Grandes pessoas sentem grandes
Harry acordou na enfermaria do St. Mungus. Estava sozinho no quarto e sua mente ainda um pouco confusa, demorou a se lembrar do que havia acontecido há três dias atrás.
-Ola querido – disse Mila se levantando da poltrona ao lado da cama – Como esta se sentindo?
-Um pouco tonto. – respondeu se levantando da cama – Onde estão ao outros?
-Estão cada um em seu quarto, neste mesmo corredor. Já estão acordados a um tempão, Ginna não para de perguntar de você.
-E como ela esta?
-Bem, muito bem. Já ate brigou com Rony esta manha. – disse a mulher sorrindo.
Harry sorriu com ela. Sabia como era a relação de Ginna e Rony. Porem ele tinha uma preocupação maior. Medo de perguntar onde estavam seus pais. Sirius e Dumbledore.
A tia, parecia ter lido em seus olhos verdes as perguntas que o atormentavam. Ela se aproximou do sobrinho e disse acariciando o seu rosto.
-Eles estão escondidos na casa dos Weasley. É muito melhor que o Ministério não saiba o que realmente aconteceu na floresta e ajudinha extra que você teve. Como não podem te visitar no hospital, acharam melhor espera você voltar pra casa.
-Ainda bem. Quero muito me despedir deles.
-Eles também. Será doloroso, mas eles estarão sempre com você.
Uma curandeira baixinha entrou no quarto com uma bandeja com comida e um tigela com um liquido estranho que soltava uma fumaça azul.
-Muito bem mocinho. Hora de comer, faz três dias que você não come, todo pensaram que não acordaria mais. Tome isso primeiro – disse ela oferecendo o liquido estranho.
Harry encarou a tigela e vez uma cara de nojo para a tia.
-Vamos rapaz não é tão ruim. Seu amigo ruivo fez à mesma cara que você e agora em todas as refeições ele pede um copo cheio disto.
-Posso perguntar do que é feito?
-Um pedaço de asa de dragão, chifre de unicórnio e...
-Chega, chega... Tudo bem eu tomo.
Mila riu para a curandeira. Era certo que esses não eram os ingredientes reais. Os verdadeiros era muito piores.
-Não é tão ruim...
-HARRY – gritou Ginna entrando no quarto de repente e abraçando o namorado. – Fiquei apavorada pensando que você não iria mais acordar.
-E ai cara... – disse Rony. Mais ao olhar para o rosto do amigo, caiu na risada.
-O que foi? – perguntou Harry nervoso.
Luna e Neville entraram depois com Hermione e também começaram a rir.
-Eu não sabia que cera de elfo fazia crescer bigodes – disse Luna.
Todos a olharam.
-Vocês não sabiam que essa poção era feita disso?
-ECA – disse Rony com ar de repugnância – Tomei um monte desse negocio.
-Bigodes? – disse Harry tentando esquecer a parte da cera de elfo.
-Tem um bigode roxo em você.
-O que?
-É poção Luna. – disse Ginna limpando carinhosa a boa de Harry
-A sim, desculpe.
-Senhor Potter – disse a curandeira retornando ao quarto – O senhor tem mais visitas.
A mulher abriu a porta e surgiram Lupin e Tonks. A moça estava um pouco pálida, com ferimentos no rosto e mancava um pouco. Porem Harry reconheceu a Tonks de sempre no sorriso que ela deu ao chegar e o brilho em seus olhos.
-Harry – disse ela abraçando o garoto e mudando os cabelos para verde-água – como é bom te ver.
-É bom te ver tambem – disse Harry – Como você esta?
-Bem, um pouco cansada, machucada...
-É Lupin – começou Mila – se a sua desculpa para casar era que não queria que Tonks sofresse em suas transformações, agora não tem mais desculpas.
Todos abafaram as risadas. Lupin corou um pouco, mas Tonks caiu na gargalhada.
-Então você virou mesmo...
-Sim Harry – disse a moça mostrando a cicatriz no pescoço – Greyback acertou em cheio.
-O garoto precisa descansar. – disse a curandeira ao voltar.
-Mas ele já dormiu uma semana – disse Rony.
-Sim, mas precisa de cuidados quando acordado. E vocês tambem, podem ir para seus quartos não receberam alta ainda. Vão... – disse ele colocando todos pra fora.
-Tchau Harry. – disseram todos em coral meio desanimado.
-Tchau – respondeu o garoto sorrindo para Ginna que foi a ultima a sair.
