Sensações espalhadas em um cam

“Sr. Shacklebolt
Como pedido no dia de hoje, o artefato suspeito que chegou ao nosso conhecimento, foi devidamente examinada.
A espada de Godric Griffyndor, denominada uma horcruxe Daquele-que-não-se-deve-nomear, foi testada e muitas tentativas de destruição foram feitas ao longo da tarde.
Porem temos a tristeza de afirmar, que não foi possível realizar esse feito.
A proteção de anti-destruição do objeto é sem duvida muito poderoso.
Lamentamos não poder ajudar. Uma coruja chegara logo devolvendo o objeto.
Tenha uma boa noite – Ministério da magia – Departamento de Alteração de Artefatos Comuns.”
Disse uma voz masculina, baixa e preocupada. Ao fim da mensagem a carta de rasgou restando somente o selo com o símbolo do Ministério.
-Eu já esperava – disse Quim – Esse departamento foi criado para objetos com feitiços simples e perigosos. Uma horcruxe – disse Quim se sentando – eles não saberiam como lidar.
Harry andava de um lado para o outro.
-Querido – disse Sra. Weasley – Você não quer descansar? Esta pálido...
-Não Sra. Weasley, obrigado. Não vou conseguir. – respondeu se sentando no sofá ao lado de Ginna – Mas como vou destruir...
Harry foi interrompido pelo barulho de leves bicadas no vidro da janela. Uma coruja cinza de aparência imponente trazia um objeto grande embrulhado. Rony, por ser o único que podia tocar, se levantou e pegou o objeto das patas da coruja que levantou vôo e sumiu no horizonte.
Todos olharam apreensivos para ele.
-Rony – disse Sra. Weasley preocupada – Largue isso.
-Calma mãe. – respondeu Rony calmo e risonho – Não me faz mal algum.
Rony colocou a espada em cima da mesinha de centro e se sentou novamente junto com Hermione.
-Então – disse Harry com os olhos vidrados na espada – Como eu ia dizendo como vou destruir isso?
-Ora – respondeu Lupin – como você destruiu as outras. Lance algum feitiço e vemos o que da.
-Qualquer um?
-Estuporamento ou coisa do tipo.
-Mas – disse Artur – é melhor fazer isso la fora. Os riscos de isso explodir são enormes.
Harry pensou por um momento. Não queria mais adiar essa missão que sempre fora sua. Mas sabia que quando Voldemort se der conta de que perdera uma parte de sua alma, ficaria furioso e concerteza iria atacar.
-Vamos acabar logo com isso – disse ele se levantando.
Rony pegou a espada e os dois se dirigiram aos fundos da Toca.
-Harry – perguntou Rony – você quer ajuda?
-Não sei. – respondeu Harry – Quim disse que tenho que fazer sozinho.
-Mas, a proteção é muito forte. E se você não conseguir sozinho?
Harry tentou convencer o amigo, mas ultimamente ele, Ginna e Mione se negavam a não ajudá-lo.
-Tudo bem – disse Harry vencido – Vamos ver se conseguimos juntos.
Rony colocou a horcruxe no chão e foi para o lado de Harry.
Os dois amigos tiraram as varinhas das vestes e apontaram para a horcruxe no chão.
Harry sentiu sua espinha congelar. O que será que aconteceria no momento que ele destruísse a horcruxe? Percebeu que a sensação de frio na espinha tambem tomara conta do amigo. Rony estava vermelho e respirando muito rápido.
-Rony – disse Harry – Acho que a hora é agora. Você não precisa...
-Não precisa terminar. Eu vou te ajudar e pronto. Não é essa a missão incumbida ao herdeiro?
Harry percebeu que não adiantava negar a ajuda do amigo.
Da janela da cozinha, todos se apertavam para tentar ver.
-Rony – gritou Molly – você não...
-Calma mãe – respondeu Rony docilmente – ta tudo bem.
Os dois amigos se olharam. Aquele era o momento.
-ECTUCEMPRA... – gritaram juntos.
Uma luz verde-esmeralda saiu de dentro da espada. Um vulto fantasmagórico se materializou.
-Harry Potter – disse o vulto em quase um sussurro.
Um outro vulto saiu. Agora envolto em uma luz vermelho-alaranjada. Um rapaz de cabelos longos e castanhos, pele branca e vestes vermelho-sangue.
-Potter – disse o rapaz olhando para Harry – Weasley – disse agora virando para Rony – Mantenham-se forte. Vocês vão conseguir.
-Não – disse o vulto.
-Harry – gritou Rony ao ver o amigo cair de joelhos no chão, mais ainda com varinha em punho.
-Voldemort – disse Harry com dificuldade – Ele esta sentindo...
-Não perca a força Potter – disse Godric confiante.
-NÃO – disse uma voz fraca e furiosa.
Harry se sentiu como na luta no ministério. Seus olhos ficaram frios, Harry sentiu uma horrível dor na cicatriz.
-Você não pode – disse Voldemort pela boca de Harry.
-Posso sim.
Harry fechou os olhos e viu Voldemort no seu quarto, na mansão dos Ridlle, cercado pelos comensais e de joelhos no chão.
-Harry – disse Rony baixinho.
-Weasley – disse Godric – Não se preocupe, ele esta bem. Não perca a concentração.
-Harry – continuou Voldemort – Você sabe o que vai acontecer se você me destruir não sabe? A sua querida Toca, vai virar um campo de batalha.
Harry gelou.
-Potter – disse Godric agora preocupado – Não deixe ele te desconcentrar.
Harry olhou para a janela da Toca, Ginna e Sra. Weasley estavam aos prantos. Hermione tinha os olhos fixos em Rony.
-Sei – respondeu Harry – Mas eu... – Harry olhou mais uma vez para a Toca – E a Ordem, está a sua espera.
Harry se levantou usando toda a sua força e Rony o acompanhou.
