Tudo que é proibido é mais gos

Tudo que é proibido é mais gos



N/a: Vejam bem, tudo que é vivo sempre aparece um dia!!=D Eu queria pedir milhões de desculpas pela demora, mas é que... pra ser sincera eu não sei porque eu demorei tanto pra postar, uma coisa foi engatando na outra, aquela conhecida história de deixar pra amanhã aquilo que tem que ser feito hoje. Até perdi minha beta nesse meio tempo, mas felizmente já a reencontrei, se bem que ela não betou esse capítulo então perdoem os errinhos alheios. Mas, vocês não queriam que eu demorasse mais um pouco para postar, neh?? O fato é que finalmente cá está o capítulo três, e confesso que eu fiquei bem surpresa e orgulhosa quando eu o reli, até que ele ficou bem bonitinho!!! Ah! E um aviso importante, bem, o roteiro e a idéia da história foram criados bem antes do lançamento do sétimo livro, consequentemente ela virou uma história não é nem um pouco cânon, eu até pensei em fazer umas modificaçõeszinhas pra deixar pelo menos possível, mas teria que ser muita coisa. Mas eu garanto que a magia da história não foi nem um pouco perdida, eu acho que até ganhou, afinal, se alguém queria que o Fred realmente morresse não leia a minha fic que eu não deixo seu INSENSÍVEL!!! Mentira, se você quiser e não se incomodar de ser chamado e de ser um sem coração desalmado, não vai ser eu quem vai se incomodar... Mas sem mais demoras, eu fico muito tempo sem postar e depois fico enchendo vocês de informações dispensáveis só porque eu sou uma pessoa extremamente comunicativa...Chega Giana!!!¬¬’

Bem no resumão, a história não é canon e o terceiro capítulo está aqui em baixo...


Frase:
The world would be a lonely place
Without the one who puts a smile one your face
So hold me until the sun burns out
I won’t be lonely when I’m down
'Cause I've got you
(I've Got You - McFly)

O mundo seria um lugar solitário
Sem aquela pessoa que põe o sorriso no seu rosto
Então me abrace enquanto o sol nasce
Eu não vou ficar sozinho quando eu estiver para baixo
Porque eu tenho você


Capítulo III:

Tudo que é proibido é mais gostoso
.




O parque estava tranqüilo e calmo. As árvores balançavam docemente devido à brisa que embalava mais essa manhã de inverno, uma das últimas manhãs, mas, indubitavelmente, essa era a mais especial. A neve que se esparramava pelo chão, aos poucos ia derretendo, dizendo “até breve” para o inverno e “seja bem-vinda novamente” para a primavera. Não havia muitas pessoas nesse começo de manhã, uma pena, pois a vista do parque nesse final do nascer do sol estava linda. As flores pequeninhas soterradas pela neve aos poucos brotavam e sorriam quando o sol tocava suas pétalas, a coloração rósea do céu completava a vista.

Contudo, isso não estava sendo desperdiçado por completo. Pela estradinha de pedrinhas ladrilhantes um casal seguia o seu caminho, observando o reflexo do sol no lago límpido. Esse parque era um dos poucos que não havia sido atingido pela poluição e conservava sua pureza irredutivelmente. Um belíssimo lugar para se apreciar ao lado de alguém especial.

O casal continuava a andar pacificamente, agora olhando e discutindo sobre os patos que nadavam no lago. Eles sorriam abertamente como se não se vissem há anos e esse fosse o seu reencontro. Realmente era isso que acontecia, Ron e Hermione finalmente haviam se reencontrado. Era por isso que essa manhã era especial, e iria ficar gravada na mente deles para o resto de suas vidas, na mente deles e de todos que estivessem próximos deles e que os amassem.

Ainda sorrindo alegres, agora não mais discutiam sobre os patos, e sim estavam à procura de um banco no qual pudessem se sentar, até que o lugar perfeito foi escolhido. Um pequeno banco de madeira maciça se encontrava na beira no lago, convidando as pessoas a se sentarem. Ele era encoberto por uma imponente árvore que dava uma impressão de proteção e sua vista era privilegiada. Ron e Hermione se acomodaram no banquinho e ficaram a observar o sol que estava terminando de nascer, o qual formava uma linha vermelho vibrante no horizonte. Tudo estaria perfeito se não fosse às dúvidas que martelavam a mente de ambos e as cicatrizes mal curadas que laceravam os seus corpos.

