Antes Black, agora Potter



Cap 13 – Antes Black, agora Potter.



Harry acordou cedo naquela manhã, na verdade ele quase não conseguiu dormir, pensar em voltar À Toca, era ao mesmo tempo bom e preocupante. E se houvesse um ataque a casa, que para ele lhe era tão valiosa, e se Voldemort finalmente saísse da surdina e resolvesse acabar de uma vez por todas com aquela irritante brincadeira de gato-e-rato, que os dois travavam há mais de 6 anos.

Fez as malas calmamente, guardando seus livros e vestes bruxas no fundo do malão e deixando o Mapa do Maroto e a Capa de Invisibilidade por cima de tudo, caso ele precisasse usá-las.

Deixando tudo arrumado, foi tomar um banho, na tentativa de lavar alguns pensamentos para fora de sua cabeça. Os tão freqüentes pesadelos que tinham não mais o assombrava, há tempos eles tinham sido substituídos por um ainda pior, onde uma garota ruiva sempre era morta nas mãos de um terrível bruxo.

Vestiu-se ainda no banheiro, colocando roupas trouxa, bem quentes, já que o inverno estava ainda mais rigoroso do que o ano anterior. Voltando ao dormitório pode ouvir os roncos de Neville e Rony. E preferiu ir até o Salão Comunal, que há essa hora deveria estar vazio, lá teria chances de colocar os pensamentos em ordem.

Desceu levando seu malão, como imaginara o Salão Comunal estava vazia, a não ser por um garoto, que deveria estar no quarto ano, que dormia em um dos sofás mais afastados das lareiras, com quase metade do corpo pendendo para o lado.

Passou pelo garoto e se acomodou em um sofá do outro lado do salão, perto da lareira, que ainda crepitava, onde em tempos mais felizes tinha conversado com o padrinho sobre a primeira prova do Torneio Tribruxo.

Logo se deixou levar por seus pensamentos que vagavam em uma linha tênue entre Voldemort e Gina. Por alguém tempo chegou, até mesmo, a desejar que não fosse Harry Potter, que fosse apenas mais um garoto comum, que poderia aproveitar a adolescência junto à namorada, sem grandes preocupações com um louco que queria o matar a todo o momento. Mais logo se lembrou, que na atual situação do mundo bruxo, mesmo os garotos mais comuns estavam ameaçados por Voldemort, bastava apenas ele não se juntar ao lado das trevas para ser um alvo continuo de vários bruxos, sedentos por sangue.

Seus pensamentos foram interrompidos quando ouviu um grande estrondo. Instantaneamente se virou a procura do causador do barulho, mais tudo o que viu, foi o quartanista se levantando do chão afobado e correndo em direção ao dormitório masculino, sem notar a presença de outra pessoa naquele lugar.

Quando o garoto desapareceu de sua vista, Harry não pode evitar gargalhar, a cena tinha sido no mínimo cômica, somada a cara de assustado do garoto ao se ver caído no chão do salão comunal, provavelmente se perguntando como havia parado ali.

Mais seu riso foi cortado quando viu Hermione caminhando em sua direção, também com vestes trouxas e trazendo seu malão.

- Bom dia, Harry – falou a garota amavelmente – vejo que não fui só eu que acordei cede, essa manhã.

- Bom dia, Mione – responde Harry ainda rindo – Insônia? – perguntou displicente.

- Mais ou menos – respondeu a garota se sentando em uma das poltronas a sua frente – Estou preocupada de mais para conseguir dormir, só isso.

- Somos dois, então – concordou Harry – Estive pensando no que aconteceria se Voldemort finalmente decidisse acabar com isso tudo de uma vez por todas e resolvesse me atacar, enquanto estivermos na Toca.

- Harry, Voldemort pode ser louco, mais não burro. Ele não se arriscaria a atacar a Toca, não sem ter certeza de que você vai estar lá. Para todos, os Weasley foram para a Romênia, visitar Carlinhos, e eu e você resolvemos ficar na escola durante as festas. E não haverá ninguém para contradizer isso, já que todos os alunos vão para casa, ficaram aqui somente os alunos que não tem para onde ir.

- Não sei não, Hermione – contrapôs o garoto – tenho quase certeza de que Voldemort não acreditou que eu não vou para a Toca. E pelo andamento dos acontecimentos, ele pode muito bem ter informantes na escola, que no mesmo instante que não nos virem aqui, o avisaram.

- Mesmo que ele tente atacar a Toca, Harry, estaremos protegidos lá – explicou a garota – há vários feitiços anti-aparatação em volta da Toca, feitiços escudos, e várias pessoas da Ordem vigiando o perímetro durante todo o feriado.

- Se você está dizendo, Mione, quem sou eu pra discordar – concluiu o garoto – só espero que você esteja realmente certa.

- E eu estou Harry – respondeu a garota – com certeza estou.

Harry olhou a garota a sua frente com admiração, e como nunca tinha feito antes, desejou do fundo da alma que ela realmente estivesse certa, mesmo ouvindo uma voz chata dizendo o contrario.

- E você, o que a preocupava tanto que não a deixou dormir, Mione? – perguntou, tentando mudar o rumo da conversa.

- Estou muito preocupada com os meus pais – respondeu desanimada – Não tenho noticias deles desde que fui para a Toca, no casamento do Gui.

- Mas por que, Mione – perguntou sem entender – você sempre se correspondia com eles por cartas, não?

- Acontece Harry, que era muito perigoso para eles continuar a se comunicar comigo. Era perigoso até mesmo que continuassem na Inglaterra. Por isso eu alterei a memória deles. No momento eles estão no Caribe aproveitando uma segunda lua-de-mel, sem nenhuma preocupação. Já que não se lembram que tem uma filha, muito menos que ela é uma bruxa.

- Mas por que fez isso, Mione? – perguntou o garoto confuso, vendo a preocupação estampada no rosto da amiga.

- Porque, Harry, eu prefiro que eles não se lembrem de mim a vê-los mortos nas mãos de Voldemort. Eu os amo de mais para ser assim, tão egoísta – respondeu Hermione, deixando as lagrimas, contidas até o momento com dificuldade, descerem livremente pelo seu rosto.

