Eu te amo
– Me perdoa Sophi. Por tudo. Por sumir, por fingir que tinha lhe esquecido. Por ignorar a tarde maravilhosa que passamos juntos em Hogsmead. Você pode não acreditar em mim, mas eu penso naquela tarde todos os dias. Por mim todo final de semana nós fariamos isso. Você pode não acreditar em mim, mas eu escrevi, escrevi cartas para você, porém elas nunca foram enviadas. Eu queria lhe contar o motivo de tudo isso mas você me fez desistir aquele dia em que vim aqui. Como eu poderia dizer que estava fazendo tudo o que fiz por medo? Logo eu, que nunca fui de me envergonhar ou amedrontar. Como eu poderia lhe dizer que eu te amo?
– Mas, eu não entendo. Porque você me ignorou? Porque que não me disse nada antes?
– Eu tive medo Sophi. Desde muito tempo que meus sentimentos por você são outros. Como eu poderia chegar para você, que me considerava o seu melhor amigo, praticamente um irmão, e lhe dizer que eu não quero mais te ter como amiga. Ainda mais você, que namorava, que sempre foi certinha. Eu não ia arriscar sua amizade com um fora. Quando aquilo aconteceu em Hogsmead, eu fiquei preocupado. Mas não fiz nada por mim. Fiz por você. Me achei um babaca. Parecia que eu tinha te usado. Me aproveitado da situação. Você tinha terminado com Neville, estava passando por problemas. Fiquei com medo de você mesmo estar se iludindo e depois isso acabar estragando a nossa amizade.
– Você é estúpido Fred, eu já te disse isso?
– Já...
E assim, com essas poucas palavras de afeto, ele entendeu o sinal. Abraçou-a com toda ternura e lhe beijou. Eles não precisavam de mais nada naquela hora. Sophi, apesar de suada e descabelada devido ao quadribol, esqueceu de todos os problemas que a cercavam, e, mesmo que tivesse o mesmo medo que o rapaz, de que a amizade poderia ser estragada, esqueceu esse problema também e continuou ali com ele. Seus corpos não passavam um segundo sequer sem se tocar. Assim como antes, os dois sabiam se comunicar com os olhos. Fred sentou na grama, colocou-a do seu lado, esticou-se e puxou uma das mãos de Sophi para perto. Entrelaçou seus dedos com os dela e, como numa dança apaixonante, eles ficaram ali. As vezes palavras eram soltas, porém logo o silencio dominava a situação. Só que esse silencio era confortante para ambos que se comunicavam praticamente por pensamento. Fred, com a outra mão livre, passava os dedos na nuca de Sophi e a puxava para perto. Quando a noite caiu, ela e Fred se despediram, mas aquilo não era um "adeus", pois ela sabia que amanhã, teria noticias do amado.
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