-ECTUCEMPRA – gritaram os dois mais uma vez.
O fragmento de alma de Voldemort explodiu iluminando todo o campo ao redor da casa.
Harry e Rony caíram no chão e Ginna e Hermione vieram ao seu socorro.
-Parabéns aos dois – disse o fantasma de Godric – Em breve à batalha final se iniciara. Vocês terão reforços. Ate mais. – disse Godric se dissipando e sumindo como uma neblina.
-Era... – disse Rony gaguejando e pálido – Era Godric... Era ele...
-Era – disse Harry alisando o joelho machucado – ele disse que teremos reforços. Ainda bem, porque pelo que eu vi Voldemort esta furioso.
Os dois amigos seguiram para dentro da Toca. La dentro, Molly agarrou os dois de tal maneira que quase os sufocou.
-Mãe... – disse Rony vermelho – Me larga... Não consigo respirar...
-Meus queridos – disse a mulher quase chorando – Vocês estão bem? Quero os dois na cama agora...
-Harry – disse Lupin desvencilhando Harry e Rony dos carinhos desesperado de Molly – como foi? O que sentiu?
-Foi – respondeu Harry um pouco constrangido – um pouco difícil. Consegui ver Voldemort na mansão, ele esta furioso. E disse que se eu prosseguisse na destruição, a Toca iria virar um campo de batalha.
Harry pode ouvir as exclamações de Molly, Ginna e Mione. E ao olhar para os lados, viu Tonks paralisada, com uma cara de espanto.
-Campo de batalha? – repetiu Moody – E o que você disse a ele?
-Que estávamos prontos!
-O que? – era Fred que ouvia a conversa sentado na escada – Depois do que passamos na casa dele.
-Fred – disse Artur – Sei que ainda não se recuperou, mas um dia acontecera.
-Mas e se ele aparecer amanha? Vai convidá-lo pra tomar um café antes de destruir nossa casa e nossas vidas?
Aquelas palavras entraram nos ouvidos de Harry e atravessou tão depressa o seu corpo que pareciam que tinha furado seu coração pela dor que ele sentia agora.
-Fred – disse Harry vermelho – me desculpe. Eu sempre soube que nunca deveria ter colocado vocês nessa.
-Harry – disse Rony – Pare de bobagem. Fred nunca fala serio e quando resolve falar, não sabe o que esta dizendo. Nós sempre soubemos quem você era e os riscos que corríamos ao seu lado. Mas nem por isso deixamos de ser seus amigos.
-Nem nós. - disse uma voz de alguém que acabara de entrar pela porta.
Harry se virou e viu o rosto redondo de um garoto alto parado na porta e ao seu lado uma menina um pouco mais baixa de cabelos longos e loiros e um olhar doce e sonhador.
-Luna? Neville? O que fazem aqui?
-Recebemos um chamado da Ordem à uns minutos atrás. Estávamos por perto e resolvemos vir agora mesmo.
Harry encarou Lupin e Moody.
-Potter – disse Moody – Eles tambem são seus amigos. E tem a mesma coragem e audácia que vocês quatro – disse olhando para Rony, Mione, Ginna e Harry. – Avisei da destruição da horcruxe e eles toparam em vir. Serão de ótima ajuda.
-Meu pai – disse Luna arrastando um saco grande pela sala – me deu um monte de amuletos – continuou agora jogando o conteúdo do saco no chão – podem escolher.
Todos se entreolharam.
-Olha – disse Tonks se ajoelhando ao lado de Luna para olhar os amuletos – Um pé de coelho coberto com coro de dragão – disse amarando o amuleto do cinto da calça – Que demais.
Todos na sala caíram na risada.
-Elas combinam direitinho. – disse Mione sorrindo.
-Harry – chamou Fred – queria me desculpar. Ainda estou um pouco abalado com o que aconteceu. Sei que não é normal de mim, mas me abalou. Saiba que vou te ajudar, eu e Jorge. – Fred colou a mão no ombro de Harry – Meus fogos estarão sempre disponíveis.
-Obrigado.
-Todos para cama – disse Molly – é melhor todos descansarem, tivemos um dia cheio hoje.
_______________________//________________//__________________________
-MALDITO POTTER... – gritava Voldemort com os olhos cheios de raiva.
-Calma Lord – disse Lucio preocupado – Ele terá o que merece...
-Calma? Você esta me mandando ter calma? – Voldemort se sentou em sua poltrona – Lucio, você sabe por que Bellatriz morreu?
-Porque foi buscar a horcruxe para o senhor.
-Sim – disse Voldemort calmo – E por que eu a deixei morrer. Eu poderia ter impedido, mas ela já tinha feito tudo o que eu queria, e não precisava mais dela.
Lucio deixou escapar uma exclamação de pânico, que acompanhou sua expressão de horror.
-E ao menos que você queira que eu faça o mesmo por você – Voldemort se levantou e foi em direção a Lucio – FAÇA ALGUMA COISA DE UTIL, MENOS FICAR ME DIZENDO O QUE FAZER!
Lucio saiu pela porta, tropeçando nas próprias vestes.
-ROOKWOOD... – chamou Voldemort – Quero que você e Lucio, chamem todos os reforços possíveis. Gigantes, lobisomens e principalmente dementadores. Vá logo...
Rookwood fez uma reverencia a Voldemort e saiu.
-Esse Potter – disse Voldemort perdido em lembranças – Esperto e corajoso. Mas dessa vez, será ou ele ou eu!
_______________//__________________//___________________________//_______
Aquela madrugada foi mais uma madrugada de sonos perdidos. Durante a noite toda era possível se ouvir passos nos corredores da Toca e cochichos de alguém que cochilara e falava dormindo.
Harry, que já não dormia havia muito tempo, estava com olheiras horríveis e andava feito um zumbi pela sala da casa.