-Meu querido – disse Mila se levantando – eu tambem já vou, tenho que resolver umas coisas.
-Umas coisas?
-Sim. Uma reforma é uma surpresa. – Mila deu um beijo na testa de Harry e saiu.
Harry agora estava sozinho. Estava finalmente feliz. Pela primeira vez nos últimos sete anos, ele estava em uma enfermaria, mas não tinha a sensação de que não voltaria la com o pensamento de encontrar Voldemort outra vez. Agora não o veria nunca mais.
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-Ola Mila – disse Molly – Como esta Harry?
-Finalmente acordou. Seus filhos estão bem tambem.
-Eu vou la mais tarde. Você vem comigo?
-Não, tenho que resolver uma coisa. Sirius vou precisar de sua ajuda.
-Minha ajuda?
-Sim. Um presente para Harry. Mas você vai ter que sair daqui e ir comigo para o Largo Grimmauld nº. 12. Tenho coisas pra fazer la.
-Sair daqui? Como?
-Esse não é o problema... – disse Fred
-Nosso carro esta a disposição... – continuou Jorge.
-Obrigada meninos. Vamos?
-Eu não queria voltar la...
-Vamos é por Harry, vai valer a pena.
-Ok, eu vou. Por Harry.
-Tudo bem, por Harry. Vamos então. Tchau Molly ate mais tarde.
-Espere – disse Lílian saindo da cozinha – O que vocês vão fazer para o Harry?
-É uma surpresa pra ele Lílian.
-Eu gostaria de ajudar.
-Bem – disse Mila – Seria uma ótima ajuda. Ele iria adorar saber que a mãe dele ajudou.
Os três partiram no carro de Fred e Jorge. A loja das Gemianilades Weasley esta indo muito bem. Os dois puderam dar a mãe um novo jogo de sofás que ele tanto queria. Molly, por mais que tivesse sido contra, estava muito feliz com os filhos.
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-Preparar umas coisas? – disse Mione para Ginna de manha
-Foi o que Harry me disse. Será que ela vai legalizar a situação dela em relação ao Harry?
-Pode ser.
-Bom dia mocinhas – disse a curandeira – Ótimas noticias. Vocês serão dispensadas hoje junto com o Weasley, a Srta. Lovergood e o Sr. Longboton.
-Mas e o Harry?
-A sim, foi um pedido da tia dele que ele fique mais um dia. Ainda não resolveu as coisas que tem pra resolver. Então vamos, ajeitem suas coisas e vamos. O Sr Weasley esta esperando com um carro do ministério la fora.
-Carro do ministério? – disse Mione – Ele só pegou o carro do ministério uma vez.
-Realmente há muitas coisas que vocês precisam conversar com suas famílias.
As duas amigas se arrumaram e encontraram Rony, Neville e Luna na entrada do St. Mungus.
-Vamos meninas, Molly esta preparando um maravilhoso almoço de boas vindas e comemoração.
-Comemoração? De que papai?
-Ah Ginna, muitas coisas vão mudar querida muitas. Agora vamos.
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-Mila – disse Sirius – Não me sinto muito bem nesta casa.
-Mas tente se sentir. Será por uma boa causa acredite.
-Mas o que você vai fazer Mila? – perguntou Lílian.
-Bem...
-O filho de minha patroa querida voltou!
-Ah Mostro, você ainda esta aqui!
-Tenho que esperar o Potter – disse Monstro fazendo uma cara de nojo.
-Bem, como eu ia dizendo essa casa agora é de Harry. Pensei em reformá-la pra ele. E pra mim, já que agora ele vai morar comigo.
-Reformá-la? – disse Sirius – será quase um milagre.
-Sim, mas não custa nada tentar. Então, vocês aceitam?
-Por mim tudo bem – disse Lílian – Seria ótimo que enfim Harry tivesse uma casa de verdade.
-Bem então vamos começar. Chamei alguém para nos ajudar. Dobby.
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-Puxa Rony – disse Harry nervoso – Eu to aqui a uma semana. Todo mundo já saiu e eu ainda to aqui. O que a minha tia quer hen?
-Bem eu sei, mas não posso falar.
-Então por que disse que sabia? Fala Rony.
-Não.
-É melhor – disse Harry puxando Rony pela camisa – você falar.
-Nem vem Harry, sua tia e sua mãe me disseram pra não falar e eu não vou falar. Só digo que você vai gostar.
-Obrigado Rony. Valeu mesmo.
-De nada. – disse Rony dando risada do amigo.