Ron tentando disfarçar suas perturbações começou a roçar seu pé na neve, fazendo pequenos círculos distraidamente. Seus cabelos alaranjados caiam sobre a face escondendo seu rosto e lhe dando um ar misterioso, de círculos em círculos ele formou um pequeno coração, que aos poucos foi aumentando, se tornando maior. Hermione já havia começado a acompanhar os movimentos do ruivo, ao ver o desenho que se formava um pequeno sorriso começou a nascer no seu rosto. Depois de dar os retoques finais no coração, Ron levantou a cabeça lentamente e olhou para a face corada de Hermione, a qual estava sorrindo. Tímido, ele retribui.

A leve brisa que balançava as árvores intensificou-se repentinamente, fazendo com que os galhos balançassem mais fortemente e que a neve contida neles se desprendesse rapidamente causando uma repentina chuva de flocos que foram se atando em todos os lugares em que pousavam. Um de seus alvos foram os cabelos de Hermione, vários floquinhos se engataram no seu cabelo que formavam volumosos cachos cor de chocolate, agora pintado de mexinhas brancas.

Ron, atento ao fato, levantou a mão e suavemente retirou os floquinhos presos nos cachos de Hermione. Todavia, em determinado momento a mão dele escorregou por um fio e roçou de leve no rosto dela. O roçar virou um toque, Ron pôde sentir a textura da pele macia de Hermione sobre a sua mão, como ele queria sentir a textura de todo o corpo dela pressionado contra o seu.

A sensação das mãos de Ron no seu rosto, fez com que Hermione sentisse um arrepio percorrer toda a sua espinha a fazendo estremecer. Ela pousou sua mão de leve em cima da dele e encarou os seus olhos, sentiu-se voar livremente através do céu azul dos olhos de Ron. Como ela amava aquela sensação de liberdade.

Os seus rostos foram se aproximando vagarosamente, eles estavam envolvidos pelo momento. O ruivo podia sentir a pele do rosto de Hermione, que estava sob a sua mão, ficar quente. Os corações aceleraram, as respirações se misturaram, a cada segundo eles estavam mais próximos. Ela já havia fechado os olhos, não se importava mais com o que estava acontecendo em sua volta, ou no que ela mesma estava fazendo. Aproximando mais ainda seu rosto, Ron roçou o seu nariz nas bochechas de Hermione, que já havia entreaberto os lábios. Mesmo estando a milímetros, suas bocas não agüentavam a distância, elas queriam mais, elas queriam o contato, queriam ficar seladas para sempre.

Desejando aumentar a ligação, Ron avançou um pouco mais com sua cabeça, até que finalmente seus lábios se tocaram, umedecendo os lábios um do outro com o sabor doce de ambos. Tudo em sincronia... Foi quando eles ouviram gritinhos agudos e se afastaram rapidamente assustados, pensando que estavam fazendo algo de errado. Então, ao longe, eles avistaram uma massa de criancinhas que estavam se dirigindo para o lago mais próximo para poderem patinar, aproveitando umas das últimas manhãs do inverno.

Encabulados pelo o que quase haviam feito, eles desviaram os olhares tímidos, cada um para um lado. Aos poucos Hermione desvirou a cabeça e voltou a olhar Ron que tinha as orelhas fumegando. Tentando quebrar o clima desconfortável que pairava no ar, ela começou a falar:

- Olhe que lindo que está o céu. – vendo que ela foi ignorada pelo ruivo, quem não fez nenhum movimento, ela perguntou desconfortada. – Está tudo bem?

Ron levantou a cabeça de supetão e desatou a falar:

- Olha Hermione, eu não queria ter feito aquilo, eu apenas fiquei envolvido no momento... Sabe, fazia tempo que a gente não se via, eu estava com saudades... E, se você estiver brava e nunca mais falar comigo eu vou entender perfeitamente. Eu fui abusado, eu admito...

