O cupido contra ataca
4º capítulo – O cupido contra ataca
- Bom dia princesa. – Gina escutava uma suave voz a chamando.
“Que maravilha!” – ela pensou excitada – “Aquilo tudo na festa foi apenas um sonho ruim, quando eu abrir meus olhos, eu verei meu pai sorrindo.”
- Droga! – Ela murmurou ao abrir os olhos.
- O que eu fiz agora? – Harry perguntou observando-a incrédulo.
- Você... – Ela falou tentando desamassar seu vestido levantando-se – Ah droga! Ainda estamos aqui!?
Agora que ela tinha adquirido a noção de espaço e tempo, praticamente ainda não tinha passado das nove da noite pois a música ainda rolava solta no andar de cima. E ela continuava no porão; presa com Harry.
- Você pensou que estivéssemos onde? – Harry perguntou com suspeitas sobre o que ela tinha sonhado.
- Droga!!! – ela gritou furiosa.
- Hei calma! – ele respondeu vendo-a fazendo gestos furiosos com os braços.
- Harry, cale a boca! – ela replicou ainda muito nervosa.
Depois de alguns segundos, quando ela se sentiu completamente desperta e tinha conseguido acalmar-se um pouco. (Bem pouco mesmo!)
- Tudo bem. Ainda estamos na festa, ela ainda não acabou, certo?
- Certo. – ele disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
- OK. – ela continuou séria.
- Gina, você está bem? – ele perguntou confuso. Certamente ela não estava nas melhores condições.
- Que cheiro é esse? – ela perguntou procurando de onde ele vinha.
- Que cheiro? – ele perguntou confuso
- Parece cheiro de álcool, algo parecido... – ela comentou ainda o observando com cautela.
- Você bebeu, não se lembra? – ele perguntou se aproximando dela.
- Meu Deus!!! – ela exclamou como se tivesse feito a pior coisa do mundo – Eu bebi? Eu bebi, eu bebi, eu bebi, eu bebi....
Ela continuou repetindo aquela frase como se fosse uma sentença de morta para ambos.
- Pare! – ele exclamou depois de ficar confuso de ouvir tantos “eu bebi” vindo dela. – Você precisa ficar tão histérica só por ter bebido um pouco? Você bebeu por sua livre espontânea vontade.
- Não mesmo! – ela falou ainda nervosa começando a andar de um lado para o outro – Você me provocou fez alguma coisa para eu ter feito isso, você fez não fez?
- Gina, você não se lembra do que aconteceu antes de você dormir, não?
- Pouca coisa... – ela disse observando um cobertor no chão – eu me lembro de ter ficado trancada aqui com você e depois de começarmos a brigar e...
Ela se calou. Ela tinha encontrado um espelho em cima de um móvel completamente empoeirado e até aquele instante entrou em choque.
- E...? – Harry falou para que ela continuasse.
- Meu Deus!! Eu estou horrível!! – ela disse vendo seu cabelo todo amassado sua maquiagem borrada e sem falar em seu hálito horrível de cerveja – Droga!
- Gina, você tem certeza que você vai ligar pra aparência agora?
- Cale a boca Harry. – ela falou ignorando o comentário dele – A propósito, porque você me acordou?
Ele não falou nada. Na realidade, ele sabia muito bem o motivo pelo qual a tinha acordado. Para lhe pedir desculpas pelas coisas que ele disse.
- Nada. Eu só pensei que você poderia achar alguma maneira de sairmos daqui. – ele mentiu discretamente observando arrumar seu cabelo com as mãos.
Ela se virou e sorriu maldosamente. Como se fosse alguém que escondesse uma chave para tirá-los de lá.
- Me diga, o que você acha que eu poderia pensar que nos tiraria daqui? – ela comentou suavemente.
- Não sei, você tem belas idéias para sair de improváveis situações. – ele observou com um olhar malicioso.
- É claro. E você tem as melhores idéias para nos colocar nelas. – ela respondeu sorrindo sem perceber. – Mas você está enganado, não consigo pensar em nada para nos tirar daqui.
- Hermione, você viu a Gina? – Draco sibilou discretamente.
- Não, pensei que ela estivesse com você. – Hermione respondeu confusa.
- Não, ela me largou na pista de dança e disse que tinha algo importante para dizer. – Draco falou de forma que estivesse omitindo certas informações.