- Eu sinto muito, Mione – falou Harry a abraçando carinhosamente – tudo isso é culpa minha, não deveria ter metido vocês nisso.

- Não, Harry, não é culpa sua – retrucou Hermione secando as lagrimas que ainda teimavam em cair pelo seu rosto – é culpa é do Voldemort. Você não tem culpa dele ser um assassino em potencial.

- Mas eu tenho culpa dele estar atrás de você. A culpa é minha de você, Rony e Gina serem alvos dele…

- Nunca mais repita isso, Harry – contrapôs a garota firmemente – mesmo que eu Rony e Gina não fossemos seus amigos, nós ainda seriamos alvos de Voldemort. Eu sou uma sangue-ruim e os Weasley são os maiores traidores do sangue do mundo mágico. Estar lutando ao seu lado é uma escolha nossa, escolha da qual jamais nos arrependeremos, seja qual for o final dessa guerra!

Harry não teve como discordar do que a amiga dizia, já que como sempre ela estava incontestavelmente certa.

- Obrigado, Mione – falou por fim, voltando a abraçar a amiga e sorrindo.

- Pelo quê, Harry? – a garota perguntou sem entender, retribuindo o abraço do garoto.

- Por ser sempre me animar, mesmo quando isso parece impossível. Como uma irmã faria. – respondeu o garoto, desfazendo-se do abraço e a encarando amavelmente.

A garota retribui o sorriso e continuou a encará-lo.

- E você tem sorte de eu não ser um irmão ciumento, se não quando você e o Rony se acertassem, eu poderia ter crises de ciúmes iguais as que ele tem comigo e com a Gina – completou Harry, sorrindo maroto.

No mesmo instante Hermione corou, ficando tão vermelha quanto o fogo que ainda crepitava na lareira. O que só piorou ao ver o Rony descendo do dormitório masculino, e ainda bocejando caminhar em direção aos dois.

Os três passaram mais algum tempo conversando, na maioria do tempo sobre banalidades, como se a coisa mais preocupante fosse o próximo jogo de quadribol, ou um trabalho de poções para entregar depois das festas. É mais uma vez o trio maravilha, como apelidara Gina, estava conversando amenamente.

- Acho que a minha querida maninha se esqueceu de levantar-se essa manhã – falou Rony olhando impaciente em direção a escada que dava acesso ao dormitório feminino.

- Pare de reclamar tanto, Ronald – ralhou Hermione – ela já deve estar descendo.

Harry riu da expressão de Rony. Como aqueles dois eram teimosos, conseguiam ser ainda pior do que ele próprio.

- Você não concorda Harry? – perguntou Hermione se voltando para o amigo, exigindo com o olhar que ele concordasse de qualquer jeito.

- Com o quê? – perguntou Harry, que não havia prestado atenção em nenhuma palavra dita pelos dois amigos.

- Deixa pra lá – resmungaram os dois em uníssono.

- Aleluia – comemorou Rony ao ver a irmã descendo.

Ao avistar os três, Gina se despediu da colega de quarto que saia em direção ao retrato da mulher gorda apresada, e rumou em direção a eles.

- Acho que agora que a Bela Adormecida acordou, nós podemos ir para a sala da MacGonagall, já se passaram das 10 horas, com certeza não há mais ninguém no castelo, já que as carruagens vão partir em pouco tempo, então a barra está limpa para irmos embora – falou Harry se levantando.

- Eu concordo – falou Rony, mas sua expressão não era a de quem concordava com alguma coisa – mais quem é essa tal de Bela Adormecida, Harry? Você convidou mais alguém pra ir passar as festas lá em casa?

Harry e Hermione desataram a rir no mesmo instante, enquanto Gina e Rony olhavam os dois como se eles fossem de outro planeta.

- O que foi – perguntou Gina – Do que vocês estão rindo?

- Rony, você realmente é um lesado – falou Harry entre risos – Bela Adormecida é a personagem de um conto de fadas trouxas, onde ela adormece por muito tempo, até ser acordada pelo beijo do seu príncipe encantado – explicou ainda rindo.

- E entre os trouxas é comum chamar alguém que dormiu de mais de Bela Adormecida – completou Hermione rindo ainda mais ao ver a cara de Gina e Rony.

- Esses trouxas tem cada coisa – falou Gina dando de ombros – Mas se bem que não seria tão ruim assim ser acordada com o beijo do meu príncipe encantado – completou sorrindo marotamente e olhando para Harry.

- Acho melhor agente ir – falou o moreno, passando as mãos nos cabelos, em sinal de embaraço, ainda rindo – ou nos atrasaremos.

Os outros três concordaram e cada um pegou seu malão e saíram pelo buraco do retrato. Andaram calmamente pelo castelo, sem encontrar nenhum aluno pelos corredores, com certeza todos já deveriam estar chegando à estação de Hogsmeade.

Quando chegaram em frente à gárgula de pedra, Remo já estava lá, também com seu malão, já que passaria o Natal com eles na Toca, mais Harry tinha certeza que isso não se devia somente a deliciosa comida da anfitriã, e sim por certa auror atrapalhada, que também tinha sido convidada pela família a passar o Natal na Toca.

- Bom dia, garotos – cumprimentou animado ao vê-los se aproximaram – Prontos para voltarem à Toca?

- Aham – responderam não tão animados como o professor se mostrava.

- Então, vamos – falou virando-se para a gárgula de pedra – Sapos de Chocolate - falou, fazendo a gárgula se mover para o lado, dando lugar a uma escada de pedra em espiral.

Os cinco subiram e Remo deu três batidinhas de leve na porta, ouvindo um Entrem murmurado por MacGonagall. Remo foi o primeiro a entrar na sala, onde já estavam à diretora, Quim, Arthur e um segundo ruivo que Harry reconheceu sendo Carlinhos.

Rony e Gina logo correram para cumprimentar o pai e o irmão mais velho, para depois cumprimentarem Harry, Mione e Remo, assim como Quim.