Ele interrompeu o seu discurso, pois percebeu que Hermione nem estava olhando para ele. Ela focava o horizonte tranquilamente e via algumas das criancinhas brincando de fazer anjinho na neve, sorrindo ela se virou para Ron e disse:

- Tá tudo bem, você não foi abusado, e se você acha que foi pode continuar a ser... – Ele olhou para ela com uma cara mais assustada ainda. Hermione realmente tinha mudado. Ela, sentindo um orgulho pela mudança de ambos, aumentou seu sorriso para confirmar a afirmação e mudou de assunto rapidamente. - Olhe aquelas criancinhas ali, perto do lago, veja o que elas estão fazendo... Isto te lembra alguma coisa?

Ron surpreso olhou em direção ao lago congelado ali perto. Algumas crianças patinavam, mas as outras estavam deitadas na neve e mexiam os braços e as pernas freneticamente para cima e para baixo. Elas gargalhavam em alto e bom som. Vasculhando em sua memória ele se lembrou de quando Hermione lhe apresentou essa brincadeira. Incondicionalmente, ele sorriu e disse:

-Eles estão fazendo...

-Anjinhos na neve. – Hermione o completou.

Os dois se olharam e mergulharam no túnel do tempo.

***Hogwarts, 5ª ano, jardins, inverno. ***

Caminhando por entre a neve dos jardins de Hogwarts, um casal de um ruivo e uma morena seguia numa discussão fervorosa. Ela usava um gorro chamativo que encobria seus cabelos volumosos, e também uma luva e um cachecol que combinavam com o gorro, os quais de cores vibrantes e quentes. Ele usava o próprio cachecol da Grifinória, vermelho e dourado, sem luvas ou gorro, mas a coloração vermelha alaranjada de seus cabelos combinava com o gorro dela. Como se não bastasse às cores vibrantes eles continuavam a discutir em alto som, suas capas esvoaçantes roçavam na neve, mas eles não ligavam se estavam chamando a atenção, afinal, os jardins estavam praticamente vazios.

-Eu não entendo o porquê do Harry não aceitar ser o nosso “professor”. Ele é o único que pode nos ensinar alguma coisa, o único que já enfrentou o Vol..Voldemort. – Ela falou tentando ser decidida, mas fraquejando no nome Daquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado.

- Eu também não entendo, mas quem pode com a teimosia do Harry? – ele completou indagando depois de ter feito uma careta ao ouvir O Nome.

- Eu sei, mas temos que convencê-lo. Vamos organizar uma reunião com os possíveis membros, e então ele verá quantos o apóiam e como precisamos de sua ajuda.

- Sendo ele o único que pode nos ajudar ele não poderá recusar.

- Isso mesmo.

Felizmente haviam entrado em um consenso, o que era raridade se tratando de Ron e Hermione. Agora o próximo passo era falar com Harry e sua teimosia, uma tarefa um tanto quanto difícil, mas eles conseguiriam.

Com o intuito de descansar, eles sentaram perto de uma árvore sem folhas, devido à força do inverno. Sem se contentar em apenas sentar ambos deitaram, então, Ron ouviu um sussurro:

- Ei! Ron, você sabe fazer anjinho na neve?

- O que?

-Anjinho na neve. É uma típica brincadeira trouxa no inverno.

- Como é?- ele perguntou curioso.

- Levante-se e veja.

Levantando-se devagar para não escorregar na neve, ele endireitou-se e fitou Hermione deitada, estendida na neve. Foi então que ela começou um movimento, mexendo os braços para cima e para baixo formando como se fosse uma asa, contudo, no momento em que iria começar a mexer as pernas ela bateu seu pé na perna de Ron, sem querer, mas lhe dando uma rasteira.

Ele caiu sobre ela, ficando os dois um sobreposto ao outro. Ofegantes e assustados, as respirações aceleraram e as fumacinhas provocadas pela condensação do ar se misturaram, eles estavam próximos demais. Ambos encaravam na profundeza dos olhos dos outros sem saber o que fazer, estavam sem reação.