-Harry – disse uma voz doce atrás dele – é você?
-Sou sim Ginna – respondeu o garoto em meio ao escuro – o que faz aqui?
-Provavelmente o mesmo que você. Também não consigo dormir então resolvi descer.
-Seria bom se conseguíssemos dormir – disse Harry puxando Ginna pela mão e se sentando no sofá – Seria bom pra fugir um pouco de toda essa confusão. Ginna eu não queria...
Ginna tampou a boca de Harry com o dedo indicador.
-Sei disso. Já decorei as suas falas de desculpas. Não precisa disso Harry, mesmo que não no conhecêssemos, eu teria que lutar do mesmo jeito não é?
-É mais eu não teria você pra me ajudar...
-Ta vendo. Eu, Rony e Mione, só queremos te ajudar. E você sabe disso. Como você mesmo disse para Voldemort que todos estávamos prontos a espera dele, então, quando ele aparecer, não vou sair do seu lado um segundo...
Harry abraçou Ginna. Ele não queria que aquele momento terminasse nunca.
Na manha seguinte, parecia uma manha comum. Acordando com os habituais gritos da senhora Weasley.
-Vamos acordar – dizia ela andando pelo corredor e batendo nas portas.
-Minha mãe é tão doce na hora de acordar alguém – disse Rony à Harry que cobria a cabeça com um travesseiro.
-Ela pelo menos esta animada – disse Harry por baixo do travesseiro.
Harry e Rony desceram minutos depois, quando todos já estavam na cozinha.
-Bom dia queridos – disse Molly – sentem-se. O café esta ótimo.
Harry e Rony cumprimentaram Ginna e Mione e sentaram para tomar café.
-Ola garotos – disse Tonks com um lindo sorriso no rosto – Beleza?
Harry e Rony se olharam. Fazia tempo que não viam a Ninfadora tão alegre.
-Tonks – começou Rony – Não querendo ser inconveniente...
-Mas já sendo – brincou Jorge.
-Você esta diferente – continuou Rony um pouco vermelho pelo comentário do irmão.
-Ah – exclamou a ninfadora – É que essa noite finalmente, eu saia da cabana no quintal. Dormi com Ginna e Hermione.
-Ah... – disse Rony sorrindo.
Harry percebeu que durante todo o café, Lupin e Tonks se olhavam carinhosamente. Para não receber um comentário como o de Jorge, achou melhor ficar calado.
A sala da Toca estava uma grande confusão. Auros para todos os lados, treinando feitiços, fazendo a guarda...
-ARTUR – gritou sra, Weasley da cozinha em um tom de voz assustado.
O homem alto, de cabelos incrivelmente vermelhos, correu a socorro da mulher com Harry e Rony atrás dele.
-Firenze – disse Harry sorrindo para o rosto pálido de olhos azuis emoldurado por cabelos loiros.
-Vocês o conhecem? – disse Molly sentada, se abanando pelo susto que tomara.
-Sim mãe – disse Rony indo cumprimentar o centauro na janela – Ele nos escoltou ate a horcruxe.
Molly corou.
-Me desculpe – disse ela se levantando – Ando muito assustada ultimamente.
-Não tem problema – respondeu o centauro educadamente – Ultimamente, há muitos motivos para se assustar. Eu que devo me desculpar pelo mau jeito.
-Não tem problema – disse Artur – Eu já queria lhe agradecer por ter cuidado das crianças.
-Foi um prazer – respondeu o centauro em uma reverencia – Será um prazer ainda maior lutar com vocês.
-Você veio nos ajudar? – perguntou Harry.
-Sim. Os outros estão ali adiante. – disse Firenze olhando para um lado do campo. – Hagrid pediu para avisar que tambem esta a caminho, com Grope.
-Grope? – disse uma voz animada que acabara de entrar na cozinha. – Ele tambem vem?
-Sim menina Granger. Suspeitamos que Voldemort convoque gigantes para a batalha, e Hagrid achou melhor termos um tambem. Quando Hagrid lhe contou a historia, Grope resolveu ajudar imediatamente. Principalmente quando citou que a “Herimoni” estaria aqui. – o centauro deu um sorriso.
Hermione corou. Rony cruzou os braços e encostou-se a pia da cozinha, molhando toda a parte de trás da jaqueta.
-Ronald – disse Molly – a jaqueta.
-Ah – disse o garoto olhando o estrago e tirando a jaqueta.
-Me da – disse Molly pegando a jaqueta da mão do filho – Vou por pra secar. Tudo isso por ciúme de um gigante, esses jovens.
-Bem – continuou Firenze – se não se importam, vamos ficar no quintal dos fundos.
-Allan também esta ai?
-Esta sim Harry. Esta bolando um plano de proteção, com os outros centauros. Com licença.
O centauro saiu da janela, indo para o quintal dos fundos.
-Grande Firenze – disse Artur – Nos ajudou muito nesses últimos tempos.
-Já ia me esquecendo – disse Hermione pegando na mão de Rony, ainda emburrado – Lupin esta chamando.

Na sala, todos estavam sentados onde dava. Harry se sentou ao lado de Ginna em cima de umas almofadas e Rony (ainda emburrado), foi com Hermione para perto da lareira.
-Bem – começou Lupin – Todos sabem que estamos perto da batalha final. Voldemort esta furioso com a destruição da horcruxe e pode atacar a qualquer momento.
De repente, uma nevoa começou a tomar conta do jardim ainda florido da Toca. Todos na sala tentavam se aquecer esfregando os braços.
-Mas o que...
-Tonks – disse Lupin se levantando – saia de perto da janela. Nós sabemos o que é isso.
-Dementadores. – disse Moody.
-Devem estar vindo a mando de Voldemort – respondeu Fred.
Harry tirou a varinha das vestes.
-Harry – disse Artur – ainda não.
-Estamos esperando o que?