- Agora que já estamos todos aqui – falou Minerva em seu tom professoral – Cada um de vocês, vai entrar nessa lareira acompanhado de um dos membros da Ordem – continuou ela se dirigindo aos quatro adolescentes – Irão via Flú até a casa cedida por membros da Ordem e depois farão uma aparatação acompanhada diretamente para a Toca.

Os quatro concordaram com a cabeça.

- É provável que nosso grande Ministro esteja controlando a rede de Flú, por isso não irão diretamente para Toca, e nem estarão sozinhos. Já que por trás do Ministro há muitos Comensais disfarçados. – continuou Minerva – Srta Weasley, acho que o mais aconselhável é que vá com seu pai, enquanto a Srta Grenger vai com Carlinhos, O Sr Weasley com Quim e Potter com o Professor Lupin.

O Sr Weasley e Gina se adiantaram, entrando primeiro na lareira. Gina tentava em vão levar com sigo seu malão, fato que não passou despercebido por Minerva.

- Não se preocupe, minha querida – falou a diretora amavelmente, como poucas vezes antes – assim que todos vocês partirem, eu mesma despacharei suas malas.

Gina então largou o malão e se aprumou dentro da lareira, que era um pouco pequena de mais para duas pessoas.

- Mansão Thompson – bradou o Sr Weasley jogando um punhado de Pó de Flú na lareira, pra em um segundo depois serem engolidos pelas chamas verdes e desaparecerem.

- Pronta? – perguntou Carlinhos quando os dois entram na lareira, no que Hermione concordou com a cabeça – Residência Moody – falou para desaparecerem assim como os outros dois.

E em seguida foi a vez de Quim e Rony entrarem na lareira, esses dois tiveram mais problemas ao fazerem isso, já que eram grandes, e quase não cabiam dentro da lareira. Com muito esforço, Quim jogou o Pó de Flú e exclamou Praça Codogan 2371, Londres, para em seguida desaparecerem também.

- Até a volta, Minerva – falou Remo, pegando o Pó de Flú – Regent Street 1484, Londres – falou e Harry sentiu a conhecida sensação do meio de transporte, e logo depois se viu em uma pequena casa, parecendo muito mal-cuidada.

- Que lugar é esse? – perguntou Harry curioso, olhando algumas fotografias em cima de uma estante próxima à lareira.

- É a casa que eu morava até pouco tempo depois que seus pais morreram e Sirius ser preso – respondeu Remo olhando à sua volta, com certo descaso – Essa casa era da minha mãe. Depois de alguns anos que ela morreu, eu resolvi voltar para cá. Mas não foi uma mudança que durou muito tempo.

Harry continuou olhando as fotos em cima da estante, enquanto ouvia a explicação de Remo, mais certa foto lhe chamou muita atenção. Na foto estavam Lupin, seu pai, sua mãe, Rabicho, uma garota que Harry não reconhecia, sua madrinha e ao lado dela um corpo que jurava pertencer a Sirius, mas seu rosto parecia ter sido cortado da foto, todos aparentavam ter uns 17 anos e trajavam as vestes da Grifinória, e todos acenavam para a câmera sorrindo.

- Eu fiquei com muita raiva do Almofadinhas, depois que acusaram ele de trair seus pais, e esse foi o único modo de extravasá-la – falou Remo, respondendo a pergunta muda de Harry – Mas no mesmo dia que fiz isso, me arrependi, por mais que tudo apontasse contra Sirius eu nunca consegui acreditar, no fundo sempre soube que ele era inocente.

Harry colocou a mão sobre o ombro de Remo em sinal de apoio, quando ele discretamente secou uma lagrima solitária que teimava em cair, já que a dor da perda de Sirius era compartilhada igualmente entre os dois.

- Mas agora chega de historias, Harry, temos que ir para a Toca, todos devem estar preocupados com a nossa demora – falou, voltando a assumir seu tom sério.

- Certo – concordou Harry, segurando o braço que o professor lhe oferecia, e sentindo a tão conhecida e desagradável sensação de se aparatar, para em menos de um segundo se ver parado no centro da Toca, com várias cabeças ruivas o olhando.

- Harry! – gritou Gina o abraçando antes mesmo que ele sentisse que o chão estava mais uma vez firme embaixo de seus pés – Fiquei preocupada! Porque demorou tanto?

- Não foi nada – respondeu o garoto se separando gentilmente da namorada, vendo os olhares de todos os ruivos presentes ali dirigidos a ele – Eu estou bem!

- Bem? – repetiu a Sra Weasley o abraçando assim como a filha – Bem você vai ficar depois de comer alguma coisa, você continua tão magrinho, querido.

Todos os presente, incluindo Harry, riram da expressão mandona e ao mesmo preocupada da matriarca.

- Agora, vocês quatro vão lá pra cima desfazer as malas e desçam para almoçar – falou fazendo as risadas cessarem pela sala – E você – continuou apontando para Quim – também fica para almoçar, e não se atreva a recusar.

O auror concordou sorrindo, sem nem ao menos pensar em contrariar a matriarca da família, se acomodando na sala com os outros que ficariam para o almoço.

Os quatro subiram os dois garotos em direção ao quarto de Rony, e as garotas para o quarto da caçula dos Weasley. Harry e Rony desfizeram as malas rapidamente, e foram se trocar, já que os dois estavam totalmente sujos de fuligem, graças a viagem via lareira.

Menos de cinco minutos depois que os dois terminaram de se trocar, Gina e Hermione entraram no quarto, ambas parecendo muito risonhas.

- Mamãe mandou vocês descerem para almoçarmos – falou Gina, entre risinhos.

- Nós já vamos descer – respondeu Rony arisco – e afinal, do que vocês duas estão rindo?

- Nada que seja da sua conta, Ronald – falou Hermione, saindo do quarto acompanhada pela ruiva, ambas ainda rindo.

- Dá pra entender? – perguntou Rony, para o amigo, que olhava a porta ainda parecendo confuso.

- Nem tente meu amigo, nem tente – concluiu Harry se levantando – vamos descer, antes que sua mãe mande as duas aqui de novo.