Despertando de súbito, Ron levantou-se desajeitado colocando a mão em lugares indevidos para se apoiar e deixando assim, as bochechas de Hermione bem coradas. Todavia ele se levantou e então Hermione pode demonstrar o anjinho, um pouco vermelha, mas conseguiu.

***



Perdendo-se em risadas, ambos punham a mão na boca tentando conte-las. A alegria emanava deles, há muito tempo Hermione não ria tão abertamente sem se preocupar com nada. Naquele momento ela não lembrava de que tinha emprego, casa, um nome a zelar, ela simplesmente se sentia voando livremente por aí. Não havia dor, não havia tristeza, melancolia, medo ou lembranças rancorosas para atormentá-la, só havia ela, voando sob a proteção do céu azul dos olhos de Ron.

Mas como tudo que é bom dura pouco, Hermione logo muchou seu sorriso. Ao longe ela viu um casal se aproximar, era um ruivo e uma loira oxigenada. Sem se conter seus pensamentos logo voaram até Lavander, e ela perguntou subitamente:

- Você tem visto a Lavander? – Sua cabeça começou a arder, ela não sabia, era de raiva e ciúmes.

Ele se assustou com a pergunta dela, não entendendo o motivo pensou que ele havia se confundido e indagou:

- O quê?

- Você tem visto a Lavander? – Ela perguntou novamente, mas não com a mesma pose, e sim, muito mais tímida.

- Por quê? – Ele perguntou, ainda não entendendo o motivo disso.

- Não faça perguntas, por favor, só responda. – Ela pediu num fio de voz. Por que ele estava evitando responde-la? Será que ele realmente estava com ela e não queria estragar o momento?

- Não.

- Não vai me responder?

- Não, eu não vejo Lavander desde o sétimo ano.

Os lábios dela se entortaram para cima de leve, felizmente ela conseguiu disfarçar isso para Ron.

Ainda confuso ele olhou em volta e também avisou o casal, então entendeu a pergunta dela. Feliz seus lábios também entortaram para cima de leve, curioso e nervoso com a possível resposta ele perguntou:

- Você está casada?

Foi à vez de Hermione o olhar assustada, mas ela logo respondeu:

- Não. E você?

- Também não.

- Tem namorada?

-Não. E você?

- Também não.

- E namorado?

-Hã – Ela o olhou confusa novamente, vendo que ele sorria entendeu a brincadeira. – Ah, não e você, algum namorado? – perguntou cínica.

- Felizmente esse lado não me atinge.

- E quais são os que lhe atingem?

Ele pensou em responder você, mas mudou de idéia e disse:

- A violência dedal. – e não pode deixar de sorrir.

- O quê? – Ela perguntou mais do que confusa.

- Assim, vou lhe demonstrar.

Dizendo isso ele atacou a barriga de Hermione com os dedos, a enchendo de cócegas. Ela explodiu em risadas e com um acesso de risos incontroláveis quase caiu no chão. Depois de muitas contorções e leves gritinhos Hermione finalmente conseguiu conter Ron, segurando-lhe os pulsos.

-Chega!- Ela disse ainda rindo

-Tem certeza? – ele perguntou

- Absoluta.

- Ok – ele disse se dando por vencido.

Tentando se acalmar, os dois fitaram o horizonte com os corações disparados e a respiração descompassada, pensando na loucura que essa simples manhã de inverno tinha virado. Depois de alguns minutos as respirações e batidas cardíacas voltaram ao normal, ela deu um leve murmuro:

- Nós parecemos dois adolescentes bobos.

- E daí? – ele questionou com um sorriso maroto nos lábios se aproximando de leve. Sua timidez variava muito, outrora encabulado depois maroto, esses eram os efeitos que ela fazia nele, o deixava completamente maluco e confuso.

- Simplesmente porque não somos mais adolescentes. – ela respondeu séria olhando fundo nos olhos dele.

- Você nunca irá mudar, né? – Ele disse ainda sorrindo e agora com ternura no olhar. – Que bom, porque é assim que eu gosto de você.

Ela sorriu de conto de boca e voltou a fitar o horizonte. Sim, essa manhã estava sendo especial e com certeza ficaria gravada para sempre na memória de ambos. A memória de um doce reencontro.