Uma forte explosão invadiu os ouvidos de todos.
-Estávamos esperando isso – disse Moody – Muito bem... – disse se levantando – a hora é agora. Dessa vez, será ou a Ordem ou os comensais. Todos já sabem como agir. Quero uns cuidando dos lobisomens. Lupin... Você sabe o que fazer.
-Sim – respondeu o homem educadamente. – com licença – disse Lupin saindo da sala.
-Aonde ele vai? – perguntou Ginna.
-Arranjamos uma poção – respondeu um homem baixinho encostado na parede – que vai estimular sua transformação.
-O que? – disse Tonks espantada.
-Calma Tonks. Será preciso, é o único jeito de ele lutar contra os lobisomens.
A Ninfadora começou a chorar silenciosa.
-Artur – disse Moody – Você, os gêmeos e Gui, lutaram com os comensais junto comigo.
-E nós? – perguntou Harry a frente de Ginna, Rony e Hermione.
-Harry – começou Moody – Tenha paciência...
-PACIÊNCIA? – gritou Harry – Paciência por quê? Espero isso desde que descobri toda a minha historia e quando chega à hora, você me pede para ter paciência?
-Harry... – disse Ginna docilmente – Entendemos você...
-Não, ninguém entende. Ninguém nunca entendeu. Eu vou lutar, e ninguém vai me impedir.
O silencio na sala foi total.
-Ok – disse Moody – Isso altera um pouco os planos. Harry, você vai ter que ir atrás de Voldemort, ele não deve estar aqui agora. Só aparece quando o estrago esta feito.
-E quem vai protegê-lo? – perguntou Molly.
-Eu – disse Rony desencostando da lareira e indo ao lado de Harry – Essa é a missão do Herdeiro.
-Ronald – disse Molly sem voz – E você? Quem vai te proteger?
-Calma mãe, nós vamos ficar todos juntos. Vamos conseguir nos virar.
-Muito bem – disse Moody – A hora chegou.
Todos se dirigiram a porta da Toca. O belo jardim, florido e bem cuidado, estava em chamas. Corpos e feitiços por todos os lados.
Moody foi à frente, com Artur, os gêmeos e Gui. Carlinhos saiu em seguida para ajudar Tonks com Inferis descontrolados.
-Espeliarmus – gritou a Ninfadora arremessando um inferi que vinha em sua direção.
-É isso ai – disse Ginna – vamos ver o poder do Patrono do Herdeiro.
Rony sorriu. E junto com Harry, Hermione e Ginna, seguiram para a batalha.
-Droga – gritou Rony – Ele incendiou o armário de vassouras. Perdi minha vassoura!
Harry soltou uma risadinha, não resistiu.
Mais adiante, Fred e Jorge vinham correndo na direção de Harry e Rony com vassouras nas mãos.
-Irmãozinho – disse Fred ofegante – conseguimos salvar as vassouras...
-E vamos precisar delas? – perguntou Harry.
-É o único jeito de enfeitiçar os gigantes que vem vindo ali adiante.
-E o Grope? – perguntou Ginna – e Hagrid?
-Ainda não chegaram...
-CUIDADO – gritou Jorge quando viu um lobisomem correndo na direção deles.
-É melhor pararmos de conversa... – disse Rony.
-Espeliarmus – gritou Ginna para desarmar um comensal.
O jardim um dia florido da Toca, agora estava em chamas, sombrio.
Ginna parou e olhava ao seu redor.
-Ginna – disse Harry – O que houve?
-Eu estava... – a garota olhou para o namorado – Ah esquece...
Ginna e Harry corriam lado a lado na direção de um inferi.
-RICTUMSEMPRA – gritaram os dois juntos e o defunto caiu pesado no chão.
-Isso é horrível – disse Ginna com cara de nojo – Não se pode nem descansar em paz.
Harry sorriu sem graça para a namorada.
Rony e Hermione estavam em uma batalha com aranhas gigantes.
-Droga – dizia Rony – Porque aranhas?
-Calma Rony – tentou acalmar Hermione – Aranha ecsumai! – disse a garota ao ver uma aranha vindo na direção de Rony.
-Calma? Você esta me pedindo...
O garoto foi interrompido por fortes galopadas.
-As deixem conosco – disse Firenze – Vão, Potter precisa de vocês.
-Com prazer – disse Rony correndo o mais rápido que pode de lá.
-HARRY – gritou Mione quando o avistou com Ginna, ainda tentando deter os inferis restantes.
-Ainda bem – disse Harry aliviado – Precisamos de ajuda.
Um forte vento passou ao lado de Harry quando ele terminou de falar. Sua vassoura e a de Rony caíram aos seus pés e um forte tremor balançou o chão do quintal.
-O que foi...
-Não pergunte Roniquinho...
-... Essa é a hora de por em pratica todo o seu talento do quadribol... – brincou Fred e Jorge.
Quatro enormes gigantes vinham correndo na direção dos garotos. Fred e Jorge voavam para atacá-los.
Rony e Harry olhavam para cima chocados.
-MAS O QUE VOCES ESTAO ESPERANDO? – gritou Jorge lá do alto.
-Ginna fique segura.
-Você tambem Mione – disse Rony montando em sua vassoura.
-Nós ficaremos – disse Mione dando um beijo em Rony.
-Só vamos derrubar alguns comensais – brincou Ginna tambem beijando Harry.
Os dois levantaram vôo.
La em cima, com varinhas em punho, era muito difícil estuporar um gigante.
-STUPORE – gritaram Fred e Jorge juntos apontando para o mesmo gigante.
-Justo gigante – disse Harry – Cadê o Carlinhos? Ele deve saber algum feitiço forte o bastante.
Olhando de cima, Rony viu Carlinhos em uma batalha com Rookwood.
-Esse cara de novo. – disse Rony.
-Rony – disse Harry assustado – olhe! – o garoto apontou para algo que acontecia atrás de Rony.