Rony concordou com a cabeça, e ambos saíram do quarto sem se falarem, cada um absorto nos próprios pensamentos, Rony ainda curioso com os risinhos das garotas, enquanto Harry ainda pensava na terrível hipótese de Voldemort atacar a Toca.

- Ainda bem que desceram – falou o Sr Weasley em tom brincalhão – ou ficariam sem comida.

Os dois garotos riram e se sentaram à mesa, junto dos outros membros da família, que estavam acompanhados de Quim e Remo.

O dia se passou o mais normal possível, apenas Gina era vista resmungando pelos cantos, alegando ter ganhado uma sombra-viva, já que nenhum dos irmãos, principalmente Fred e Jorge, a deixava mais de meio minuto sozinha, e conseqüentemente, não a deixando ficar nenhum tempo sozinha com o namorado.

Quim só deixou a casa depois do jantar, por insistência de Molly. A atmosfera na casa era o mais alegre possível, e todas as conversas giravam em torno de algo muito distante da atmosfera de medo que se instalava no mundo Bruxo. E todos só foram se deitar depois de Gina adormecer encostado no ombro de Harry, depois de repetir para mãe, pela enésima vez, que não estava com sono.

Logo que se deitou na cama de armar, Harry escutou os roncos do amigo na cama ao lado, mas também não demorou muito a adormecer, algo que não era muito comum, já que seus pensamentos o levavam longe, o impedindo de dormir tranqüilamente.

- Você tem certeza de que o fedelho está na casa daqueles traidores-do-sangue, Rabicho? – perguntou a voz ofídica de Voldemort, a seu servo que se encontrava ajoelhado à sua frente – Meus Comensais da Morte infiltrados no Ministério me disseram que Arthur Weasley iria passar as festas com os filhos na Romênia, e que o Potter ficaria na escola.

- Eu tenho certeza do que estou falando, mestre – respondeu o homem que casa vez mais se parecia com um rato – Nosso informante da escola, acabou de nos dar essa informação. Ele disse que viu o garoto conversando com aquela sangue-ruim amiga dele, e depois o viu indo para a Sala da diretora, junto com a sangue-ruim e os Weasley.

- Obrigado, Rabicho – falou o Lorde, em uma ordem para que o servo deixasse o aposento.

Rabicho fez uma reverencia exagerada e se retirou da sala.

- Se isso for realmente verdade – sibilou Voldemort em língua de cobra para Nagine que estava em seu colo – Meu presente de Natal chegara um pouco mais cedo esse ano, querida Nagine!

- Harry, Harry – chamou Rony impaciente sacudindo o amigo para que ele acordasse – Acorda, cara! Acorda!

Antes que pudesse evitar, Harry se levantou bruscamente virando-se para o lado e vomitando.

- O que aconteceu? – perguntou Rony preocupado – Você estava falando alguma coisa em língua de cobra, e de repente começou a suar frio e gritar coisas estranhas.

- Voldemort – falou em um fio de voz – temos que sair daqui imediatamente – continuou – Voldemort vai atacar a Toca para me matar.

Acordados pelos gritos de Rony, Remo, o Sr e a Sra Weasley entraram no quarto expressando grande preocupação, sendo seguidos pelos outros Weasley e Hermione.

- Voldemort vai atacar a Toca? – repetiu Remo exasperado, parecendo não querer acreditar – Tem certeza?

- Tenho – confirmou Harry, com sua voz ficando firme novamente – Eu tive outra visão. Voldemort estava perguntando a Rabicho se ele tinha certeza de que eu estaria aqui, e pelo que eu os entendi tem um informante na escola, ele ouviu minha conversa com a Hermione, hoje, mais cedo no Salão Comunal.

- Como isso é possível? – exclamou o Sr Weasley sem acreditar.

- Eu não sei Sr Weasley, só sei que agente tem que sair daqui o quanto antes – falou Hermione, calmamente.

- Isso é um absurdo! – falou a Sra Weasley – Não podemos sair daqui! Pra onde iríamos?

- Eu sei pra onde – falou Harry olhando para Remo – a casa que eu herdei de Sirius. Não é tão grande quanto a Toca, mais pelo menos é segura.

- Certo – concordou o Sr Weasley firmemente, tomando conta da situação – peguem todas as coisas importantes, sairemos daqui a meia hora – para em seguida deixar o quarto acompanhado da mulher.

- Eu sinto muito – falou Harry ao ver ele se virar com uma expressão tristonha no rosto – Desculpe-me por fazer-los ter que abandonar a casa de você.

- O que é uma casa comparada a sua vida, Harry? – falou o Sr Weasley ainda de costas para ele – Você não tem nada que se desculpar.

Enquanto cada um se dirigia ao próprio quarto para pegar suas coisas, Harry foi até o banheiro jogar uma água no rosto, para depois ir fazer a mala, pela segunda vez naquele dia.

Cerca de vinte minutos depois, todos já estavam reunidos na Sala, cada um com uma mala, contendo seus pertences mais valiosos. A Sra Weasley além das malas segurava o seu famoso relógio que não mostrava as horas e mais algumas coisas que deveriam ser heranças de família, como uma caixinha de jóias e um vaso de porcelana.

- Mas como vamos? – perguntou Fred.

- Aparatando – respondeu Remo – a casa é protegida pelo Feitiço Fiel do Segredo, que sou eu, mas Rony, Hermione e Harry já sabem da sua localização. Então faremos aparatações acompanhadas.

- Mas e o Gui e a Fleur? – perguntou a Sra Weasley impaciente – eles viriam para cá amanhã cedo.

- Então mandaremos um patrono os avisando agora mesmo – informou Remo, conjurando o seu, que assumiu a forma de um lobo, imediatamente – Pronto, agora podemos ir. Avisaremos a Tonks e Quim amanhã cedo, assim não precisaremos preocupá-los.

- Hermione você acompanhara Carlinhos e Rony você acompanhara Fred e Jorge – falou Remo – os dois sabem aparatar, vocês só vão precisar guiá-los – acrescentou ao ver o semblante preocupado de Rony.

