eu faço?

_Os procedimentos normais, isso não altera em nada o processo de limpeza ou qualquer outra coisa.

_Não precisa do remédio?

_Esta com feridas ainda não esta?

_Bem... Esta...

_Então passa não é Harry! – respondeu ela rindo do garoto.

_Não ri.

_Ta bom serio – respondeu fazendo bico.

Ele apenas sorriu. Como nunca conseguia ficar brava com ela? Passou o remédio nas feridas e pegou a atadura passando delicadamente e firmemente na mão avermelhada e um pouco inchada de sua garota.

_Pronto! – respondeu sorrindo orgulhoso de si mesmo, até que havia passado bem a atadura, havia ficado bonitinha.

_Meus parabéns Potter, nunca imaginei que teria um marido especialista em primeiros socorros!

_Se depender de mim terá Carinho.

Ela sorriu e olhou Harry com as sombraselhas erguidas – O que você vai fazer?

_Se ele me queimar também...

_Harry acho melhor você não fazer isso, não sei fazer curativo.

_O berço é meu Mione, é impossível ele me queimar.

_Harry aprenda uma coisa, tudo é possível e nada é impossível.

_De onde você retirou isso, de um livro de filosofia? – perguntou ele parando de andar em direção ao berço e a olhando.

_Foi mais da minha vida mesmo, eu achava impossível me apaixonar por você e agora estou aqui, namorando contigo!

_Sabe boa explicação, mas mesmo assim tenho que tentar depois eu ti explico como fazer.

_Bom é você que ira sentir dor.

_Suas mãos são leves como plumas.

_Engraçadinho...

_Obrigado...

Ela soltou o ar que ainda existia dentro dos seus pulmões para fora rapidamente e respirou devagar, porque ela estava fazendo aquilo? Nem ela mesma sabia, de vez em quando era bom respirar e expirar fundo fazia bem para os pulmões funcionarem por mais tempo, e muito mais porque aquilo alem de morder o canto do lábio inferior a fazia se acalmar.

Harry levou a mão lentamente até o braço direito do berço e deu um simples toque, sem nenhuma reação, começou a “rastar” a mão por ele, o braço o levou até onde estava escrito Harry, ao chegar lá, com Hermione já em seu calcanhar, olhou atentamente embaixo de onde estava escrito seu nome, como se algumas coisa o obrigasse a fazer isso, levou seu dedo até o centro do Harry e apertou lentamente o Harry dourado que antes lá existia foi se dissolvendo e formando uma estrela de cindo pontas, cada ponta tinha um símbolo, dentro dessa estrela existia uma mulher, parecia que suas vestes estavam sendo levadas por algum vento, elas estavam em movimento, em cada ponta da estrela existia um símbolo, uma com um tipo de chama, outra com um tipo de arvore, outra era uma gota, outra cinco linhas horizontais, com ondulações que davam à impressão de que uma brisa passava por elas, e a ultima, a ponta de cima era um circulo cortado ao meio por uma seta, essa seta apontava para a dama que estava dentro da estrela.


_Hermione você sabe me dizer se esse símbolo é de Runas? - ela já pasma com o acontecido, chegou mais perto do berço com certo receio, e aproximou os olhos para olhar mais de perto às imagens que apareceram imóveis gravadas também em ouro no lugar do antigo nome que estava ali.

_Eu nunca vi isso antes na minha vida... – falou meio abobada – É um símbolo muito antigo, isso eu tenho certeza, mas – continuou fechando os olhos e tentando se lembrar de onde havia visto aquele símbolo antes – eu já vi este símbolo antes.

_Essa casa parece ter muitos mistérios não Hermione?

_Eu que u diga.

_Por quê? – perguntou ele após ver a cara que ela havia feito.

_Antes deu chegar nesse quarto, eu estava no do lado, e... – ela narrou a história para ele nos mínimos detalhes, dês da entrada dela no quarto até a vista do vulto, dês da tremida da terra ate a porta estar trancada sem ter fechadura ou chave sequer e o vento que passou por ela que fez a porta abrir rangendo.

_Mais isso é muito estranho.

_Também acho Harry, dês do berço estar inteiro até o acontecimento no quarto e esse símbolo estranho aparecer no berço que apenas você – falou com ênfase no você – pode tocar.

_O que aconteceria se eu tocasse essa imagem?

_Custa tentar?

_Acho que não – Harry levou a mão até o centro do circulo onde a mulher estava e tocou de leve, sentiu um calafrio lhe percorrer a espinha e um tremor no chão que ele pisava logo depois uma luz primeiramente azulada, depois esverdeada, logo após esbranquiçada, e quando a figura estava em um formato grande ficou avermelhada.

A mulher que antes estava imóvel gravada na madeira agora tinha as vestes balançando pelo vento que percorria o quarto, as chamas que existiam em uma ponta da estrela crepitavam, a gota que existia na outra ponta da estrela reluzia em um azul claro quase transparente, árvore que antes gravada na madeira estava imóvel, passava por todas as estações rapidamente, dando frutos, caindo às folhas, dando folhes, as linhas horizontais agora não davam à impressão de estarem em movimento, pois realmente estavam, e o circulo cortado ao meio por uma fecha reluzia em vermelho, ainda com a fecha apontando para a mulher.

_O que esta acontecendo Harry?

_Não sei Hermione.

No quarto as luzes reluziam tranquilamente dando uma sensação de calmaria e conforto, algo que não estava acontecendo. As figuras que estavam grandes e em movimentos rápidos agora iam aos poucos diminuindo o tamanho e a velocidade. Como em um passe de mágica todas as cores agora iam se tornando uma só, um vermelho berrante, forte, cor de sangue, e todas às figuras iam se tornando apenas uma, iam se tornando um leão, não demorou muito e no lugar da grande figura e de todas aquelas cores, apenas flutuava no ar, em cima do berço uma correntinha dourada com uma pedra vermelha em formato de leão toda trabalhada, essa foi descendo aos poucos do ar e indo em direção à mão de um moreno de cabelos negros e olhos verdes que estava pasmo com o acontecido, após receber a correntinha em mãos olhou para Hermione abobalhado.

_Você viu o mesmo que eu?

_Sim Harry, vi – respondeu a castanha também abobalhada.

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UM COMENTARIO!

Só postei por causa desse unico comentario...

Não sei qaundo posto novamente...
qaundo tiver...
mais NU MININO sete comentarios...

¬¬'

;***

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