- Sinto muito, mas não a vi. – respondeu Hermione.
Hermione observou Draco seguir pelo corredor que levaria para a cozinha e em seguida encontrou-se com Rony.
- Você viu o Harry por aí? – Rony perguntou procurando-o com os olhos – Parece que ele desapareceu.
- Não foi o único. – Hermione acrescentou séria – Gina também sumiu.
- Isto quer dizer que... – disse Rony concluindo que eles estavam juntos.
- Provavelmente. – Hermione sorriu abraçando Rony em seguida.
Gina estava decidida a procurar uma chave ou qualquer objeto pontiagudo o suficiente que pudesse abrir a fechadura e o tirá-los do porão. Ela abria e fechada às portas e gavetas do armário imundo que havia ali, tinha encontrado livros antigos do Harry, cadernos e fotografias. Até que ela estava abrindo a última gaveta que parecia estar emperrada e ela relutantemente decidiu pedir a ajuda dele.
- Pode me ajudar com isso? – ela perguntou indicando a gaveta.
Harry se levantou de seu canto afastado dela e apressou-se em puxar a gaveta, primeira só com uma mão, depois de sentir que estava bem presa tentou com as duas até conseguir.
Ele caiu sentando bem ao lado de Gina e bastante poeira saltou em cima deles devido à retirada da gaveta.
- Nossa! Parece que você não abre isso há séculos, hein?
- Verdade. – ele falou retirando a poeira de sua blusa.
Ela achou alguns pergaminhos e envelopes rabiscados, algumas fotografias um pouco amassadas, uma pequena caixinha e por último um caderno bem fino.
Ela pegou a fotografia que lhe pareceu mais familiar, os pais de Harry, eles estavam bem novos na foto e sorriam abraçados na foto.
- Você deve sentir muita falta deles... – ela murmurou distraída.
Ele não respondeu apenas pegou a foto das mãos dela e observou com ternura.
- Ás vezes, eu me pergunto como seria minha vida com eles. – ele disse sincero – Eu não sei se seria o mesmo.
- É claro que seria. – Gina afirmou séria de uma maneira que a deixava sexy – Você é o que você é Harry. As pessoas não mudam só vivem fases.
Ele a encarou sorrindo saudoso dos tempos de Hogwarts, de quando ela lhe falava belas coisas ou apenas lhe dizia como tinha sido seu dia, ou de como era bom apenas ficar assim admirando a beleza dela.
- O que é isto? – ela perguntou lendo um dos pergaminhos – Eu não acredito que você guardou?
Ela sorria incrédula a emoção era grande e a vontade de poder abraçá-lo era maior ainda. Eles tinham feito tantos estúpidos erros mas continuavam ambos ali a se amar quase em segredo.
- O que foi? – ele perguntou distraído ainda com a foto de seus pais.
- Aqui está. – ela disse encontrando a caixinha – Eu não acredito que você guardou isto por todos esses anos.
Ela abriu a pequena caixinha e de lá saiu um cupido encantado com um arco e flecha, aquele foi o primeiro presente de dia dos namorados que ela deu para ele, a pequena criatura entoou a voz e recitou.
"O amor é sempre paciente e bom. Nunca é ciumento."
"Amor nunca é ostentado ou orgulhoso.
Nunca é rude ou egoísta.
Ele não ofende e não é ressentido.
Amor não dá prazer às outras pessoas pecadoras...
...mas se deleita na verdade.
Está sempre pronto para se desculpar, na verdade, na esperança...
...nos tempos difíceis...
...que vierem."
Eu te amo, Harry. Mais que ontem, mais que hoje e mais que amanhã para sempre.
Virginia.
Ela observou o pequeno cupido entrar novamente na caixinha e ela a fechou. Se sentindo fragilmente emocionada, ela encontrou os brilhantes olhos de Harry.
- Gina...
Ela o encarou e antes que ele pudesse dizer qualquer outra coisa o beijou com paixão e fervor.
Nota da autora: Esse capítulo é relax e mostra o quanto esses dois se amam e tem tudo pra ficar juntos, mas não aposte tudo nisso, essa festa só está chegando ao final.
Os. Esse poema aí foi retirado do filme “Um amor para recordar”. Que eu fiz uma fic baseada no filme, por isso vejam o filme e leiam a fic.
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