Era Grope que corria a socorro deles.
Rony desviou a vassoura deixando o gigante passar e empurrar o gigante que Harry tentava derrubar.
O tremor foi ainda maior. Harry viu Ginna e Mione, encostarem-se a uma arvore para não caírem.
Os dois gigantes caíram no chão e começaram a brigar como se fossem duas crianças.
-HARRY – disse uma voz grosa la embaixo – RONY. DEIXEM COM A GENTE. EU E GROPE CUIDAREMOS DELES.
-NÓS VAMOS AJUDAR – disse Fred
-TUDO BEM. – concordou Hagrid – VAO, GIINNA, HERMIONE, LUNA E NEVILLE PRECISAM DE AJUDA.
Rony e Harry se olharam. Curvaram-se para frente e desceram com as vassouras.
Correram ate onde estavam os amigos. Ginna estava prensada em uma parede por um lobisomem que tentava morde-la.
-Ginna... – sussurrou Harry.
A garota se debatia em tentativas fracassadas de se libertar.
-Cadê Hermione? – Perguntou Rony.
A garota vinha correndo na direção dos garotos, com Lupin aos seus calcanhares.
-Fui – disse ela ofegante – chamar Lupin. Só ele pode ajudar.
O professor bebeu uma substancia azul, que estava em um vidrinho pequeno e caiu de joelhos no chão.
O professor se revirava dolorosamente no chão e pelos começaram a crescer em todo seu corpo. Suas orelhas cresceram, seu nariz se alongou e em poucos minutos, Lupin havia se tornado mais uma vez um Lobisomem.
-Corram – disse ele a Luna, Neville, Harry, Rony e Hermione.
-Lupin – começou Harry – e Ginna?
-Cuidarei dela – disse Lupin com dificuldade – agora corram. – O homem soltou um uivo que chamou a atenção do outro lobisomem fazendo com que soltasse Ginna.
A garota correu ate Harry, que a abraçou e saiu depressa do local.
-E agora? – disse Neville – Eles vão se matar daquele jeito!
-Lupin é forte, nada vai acontecer a ele. – disse Harry – agora vamos.
Os amigos correram pelo extenso jardim da Toca, a procuras de alguém que precisasse de ajuda.
Rony corria segurando a mão de Hermione que corria atrás dele. Mas de repente, ele sentiu a mão de Hermione soltar a sua e ouviu um corpo cair imóvel no chão. Uma neblina negra tomou conta do local e uma brisa fria congelou todos os presentes.
-Dementadores – disse Luna.
-Hermione – Rony se abaixou perto da garota que estava pálida e tinha os olhos parados.
-RONY – gritou Harry – CORRE...
Rony ergueu Hermione, e andava o mais rápido que podia. Os dementadores os seguiam por todo o enorme terreno da Toca.
Harry, que estava mais adiante com Ginna, Luna e Neville, parou para ajudar o amigo.
-Harry vai – disse Rony – eu me viro.
-Não vou deixar vocês pra trás – disse Harry segurando o outro braço da amiga.
Correram ate o jardim bem cuidado e agora em chamas da Sra. Weasley. Só havia eles. Tinham conseguido despistar os dementadores que os procurava entre os bruxos que lutavam bravamente.
Rony colocou Hermione deitada no chão e foi para perto de Harry que olhava para a batalha, em choque.
-Eu não queria isso. – disse Harry.
-Ninguém queria. – disse Rony – Mas se não acontecesse, estaríamos vivendo em um mundo dominado por Voldemort.
Harry encarou o amigo, e depois os outros que reanimavam Mione.
-Concerteza – começou Ginna – Voldemort colocou os dementadores para nos seguir.
-Por que você acha isso? – perguntou Mione um pouco tonta.
-Ele sabe que é a única maneira de enfraquecer o Harry. Ele deve estar a caminho, pensou que se mandando os dementadores, enfraquecendo o Harry, ele teria alguma chance.
-Ela tem razão. – concordou Neville – Então o que faremos?
Harry não soube o que responder. Ficar ali parado esperando Voldemort aparecer, não era uma idéia muito corajosa.
-O que foi isso? – perguntou Luna espantada depois de um barulho que vinha do meio das plantas do jardim.
Todos se ergueram e foram em direção ao barulho, com varinhas nas mãos. Continuaram andando, em silencio.
Um grito de dor chamou a atenção de todos. Em seguida, outro fez com que Harry e Rony que estavam à frente se virassem para olhar.
Hermione e Ginna Haviam sumido.
-GINNA – gritou Harry – ONDE VOCE TA?
Rony, por algum motivo olhou para cima. Duas capas negras e esvoasantes arrastavam Ginna e Hermione pelos cabelos.
-Harry – disse ele – ali. Olhe.
Os dois saíram correndo a socorro das duas. Neville e Luna vinham atrás, mas pela velocidade que Rony e Harry alcançaram, acabaram ficando para trás. Uma risada horrenda invadiu os ouvidos dos dois.
-Voldemort – disse Harry baixinho.
A risada tornou a se repetir. Harry e Rony correram ainda mais rápidos na direção em que os dementadores levavam Ginna e Hermione.
Quando alcançaram, viram de longe os dois corpos esticados no chão.
-GINNA – gritou Harry que saiu correndo ate a namorada.
Rony tentou segura-lo mais foi impossível. Ficou olhando.
Quando Harry se ajoelhou ao lado de Ginna, sentiu seu corpo congelar e o grito de sua mãe mais uma vez invadiu sua mente.
-Harry – gritava Lílian distante.
Rony correu para junto do amigo.
-Ronald – chamou uma voz grossa e autoritária – Você sabe o que fazer.
-Eu? – perguntou Rony ainda assustado com a aparição repentina de Godric.