- Despache as malas antes, Remo – aconselhou Arthur.

- Certo – falou o professor, fazendo todas as malas desaparecerem – Harry você acompanha Gina, e eu Arthur e Molly.

Todos concordaram e se colocaram ao lado de seus respectivos pares.

- Quando eu falar – ordenou Remo – agora – e quatro estalos foram ouvidos no meio ao silêncio da noite.

Harry sentiu a velha sensação de ser sugado pelo umbigo e logo sentiu o chão firme aos seus pés.

- Isso é horrível – reclamou Gina – Nunca mais vou querer aparatar na minha vida! Prefiro mil vezes voar.

- Você está bem? – perguntou Harry sorrindo.

- É, estou – respondeu se largando em um dos sofás, levantando uma espeça camada de poeira.

- Argh, ninguém limpou isso aqui, não? – reclamou levantando-se na mesmo instante.

- Temos apenas três quartos – falou Hermione, deixando a pergunta de Gina morrer no vazio – como vamos dormir, somos em dez.

- Daremos um jeito, querida – tranqüilizou a Sra Weasley – Nós sempre damos.

Como todos estavam cansados demais para continuarem conversando, todos foram se deitar. A Sra Weasley conjurou camas de armar para todos. Harry, Remo, Fred, Jorge e Carlinhos dormiram no antigo quarto de Sirius. Gina e Hermione em um dos quartos de hospedes, enquanto o Sr e a Sra Weasley ocuparam o segundo quarto de hospedes.

Todos pareceram pegar no sono, assim que se deitaram. Apenas Harry ficou se revirando na cama, sempre que conseguia dormir, era acordado por uma dor incomoda na cicatriz.

Na manhã seguinte a Sra Weasley os acordou pouco antes das 10horas. Quando todos tomavam café, Remo e o Sr Weasley já tinham saído, ambos tinham ido a cede da Ordem para avisarem a todos que estavam bem, e saber mais sobre o possível ataque à Toca.

Quando acabaram o café, e ajudavam à Sra Weasley a dar um jeito no andar de baixo da casa, Lupin aparatou seguido de Arthur, os dois pareciam muito eufóricos.

- Olhem isso – falou Remo jogando um jornal para Harry, que o abriu, fazendo Rony, Hermione e Gina se aproximarem para tentarem ler alguma coisa.

Na primeira pagina do jornal havia uma grande foto da Toca completamente tomada pelo fogo, com a Marca Negra pairando sobre ela. E em letra garrafais estava escrito ATAQUE À RESIDENCIA WEASLEY!, mais sobre o assunto pagina 10.

Harry abriu o jornal rapidamente na pagina 10, onde havia outra foto, agora mostrando como a casa havia ficado depois do incêndio.

Ataque à residência dos Weasley aumenta ainda mais a tensão no Ministério e no mundo Bruxo.

A casa foi atacada na noite passada por Comensais da Morte e provavelmente por Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado em pessoa. Segundo fontes não havia ninguém na casa na hora do ataque.

Acredita-se que o ataque tenha sido feito com a intenção de matar o menino-que-sobreviveu que aparentemente passava o recesso escolar na casa da família do melhor amigo, contrariando informações de que ele passaria o Natal na escola.

Nenhum Weasley foi encontrado para depor, o único, Percy Weasley, não quis se manifestar sobre o assunto, já que não vive mais com a família.

Agora só nos resta uma pergunta: onde está Harry Potter nesse momento? Será que ele está a salvo ou em poder daquele-que-não-deve-ser-nomeado? Para sabermos a resposta só adianta esperarmos! E torcer para que esteja tudo bem com o menino-que-sobreviveu!

Amélia Brecht

Harry leu a reportagem em voz alta e até a Sra Weasley parou para prestar atenção em Harry. Todos puderam notar uma lagrima cair pelo rosto da matriarca no momento em que Percy foi citado na matéria, a qual ela fez questão de secar rapidamente.

- Aquele idiota do Percy – sussurrou Fred ríspido – tenho certeza de que dever estar torcendo para que Voldemort tenha pego o Harry.

- Pelo menos o Profeta agora está do seu lado, Harry - falou Hermione ignorando o comentário de Fred.

O resto do dia se passou silenciosamente, ninguém parecia querer conversar muito. Gui e Fleur chegaram na hora do jantar, trazendo mais noticias sobre o caso, e as suas especulações. Já tinha até mesmo saído uma matéria escrita anonimamente dizendo que tinham visto Harry nos arredores da Irlanda.

No dia seguinte, véspera de Natal, Tonks também se juntou a eles. Passaram um Natal bem tranqüilo, a não ser pelo fato incômodo de estarem fora da Toca.

- Acho que todos podem abrir os presentes agora, não? – falou Arthur Weasley, depois que todos terminaram de comer a deliciosa ceia preparada pela matriarca com a ajuda de Fleur e Tonks.

Rapidamente todos se dirigiram à sala, onde tinha sido conjurada uma pequena árvore de Natal, enfeitada por Gina e Hermione onde tinham sido colocados os presente de todos.

Como sempre, Hermione distribuirá a todos vários livros, cada um sobre o assunto que mais interessava ao seu presenteado, enquanto Fred e Jorge deram artigos da Loja de Logros e Brincadeiras. A Sra Weasley deu seus conhecidos suéteres para todos, inclusive para Remo e Tonks. Remo e Tonks deram artigos de quadribol aos garotos, um livro a Hermione e um belo conjunto de vestes para Gina. E Harry também optara por artigos de quadribol para os garotos e um livro sobre Artes das Trevas para Hermione.

A comemoração foi chegando ao fim, quando o relógio marcou 2horas da manhã. Pela ultima vez, todos se desejaram feliz Natal e se despediram. Harry se demorou um pouco mais para se despedir da namorada, deixando um pequeno bilhetinho no bolso de suas vestes.

Gina pareceu não perceber, e junto de Hermione, Tonks e Fleur subiu para o quarto, mais quando foi colocar o pijama notou a existência do pequeno papelzinho em seu bolso. Abriu-o imediatamente, curiosa.