Os dois ficaram a tarde toda jogando xadrez de bruxo sem tocar no assunto.
-Potter – disse a curandeira ao entra no quarto – sua tia veio buscá-lo.
-Finalmente.
Harry se arrumou depressa com a ajuda de Rony e saiu ansioso pelos corredores.
-Oi querido – disse Mila – Vamos pra casa?
-Finalmente, pensei que tinha se esquecido de mim.
-Eu? Não.
Harry, Rony e Mila estavam no carro do ministério em direção a...
-Espera – disse Harry – esse não é o caminho da Toca!
-Mas nos não estamos indo pra Toca, estamos indo pra casa.
O carro finalmente parou na Rua do Lago Grimmauld em frente ao estranho número 12.
Como Harry já havia visto, as casas vizinhas foram se afastando e dando lugar a casa dos Black.
Uma casinha de paredes recém pintadas de branco, um jardim florido em sua entrada surgiu entre as casas de trouxas.
-Nossa – disse Harry – quem fez isso?
-Vamos entrar que você vai ver quem ajudou nisto tudo.
Harry foi à frente, seguido por Rony e Mila.
Harry, assim que entrou, deparou com toda a família Weasley, seus pais, Sirius, Dumbledore, Luna e Neville.
-Meu filho – Lílian foi ao encontro do filho e o abraçou. – Essa agora é sua casa.
Harry olhou deslumbrado para a sala da casa. Não parecia nada com a casa triste que ele conheceu. Tinha enormes estantes de livros, flores... Tudo na casa ela claro e alegre.
-Cara – disse Rony puxando o amigo – Você precisa ver o seu quarto.
Harry ainda um pouco tonto com a surpresa, subiu as escadas correndo com Rony, Hermione, Ginna, Neville e Luna, logo atrás dele.
A porta se abriu, e ele viu Dobby pulando em sua cama.
-Potter – disse Dobby com um enorme sorriso e seus grandes olhos brilhando – Quanto tempo.
-Realmente.
O quarto era grande, com pôsteres de quadribol por toda a parede e sua vassoura estava pendurada em cima da cama. Perto da porta, seu uniforme de quadribol estava estendido na parede e seu nome estava escrito em letras grandes perto da janela.
-Bem essa foi minha responsabilidade – disse Rony.
-Da pra notar.
-Então querido – disse Lílian ao chegar ao quarto – O que achou?
-Maravilhoso, mãe... – Harry parou de falar de repente. Sentiu um nó na garganta ao dizer a palavra mãe olhando pra ela ali, diante dele.
-O que foi? – disse Lílian docilmente ao se aproximar do filho.
Todos saíram do quarto deixando somente Lílian, Harry e Tiago.
-É que – começou Harry – é tão bom estar com vocês. Nunca tinha sentido isso.
Lílian e Tiago se olharam.
-Harry – começou Tiago – Você sabe que feitiço algum pode trazer os mortos de volta, não sabe?
-Sei – disse Harry tristonho.
-Mas – começou Lílian – Ela pode ser negociada ou adiada.
Harry os olhou com duvida.
-O que?
Lílian sorriu.
-Harry, você não teve uma infância como a de seus amigos e por isso perdeu muitas coisas. Mas mesmo assim, se tornou um garoto maravilhoso. Então, foi nos dado o direito de “adiar” a nossa morte e dar a você uma juventude igual à de seus colegas.
-Isso quer dizer...
-Isso quer dizer – começou Lílian – Que nos vamos ficar. Mas somente nós. Sirius e Dumbledore já cumpriram suas tarefas aqui. Mas nós não, ainda temos que cuidar de você.
Harry abaixou a cabeça. Pensou que ainda teria momentos com seu padrinho.
-Ainda temos que lhe dar uns puxões de orelha – brincou Tiago.
Os três ficaram ali o resto da tarde. Viram o sol se pôr no fim do dia e a lua subir anunciando o começo da noite. Harry não queria sair de la, mas agora ele teria seus pais ao seu lado e não em fotografias. Sonhara com isso a vida toda e agora o sonho estava la diante dele. Porem ainda faltava alguém. Ginna Weasley.
Os três desceram para o primeiro jantar em família no largo Grimmauld.
-Ora – disse Sirius – já vi que Harry já sabe.
-Você contou a todos Sirius?
-Sim – disse Dumbledore – Todos já sabem.
-Harry – Ginna veio correndo ao encontro do garoto e o abraçou – Isso é maravilhoso. Você vai ter a sua família de volta. Era tudo que você queria.