-Sim – respondeu o bruxo – As ordens de Voldemort aos dementadores foi que dessem o beijo a qualquer um que cruzasse o caminho deles. Harry é a principal vitima porem – interrompeu ele tristonho – temo que queiram dar um fim na senhorita Granger.
-O QUE? POR QUÊ?
-Por sua causa – respondeu Godric – Vá, não há mais tempo para conversa. Estarei ao seu lado.
Rony olhou mais uma vez para aquela cena. Os cabelos vermelhos de Ginna perdiam a cor a cada vez que um dementador se aproximava dela. Harry se debatia tentando escapar e Hermione...
-Hermione... – chamou o garoto – ela não esta reagindo.
-Vamos Herdeiro – começou Godric – é a sua vez.
Rony se aproximou mais dos três, encarou os dementador que sugava a alma de Hermione. Apontou a varinha para ele e se lembrou daquele dia no trem, em que conhecera a garota de sua vida. Depois o dia em que criou coragem e se declarou para ela.
-ESPECTRO PATRONO – gritou o Rony.
De uma faísca de luz, um enorme leão surgiu iluminando o local escuro, soltou um rugido espantoso e ergueu suas patas dianteiras espantando os dementadores.
Uma nuvem de pó começou a cair sobre todos. Eram os dementadores, que com um patrono tão forte, se decompuseram.
Harry e Ginna acordaram de um profundo suspiro. Rony lhes entregou um pedaço de chocolate, para recompor as forças.
O ruivo se aproximou de Hermione, que não acordara.
-Mione – disse ele baixinho – Mione acorda.
A garota estava pálida, com os lábios ressecados.
-Hermione acorda – disse Rony se alterando – Por Merlin.
Mas a garota não reagiu. Harry e Ginna olhavam espantados para o amigo, que abraçava Hermione chorando.
-Lamento – disse Godric – Meu Herdeiro não merecia isso.
A risada tornou a invadir o local.
-É TUDO CULPA DELE – gritou Harry – VOU ACABAR COM ELE! – disse Harry correndo na direção de onde a risada vinha.
-HARRY – gritou Ginna que vinha correndo atrás do garoto – ESPERA...
Harry corria muito rápido. Porem, ao sair de onde os dementadores o haviam levado, se deparou com o pesadelo que o atormentava todas as noites.
O enorme jardim da Toca, em que ele se divertiu muito com a família Weasley, estava tomado por feitiços, maldições imperdoáveis ditas por todos os bruxos. Bons e maus.
Tonks tinha a testa ferida, com sangue escorrendo por todo o seu rosto. Seus cabelos, antes rosa chiclete, agora estavam cinza. Lupin, ainda lutava incansável com o lobisomem que tentou morder Ginna. Com ele e mais três que apareceram em seguida. Hagrid, Grope e os gêmeos já tinham conseguido derrotar um dos gigantes, mas os outros dois tentavam derrubar Fred e Jorge das vassouras.
-Harry – sussurrou Ginna ao namorado – Isso é horrível.
-Eu não queria – disse Harry chorando – Olha a sua família. Rony perdeu o amor da vida dele, seus irmãos lutam com a própria vida e seus pais estão fazendo de tudo para que isso acabe e eles possam ter vocês em segurança outra vez. Falando em segurança – Harry arregalou os olhos verdes para Ginna e segurou em seus braços – Ginna, onde esta minha tia?
-Em St. Mungus. Mamãe a obrigou a ir pra la, enquanto ela insistia em estar ao seu lado na batalha.
Harry olhou mais uma vez para a cena terrível que estava a sua frente. Uma fina garoa começou a cair do céu escuro que cobria aquele dia, que um dia Harry e todos ali iriam esquecer. Pensando melhor, era melhor ter a tia no Hospital, assim estaria segura.
-Ora, ora Potter. – uma voz fria e sombria chamou a atenção do garoto – Vim lhe fazer uma pergunta: sua mãe de sangue ruim, não te ensinou a não quebrar as coisas dos outros?
Harry sentiu o sangue subir por todas as suas veias.
-Ah sim, havia me esquecido. Eu a matei.
-Voldemort – disse Harry indo à direção do bruxo – Essa é a sua vez. Quem vai morrer é você. E eu irei acabar com você.
-Ora garoto pare de se fingir de corajoso – disse Voldemort com indiferença. – Seus pais eram assim, e olha só o que deu. Você cresceu na casa de seus tios trouxas.
A raiva ia aumentando dentro de Harry.
-Olha só quem mais esta aqui. – continuou se dirigindo a Ginna – a menina Weasley – disse fazendo uma cara de nojo e agarrando a menina pelo braço direito.
-Me solta – disse Ginna corajosamente.
-Ela tambem é corajosa – disse Voldemort encarando Ginna – Igual à Lílian.
-Sim – disse uma voz doce atrás de Harry – igual à Lílian.
Harry viu Voldemort dar um salto para trás ao se deparar com a figura de Mila Evans.
-Tia – disse Harry assustado – O que faz aqui? Deveria estar no hospital.
-Fugi Harry – disse Mila encarando o assustado Voldemort – Não ia deixar você sozinho com ele.
-Ora Mila – disse Voldemort tentando disfarçar o susto que tomara – Se recuperou bem não? Pra que veio? Vai fazer o mesmo que Lílian?
-Se preciso... Farei.
-NÃO! – gritou Harry – Só uma pessoa vai morrer hoje. E será você!
-Serio? – disse Voldemort – Você tem mesmo certeza? Olha que se eu fosse você, não ficaria tão certo. – o bruxo sorriu.
Harry o encarou, e viu um brilho maníaco nos olhos de Voldemort.
-Ginna – chamou Harry – Venha pra cá.
-NÃO TAO RAPIDO POTTER – disse Voldemort puxando Ginna pelo braço.
-ESTUPORRO – gritou Mila tentando libertar Ginna.