Ainda não te entreguei seu presente de Natal.
Encontre-me em 20 minutos na sala.
Beijos, Harry.

Gina guardou o bilhete cuidadosamente entre seus pertence, e terminou de se vestir, colocando um pesado pijama de inverno e deitou-se na cama, como as outras garotas. Mas todas pareciam agitadas de mais para conseguirem dormir.

No que para ela pareceu mais de meia hora, ou muito mais, as outras garotas caíram no sono. Então resolveu que já era hora de descer. Não queria que o namorado pensasse que não queria vê-lo. Levantou-se tentando fazer o menos barulho possível, e desceu as escadas na mesma cautela.

- Harry? – chamou em um fio de voz, assim que se viu sozinha na sala, onde ainda brilhavam as luzinhas da árvore de Natal – Você está aqui?

Nenhuma resposta ou sinal de que havia mais alguém na sala foi ouvida pela ruiva.

- Harry? – chamou de novo, dessa vez um pouco mais alto, atenta a qualquer sinal de movimento na sala.

Dessa vez o moreno apareceu pela porta que dava acesso à cozinha. Ele andava calmamente, e também cauteloso, para não fazer muito barulho. Ele ainda estava com as veste que passará o jantar, e segura em uma das mãos, uma pequena caixinha de veludo vermelha. Assim que viu a namorada parada no meio da sala, fez questão de guardar a caixinha cuidadosamente no bolso das vestes.

- Você demorou – falou baixinho e meio rouco ao ouvido da namorada – achei que não viria mais.

- Me desculpe, é que as meninas demoraram uma eternidade para dormir – respondeu, com a respiração falha, por causa da proximidade – pareciam querer passar a noite toda em claro.

- Não tem problema, ruiva – respondeu sorrindo levemente, e passando a mão pelos cabelos, em um ato tão característico – Eu sei que sempre vale à pena esperar por você! – completou, dando um beijo doce na testa da garota.

Gina sorriu um pouco envergonhada, e Harry não soube se era apenas o reflexo das luzinhas de Natal, e se realmente a garota tinha ficado tão vermelha quanto os seus cabelos.

- Mas não foi pra te ver vermelha que eu te chamei aqui, Ginny- continuou com um sorriso ainda maior – Foi para te entregar o meu presente de Natal!

E dizendo isso, ele pegou a pequena caixinha que guardara no bolso das vestes e a abriu lentamente na frente da ruiva, revelando dentro dela um delicado par de alianças feitas de ouro branco.

- Harry – sussurrou a garota ainda atônita.

Sem esperar outra reação da ruiva, Harry pegou uma das alianças, a que parecia ser a menor, e delicadamente colocou-a no anelar da garota, que ainda permanecia sem ação alguma.

- Harry – tentou ela mais uma vez, parecendo finalmente voltar de seu estado de transe – ela é muito linda!

- Então você gostou? – perguntou ele, com um fio de insegurança na voz.

- Se eu gostei? – repetiu a ruiva admirando a delicada jóia – É simplesmente perfeita!

- É pra combinar com você – respondeu Harry sorrindo ainda mais, ou ver que a ruiva tinha gostado realmente do seu presente.

Ainda sorrindo, Gina pegou a outra delicada jóia da caixinha, e repetindo o ato do moreno a colocou no anelar do garoto, cuidadosamente, como se tivesse medo de quebrá-la. Para depois ter seus lábios capturados pelos do namorado, doce e apaixonadamente.






Harry e Gina foram os que mais demoraram a acordar na manhã seguinte. Todos pareciam animados, mais ao mesmo tempo um pouco sonolentos. Assim que sentaram-se para tomarem o café da manhã. Rony disse a mãe que ele Harry, Hermione e Gina iriam até o Largo Grimmauld acompanhados de Remo.

- Vocês não vão a lugar algum - gritou a matriarca irredutível - Não vão sair daqui para se arriscarem em qualquer lugar!

- Mamãe, nós não vamos nos arriscar - falou Rony, pacientemente - vamos apenas até a Sede, só isso, e Rony ainda vai com agente - completou.

- Não senhor, vocês não vão sair dessa casa a não ser para voltarem a escola - contestou a Sra ainda mais nervosa.

- Mamãe, nós precisamos ir - continuou Rony, paciente - além do mais já somos maiores de idade, não pode nós impedir de sair daqui!

- Vocês são - retrucou a matriarca, vendo que tinha perdido a batalha - Mas a Gina não é, por isso ela fica aqui!

- O quê? - perguntou Gina indignada - Nem pensar! É claro que eu vou com ele, mamãe! Isso não é justo!

- Não, você não vai Virginia Weasley - ralhou a mãe - vai ficar bem aqui, onde eu possa vê-la!

- Tudo bem - concordou a ruiva surpreendendo a todos, que achavam que as duas não parariam de discutir tão cedo - Fazer o quê, não? Eu fico!

Harry a encarou sem entender, nunca tinha visto a ruiva desistir de uma briga tão cedo. Rony parecia ter caído num universo alternativo, apenas Remo, agia normalmente.

- Então, se é assim - falou Remo, lançando um olhar desconfiado à ruiva - Podemos ir?

- Vamos - concordaram os outros três, ainda sem entender nada

- Quando eu dizer, aparatamos em frente a porta do número doze, certo? - falou olhando para os três, e recebendo um sinal de afirmação - Agora.

O que se passou a seguir foi muito rápido para se entender na hora. Antes que Harry desaparecesse da sala, Gina segurou seu braço, o apertando junto dela, aparatando junto com o namorado. Deixando para trás uma nervosa Sra Weasley, para depois aparecerem em frente ao número doze.

- Por que fez isso? - ralhou Rony, ao ver a garota aparecer junto com Harry.

- Você achou mesmo que eu ficaria esperando em casa enquanto você se divertem aqui? - retrucou a garota, sorrindo divertida.