Depois de mais alguns segundos em silêncio, onde os dois vagavam pelas entranhas de suas lembranças e recordações. Hermione desfez o sigilo:

- Você mora aqui por perto?

Ron desligando-se de seus pensamentos fitou-a, e respondeu:

- Sim. Eu saí de casa cedo e fui tomar café numa lanchonete aqui por perto, em baixo do meu prédio. Então saí andando por aí pensando no que iria fazer, já que o Harry está em lua-de-mel, esse nome é tão entranho... – Ele completou, referindo-se à “lua-de-mel”. – Foi aí que eu esbarrei com você.

- Há. – Hermione acendiu.

- E você? Pelo que vi estava trabalhando, carregando todos aqueles papéis.

- É verdade. Eu estava à trabalho, procurando um suspeito de comercializar artigos de artes das trevas, essas são as fichas dele. – Ela indicou os papéis e pastas em cima do banco. – Eu me formei auror, você sabia?

- Sim. O Harry e a Ginny comentaram isso.

- E você? No que está trabalhando? Espero que esteja trabalhando.

- Ah, estou sim. – ele sorriu. – A vida já não mais aquela moleza que era em Hogwarts, se bem que, a gente não tinha tanta moleza assim em Hogwarts.

Ambos riram

- Eu estou trabalhando na sessão de Artigos Esportivos no Ministério, atualmente estou organizando o Torneio Mundial de Xadrez Bruxo.

- Ah, que legal, você deve estar feliz com o seu trabalho.

- Sim. Eu preferia estar na área de Quadribol, mas... Está muito bom assim.

Um breve silêncio se instalou, mas Ron logo o expulsou:

- Hermione, você por algum acaso estava trabalhando em pleno final de semana? – ele indagou.

- Claro! – Ela exclamou. – Final de semana não é sinônimo de relaxo.

- Mais é sinônimo de descanso! Eu não acredito que você ainda é neurótica assim no final de semana. Você realmente não muda.

- Há! Será que sou eu que não mudo ou você? Que continua relaxado como se nada tivesse importância.

-Epa! Claro que eu dou importância para algumas coisas.

- Algumas coisas? Que tipo de coisas?

- O meu descanso e bem estar, por exemplo. Vamos Hermione, é apenas um final de semana. Até Deus tirou descanso nesses dois últimos dias.

- Eu não sabia que você acreditava nesse Deus, nem mesmo que o conhecia.

- Há muitas coisas que você não sabe ou não conhece em mim Hermione. – ele disse em tom misterioso.

- Ok, mas a propósito, Deus não tirou descanso nesses últimos dois dias. Ele tirou só no domingo, e hoje é sábado.

- Acontece que eu não sou Deus, por isso tenho mais descanso que Ele.

- Há! Então você acha que tem mais direito que Deus de tirar férias?

- Não, apenas acho que não tenho tanto trabalho como Ele, por isso, consigo tirar um descanso maior.

- Mente pequena, por que você não tenta ser igual a Deus? Ou pelo menos parecer com ele.

- Porque eu estou muito feliz sendo Ronald Billius Weasley.

- Hã! Pois eu quero ser mais do que Hermione Jane Granger.

- Se você quiser, eu posso te adicionar um Weasley no final. – Ele falou brincalhão.

Ela corou.

- Não obrigada, nesse ponto eu estou feliz sendo apenas Hermione Jane Granger. – Ela disse entrando na brincadeira timidamente.

- Você é quem sabe Hermione Jane Granger “Weasley”.

Ela tentou fita-lo com um olhar mortífero, mas não conseguiu, pois logo caiu na risada com a cara de sentido que Ron fez.

- Você não presta. – disse se dando por vencida.

- E você não muda. Eu ainda lembro as tardes dos finais de semana que você fez eu e o Harry passarmos estudando.

- Ah! Nem foram tantas, e quando eu estava na biblioteca vocês tinham um descanso... No final você que ia atrás de mim na biblioteca.

Ela logo percebeu que não deveria ter falado aquilo, mas já havia dito e ambos mergulharam em uma recordação em especial.