Mas tarde de mais. O bruxo já havia sumido e levado Ginna com ele. Aos poucos os comensais, lobisomens e seres das trevas restantes foram sumindo.
-NÃO ACREDITO – disse Harry furioso – Tia... Ele levou Ginna. Será que já não era o bastante matar Hermione?
Mila soltou uma exclamação.
-Hermione? – perguntou espantada – A garota inteligente? Namorada do herdeiro?
-É – concordou Harry desanimado – Agora ele levou Ginna. Tia, o que ele quer com ela?
-Não sei meu querido – disse abraçando Harry – mas nós vamos salva-la.
Harry resolveu então ir atrás de Rony, para ajudar o amigo.
Quando chegou, se deparou com uma cena que nunca pensou que veria seu amigo fazer. Rony estava deitado sobre o corpo de Hermione, aos prantos. Porem algo estava errado. Rony tinha um sorriso no canto da boa. Harry correu ate o amigo para entender por que seu amigo sorria numa hora daquelas.
-Rony...
-Ela esta viva Harry. – disse ele rindo e chorando ao mesmo tempo.
-Rony não. Não é possível.
-É sim. Ela despertou e olhou pra mim e disse que não iria me deixar tão cedo assim.
Harry não tinha certeza se o amigo estava mesmo bem ou se tinha enlouquecido de vez pela perda. Mediu o pulso de Hermione e para sua surpresa, Ronald estava com o mesmo grau de loucura de sempre. Hermione respirava um pouco fraca e seu coração batia com dificuldade.
-Rony – disse Harry – Ela... Ela... Vamos levá-la daqui.
-Ginna – disse Rony ainda feliz – Ela tem que saber, onde ela esta?
-Voldemort a levou!

-O que? – disse Rony fazendo o sorriso sumir de repente de seu rosto – Não ele não pode... Harry minha irmã!
-Eu sei Rony – disse Harry tentando acalmar o amigo que estava vermelho de raiva – Vou tentar salva-la e depois acabar com Voldemort!
-Harry você não fará isso sozinho – disse uma voz cansada.
Era Lupin que vinha carregado com Artur e Carlinhos. Tinha o rosto e o corpo ensangüentado e as vestes rasgadas.
-Mas a profecia disse...
-Todos sabem o que a profecia disse Harry – interrompeu Hagrid – Mas a profecia não preveu que você teria muitas pessoas ao seu lado. Ela dizia que “um não poderia viver se outro vivesse”. E isso vai acontecer. Você vai viver Harry.
O gigante tinha os olhos cheios de lagrimas.
-É Harry – disse Carlinhos – A profecia não dizia que você não poderia ter ajuda.
Harry encarou a todos. Especialmente Rony, que segurava Hermione nos braços e tinha uma feição furiosa.
Todos seguiram para dentro da Toca. Sr. Weasley, pediu ajuda dos curandeiros do St. Mungus para curar os feridos.
Lupin e Tonks estavam sentados no sofá sendo cuidados por uma senhora baixinha e de rosto redondo que não parava de falar que os dois formavam um bonito casal. A sala estava mais uma vez uma confusão. Todos falavam muito alto e varias poções sendo preparadas, enchiam a sala de fumaça.
Hermione havia sido levada para o quarto de Ginna, seu caso já não era mais tão grave, mas era preciso cuidado para reanimá-la.
Sentado a porta do quarto, Rony esperava noticias. Seu rosto estava vermelho, de seus olhos escorriam lagrimas que para Harry pareciam cortar o rosto do amigo. Rony respirava com um pouco de dificuldade, Harry chegou à conclusão de que era pela dificuldade de engolir tudo que acontecera nas últimas horas.
-Rony – disse Harry se sentando ao lado do amigo – não vou te perguntar se você esta bem. Seria uma pergunta idiota.
-Não pergunte – disse Rony ainda de cabeça abaixada – É uma resposta obvia não acha? Minha namorada quase foi morta, minha irmã seqüestrada e eu tenho a missão de proteger meu melhor amigo sendo que nem minha irmã consegui proteger.
Harry olhou para o amigo. Não sabia o que dizer a ele. Mesmo Rony respondendo de forma ignorante, Harry não se sentiu magoado, o amigo estava passando por uma situação complicada era compreensível.
A porta se abriu devagar e a Sra. Weasley saiu.
-Mãe – disse Rony levantando de um pulo – Como ela esta? Hermione, como ela esta?
-Ronald se acalme. – disse Molly acalmando o filho que enxugava as lagrimas do rosto. – Ela esta bem. Foi um trabalho difícil, se foi. Mas foi possível reanimá-la.
Uma feição de alivio surgiu no rosto de Rony e um sorriso novo apareceu em seus lábios.
-Posso vê-la mãe?
Molly olhou para o filho.
-Pode. Não negaria isso a você.
Enquanto Rony entrava, os curandeiros foram saindo.
Rony se sentou perto de Hermione e segurou sua mão.
-Mione – disse baixinho – desculpa por não ter te protegido. Eu sou um idiota mesmo...
Um aperto forte em sua mão fez Rony para de falar e olhar para o rosto de Hermione. A garota o olhava carinhosamente.
-Você não é um idiota. – disse Mione risonha – Talvez um pouco, mas não o bastante para me fazer te odiar. Todos corriam riscos.
Rony olhou a namorada mais encantado do que já estava.
-Na próxima batalha contra Voldemort...
-O que? – disse Mione surpresa – Próxima?
-Sim – respondeu Rony desapontado – Próxima. Voldemort levou Ginna.
Hermione colocou as mãos na boca espantada.
-Como eu dizia. Na próxima, eu vou sozinho.
-NÃO! – gritou Hermione se levantando da cama – Eu não vou deixar, você não vai sozinho.
-Mas Hermione...
-Não. Vai dar uma de ego ferido agora? Quer provar sua competência? Assim não.