-É – respondeu Harry – mas ainda falta uma coisa – disse ele baixinho só para Ginna ouvir.
A garota ò olhou confusa. Harry andava na direção da mesa de jantar onde estava o senhor e a senhora Weasley.
-Senhor Weasley – disse Harry vermelho e gaguejando um pouco – Tenho uma coisa para te pedir.
-Diga rapaz.
-Osenhordeixaeunamoraraginna?
-O que?
Rony e Neville caíram na gargalhada. Hermione olhava para o amigo tentando ajudar e Luna sorria achando a situação bem engraçada.
-Desculpe – continuou Harry – O senhor me deixa namorar a Ginna?
-A sim. – começou Artur ao se levantar da cadeira o que deixou Harry mais nervoso.
Tiago parou ao lado do filho para lhe ajudar caso ele desmaiasse.
-E você ainda precisa pedir rapaz. Você já é da família.
Harry respirou com uma sensação de alivio o que fez suas bochechas voltarem à cor normal.
-Harry – começou Fred ao parar do lado direito do garoto – Você só precisa cuidar bem da caçulinha dos Weasley.
Ginna deu um soco no braço do irmão e abraçou Harry.
-E se preparar fisicamente para as agressões dela – continuou Jorge.
-Ai Harry – disse Rony para o amigo. – Não sei por que você ficou tão nervoso.
-Mamãe, papai – era Hermione que gritava tão alto que se ouviu da sala – Que bom que vieram.
-Rony você está pálido – disse Neville.
-Eu não estou aqui – disse Rony se dirigindo à escada – Vocês não me viram.
-Ora Rony – começou Harry sorrindo – Não sei por que você ta tão nervoso.
-Olha aqui...
-Mãe, pai – Mione vinha da entrada com os pais – esse é o Harry, Neville, Luna, Ginna e esse é o Rony.
-Oi, é... – Rony estava mais nervoso do que Harry há minutos atrás e pálido ao invés de vermelho.
-Filha – começou a mãe de Hermione – tem certeza de que foi boa idéia ter vindo sem avisar? Seu namorado está nervoso.
-Ah... - Rony desmaiou, tendo só Harry e Neville para segura-lo.
-Rony, Rony...
O garoto abriu os olhos com dificuldade e começou a ver os rostos conhecidos olhando pra ele.
-Ai, o que aconteceu? – perguntou ele se levantando da cama.
-Você desmaiou – respondeu Hermione.
-Desmaiei? Por quê?
Os pais de Hermione surgiram entre o monte de gente em volta da cama.
-Ah – Rony já ia desmaiar de novo quando Mione o puxou.
-Espera ai mocinho. De novo não.
-Esta vendo Hermione – disse a mãe da garota – Deveria ter avisado.
-Calma mãe, ele é assim mesmo. Rony, esses são os meus pais.
Rony percebeu que não tinha como escapar. Ou era agora ou agora. Ele realmente não tinha escolha. O garoto também percebeu a semelhança de Hermione com sua mãe, se ela fosse doce como à filha, não haveria problemas.
-Uhum – começou nervoso – Ola, meu nome é Ronald Weasley e eu sou na... Nam... Namorado de Hermione!
O pai de Hermione encarou Rony com um olhar que fez o garoto quase desmaiar outra vez.
Perto da porta, Neville, Harry, Fred e Jorge apostavam se ele desmaiaria de novo ou se teria um ataque e sairia correndo.
-Querido – começou a mãe de Hermione – Não precisa ficar nervoso. Sabemos o que já fez por nossa filha, sabemos o quanto você é corajoso e gosta dela.
O pai de Hermione mudou de repente a feição e deu um enorme sorriso para Rony.
-Só quero que cuide muito bem dela como já tem feito... – o homem deu um tapinha nas gosta de Rony e sorriu pra ele mais uma vez – Genro.
-Droga – gritou Fred – Perdemos os galeões para o Neville.
-Falei que ficaria tudo bem. – disse Neville guardando as moedas no bolso.
-Bem, agora que esta tudo resolvido vamos para a sala, Artur tem uma noticia para dar.
Todos desceram as escadas e se sentaram na sala da agora Casa dos Potter.
-Muito bem – começou Artur – essa ultima semana foi muito agitada com a reforma então não tive tempo pra contar a novidade. Uma semana depois do acontecido com Vol...Voce-sabe-quem, o ministério me convocou para pedir detalhes do acontecido. É claro que não contei sobre os fantasmas, mas tive que contar todo o resto. Rufo Scrimgeour, entrou logo em seguida com uma carta de demissão.