***Sétimo ano, biblioteca, Hogwarts***

O vento do final do verão soprava nas janelas do imponente castelo de Hogwarts dando um frescor no ar, que junto com o brilho dourado do sol completavam o cenário de fim de tarde. A brisa e os raios solares invadiam docemente os cômodos do castelo e como um sopro deixavam sua marca. Um momento muito gostoso para se estudar, segundo a visão de Hermione, mas para ela todos os momentos eram propícios de estudo.

Ela se encontrava na biblioteca, mais uma vez estava ela perdida por entre os livros. Não era porque o ano estava começando que ela deveria relaxar, justamente por isso deveria dar tudo de si, pra no final poder descansar. Mentira. Mesmo no final ela não descansaria.

Ágil, porém silenciosa, ela se levantou e foi procurar um livro em uma das estantes. Livro aqui, livro acolá, foi quando ela retirou um livro de uma das prateleiras e viu por entre a fresta, pequenas mexas cor de fogos passando por ali. “O que Ron está fazendo aqui?” Ela perguntou para sua mente e o seguiu.

Como que em um labirinto ela procurava Ron, entrando e saindo dos corredores de livros, mas não o encontrava. Onde ele estaria? E foi quando ela menos esperava que ele aparecesse, foi que ela o sentiu. Vindo de trás, com passos de pluma ele a beliscou marotamente pela cintura.

-Boo! – Disse num grito abafado, para não atrair a atenção de Madame Pince, o que foi desnecessário devido a reação de Hermione:

- Aahh!!- Ela gritou num grito afobado, ele saiu histérico e mudo ao mesmo tempo, sem sucesso ela quase se engasgou de susto.

Quando viu a figura de Ron teve vontade de voar em seu pescoço e atira-lo pela janela, ele que fizesse companhia ao vento e aos raios solares. Mas, conteve-se em murmurar depois de se desengasgar:

- O que você está fazendo aqui?

- A biblioteca não é só sua. – ele disse abrindo um sorriso de lado.

Ela enrubesceu e acalmou-se.

- Mas isso não te dá o direito de ficar assustando as pessoas. – Ela falou voltando ao seu tom carrancudo de quem está dando uma bronca. – E além do mais, não é de seu feitio vir à biblioteca.

- Ok, me desculpe. – ele disse e logo complementou. – E quem te disse que eu vim ver a biblioteca?

- Não? Então o que veio ver aqui? – Ela indagou desconfiada.

- Eu vim ver você.

Ela enrubesceu mais ainda e desviou o olhar, olhando para baixo. O que ele estava querendo? Quando olhou para cima para descobrir isso, sua resposta chegou mais cedo do que ela esperava. Eles estavam perigosamente perto. Sentindo um calor subir por seus corpos, eles experimentaram uma sensação nova de plenitude. O livro de Hermione cai de suas mãos. Seus lábios se roçando e se encontrando, deixando o mundo mole como uma gelatina de abóbora. Tão mole que Hermione não sentia mais suas pernas, até tropeçar no livro e cair sobre a estante levando Ron junto consigo.

Ouvindo o som dos gritos da Madame Pince eles despertam de seus sonhos reais, e correm com os olhos desatentos as coisas em sua volta. Ao ponto de poder ver o resultado final do dominó de estantes e livros que ambos haviam feito.

***


Descontraídos, o Ron e a Hermione adultos riam sem parar, entrando em repetidos acessos.

- Nós éramos malucos. – ela disse por fim, e voltou seu olhar em Ron. Mas, como há alguns anos eles estavam perigosamente perto, foram se aproximando novamente, inebriados pelo aroma doce do outro, sentindo uma chama de fogo ardente queimar seus corpos pedindo pertencer ao outro. Aquela sensação de que o mundo devia acabar em gelatina para eles morrem no macio e nos braços do outro. Respondendo a essa súplica, eles foram se aproximando...

N/a: Aquele apelinho básico... COMETEM COMENTEM E COMENTEM MAIS UM POUQUINHO E UM POUCÃO!!!! Analisem, quanto mais vocês comentarem mais feliz e entusiasmada eu fico. Isso me dá forças para postar o próximo capítulo o mais cedo possível!!!=D
Beijokinhas ;D

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