-Hermione não adianta. Quase perdi você, minha irmã foi levada e...
-Rony para... Nada disso foi sua culpa. – Hermione agora segurava o rosto de Rony – Imagino como deve ser difícil pra você ter a irmã nas mãos de Voldemort, mas você não vai conseguir sozinho. Eu vou com você sim e ninguém vai me impedir!
_______________________//____________________//_______________________
-QUIETA GAROTA – gritou Voldemort para Ginna – OU ACABO COM VOCE!
-Não, não vou ficar quieta – respondeu Ginna com toda a coragem que tinha – Me deixe em paz. O que você quer comigo?
-Ora Weasleyzinha, você é meu triunfo. – disse Voldemort sorrindo – Com você nas mãos, derroto o Potter e o “herdeiro de Gryffindor”.
-Você não vai conseguir – respondeu Ginna – Harry e meu irmão são fortes o bastante pra acabar com você.
Voldemort soltou uma gargalhada horrenda e depois se aproximou mais de Ginna agarrando seus cabelos.
-Você acha mesmo que seu irmãozinho patético e o garoto que sobreviveu, vão conseguir te salvar? Você acha mesmo? Ora garota – disse jogando Ginna no chão violentamente – Não seja tola. Já te raptei uma vez, se lembra? Aquela vez, Potter teve sorte. Mas dessa será diferente. Tenho outros meios. Rookwood!
O homem entrou mancando na sala, ferido pela batalha de horas atrás.
-Quero que vigie a porta dos aposentos reais da futura senhora Potter. – disse Voldemort sarcástico e saiu.
Rookwood saiu em seguida.
Ginna podia ouvir a respiração alta do homem do outro lado da porta. Estava seriamente ferido. Voldemort realmente não se importava com os outros. Se Rookwood morresse, seria só mais um. Porem, em meio a esse pensamento, uma pergunta invadiu a mente de Ginna. Onde estaria Bellatriz? Ela não estava na batalha. E todos sabiam que ela era a mais fiel dos comensais.
Ainda pensando, Ginna se se encostou a um cantinho e adormeceu.
Uma brisa refrescante bateu na face de Ginna. Seus cabelos ruivos se esvoaçaram. Ainda sonolenta Ginna viu uma moça vinha em sua direção iluminada por uma fote luz branca. Era alta de cabelos longos.
-Ginna – disse ela docilmente – Ginna acorde.
Ginna despertou e viu mais de perto. A moça tinha cabelos ruivos como os seus e olhos muito verdes. Os olhos.
-Lílian? – disse Ginna incrédula – Lílian Potter?
-Sim querida. Estou aqui para tomar conta de você. Harry pediu isso a mim em suas preces, enquanto estava sozinho.
-Hermione. Como ela esta?
-Esta bem. Ate já teve uma pequena discussão com seu irmão. – disse sorrindo. – Percebi, que você tem uma duvida.
-Sim – disse Ginna abaixando a cabeça – Onde esta Bellatriz?
Lílian olhou nos olhos da agora nora e a olhou docilmente.
-Ela morreu Ginna. Voldemort a deixou morrer. Ele mesmo sabendo que se recuperasse a horcruxe iria morrer, fez por fidelidade ao seu mestre. Porem, Voldemort não tem sentimentos e não se importa com ninguém. Assistiu Bellatriz agoniza e depois matou Rodolfo, marido de Bellatriz.
Ginna estava horrorizada. Como alguém poderia não ter sentimento algum?
-Por isso estou aqui Ginna. Para cuidar de você, enquanto Harry e os outros não chegam.
-Eles estão vindo? – perguntou a garota.
-Sim. Moody é muito esperto e já esta a par de toda a situação. Temos muitos fantasmas ao nosso lado e espíritos tambem. Porem há algo errado. – disse Lílian com uma olhar que Ginna já vira muitas vezes em Harry quando estava desconfiado. – os espíritos das casas de Hogwarts decidiram nos ajudar, menos um.
Ginna gelou. Sentiu o coração pular ate a garganta.
-Salazar não é?
-Sim – respondeu Lílian triste e depois encarou novamente a garota – Mas como você sabe?
-Voldemort disse que tem outros meios de acabar com Harry e Rony. Não sei por que, mas ele tambem tem interesse me matar meu irmão. Por quê? Só por ele ser o Herdeiro?
-Ginna, acho que nenhum de você sabe realmente o poder do herdeiro não é?
-O patrono dele? – perguntou Ginna.
-Sim. Mas a dádiva de Herdeiro vai muito alem de seu patrono. Rony é exatamente igual à Godric Griffyndor. Não na aparência, e sim em seus poderes. Godric era o mais forte e destemido dos fundadores. Ele faria tudo para salvar alguém que ele amasse e Voldemort tem medo disso. Que ele o empeça de acabar com Harry.
O temor de Ginna aumentou ainda mais.
-Ginna – disse Lílian – Só te peço uma coisa: ame Harry com todo o seu ser. Pois só assim ele vai conseguir derrotar Voldemort. Eu não sei direito o que ele pretende, mas seja o que for, vai tentar acabar com todos os amores de Harry. E você é um deles.
Ginna se levantou e se sentou em uma poltrona ao lado da lareira apagada. Muitas vezes, só se preocupara com Harry, mas dessa vez seu irmão também corria perigo.
-Você também esta preocupada com Rony não é? – perguntou Lílian se aproximando de Ginna.
-Sim – respondeu a garota tristonha – Tantas vezes briguei com ele por não entender sua preocupação comigo que...
Uma luz forte iluminou mais uma vez o local.
Um rapaz magro, de cabelos incrivelmente bagunçados e de óculos redondos se aproximou das duas.
-Tiago! – disse Lílian feliz ao abraçar o marido. – O que faz aqui?
-Vim avisar, por pedido de Moody, que a Ordem esta a caminho!

Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.