-Demissão? Rufo foi demitido? – perguntou Harry.
-Não Harry, ele se demitiu. Alegou que estava muito velho e que já estava na hora de descansar. Pois bem, depois disso, os membros do ministério pediram que eu me retirasse para uma conversa entre eles.
-Conversa? – começou Rony – Pai vai direto ao assunto por Merlin.
-Tudo bem, tudo bem. Nessa conversa foi escolhido o novo Ministro da Magia.
Todos olhavam apreensivos para o patriarca da Família Weasley.
-Artur – começou Molly – Por Merlin, fale de uma vez.
-Bem, a decisão foi de que... – Artur abriu a bolsa e tirou uma moldura e colocou na mesinha de centro – Eu sou o novo Ministro da Magia.
Todos começaram a pular e os filhos Weasley, todos foram em direção do pai e o abraçaram. Molly pegou a moldura ainda um pouco incrédula e leu em letras grandes e douradas: Artur Weasley Ministro da Magia.
Embaixo havia assinaturas dos membros do ministério que Molly não leu, por serem letras muito pequenas.
-E então Molly? O que achou?
A mulher foi ate o marido e lhe deu um beijo no rosto.
-Achei que você será o melhor ministro da magia que o mundo bruxo já teve. – terminou abraçando o marido.
O resto da noite foi sem mais surpresas. Todos sentados na sala lembrando bons momentos e rindo muito.
-Infelizmente – disse Dumbledore se levantando da poltrona – eu e Sirius temos que retornar. Nossa tarefa aqui acabou.
Os dois se dirigiram para o fundo da casa, sem olhar para trás.
-Sirius – disse Harry correndo ate o padrinho – Você precisa ir mesmo?
-Ah Harry, eu adoraria ficar. Mas não posso. Já fiz o que tinha que fazer. Era te ajudar.
-Mas a sua vida também foi roubada como a dos meus pais.
-Sim Harry – disse Dumbledore – Muitas vidas foram roubadas. E não será certo, nem possível devolver todas elas. Há um motivo incerto e desconhecido para que isso tenha ocorrido com você. Seus pais ainda têm coisas para fazer, contas a acertar e favores para retribuir. Por isso, aproveite que eles estão ao seu lado e...
Uma luz branca surgiu no céu e vinha na direção da casa.
-O que é aquilo? – perguntou Rony.
A luz estava cada vez mais perto. À medida que se aproximava um barulho semelhante à de um motor de ônibus enchia os ouvidos dos presentes.
-A nossa carona chegou – brincou Sirius.
-Ah – exclamou Dumbledore – Já estava na hora.
-Carona? – disse Ginna sorrindo ao ver o ônibus azul-celeste estacionar no quintal da casa.
-Boa noite! Eu sou John Shunpike, e vou acompanhar os senhores Alvos Dumbledore e Sirius Black para o seu destino.
-Por que ele não diz o destino? – perguntou Rony – Quero dizer o nome do lugar que...
-Ora rapaz, você já viu algum morto voltar de onde veio para dizer pra onde foi?
-Bem...
-Deixemos essa conversa agradável para uma outra hora.
-Espera ai – Harry encarou o senhor gordinho, de óculos grande e cheio de feridas no rosto – Shunpike? Você...
-Sim, eu sou bisa avô de Stanislau Shunpike. A conversa esta bem animada mais nós temos que ir, há muitos defuntos para buscar. Essa batalha com Voce-sabe-quem, me deu um trabalho. Leva morto pra terra, leva morto pro... – ele parou quando viu os olhos de Rony brilharem na esperança de que ele dissesse. – Bem... Subam!
Dumbledore subiu primeiro e sentou na cadeira que dava para a janela.
Sirius, antes de subir, entregou a Harry uma carta.
-O que é isso? – disse o garoto quase abrindo
-Não, não abra agora. Quando você estiver perto de conseguir o que quer abra.
Harry acenou com a cabeça e viu Sirius subir para o ônibus.
-Bem, já vamos. O caminho é longo. Lílian desculpe o mau jeito que estacionei. Espero que não tenha estragado nada.
-Não tem problema.
-Bem, ate. – disse John se despedindo dos que ficaram.
Harry ficou olhando Sirius e Dumbledore se despedirem, ate que a luz do ônibus brilhasse fraquinha como uma estrela distante.
-Vou sentir falta dele – disse Harry.
-Todos vão querido – disse Lílian abraçando o filho – Todos vão.
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