- Eu tinha certeza de que faria isso - comentou Remo, lançando alguns feitiços na porta para depois abri-la cuidadosamente, impedindo a passagem dos outros quatro, para em seguida conjurar um feitiço desconhecido dos garotos, que formou uma espécie de bolha de proteção em volta deles, os defendendo de vários feitiços lançados pela escuridão da casa.

- Como sabia que eu faria isso, Remo? - perguntou Gina, assim que a bolha desapareceu e os cinco entraram na casa.

- Passei tempo de mais com Sirius e Tiago para saber disso - respondeu o professor enigmático, fechando novamente a porta com alguns feitiços.

- E então, podemos chamar o Monstro? - perguntou Rony se jogando em uma das poltronas.

- Claro - concordou Remo, estudando a sala cuidadosamente.

- Certo. Monstro! - chamou Harry em voz alta, fazendo com que segundos depois um velho e sujo elfo aparecer na frente deles.

O elfo fez uma reverencia exagerada para Harry, fazendo com que seu nariz chegasse a bater no chão, e em seguida fez uma meia reverência para Gina, deixando Rony, Hermione e Remo confusos.

- O Sr Potter me chamou o Monstro? - perguntou a criaturinha fazendo outra referência ao mestre - O que o Mestre deseja do pobre Monstro?

- Monstro, quero que responda à todas as perguntas que forem feitas a você - ordenou Harry seriamente - e não minta.

O elfo concordou com a cabeça reverenciando seu mestre pela terceira vez.

- Certo, quando Sirius estava fazendo a limpeza na mansão, você pegou entre o que ele iria jogar fora um medalhão com um grande S gravado? - perguntou Harry, se ajoelhando para ficar da mesma altura do pequeno elfo.

- Sim - respondeu o elfo meio a contra gosto, para em seguida bater a própria cabeça contra o chão.

- Para, Monstro - ordenou Harry e o elfo parou no mesmo instante de se castigar - Onde você o colocou? - perguntou em seguida.

- Eu o escondi - falou o elfo - Eu o escondi no quarto do meu antigo Sr, mestre. No quarto do meu mestre Régulos, onde ninguém pudesse o encontrar. - completou sorrindo debilmente.

- Mas porquê no quarto de Régulos? - perguntou Harry.

- Porque ele pertencia ao meu mestre Régulos, antes dele morrer - respondeu o elfo, fungando sentidamente.

- E como ele veio parar aqui na mansão? - perguntou Harry ansioso.

- Porque foi o meu mestre que o trouxe. Ele chegou aqui em uma noite chuvosa parecendo muito mal. Parecia ter ficado louco. Falava coisas, que o pobre Mostro não conseguia entender. Mas mesmo assim ele mandou Monstro destruir o medalhão de qualquer jeito , e ordenou também que eu nunca revelasse isso para a minha senhora. Mas no dia seguinte, quando eu entrei no quarto do meu mestre para levar o café da manha, ele estava morto. Ninguém soube o porque, todos acharam que Voldemort o matou, mais ele morreu de loucura, isso sim, de loucura - contou o elfo entre fungadas - Mas Monstro falhou, nunca conseguiu destruir o medalhão. E Monstro se castiga até hoje por isso!

- Então Régulos era realmente R.A.B! - falou Remo espantado com a recente descoberta.

- Vamos logo, temos que achar o medalhão logo - falou Harry - Monstro, onde está o medalhão agora?

- Está no quarto do meu antigo senhor, Régulos - respondeu o pequeno elfo fazendo uma outra reverência ainda mais exagerada do que todas as outras.

- Certo - concordou Remo - então vamos lá em cima procurar pelo medalhão.

Os cinco subiram rapidamente as escadas da mansão, sem se importar em acordar o quadro da Sra Black e foram direto ao quarto ao lado do de Sirius.

O quarto de Régulos era totalmente coberto com papéis de parede que assim como o lençol de sua cama eram verde e prata, cores que realçavam o orgulho que ele tinha de pertencer a Sonserina. Nas estantes haviam vários livros, todos sobre feitiços e poções. O quarto parecia ter sido revirado várias vezes nos últimos tempos, e estava extremamente sujo.

- Onde você guardou o medalhão, Mostro? - perguntou Harry olhando para a criaturinha que observava todo o quarto com um certo pesar.

- Monstro o guardou no cofre de Régulos - respondeu Monstro mais educado do que jamais tinha sido com Harry - Bem ali atrás daquele símbolo da Sonserina, senhor - completou.

Harry chegou mais perto do quadro que Monstro apontou, e o retirou da parede revelando um pequeno cofre.

- E como vamos abrir o cofre? - perguntou Gina olhando atentamente para o pequeno cofre, que pedia uma combinação de quatro números.

Monstro passou por eles e colocou os fininhos dedos sobre o cofre, e sem precisar realmente colocar uma combinação ele abriu o cofre tirando lá de dentro o medalhão que um dia pertencera ao antecedentes de Voldemort. Monstro o pegou com o maior cuidado e em seguida o entregou para Harry.

- É mais uma Horcrux - falou Rony animado - menos uma para acharmos!

- Ótimo - comemorou Hermione - acho que agora podemos ir embora daqui não, é? Esse lugar me dá arrepios!

Todos concordaram com a garota, e sem mexer em mais nada no quarto, voltaram à sala, Harry mandou que Monstro voltasse para a escola e não contasse aquilo para ninguém, e depois os cinco foram embora da casa.

Assim que entraram na casa de Harry, foi possível se ouvir os gritos da Sra Weasley com Gina, a garota parecia não ligar para o que a mãe dizia, e foi direto para o quarto que dividia com Hermione.

Rony, e Harry foram até o quarto deles e Harry guardou o medalhão cuidadosamente no seu malão e depois ambos voltaram à sala. Assim que desceu o último degrau da escada em caracol Harry levou um susto. Na sala estavam Fred, Jorge, Gui e Carlinhos todos se viraram para encarar o moreno assim que ele entrou na sala.

- O que houve? - perguntou Harry sem entender os olhares questionadores dos quatro ruivos.

- Acho que nós precisamos conversar, Sr Potter - falou Carlinhos olhando para Harry muito sério, mais por dentro tentando segurar o riso - Você não concorda Rony?

- Eu concordo - falaram Fred e Jorge em uníssono, e Rony apenas concordou com a cabeça.

- E sobre o que seria? - perguntou Harry, mesmo sabendo do que os ruivos falavam.

- Sobre o seu namoro com a nossa irmã - falou Gui - Mesmo você sendo o grande Harry Potter terá que concordar com algumas regras.

- E se eu não concordar? - perguntou Harry em tom zombador.

- Não se esqueça que mesmo sendo bom em feitiços Harry, nós somos cinco e você apenas um - respondeu Carlinhos sorrindo.

- E quais seriam essas regras? - perguntou Harry tentando conter o riso. Isso só pedia ser brincadeira.

- Nada de encontros em corredores escuros e desertos da escola - começou Fred levantando-se para ficar na mesma altura de Harry.

- Nem mesmo em corredores claros e cheios de gente - completou Jorge também se levantando.

Harry dessa vez não pode conter o riso, aqueles ruivos só podiam estar tirando com a cara dele.

- Mais alguma regra? - perguntou quando se recuperou da crise de risos.

- Claro que tem - respondeu Carlinhos, parecendo ainda mais serio que os outros - Você tem que manter uma distância mínima de um metro um do outro.

- Vocês só podem estar brincando, não é mesmo? - perguntou Harry, agora sem nem um rastro de que queria rir.

- Vamos parar com isso - falou Rony, finalmente caindo na gargalhado com a cara que Harry fez - tenho que concordar que isso foi muito engraçado, mais o Harry já está ficando visivelmente preocupado.

Nesse momento os outros quatro também caíram no riso, Fred e Jorge até se jogaram no chão de tanto que riam da cara que Harry faziam.

- Vocês podem parar de rir agora, e me explicar o que está acontecendo? - pediu Harry ainda com cara de poucos amigos.

- Harry, você devia ter visto a sua cara - falou Gui, em meio a risadas - foi hilário.

- Então vocês não estão falando sério? - perguntou Harry desconfiado - vocês só estão querendo rir da minha cara, não é?

- É claro que não estamos falando sério - respondeu Rony - agente só queria rir da sua cara mesmo - completou rindo.

- Foi o que eu imaginei - concordou Harry mau-humorado.

- Mais não se esqueça - falou Fred.

- Saia um dedinho da linha, e sentira a fúria de cinco ruivos - completou Jorge.

- Eu não seria louco de esquecer disso - retrucou Harry sarcástico.

Os cinco ruivos ainda pentelharam Harry a tarde inteira, só parando quando Gina pareceu se enfurecer bastante e a Sra Weasley teve que interferir no assunto. Rony parecia não quere se meter em confusão, por isso, era o único que pegava leve com Harry, mais o morenos nem parecia ligar para o que os ruivos falavam.

Depois do jantar, Harry parecia muito pensativo, e do nada saiu correndo em direção ao quarto que dividia com todos os garotos. Rony, Hermione e Gina sem entender nada, foram atrás do garoto.

- O que aconteceu Harry? - perguntou Gina ao ver o namorado abaixado procurando alguma coisa dentro do seu malão.

- Já sei como destruir isso - falou Harry, mostrando o medalhão para os outros três - Não sei como não tinha pensado nisso antes. É tão obvio!

- O quê é tão obvio? - perguntou Hermione sem entender nada que o amigo falava.

- Temos que destruir o medalhão do mesmo jeito que eu destruí o Diário do Riddle - respondeu Harry, como se desse um fim a todas as perguntas do outros três.

- A claro, Harry, eu tenho um grande estoque de dentes de basilisco no meu quarto - falou Rony sarcástico.

- Não estou falando do dente do basilisco, e sim do veneno do basilisco - respondeu Harry como se fosse obvio.

- Ainda não entendi Harry, como vamos conseguir o veneno de basilisco? - perguntou Hermione mais educadamente do que Rony.

- Nós já temos o veneno - respondeu Harry, mais continuou ao ver a cara de ponto de interrogação do outros três - Na espada de Grifinoria! A espada com que eu matei o basilisco! Aquela que está na sala da diretora.

- Você tem certeza disso, Harry? - perguntou Gina sorrindo.

- Quase certeza absoluta disso, Gina - respondeu Harry - lembram-se do anel de Servolo? - perguntou olhando para Rony e Hermione que concordaram com a cabeça - então, ele estava rachado no meio, quando Dumbledore me mostrou, com certeza foi assim que ele o destruiu.

- Acho que você tem razão, Harry - concordou Hermione pensativo - tudo se encaixa!

- Então, acho que estamos cada vez mais perto de acabar de vez com isso - falou Harry sorrindo ainda mais.




Finalmente esse cap está terminado!! Demorou mais saiu! Gente por favor comenteeem! Nem que seja pra dizer que a minha fic está horrivél e que eu devia parar de escrever para sempre!! ... ashahshahshahs Fernanda Alves de Campos Obrigada por comeentar! Ainda beeim que está gostando da fic!! ... H/G tmabém ée meu casal preeferidO, adoro escrever sobre eles! ... E sobre as cenaas maais queentees... é claro quee vaai teer algumaas delaas, maais vocêe vaai teer que esperaar um poukinhO maais ... ahshashhashas ... Continuaaa comeentando, táaa!! BeeeijO. ♥Mααy.Pontαs.Potter Táah aaaíi o finaaal do capitulo, espeero que tenhaaa gostaado!! BeeijiO Danielle Pereira Obrigaado peeelo comeentario! Pra miim éeh muitO importante sabeer que teeeim alguéem gostando da minhaaa fic!! O tiio Voldii volto neesse capitulo, maais aindaa nãao teeim muiita açãao. Prometo quee os proximos terãao maais emoçãao! ... Andeei revisaaando os últimos capitulos e concerteei alguns errinhos! Brigaado pelo comeente, ee voltee aquiii sempree quee deer, táah!! Beeijãao! Obrigaado por lereeem a minhaaa fic!! Comeentem e voteem por faavOr BeijOs ee atéeh o proximo capitulo! ♥

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